sexta-feira, 31 de julho de 2020

A quem interessa?

O procurador-geral da República afirmou que a Lava-Jato teve papel relevante na história brasileira, mas, segundo ele, “deu lugar a uma hipertrofia” e que ele “ainda busca transparência do Ministério Público Federal e apontou que a unidade de Curitiba tem 350 terabytes de informações e dados de 38 mil pessoas. Ninguém sabe como foram escolhidos, quais os critérios. Não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos".  

O procurador-geral da República afirmou ainda que “é hora de corrigir rumos para que o lavajatismo não perdure”, além de ter se referido sobre a existência de “caixa de segredos da operação.”.

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz da Operação Lava-Jato, em Curitiba, Paraná, afirmou que “desconhece segredos ilícitos da operação que comandou por mais de quatro anos, destacando que a mesma sempre foi transparente e teve decisões confirmadas por tribunais superiores.”.

Além do ex-juiz da Lava-Jato, um procurador integrante da força-tarefa dessa operação, em Curitiba, também reagiu às falas do chefe do Ministério Público Federal, ao dizer que “transparência faltou mesmo no processo de escolha do PGR pelo presidente Jair Bolsonaro”, eis que ele foi o primeiro indicado à chefia do MPF, em 16 anos, que não constava em lista tríplice formulada em votação entre procuradores.

Na verdade, existe atrito de entendimento entre procuradores federais e a cúpula da PGR, que teve como estopim a diligência promovida por uma subprocuradora, servidora da confiança do procurador-geral, para buscar informações da força-tarefa da operação, em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, sem a apresentação de qualquer motivação plausível para justificá-la, segundo os relatos.

Não obstante, o presidente do Supremo Tribunal Federal determinou às referidas forças-tarefa que apresentassem dados e informações da operação à Procuradoria Geral da República.

Em outra linha de ação, a Procuradoria Geral da República pretende criar a Unidade Nacional Anticorrupção (Unac), para a centralização, em Brasília, do controle de operações que passará para a administração das bases de dados das forças-tarefa para uma secretaria ligada diretamente  à Procuradoria.

O relator dessa proposta, a cargo de um subprocurador, disse ao Estadão ser contra o compartilhamento irrestrito de dados da Lava-Jato com a Procuradoria Geral da República.

O ex-juiz da Lava-Jato já fez críticas às manifestações do procurador-geral sobre a força-tarefa, defendendo a “autonomia funcional” e indicando que falta apoio da cúpula da Procuradoria Geral da República ao trabalho dos procuradores.

Ele disse ao Estadão que "Não entendo essa lógica do revisionismo, como se a Lava-Jato não representou algo extremamente positivo, que foi uma grande vitória contra a impunidade da grande corrupção. Quem ataca a Lava-Jato hoje eu sinceramente não entendo bem onde quer chegar".

Em entrevista recente, prestada ao jornal britânico Financial Times, o ex-juiz disse que o atual “governo usou sua presença na equipe ministerial como desculpa para demonstrar que medidas anticorrupção estariam sendo tomadas”, mas ele “não estava fazendo muito e que esta agenda tem sofrido reveses desde 2018, quando Bolsonaro se elegeu.”.

À toda evidência, nem precisa muito esforço para sentir a brutal diferença da atuação da Operação Lava-Jato, entre os períodos sob o comando do então juiz e depois dele, para se notar que os resultados auferidos em ambos demonstram enormes antagonismos, quando, no primeiro caso, havia verdadeira avalanche de operações em buscas de dados, apreensões e decisões sobre prisão de delinquentes, enquanto depois da saída dele da chefia da operação, dificilmente se fala sobre a efetividade das medidas adotadas por ela, o que bem evidencia a qualidade do trabalho produzido nos citados períodos.

Não se pretende, em absoluto, se atribuir culpa a quem quer que seja, muito menos ao governo, mas não se pode negar que ele, ao contrário, se mostra completamente diferente dos tempos da efervescência da campanha eleitoral, quando defendia, com muito fervor, os trabalhos da Operação Lava-Jato, com a promessa de colocar os corruptos na cadeia.

Tudo isso era verdade, tanto que o presidente eleito escolheu nada mais, nada menos, o então juiz que presidia a competente operação para ser a estrela do seu governo, que perdeu seu brilho e se atrofiou depois que os filhos dele se envolveram em casinhos carentes de investigação sobre fatos que ainda carecem de maiores esclarecimentos, cujos imbróglios contribuíram para o total arrefecimento do ímpeto de purificação da administração pública, ante os casos de corrupção.

