sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A prova dos nove nas eleições

O PSDB protocolou no Tribunal Superior Eleitoral pedido de auditoria, para verificar o resultado das eleições, sob a alegação de que há "uma somatória de denúncias e desconfianças por parte da população brasileira", motivada pela decisão do tribunal de só divulgar o resultado da eleição presidencial após a votação no Acre.
O ministro do Desenvolvimento Agrário afirmou que "É inacreditável e vergonhoso. O PSDB insulta a democracia e o povo brasileiro. É um desserviço à democracia e um desrespeito à vontade do povo", uma vez que "historicamente" o TSE respeita o fuso horário do Acre - três horas de diferença em relação a Brasília -, antes de divulgar o primeiro resultado parcial, com o objetivo de não induzir o eleitor que ainda não havia votado.
Outros petistas lamentaram o comportamento do PSDB, por ter apresentado pedido de auditoria ao TSE com base em boatos, sem prova de nada, fato que pretende negar a lisura dos ministros do TSE, e por ultrapassar os limites do respeito ao processo democrático, que se exige de todo e qualquer partido e por ser muito grave a ação movida pelo PSDB, porque ela tem a finalidade de alimentar um ambiente de tensão, com o objetivo de manter o clima de disputa e de acirramento.
Imaginam se o partido derrotado fosse o PT, com certeza ele não somente já teria pedido auditoria e acusado meio mundo por grave fraude, mas já havia impugnado os procedimentos inerentes à votação.
Nas republiquetas, é plenamente impossível haver auditoria nas eleições, porque as falcatruas são realizadas à luz solar e fica tudo por isso mesmo, como se fosse tudo normal, porém, nas nações evoluídas democraticamente, as auditorias fazem parte da transparência como mecanismo natural de aperfeiçoamento dos instrumentos político-democráticos.
É evidente que o estranhamento sobre pedido de investigação do processo eleitoral só pode fazer parte da retrógrada era do coronelismo político, que não se adequa ao salutar processo da modernidade democrática, como forma de contribuição aos saudáveis princípios democráticos e humanitários.
Não tem nada de inacreditável e vergonhoso no pedido em apreço, se confrontado com o teor do indigno vídeo que circula na internet, no qual consta que o ex-presidente da República petista diz em bom e alto tom que, verbis: “É por isso que nós temos que garantir a reeleição da Dilma. Olhe, Dilma! Eu vou lhe dizer uma coisa. Eles tentaram duas vezes me derrotar e não me derrotaram. Derrotaram no comecinho quando eu ainda estava meio... Eles não evitaram a gente te eleger, quando ninguém te conhecia. Eu vou te contar uma coisa: Eles não sabem. Eles não sabem o que nós seremos capazes de fazer. Eles não sabem. Eles não sabem o que nós seremos capazes de fazer. A fazer com que você seja a nossa presidenta por mais quatro anos nesse país.”.
Essa infeliz e grave declaração pronunciada em Pernambuco denuncia o quanto o partido governista teria sido realmente capaz de fazer de maldade para ganhar as eleições, inclusive fraudar as urnas eleitorais, por elas não serem absolutamente imunes à burla, principalmente quando já há predisposição do “todo-poderoso” anunciando sua capacidade de promover o que fosse possível e impossível para a candidata petista ganhar a eleição e isso ele deixou muito claro, tendo reiterada a sua disposição de fazer miséria para não perder as benesses do poder, a exemplo da truculência com que o partido conseguiu desconstruir as candidaturas pessebista e tucana, com a produção de muitas mentiras e invencionices que parcela expressiva da sociedade terminou acreditando.
À toda evidência, somente esse fato consistente em severas ameaças, prometidas diante de seleta plateia de políticos, já seria mais do que suficiente para o candidato derrotado exigir completa auditoria sobre o processo eleitoral, como forma de se confirmar ou não a lisura do resultado da votação, fato que não constitui nenhuma novidade, visto que as grandes democracias fazem normalmente, como os Estados Unidos da América, como forma de aperfeiçoamento democrático.
Além das revelações do petista, há ainda o clamor de quase a metade da sociedade que não compreende como a administração do país, tão mal conduzida e desmoralizada, poderia merecer a confiança nas urnas por eleitores, à vista da precariedade do gerenciamento das políticas públicas; da péssima prestação dos serviços públicos; do indigesto fisiologismo imperante na administração pública; da grave e preocupante crise da economia, com o crescimento do país atingindo o ridículo degrau zero, ou seja, crescimento de coisa nenhuma, fato que pode contribuir para o desemprego, a redução da renda dos trabalhadores, a drástica diminuição da arrecadação tributária, a incapacidade de investimentos público e privado, sem mencionar o descontrole das contas públicas, da inflação, das taxas de juros, das dívidas públicas e de tantas mazelas que estão contribuindo decisivamente para o subdesenvolvimento da nação, tendo como fator preponderante a falta de credibilidade do governo com o surgimento do tenebroso caso de corrupção da Petrobras, que assombrou o mundo com a sua audácia e grandiosidade, a ponto de comprometer a capacidade operacional da estatal e o seu patrimônio, que foi gravemente afetado com a ingerência palaciana na empresa, mediante o recriminável aparelhamento dela com políticos tecnicamente despreparados e muitos deles imbuídos do perverso sentimento de desvio de recursos dos cofres da estatal, conforme a própria presidente do país ter admitido, tanto que prometeu punir os culpados e promover o ressarcimento dos prejuízos.
Como se vê, o maléfico conjunto da obra do governo não recomendaria a sua recondução ao comando do país, por mais quatro anos, ante a temeridade pela experiência demonstrada nos últimos quatro anos, que foram capazes de demonstrar que o país decresceu, tendo perdido excelente oportunidade de dá salto de qualidade na prestação dos serviços públicos.
A sociedade entende que a auditoria nos procedimentos eleitorais tem toda pertinência, por se inserir no saudável processo de transparência integrante da modernidade democrática, permitindo se aquilatar não somente a existência de dolo na votação, mas sim a lisura no seu resultado, como forma de não deixar dúvida de que realmente a pequena maioria da sociedade quis mesmo que o país continuasse sendo administrado por governo desacreditado e desmoralizado, ante a desastrosa condução das políticas públicas, principalmente econômica, e a incidência de frequentes corrupções na administração pública. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
          Brasília, em 30 de outubro de 2014