É fato que o então implacável juiz fez a opção de sair do governo, por vontade própria, não tendo realizado quase nada contra a corrupção e a impunidade, e ainda viu a nomeação do procurador-geral da República, pessoa da simpatia do presidente do país, que agora tenta e certamente conseguirá desestruturar as unidades da força-tarefa junto aos trabalhos pertinentes à Operação Lava-Jato, tudo em harmonia com o atual sentimento avesso à efetividade das ações de combate à corrupção, que até pode não haver tanto quanto no passado, mas os casos já levantados e ainda em pleno estágio de apuração merecem os maiores apoios, em termos estratégicos e operacionais.

Não há a menor dúvida de que os movimentos em sentido contrario ao fortalecimento da Operação Lava-Jato, como no caso liderado pelo procurador-geral da República, que pensa em enfraquecer por completo os trabalhos das unidades do Ministério Público Federal junto a essa operação, sem indicar um motivo concreto para justificar o esfacelamento das suas estruturas, senão o deliberado desejo de contribuir com o encerramento de trabalho da maior importância de combate à corrupção e à impunidade jamais visto na história do Brasil, dando a entender a clara importância ao ressurgimento da bandidagem e dos criminosos de colarinho branco, algo extremamente deprimente para o interesse público, ante os belos exemplos dados pelo então juiz que ensinou à Justiça brasileira como lidar com os aproveitadores de recursos públicos.

Causa perplexidade o procurador-geral da República falar em desenvolvimento anormal da Operação Lava-Jato, sem apontar exatamente em que sentido, ou seja, sem que ele indique precisamente a causa dessa hipertrofia, que ensejou a sua inexplicável interferência nas unidades que vêm exercendo a sua missão institucional, com reconhecida competência, salvo, ao que tudo indica, com vistas à mudança na sua maneira de atuação, que pode servir para facilitar a atuação de quem se sente acuado na sistemática atual de investigação da força-tarefa, que não dá trégua à criminalidade.

Enfim, os brasileiros honrados, que se acostumaram a aplaudir as exemplares ações desempenhadas pela antiga Operação Lava-Jato, podem ir se adaptando com a nova e contemporânea mentalidade das autoridades públicas incumbidas de zelar pela coisa pública, à vista da evidenciação de seus interesses de silêncio e omissão, em forma de contemplação no sentido de que nada mais possa ser objeto de investigações, pelo menos nos moldes daquelas tão bem realizadas de implacabilidade do passado, conforme o desejo da implantação de nova filosofia de controle, diante da clara censura ao que foi feito anteriormente com bastante sucesso.             Brasília, em 31 de julho de 2020

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Publicação do meu 46° livro

Meu coração volta a sentir o extravasar de muita alegria, com o revestimento da renovação de felicidade, pelo anúncio sobre a conclusão de mais uma importante obra literária que se junta à minha coleção de livros, constituindo reforço de energia para a continuidade da vida, ante a compreensão maior de que Deus me deu o dom de gostar e amar de escrever minhas modestas crônicas.

Penso que cumpro, com fidelidade, o dever cívico e patriótico de comentar, analisar e opinar sobre os fatos da vida, colocando esse pensamento em crônicas diárias, que, segundo entendo, vêm merecendo a aprovação, o incentivo e o carinho de leitores amigos, que se devotam em apoiamento ao que redijo em perfeita harmonia com o assunto em causa.

Agradeço a generosidade de Deus, com intensa satisfação, pela dádiva da exuberante inspiração para escrever e elaborar as minhas crônicas, procurando evidenciar a graça que sempre tem acontecido com o surgimento das mensagens que são a razão maior da vazão natural às ideias colocadas no papel, que me fazem feliz e me animam ao envolvimento continuado e permanente, para o deleite pessoal e o teste da generosa tolerância de seguidores à espreita por novos textos que possam atender ao seu gosto pela leitura e quiçá por novos conhecimentos, porque é exatamente nesse sentido que me proponho a examinar os fatos e sobre eles opinar de forma imparcial e verdadeira.