Urgente alerta aos brasileiros

Segundo um blogueiro com sede no site do Yahoo, o presidente venezuelano enviou para o Brasil um grupo socialista-bolivariano, um de seus orgulhos, que veio firmar acordos com o Movimento dos Sem Terras – MST, organização fundada em meados dos anos 80, surgido entre os setores rurais do Brasil, para lutar pela reforma agrária e promover o desenvolvimento sustentável e coletivo no campo brasileiro (sic).
O site venezuelano diz que “No âmbito da visita ao Brasil do vice-presidente de Desenvolvimento de Socialismo Territorial, Elias Jaua, foram assinados uma série de acordos na terça-feira, nas áreas de treinamento e desenvolvimento de comunidade, entre a produtividade do governo bolivariano e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil (MST), em Guararema, estado de São Paulo.”.
O Ministro de Comunidades e Movimentos Sociais disse que os acordos visam aumentar a capacidade de compartilhamento de experiências de formação “para fortalecer o que é essencial para uma revolução socialista, o que é treinamento, conscientização e organização do povo para defender o que foi alcançado e avançar na construção de uma sociedade socialista.“, ou seja, são contribuições terríveis na formação dos princípios socialistas tão bem implantados na Venezuela, cuja consolidação contribuiu positivamente para a degradação da sociedade daquele país, que convive em estado de degeneração dos princípios democráticos e dos direitos humanos.
O governo venezuelano diz que a visita à cidade de Curitiba serviu para a celebração de acordo para consultoria com o prefeito da capital paranaense, por ela ser a cidade modelo na gestão local.
Impende frisar, muito a propósito, que os acordos assinados entre o MST e os socialista-venezuelanos são custeados pelos otários contribuintes brasileiros, por meio do repasse do dinheiro que o governo faz a esse movimento, ou seja, os brasileiros estão patrocinando atividade absolutamente prejudicial ao interesse nacional, com recursos que poderiam ser aplicados nas reais políticas em benefício da sociedade.
A infiltração comunista no Brasil já teria começado, na verdade, com a presença dos profissionais cubanos no interior do país, sob a forma da prestação de serviços na área médica, devendo agora ser intensificada após a certeza de mais quatro anos para o governo petista, que já mostrou o quanto tem capacidade de mobilização, por não perder tempo em autorizar a vinda de socialistas especializados em treinamentos de comunidades, que deverão infernizar ainda mais a vida dos fazendeiros, com seus movimentos terroristas.
É evidente que não havia a menor dúvida de que, mais cedo ou mais tarde, o governo petista lançaria as sementes férteis do socialismo no Brasil, ficando muito claro agora com a visita de conselheiros venezuelanos, tendo por finalidade o treinamento e a conscientização sobre os processos do socialismo a grupos do MST, que certamente já dominam amplamente as técnicas de guerrilhas no campo, mas a presença venezuelana, que deverá ser intensificada, servirá para o aperfeiçoamento dos conhecimentos.
Essa é a verdadeira mudança prometida pela nobre presidente da República brasileira, que garantiu promover muitas mudanças e elas já começaram pra valer e aparecer, para a satisfação da “cumpanheirada”, que fica muito feliz com os ensinamentos bastantes "produtivos" dos hermanos venezuelanos, que tiveram importantes e gigantescas lições de subdesenvolvimento ao seu povo, onde os saudáveis princípios democráticos e os direitos humanos foram desprezados e jogados nos esgotos do socialismo, mediante a imposição do terrível regime de repressão à liberdade de expressão e de imprensa, complementada por rigoroso controle da aquisição dos gêneros de primeira necessidade, ou seja, o regime bolivariano impôs aos venezuelanos as mesmas práticas trogloditas de tratamentos desumanos vigentes na ilha caribenha, onde até a respiração é dosada e controlada pelos irmãos ditadores.
O Brasil, com a visita dos hermanos venezuelanos, se candidata a forte país para seguir no mesmo caminho da desgraçada “comunização” implantada nesses países de índole extremamente contrária aos princípios democráticos, de liberdade e de desenvolvimento.
Não há a menor dúvida de que se trata de notícia de extrema preocupação e gravidade, porque é uma sinalização de que o governo vem contribuindo para que as bases do socialismo sejam fincadas o mais rapidamente e sem perda de tempo no solo tupiniquim, como clara demonstração de que seus planos de perenidade no poder agora são uma realidade plausível, principalmente porque ele vem contando com o apoio da sociedade brasileira menos informada e esclarecida sobre a verdadeira realidade perniciosa e maléfica do socialismo, que mantém a classe dominante com as benesses do poder, enquanto o povo será submetido aos rigores perniciosos dos princípios da socialização, onde prevalece a igualdade das condições sociais, pela imediata perda da dignidade como ser humano, ante o domínio do Estado usurpador sobre a individualidade, as riquezas e o patrimônio das pessoas, que passam sob o controle do Estado, e tudo será controlado pela mão de ferro do governo, a exemplo do que ocorre em Cuba e Venezuela, onde inexiste liberdade de expressão e de decisão senão do próprio Estado, que controla tudo e todos, ou seja, quem pensa que o socialismo é a solução para os problemas sociais, nunca passou nem perto pelos horrores do inferno.
Para se evitar a implantação da ditadura cubana no Brasil, os brasileiros precisam se acordar enquanto ainda seja possível, porque depois da invasão do movimento bolivariano no país, não haverá retorno à democracia e aos princípios fundamentais de liberdade individuais, que serão catapultados para o espaço infinito.
O momento é de tamanha gravidade que as Forças Armadas brasileiras precisam, com a máxima urgência, conscientizarem-se sobre o começo da invasão do país por elementos socialistas venezuelanos, como forma de tomar as rédeas da situação, promover a imediata expulsão desses seres nocivos e danosos aos interesses nacionais e implantar em definitivo a ordem e o respeito às instituições democráticas, tão duramente conquistadas.
O povo tem o dever cívico de repudiar, com veemência, a intervenção dos venezuelanos nas políticas sociais brasileiras, antes que seja tarde demais, porque os socialistas agem com muita competência e rapidez, atropelando todos os princípios, em especiais os humano e democrático, não permitindo que a sociedade vida com dignidade e civilidade. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de outubro de 2014

Justa manifestação de repúdio

Um grupo de generais da reserva do Exército, que atingiram o posto máximo da hierarquia militar, todos eles com reconhecido prestígio na participação ou no comando do regime militar, compreendido o período entre 1964 a 1985, divulgou, no final de setembro último, manifesto de repúdio ao ministro da Defesa, a par de fazer duras críticas à atuação da Comissão Nacional da Verdade, com esclarecimentos de que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica não devem qualquer pedido de desculpas pelos crimes cometidos no aludido regime.
Eles disseram que "Abominamos peremptoriamente a recente declaração do senhor ministro da Defesa à Comissão Nacional da Verdade de que as Forças Armadas aprovaram e praticaram atos que violaram direitos humanos no período militar".
Trata-se de manifesto em resposta a ofício encaminhado pelo ministro da Defesa à Comissão Nacional da Verdade, admitindo pela primeira vez que as Forças Armadas não têm condições de negar a ocorrência de mortes, torturas e desaparecimentos durante a ditadura, tendo por base ofícios dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que disseram que não dispõem de provas para afirmar ou negar fatos como a ocorrência de crimes e assassinatos em unidades militares.
Por seu turno, os membros da mencionada comissão consideraram insuficiente a manifestação das Forças Armadas.
O manifesto diz que a violência no período da ditadura partiu da esquerda armada, nestes termos: "Vivíamos uma época de conflitos fratricidas, na qual erros foram cometidos pelos dois lados".
Os militares ressaltam que a citada comissão "açula" as Forças Armadas ao investigar somente os crimes cometidos pelo Estado e que "Temos orgulho do passado e do presente de nossas Forças Armadas. Se houver pedido de desculpas será por parte do ministro. Do Exército de Caxias não virão! Nós sempre externaremos a nossa convicção de que salvamos o Brasil!".
Com relação ao manifesto dos generais, a presidente da República afirmou que haverá posicionamento do Estado brasileiro, sem dar detalhes, e que "Acredito piamente na democracia. Acredito que as leis em um Estado democrático de direito são para serem cumpridas. Quem não quiser pedir, não peça. Agora, haverá um posicionamento do Estado brasileiro. Quando a lei (que criou a Comissão da Verdade) foi aprovada, estavam todos os ex-presidentes do período democrático. Permito-me não responder a essa pergunta, só dizer que vivemos em uma democracia e as leis serão sempre cumpridas".
A presidente não tem razão quando afirma que as serão sempre cumpridas, a começar por essa que criou a comissão em apreço, porquanto, conforme dispõe o seu art. 1o, a finalidade do seu trabalho se destina ao exame e ao esclarecimento das graves violações de direitos humanos praticadas no período fixado no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (entre 1964 a 1985), a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional, ou seja, o texto legal não exclui as graves violações de direitos humanos e as barbáries protagonizadas pelos terroristas, guerrilheiros e afins, fato que contraria frontalmente a declaração da mandatária do país, que afirmou, ipsis litteris: “Acredito que as leis em um Estado Democrático de Direito são para serem cumpridas”.
No caso, a presidente comete crime de responsabilidade por sancionar a lei e não exigir, como é do seu dever, o fiel cumprimento da norma jurídica, na extensão de seus termos, como forma de produzir os fins colimados de revelar a verdade, doa quem doer, porque realmente, no Estado Democrático de Direito, não se pode ficar todo tempo enganando a sociedade com meias verdades e meias mentiras, como nesse caso, em que os crimes dos opositores ao regime militar sequer foram levantados e jamais serão abordados ou relatados, ficando a mácula do descumprimento da lei de regência, cujo resultado das investigações, ao contrário do espírito da lei, teve o condão de apenas promover desarmonizar no seio onde já se encontrava reconciliado.
Caso houvesse realmente o cumprimento das leis neste país, principalmente pelos juristas que compõem a mencionada comissão, o exame e o esclarecimento sobre as graves violações de direitos humanos abrangeriam necessariamente os crimes perpetrados pelos terroristas, guerrilheiros, assaltantes, sequestradores e assassinos, não os protegendo como se fossem heroicos defensores senão da implantação no país do tenebroso e temível regime comunista, porém eles ficaram incólumes, como se seus horrendos crimes não integrassem a parte triste da história que abrangeu o regime militar.
A situação configurada pela citada comissão, além de evidenciar brutal discriminação contra os militares das Forças Armadas, por somente apurar casos envolvendo-os, deixando de fora as violações igualmente recrimináveis dos terroristas e assemelhados, o que motiva a justa insatisfação não somente dos militares, mas, sobretudo, da sociedade, que não entende as razões pelas quais, em pleno século XXI, com os avanços da humanidade, ainda existam mentalidades atreladas visivelmente ao revanchismo e ao revide, como se isso contribuísse para mudar a verdade sobre os acontecimentos, que foram lamentáveis, mas ninguém tem o direito de omiti-los sem justificativa plausível, apenas na tentativa de acobertar a culpa dos terroristas e assemelhados por seus violentos crimes.
Os brasileiros têm o dever cívico de repudiar, com veemência, a parcialidade intencional, em claro arrepio da norma insculpida na lei de regência, por apenas haver apuração e esclarecimento sobre os fatos envolvendo os militares das Forças Armadas, quando o correto teria sido o cumprimento integral do dispositivo legal, que estabelece a sua abrangência no período de 1964 a 1985, não fazendo exceção às graves violações de direitos humanos praticadas, nesse período, por quem quer que seja, muito menos os facínoras terroristas, que têm parcela de culpa pelos graves crimes cometidos contra a sociedade, os quais não poderiam ficar sob a omissão do Estado, porque isso denuncia, de forma cristalina, a falta de seriedade e de dignidade das autoridades responsáveis pelas questionáveis apurações. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 30 de outubro de 2014