Diante dessa perspectiva, digo que a enorme motivação para escrever tem sido o combustível que me move e anima a viver com a alegria de tentar, com incansável insistência, organizar ideias e resumi-las em palavras, crônicas e livros, vivendo momentos fantásticos em cada instante da vida, exatamente por eu me inserir nesse mundo mágico, propiciado pela sublime arte de mexer e trabalhar continuamente com as inarredáveis letras do alfabeto pátrio.

É preciso se afirmar que a conclusão de mais uma obra literária me estimula a escrever cada vez mais e isso me mostra que meu coração bate forte de felicidade e diz que se encontra em permanente estado de graças, por merecer o fantástico presente dos deuses da literatura à minha pessoa, por meio da permissão do mínimo domínio da fantástica arte de escrever, sempre com o apetite que me encanta diuturnamente, com o encorajamento do recomeço de mais outro livro que logo mais se desponta para o mundo literário.

Trata-se do meu 46º livro, que tem o título muito sugestivo de “O epistolar de fatos”, cujas crônicas discorrem, como de costume, sobre a análise de fatos da vida, na forma como gosto de interpretá-los, com destaque para as matérias mais importantes do cotidiano, evidentemente sob o meu prisma de avaliação.

Importa se ressaltar que a análise do noticiário político-administrativo merece o foco principal nas minhas crônicas, que é também o interesse natural dos meios de comunicação em geral, diante das calorosas discussões sobre as políticas e os projetos de interesse da sociedade.

São muitos os assuntos modelados e analisados diariamente por mim, compreendendo a abordagem, o esclarecimento e a opinião pessoal, sempre enfocados com minúcia, verdade e imparcialidade, envolvendo temas da atualidade, normalmente com relevância para a sociedade.

Mais uma vez, dou sequência à especial praxe adotada por mim, pela deferência que faço na dedicatória dos meus livros às pessoas importantes e queridas, tendo, desta feita, a felicidade especial de prestar carinhosa e merecida homenagem a personalidade considerada de grande importância para o cenário de Uiraúna, Paraíba, por sua íntima relação de amizade e aproximação com a comunidade uiraunense, por tantos anos servindo a todos, de maneira espontâneo e carinhosa, no fiel cumprimento da sua missão de evangelização e amor ao seu próximo, merecendo eternas lembrança e gratidão de seus conterrâneos.

É com bastante alegria que tenho o privilégio de homenagear, em um de meus livros, que se enriquece de importância, pessoa da minha especial estima e admiração, à vista ter sido merecedor do respeito e do carinho de seus conterrâneos, em razão da sua efetiva participação na vida do povo de Uiraúna, fato este que justifica plenamente esta homenagem, que a faço com o sentimento de sublime agradecimento a quem doou a sua vida à importante  missão de evangelizar e disseminar amor cristão ao seu próximo, em harmonia com os ensinamentos de Jesus Cristo.

Este livro é dedicado, com muita honra, ao querido e saudoso ex-sacristão de Uiraúna, Epitácio Fernandes, grande benfeitor da cidade, como gesto da minha gratidão à pessoa que zelava pela pureza dos princípios religiosos, na sua missão cotidiana de aproximação do homem a Deus e o fez sempre com amor no coração.

A fotografia da capa do livro também é especial, por ostentar a imagem da Igreja Matriz Jesus, Maria e José, que foi usada pelo homenageado como a sua segunda residência, certamente como sendo o seu paraíso terrestre, pelo contato cotidiano com o simbolismo sagrado da presença de imagens de santos e anjos, em experiência para futura santificação, como assim pode ser considerada a sua vida de bondade junto ao seu semelhante.

Eis a seguir a citada dedicatória registrada, com sublime carinho, no meu 46º livro:

                                               “DEDICATÓRIA

“É com satisfação especial que dedico este livro ao conterrâneo Epitácio Fernandes (in memoriam), por ter sido o melhor sacristão que conheci na amada igreja de Jesus, Maria e José, de Uiraúna, Paraíba, aliás, eu só tive notícia dele, nos tempos da minha infância. Embora a função do sacristão tenha ligação direta com o eclesiástico laico, Epitácio só não fazia batizado, primeira comunhão, casamento nem rezava missa, mas era o segundo dono (no bom sentido) da igreja, de quem cuidava como se fosse verdadeira filha dele, já que era solteiro e não tinha a quem dedicar o tanto do seu amor cristão, que aflorava em todos seus poros. Na minha concepção, ele seria eleito a figura símbolo dos sacristãos, ante a sua magistral figura que exercia na plenitude a missão que escolheu para desempenhar com muito amor e inteira dedicação. Lembro-me que ele parecia um leão cuidando, com os maiores zelo e carinho das coisas da igreja, que se mantinha sempre limpinha, organizada e ornamentada, nos melhores padrões de qualidade e tudo sobre a orientação e a supervisão dele, que ordenava o que as pessoas deveriam fazer para que tudo funcionasse perfeitamente em harmonia com as exigências do rigoroso cônego Antônio Anacleto, que gostava de ver que tudo funcionasse às mil maravilhas, a tempo e a hora, no padrão de qualidade sempre elogiado pela comunidade uiraunense. Epitácio fazia o trabalho de uma formiguinha, estando sempre presente em todos os lugares da igreja, providenciando a sua manutenção sob os cuidados necessários à limpeza e à conservação do edifício e das imagens dos santos e anjos, que estavam limpinhas e apresentáveis. Na verdade, o grande e impoluto sacristão da minha época mantinha união perfeita entre ele, o padre Anacleto e a igreja, formando o tríduo perfeito, inigualável e unido na consecução das melhores obras de evangelização, que demonstravam muito gosto em servir com muito prazer a comunidade cristã, que, por sua vez, tinha orgulho de ter uma igreja muito bem cuidada e administrada, por duas pessoas apenas maravilhosas e excepcionais, em termos de interesse em servir com amor o povo cristão. O nosso sacristão mantinha as coisas da igreja na devida organização e na preparação em tudo, inclusive dos paramentos usados pelo padre Anacleto, que, naquela época, já se vestia sob os melhores padrões de qualidade e compatibilidade com os momentos das celebrações eclesiásticas. Em termos de caridade pastoral, ele tinha educação de berço e se comportava como verdadeiro gentleman exemplo de ser humano, em todos os sentidos, em demonstração ao seu amo ao próximo. Uma das grandes virtudes de Epitácio era a paciência para se relacionar com as pessoas, que as tratava com afabilidade, atenção, ternura, respeito e prudência, procurando satisfazer os anseios delas com a maior boa vontade possível. É evidente que ele tinha outras importantes virtudes, como a generosidade e a humildade para a realização dos trabalhos inerentes à sua missão de evangelização, como membro da santa igreja, com a responsabilidade que lhe era atribuída, entre diversificadas outras coisas, de carregar a sagrada Cruz do Clero, que é considerada a hierarquia mais baixa dentro do Clericis Laicos (Bula aprovada em 1296, pelo papa Bonifácio VIII), que também disciplinava a hierarquização no âmbito da Igreja Católica. No geral, Epitácio foi pessoa de impressionante simplicidade, que tratava as pessoas de forma respeitosa e enriquecedora, tendo o dom de ouvir e todos, com cordialidade e carinho, além de procurar ser amigo e próximo das pessoas, de maneira prazerosa, em estrita harmonia com o espírito de cristandade que realmente se esperava de sacristão compreensivo e atencioso para com as pessoas. É preciso se reconhecer a grandeza, como pessoa, desse meu nobre homenageado que levou a vida prestando preciosos serviços destinados ao próximo, se dedicando com muito amor ao povo de Uiraúna, no seu trabalho de pura evangelização, na sua simplicidade que enobrecia a sua importante missão de sacristão sempre atencioso e operoso a serviço de Deus. Epitácio Fernandes é digno do meu reconhecimento por meio desta singela dedicatória, que tenta resgatar um pouco da sua linda história de vida e enaltecer as suas nobres qualidades de um dos mais ilustres filhos de Uiraúna, por ter contribuído para o mais prazeroso culto às coisas de Deus, em uma época em que o progresso ainda era distante e a vida pacata da cidade tinha o mais perfeito e prazeroso sentido de união e irmandade cristãs. Ao patrono dos sacristãos, Epitácio Fernandes, dedico minhas sinceras e justas homenagens de agradecimento, por seu feito maravilhoso de evangelização, em evidente demonstração de puro amor ao povo da sempre querida Uiraúna.”.

Com o meu muito obrigado.