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Irresponsabilidade cívica

Ultimamente, muito tem se falado que a insegurança jurídica e o posicionamento político resultantes da administração petista poderão, em breve, causar sérios transtornos às políticas interna e externa e à administração dos negócios do Brasil, ante a maneira deletéria e prejudicial como a nação vem sendo comandada, por não estarem sendo observados, com o devido rigor, os princípios de eficiência e de eficácia e muito menos os conceitos da boa conduta na gestão dos recursos públicos.
Essas colocações se direcionam aos eleitores que assumiram a decisão pela reeleição da presidente da República, os quais não podem fugir da sua responsabilidade pela continuidade das desastrosas atividades político-administrativas que estão predominando na administração pública, cujas dificuldades na gestão do país deverão ser ainda mais sentidas pelos brasileiros em geral, indistintamente, não apenas por aqueles que tiveram a oportunidade de mudar os destinos da nação, mas preferiram privilegiar o processo deletério do retrocesso e do subdesenvolvimento acumulados em doze anos de precariedades na gestão pública, que tem reflexo notadamente na péssima qualidade da prestação dos serviços públicos, que, infelizmente, não foi levada na devida conta, que deveria ter sido feita justamente pelos beneficiários diretos dos citados serviços, fato que dá a impressão de que eles são os únicos a estarem satisfeitos com as evidentes mazelas que grassam impiedosamente no país.
Não há dúvida de que a mediocridade ou a inteligência de um povo pode ser aquilatada exatamente pelo seu sentimento democrático demonstrado nas urnas, pois é precisamente nesse momento de extrema importância de votação que o povo se manifesta pela escolha do seu representante no Executivo ou no Parlamento.
Infelizmente, nesta última eleição, faltaram aos brasileiros a sensibilidade e o bom senso quanto à grandeza pela opção de poder transformar para melhor o Estado visivelmente decadente e carente de bons princípios, à vista da nítida incompetência na condução, em especial, das políticas econômicas, permitindo que o país possa crescer, este ano, a nível bem próximo de zero, ou seja, quase nada, podendo causar sérios problemas com relação à desindustrialização, ai desemprego, à diminuição da renda dos trabalhadores, à redução da arrecadação tributária e à falta de investimentos público e privado; das corrupções endêmicas e predominantes na administração pública, comandadas, como no caso da Petrobras, pelo próprio partido do governo e por agremiações aliadas, conforme a presidente da República já reconheceu o desvio irregular de dinheiro da estatal por seus correligionários, prometendo punir os envolvidos e promover o ressarcimento dos prejuízos; das precariedades na prestação dos serviços públicos, que estão cada vez mais sendo sucateados e depravados aos desprezos comparáveis às republiquetas; do inchamento da máquina pública, com trinta e nove ministérios para servir senão de cabide de empregos para aliados, em troca de indigno apoio político, mediante o vergonhoso toma lá, dá cá, que é prática sebosa repudiada até mesmo nas piores republiquetas, mas, no país tupiniquim, o baixo nível desse procedimento precisa existir, sob o ônus dos otários contribuintes, para permitir o indecente fisiologismo no serviço público; do inaceitável aparelhamento de ministérios e empresas públicas com correligionários, aliados políticos, sindicalistas e demais assemelhados; da leniência com a impunidade, causa maior do incentivo às roubalheiras aos cofres públicos; entre uma série de outras deficiências que estão levando o país à situação de calamidade incontrolável e prejudicial ao interesse da nacionalidade.
Contudo, o governo logo poderá alegar que os condôminos do edifício Brasil chancelaram e convalidaram, com o seu voto, as mediocridades da administração petista, permitindo a sua continuidade por mais quatro anos, que certamente será o tempo suficiente para que a nação seja quebrada de vez, se distancie ainda mais dos países desenvolvidos e se aproxime perigosamente das nações comandadas por ditadores que desrespeitam os princípios democráticos e os direitos humanos, como verdadeiros princípios de reafirmação da decadência que tanto os brasileiros sensatos repudiaram com extrema veemência, no último pleito eleitoral. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
          Brasília, em 29 de outubro de 2014

A acefalia administrativa do país

Já não há mais dúvida de que os resultados da delação premiada contribuíram para a revelação de um dos mais vastos, ricos e poderosos esquemas de corrupção já descobertos no país, conforme as provas coletadas, nos últimos meses, pelas investigações levadas a efeito pela Operação Lava Jato, mostrando fortes indícios da existência de uma organização criminosa, atuando a mando e sob o respaldo de patronos políticos inescrupulosos, nas obras mais caras da maior empresa do país.
O conjunto das provas é fantástico, por reunir extratos bancários, anotações apreendidas, e-mails, telefonemas interceptados, contas secretas em paraísos fiscais, que se confirmam em abundância as fraudes, cujas peças investigadas acabam de se encaixar com as confissões dos dois principais operadores do esquema, nas pessoas do ex-diretor da Petrobras e do doleiro, que se encontram presos, consistentes nos depoimentos recheados não somente do detalhamento como funcionava o espúrio esquema, mas da indicação da existência de cartel das maiores empreiteiras do Brasil, acusado da compra de diretores da Petrobras e do pagamento de propina para partidos como PT, PP e PMDB.
O ex-diretor da estatal afirmou que, na raiz do esquema, estava idêntica prática que levou o país ao desastroso mensalão, sustentado pelo aparelhamento político da máquina pública, tendo sido eleita a Petrobras como principal objeto do desejo da sanha criminosa dos políticos que acossam o governo para a garantia de apoio político. O doleiro disse que “Para que Paulo Roberto assumisse a cadeira de diretor, esses agentes políticos trancaram a pauta no Congresso durante 90 dias. Luiz Inácio Lula da Silva, ele ficou louco e teve de ceder” à indicação e à pressão do PP, que teve a bênção do PT.
O ex-diretor da estatal declarou que “Na Petrobras, desde que me conheço como Petrobras, as diretorias e a presidência foram sempre por indicação política. Ninguém chega a general se não for indicado nas Forças Armadas. Então, as diretorias da Petrobras nos governos Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique, quer seja nos governos do presidente Lula, foram sempre por indicação política. E fui indicado pelo PP para essa diretoria. Foi dito que o partido (PP) tinha interesses. É óbvio que nenhum partido indicou algum diretor só pela capacidade técnica dele. Os verdadeiros chefes da organização criminosa eram os donos dos partidos – PT, PMDB e PP – que afiançavam as nomeações na Petrobras. Acima deles, o Palácio do Planalto de Lula, de onde partiam as ordens para nomear os afilhados dos partidos.”.
Segundo o ex-diretor da empresa, o esquema passou a operar com mais liberdade somente após o mensalão, em 2005, porquanto, a partir de então, a Petrobras se tornava a principal fonte de renda dos políticos, em conformidade com o jogo devidamente combinado.
          O conjunto de esquemas na estatal, agora convencionado de petrolão, tem, indubitavelmente, o mesmo DNA do mensalão, cujo responsável por sua operação foi indicado pelo líder do PP, que já havia participado com bastante influência também no esquema detonado naquele ano.
No segundo mandato do petista, enquanto o Supremo Tribunal Federal julgava as falcatruas pertinentes ao famigerado mensalão, parte dos acusados, que migrara deste, continuava protagonizando maldades e misérias com recursos públicos, numa demonstração de que a mudança do propinoduto lhes renderia muito mais possibilidade de enriquecimento fácil e rápido, ante as suntuosas participações nos valores elevadíssimos das contratações da empresa. 
Segundo o ex-diretor da Petrobras, a presidente da República sabia de tudo, mas, com muita obviedade, em plena campanha eleitoral tentou-se negar o fato, alegando, no caso da petista, que não compactua com corrupção, embora parte do dinheiro desviado tivesse servido para alimentar o caixa da campanha dela, em 2010. O ex-diretor disse, in verbis: “... fui nomeado para a Petrobras por ser o ‘homem de confiança’ do Lula... fui para cumprir uma missão... sempre atuei em comum acordo com ele e o Vaccari... com o fim do esquema do Marco Valério, a ordem era repor recursos para o financiamento da base aliada... Dilma conhecia e a apoiava o esquema desde o seu tempo de conselho.”.
Em conformidade com o ex-diretor, a “prosperidade” começou a aparecer com o início da construção de refinarias, no segundo mandato do ex-presidente petista, com os investimentos nas refinarias Abreu e Lima, Comperj, Premium I e Premium II, todas avaliadas em bilhões de reais, os quais coincidiram com a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, para formar a união entre as grandes empreiteiras, segundo ele num “cartel” para “negociar” na área de Abastecimento – encarregada das obras.
O ex-diretor disse que “Me foi colocado pelas empresas e também pelo partido (PP) que, dessa média de 3%, o que fosse da Diretoria de Abastecimento, 1% seria repassado para o PP, e os 2% restantes ficariam para o PT dentro da diretoria que prestava esse serviço, que era a Diretoria de Serviços. Isso me foi dito com toda a clareza. A Diretoria Internacional tinha indicação do PMDB, então, havia recursos que eram repassados também para o PMDB.”.
Conforme os dois delatores, cada partido tinha operadores individuais e meios de repasse de dinheiro, sendo que o tesoureiro do PT era cúmplice no esquema, ou seja, ele teve ativo envolvimento com o desvio dos dinheiros sujos.
As evidências colhidas até agora pela Polícia Federal e pelo Ministério Público somente confirmam que realmente houve gigantesco rombo nos cofres da Petrobras, ante a verossimilhança dos uniformes relatos dos delatores, que não deixam margem de dúvida sobre as graves irregularidades denunciadas.
É induvidoso que a roubalheira na estatal não tinha limite, tendo por principal protagonista o partido governista, cuja candidata reeleita ainda empina o nariz se julgando a mais ética e moral da face da terra, se vangloriando de investigar e punir, embora ainda nada tenha sido investigado nem punido por iniciativa dela, que tudo fez para evitar a criação e a instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito, que se encontram jogadas às moscas no Congresso Nacional, justamente em razão da campanha eleitoral, para que os fatos investigados e revelados não repercutissem na campanha da petista.
Por parte da presidente do país, como se vê, nenhuma medida prática e efetiva foi adotada, porque as denúncias são consistentes, mas nem mesmo o tesoureiro do PT foi convocado para ser ouvido pela CPI, ou seja, não se investiga, mas blinda-se pessoa considerada chave no esquema, que teria recebido os recursos da propina para o PT.
Para a sociedade fica bastante patente que o governo finge que investiga e pune e empurra a questão com a barriga até que seja colocada uma pedra sobre mais esse caso que deve se arrastar anos a fio, sem solução e o governo continua sendo mesmo de sempre, jurando que não engaveta nada sobre corrupção, mas até agora ele não apresentou o resultado de nenhuma investigação, desde as denúncias de corrupção nos ministérios, onde sete ministros pediram, moto próprio, exoneração dos cargos, sob a evidência da roubalheira pelas ONGs fajutas, o caso Rosegate, envolvendo do ex-presidente da República, e outros tantos casos de corrupção que não aparecem os resultados das apurações, se é que elas tenham sido realizadas, porque, para o governo, o importante é dizer que investiga e pune, porque os ingênuos e os fãs da incompetência e da desmoralização acreditam piamente em afirmações desprovidas de consistência e de verossimilhança.
Fica muito difícil acreditar no futuro promissor de país que trata corruptos, como os mensaleiros, como verdadeiros heróis nacionais, como se eles tivessem praticado atos de bravura ao fraudar a aplicação de recursos públicos em benefício da pátria e da sociedade, quando seus procedimentos sujos equivalem à degradação do ser humano, por terem enlameado de podridão a dignidade dos brasileiros, no que já teria sido o maior escândalo da história republicana, que agora perde de goleada para a mais audaciosa roubalheira do propinoduto da Petrobras.
A sociedade precisa reagir às falsidades e imprecisas afirmações, mesmo que elas tenham sido ditas pela autoridade máxima do país, devendo exigir comprovação sobre os fatos alegados por ela, de modo que se possa dar credibilidade ao governo que, por enquanto, subsiste investindo pesada e maciçamente no poder do marketing da publicidade e da propaganda, como fazem os administradores públicos que precisam desse artifício para justificar a precariedade do seu trabalho e a continuidade no poder, que não consegue convencer os cidadãos com o mínimo de informação e de conhecimento sobre a falta de efetividade das atividades político-administrativas, que padecem do mal crônico da acefalia gerencial na gestão do patrimônio dos brasileiros. Acorda, Brasil!
 
        ANTONIO ADALMIR FERNANDES
        Brasília, em 29 de outubro de 2014

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Mercado avesso ao retrocesso

     Já está mais do que provado que os mercados financeiros não simpatizam nem um pouco as políticas econômicas do governo, por terem decidido reprovar a atuação da sua equipe econômica, à vista do comportamento sempre arredio da Bolsa de Valores de São Paulo, sempre provocando enorme queda quando a petista tem resultado positivo na preferência da sociedade, a exemplo da forte despencada depois da eleição, quando as ações da Petrobras tiveram queda de mais de 12%.
Não somente as políticas “intervencionistas” do governo são motivo de reprovação pelo mercado, mas também o relacionamento agitado da presidente com o mundo, que ficou ainda mais tumultuado depois da notícia de que a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA grampeava o celular da mandatária brasileira.
As complicações com os investimentos estrangeiros no país têm relação direta com a insegurança e a instabilidade quanto à política externa brasileira, que praticamente é comandada pelo responsável pelos assuntos de políticas externas, que se opôs radicalmente ao regime militar, foi um dos fundadores do PT, coordenou as campanhas do ex-presidente da República e foi um dos organizadores do "Fórum de São Paulo", que reúne movimentos esquerdistas da América Latina e Caribe.
Em termos de política externa, o governo brasileiro tem sido zero à esquerda, por protagonizar as piores demonstrações no campo da diplomacia, a exemplo da falta de crítica à invasão russa na Ucrânia e à anexação da Crimeia e do aconselhamento da presidente brasileira ao diálogo com os bárbaros sanguinários do Estado Islâmico, perante a Assembleia-Geral da ONU, fato este que assombrou o mundo com tão despropositada sugestão, quando os países cônscios das suas responsabilidades sobre a paz mundial se uniam em esforços para atacar e combater a sanha dessa organização criminosa, que afronta a dignidade humana.
O mercado financeiro tem realmente motivos mais do que suficientes para se preocupar com a situação da política externa brasileira, que, de forma inexplicável, vem concedendo prioridade às relações com países de índole socialista, como a Rússia, Venezuela, Argentina e Cuba e muitos outros da mesma ideologia, fato que tem contribuído para completo afastamento do Brasil das nações desenvolvidas, cujas políticas externas são saudáveis, livres, que visam ao desenvolvimento econômico de seus países.
Não obstante, apesar das evidentes rejeições às fracassadas políticas econômicas petistas, a sociedade não quis nem saber se isso é bom ou ruim para os interesses nacionais, porque as razões sociais e assistencialistas têm merecido as principais prioridades do governo, o que vale dizer que as demais questões que se resolvam como possam, notadamente as econômicas e principalmente as relações externas.
Na realidade, trata-se de situação bastante complexa e ilógica, à luz da realidade mundial, visto que, historicamente, os governos em conflito com os mercados quase sempre têm dificuldade de continuar em pé, diante do desequilíbrio que a situação econômica provoca entre a sua capacidade de comandar o país, em razão da natural impopularidade que isso pode acarretar, e a falta de confiança dos investidores.
Infelizmente, essa ilógica funcional em benefício da petista, porquanto mais o mercado se declinou para o lado do candidato tucano, mais cresceu a preferência do eleitorado pela presidenciável petista, com o fortalecimento ainda mais da sua vitória, fato que não encontra explicação fácil e plausível, haja vista que o mercado é a força motriz capaz de contribuir para o desenvolvimento das nações.
O balanço das urnas foi favorável às políticas intervencionistas do governo, naturalmente por imaginar que algum dia elas ressurjam das cinzas e tragam a confiança não demonstrada pelo mercado, que, por certo, gostaria de ter mais liberdade para movimentar o capital, que jorra em abundância mundo afora e sempre será a mola capaz de impulsionar o desenvolvimento das nações. Acorda, Brasil!
 
          ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
          Brasília, em 28 de outubro de 2014

A perda da dignidade

 
      A reportagem de capa da revista “veja” dá destaque para a notícia de que o doleiro, preso pela Operação Lava Jato, teria dito em depoimento à Justiça, em delação premiada, que a presidente da República e o seu antecessor sabiam dos desvios de dinheiro da Petrobras.
Como não poderia ser diferente, a candidata petista criticou, com veemência, a reportagem, afirmando que ela “e seus cúmplices” terão de responder na Justiça pelo "ato de terrorismo", por não apresentar qualquer prova, visando apenas impactar no resultado das eleições.
A presidente disse que a revista excedeu os limites da decência e da falta de ética, por ter insinuado o seu conhecimento sobre os malfeitos (diga-se irregularidades) na Petrobras, que teriam sido articulados pelo seu antecessor.
A petista classificou como ato de terrorismo eleitoral articulado pela revista e seus parceiros ocultos, por denunciarem o fato sem prova concreta, mas apenas tendo se baseado em supostas declarações de pessoas do submundo do crime, fato que ela considera absurdo e crime, principalmente porque, segundo a presidente, a revista sempre inventa fato semelhante a este em “Todas as eleições, quando candidatos do PT aparecem à frente das pesquisas, a revista tenta desesperadamente influenciar no resultado”.
A candidata petista disse que os brasileiros têm maturidade suficiente para discernir entre a mentira e a verdade e sabe que não compactua com a corrupção, pois fará “o que for necessário, doa a quem doer, toda a vez que houver necessidade de investigar e de punir os que mexem com o patrimônio do povo. Sou uma defensora intransigente da liberdade de imprensa, mas a consciência livre da nação não pode aceitar que mais uma vez se divulgue falsas denúncias no meio de um processo eleitoral em que o que está em jogo é o futuro do Brasil. Os brasileiros darão sua resposta à Veja e a seus cúmplices nas urnas, e eu darei a minha resposta a eles na Justiça.".
Não é verdade que o povo saiba distinguir a mentira da verdade, porque se tivesse esse discernimento jamais apoiaria a candidatura dela, em face de o seu governo ter se baseado em grande inverdade administrativa, tendo em vista os resultados político-administrativos, à vista do desempenho dela, em especial, na condução da economia, na prestação dos serviços públicos, quanto à gestão dos recursos públicos, que não obedeceram necessariamente às priorizações e aos planejamentos que se exigem para a aplicação eficiente dos recursos públicos, de modo a atingirem os objetivos de efetividade e economicidade em estrito atendimento às necessidades básica da sociedade.
Também não é justo se afirmar que a presidente petista mandar investigar os fatos e punir os culpados, visto que ela nunca tomou a iniciativa da determinação da apuração de coisa nenhuma nem se tem conhecimento de alguma punição. Até mesmo as investigações da incumbência do Congresso Nacional, com sede em duas Comissões Parlamentares de Inquérito, que estão paralisadas por força da campanha eleitoral, mereceram a boa vontade do Palácio do Planalto, que promoveu as maiores dificuldades para que elas sequer fossem viabilizadas, justamente para não prejudicarem a imagem do governo, que acusava a oposição de querer destruir o conceito da Petrobras, quando já se sabia que a roubalheira era grossa na empresa.
É induvidoso que esse imbróglio deverá agilizar as medidas de controle da mídia, que tanto o PT vem debatendo para a regulação da imprensa, que certamente terá como modelo os terríveis controles já adotados por países Sul-americanos das correntes bolivariana e socialista, onde a imprensa é simplesmente censurada e impedida de noticiar fatos contrários à cartilha do governo. Não se iludam que a continuidade do governo, logo, mas bem logo mesmo, a lei do ferrolho será aprovada, lamentavelmente.
Não há a menor dúvida de que a candidata não teve a mesma firmeza e bravura em combater os atos de corrupção no seu governo como o fez agora contra a revista, que pode não ter sido a mais ética possível, principalmente por não ter concedido, previamente, o direito de manifestação à petista, para que ela tivesse oportunidade de esclarecer os fatos com a precisão que a sociedade espera que ela o faça, para que possa avaliar a sua postura contra tantas corrupções no seu governo.
O apoio que o povo vem concedendo aos atos de corrupção na administração pública, conforme evidencia o resultado das urnas, demonstra, no mínimo, involução do sentimento de dignidade e moralização que se impõem nos países com o mínimo de seriedade. Nos países evoluídos cultural, social, político, econômico e democraticamente, qualquer sinal de corrupção já é motivo mais do suficiente para a renúncia dos envolvidos, mas, no país tupiniquim, o tsunami da corrupção é normal e apenas passageiro, que ocorre sem qualquer impacto ou abalo na credibilidade do governante, que pode contar com o tranquilo apoio de seus fiéis súditos. 
O Brasil deve ser o único país do mundo onde os atos de corrupção são transformados em virtudes em venefício dos envolvidos, como no caso da própria petista, que já admitiu a roubalheira na Petrobras, cuja precariedade de controle e da gestão administrativa deveria ser atribuída exclusivamente a ela, em demonstração da sua incompetência de continuar no comando da nação, mas, apesar de todo desastre, a presidente ainda conta com significativo apoio da população, que demonstra completa insensibilidade e racionalidade quanto ao ferimento dos princípios da dignidade e da honorabilidade que se impõem na aplicação dos recursos públicos.
 Também fica evidente a irresponsabilidade da presidente, por ter aparelhado ou dado continuidade ao aparelhamento na estatal com as pessoas que causaram a roubalheira, mas não demonstrou capacidade para afastar dela as pessoas indicadas politicamente pelos partidos, dando a certeza de que não haverá limpeza do famigerado aparelhamento da empresa e da gravidade do esquema implantado pelos partidos acusados da rapinagem.
Caso as corrupções ocorressem num país sério, certamente que não tinha mais ninguém no governo, haja vista que a sociedade, nos países desenvolvidos, tem dignidade e maturidade suficientes para entender que governo corrupto não tem condição moral para administrar os negócios do país, porque isso significa a perdição dos princípios da dignidade e honorabilidade. Acorda, Brasil!   
 
           ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
           Brasília, em 28 de outubro de 2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Demagogia e incoerência

O ex-presidente da República petista, como é da sua costumeira forma agressiva, fez críticas ao comportamento do candidato tucano, acusando-o de ter sido desrespeitosa nos debates na TV, afirmando que ele age como filhinho de papai, por não ter se comportado como candidato que deve ter responsabilidade, tendo completado, dizendo que “Eu não sei se ele teria coragem de ser tão grosseiro se o adversário dele fosse um homem”.
O petista acusou o tucano de ter sido agressivo porque a presidenciável petista é mulher, dizendo que a tática dele é partir para a agressão: “Meu negócio com mulher é sempre partir agredindo porque aí a coisa pega mais”. Nessa linha de críticas, o petista também alegou que o tucano não dialogava com movimentos sociais e sindicatos quando governou Minas Gerais: “Todo mundo sabe que o moço é vingativo...).
          As críticas do petista são ferinas, não poupando nem mesmo seu importante aliado, o ex-presidente da República afastado do Palácio do Planalto por impeachment, ao ressaltar que “Este país muitas vezes comete equívocos. Este país, em 1989, com medo de mim, com medo de Ulisses Guimarães, com medo do Brizola, com medo do Mário Covas, muitas vezes, instigado pela mídia, este país escolheu o Collor como presidente da República, dizendo que era o novo. E vocês sabem o que aconteceu neste país”, ou seja, para fazer valer suas agressões, ele leva de roldão e atropela, sem piedade, até mesmo seus correligionários, por mais ilustres que eles sejam, como é o caso do seu amigo senador alagoano, que, no passado, o chamava de corrupto e de outros adjetivos não menos indignos.
O petista ainda disse que, "Quando vejo um homem na televisão ser ignorante com uma mulher, como ele tem sido com a Dilma nos debates, eu fico pensando que se esse cidadão é capaz de gritar com uma presidenta, fico imaginando quando ele encontrar um pobre é capaz de pisar", fato que demonstra irracionalidade e incoerência do petista sobre a análise de outro fato, fazendo ilação apenas para denegrir a imagem do adversário, na tentativa de envolver a questão da pobreza onde ela não se contextualiza. 
Num dos debates, o presidenciável tucano disse em várias passagens que a petista "mente" e que a campanha dela produz ofensas contras os adversários, mas ela revidou dizendo que "Quem mente é o senhor", deixando o clima tenso e nervoso, mas ninguém foi capaz de poupar agressividade, para demonstrar elegância ou educação, porque cada qual defendia seus posicionamentos políticos e que, nas circunstâncias ambos os candidatos deveriam se comportar com dignidade, independentemente da sua sexualidade masculina ou feminina, porque as agressões foram mútuas e ambos deveriam se defender das acusações, em verdadeira exposição apenas de balas trocadas.
Nos momentos mais tensos dos debates, os candidatos trocaram acusações mútuas, que foram rebatidas no calor normal das ofensas de ambos os lados, em que todos estavam ávidos em mostrar que seu adversário mentia ou agredia além da normalidade e de civilidade, em que ninguém tinha razão e muito menos condições de respeitar uns aos outros, porque todos estavam discutindo em nível de igualdade, sendo injusto se afirmar que a mulher ou o homem foi desrespeitado, porque ambos desfrutavam das mesmas condições de igualdade para agredirem e se defenderem, não sendo justo se afirmar que a mulher foi destratada, porque o homem foi igualmente desrespeitado, ou seja, não é justo que os candidatos de acusem mutuamente sem que um ou outro não tenha o direito de se defender à mesma altura da acusação. Nesse caso, devem-se respeitar os direitos individuais, não importando a questão da sexualidade masculina ou feminina, porque ambos os cidadãos, nesse caso, são iguais perante a lei.
No entanto, pelo princípio do petista, a mulher não pode ser agredida, mesmo que ela seja a principal agressora, como no caso foi, se valendo da condição de coitadinha que pode acusar sem ser revidada com a mesma intensidade, esquecendo-se ele que os princípios democráticos estabelecem igualdade de condições para ambos os lados, não importando as condições de possíveis fragilidades, pois todos estão na situação de igualdade.
Impende se observar que, nos comícios e nos palanques, o petista em defesa da perenidade no poder e mais precisamente das benesses que ele proporciona, como o aparelhamento do Estado e o tráfico de influência, que tudo pode em nome do exercício dos importantes cargos públicos eletivos, o petista se comporta como sendo um pobrezinho coitado, com a humildade de um franciscano, o mais despretensioso político da face da terra, mas, a sua realidade não tem sido bem assim, conforme evidencia a sua última passagem pelo Rio de Janeiro, onde teria se hospedado como verdadeiro astro de Hollywood, príncipe saudita ou bilionário capitalista.
Ele faz questão de muito luxo, finesse e sofisticação, a exemplo da sua hospedagem no mais luxuoso e chique hotel do Rio, mais precisamente na suíte mais cara, com diária de R$ 7 mil, com direito a serviço de mordomo, coisa que o pobre ficaria horrorizado só em ouvir que aquele que se diz amigo dos pobres é capaz de se envolver em tamanha extravagância, ao se submeter ao “extremo” sacrifício como esse de glamour incomparável a ser “filhinho de papai”.
Aliás, o papel exemplarmente desempenhado pelo petista, como visto acima, representa com fidelidade a classe política tupiniquim, que não tem o mínimo de pudor ou dignidade no estrito sentido de representante do povo, por se apresentar à sociedade como verdadeiro plebeu, se fingindo de pobre coitado, mas, na realidade, leva vida de autêntico nababo, muitas das vezes à custa do dinheiro dos bestas dos contribuintes, que não têm sensibilidade e o mínimo de consciência sobre o flagelo e a indignidade existentes na classe política, que somente exerce cargos públicos eletivos com o pensamento nas realizações de seus objetivos pessoais, em detrimento das causas da sociedade e do país.
Urge que a sociedade se conscientize sobre a forma demagógica como os políticos se comportam perante a sociedade, se apresentando como legítimo representante do povo, mas não passam de aproveitadores da ingenuidade da população para se beneficiar eleitoreiramente para se manter no poder, a qualquer custo, com a utilização de recursos públicos e de fins nada republicanos, que não condizem com os princípios da dignidade e da honestidade que devem predominar na administração do país. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 27 de outubro de 2014