          Brasília, em 30 de julho de 2020

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Em defesa da Operação Lava-Jato


O procurador-geral da República afirmou que a força-tarefa da Lava-Jato, em Curitiba, Paraná, é uma "caixa de segredos. Em todo o MPF (Ministério Público Federal) no seu sistema único tem 40 terabytes. Para o funcionamento do seu sistema, a força-tarefa de Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas com seus dados depositados, que ninguém sabe como foram escolhidos. Não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos.".
Ele ainda disse que, recentemente, foram descobertos 50 mil documentos invisíveis à corregedoria, com o que "Não podemos aceitar 50 mil documentos sob opacidade. É um estado em que o PGR não tem acesso aos processos, tampouco os órgãos superiores, e isso é incompatível".
As investidas mortais contra a Operação Lava-Jato vêm sendo praticadas de maneira meticulosa, culminando com a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, quando determinou que os procuradores enviem à PGR os dados de investigações já colhidos pela operação, incluindo as forças-tarefas de Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.
O procurador-geral disse que "A nossa maior preocupação foi reconduzir (o MPF) à sua unidade. Não permitir que haja um aparelhamento desta instituição, que importa em segregação de muitos membros, que não concordam com este modus de fazer política institucional.".
Ele também declarou que buscou construir essa compreensão de unidade para, entre outros objetivos, acabar com "privilégios que alcançaram pequenos grupos, que partilharam de viagens internacionais, partilharam de favores, de cursos, de cargos".
O procurador-geral alega que a atual gestão abriu oportunidades para que os segmentos da carreira possam mostrar sua capacidade e ter realização profissional.
Normalmente, é compreensível, em termos de racionalidade administrativa, que as mudanças significativas nas estruturas operacionais e funcionais dos órgãos públicos tenham, pelo menos, razoáveis e plausíveis justificativas capazes do mínimo de convencimento perante a sociedade, o que parece não ser o caso em comento, porque não qualquer evidência de que os fatos elencados pelo dirigente do Ministério Público tenham causado algum prejuízo aos trabalhos dos órgãos da Lava-Jato ou prejudicado o desempenho da Procuradoria Geral da República, no seu contexto maior, em termos do dever institucional.
No caso do procurador-geral, fica muito evidente atitude sem a menor razão de ser, salvo em face de demonstração oportunista de intervenção em segmento da Procuradoria Geral da República que funciona com visíveis competência e eficiência, que realmente tem sido capaz de causar ciumeira de quem não atrai tanto interesse da sociedade, ou seja, pretende-se mexer em órgão que realmente funciona com bons resultados, certamente graças aos mecanismos operacionais próprios para as suas atividades.
Não faz o menor sentido o procurador-geral criticar a existência de elevados dados, que são próprios dos arquivos inerentes ao seu trabalho de investigação exclusivamente indispensável à execução das tarefas sob a sua incumbência constitucional, a justificar a sua existência sob o seu domínio, que em nada interfere nos trabalhos do Procuradoria Geral da República, fora da Lava-Jato.
Ou seja, trata-se de manobras com claros objetivos de intervenção nos trabalhos dos procuradores da Lava-Jato, sob alegações estranhas e absurdas que não condizem senão com outros objetivos muito claros da tentativa de obstaculizar os trabalhos de equipe extremamente competente e consciente sobre o significado do combate à corrupção e à impunidade, que pode sim ser motivo de incômodo e contrariedade por parte de quem gostaria muito que essa forma de trabalho do Ministério Público tenha ritmo mais discreto ou até mesmo que ele seja extinto de vez, para que volte, o mais rapidamente possível, o paraíso tupiniquim da impunidade generalizada.´
A propósito, um senador por Alagoas reagiu, no Twitter, às manifestações insensatas e levianas do procurador-geral, que também teria dito “ter chegado a hora de acabar com o lavajatismo”, com o que o parlamentar retrucou no sentido de que o chefe do Ministério Público usa o “garantido de araque como fachada para beneficiar os bandidos que roubam o país desde sempre”.
O senador ressaltou que “Vamos denunciar a atuação cínica do PGR como porta-voz dos ataques à Lavajato, tentando esconder sob o manto de um garantismo de araque os reais interesses de quem sempre quis estancar a sangria e zerar o jogo, beneficiando os bandidos que roubam este país desde sempre.”.
O senador alagoana afirmou, em conclusão, que “a corrupção não é questão de ideologia, mas sim de caráter. A soma de corrupção e impunidade destrói os sonhos de um Brasil mais justo. Repetem o roteiro italiano, onde o casamento de corruptos, oportunistas e populistas espalhados nos 3 Poderes sepultou a operação Mãos Limpas.”.
Causa enorme indignação pessoa ser escolhida a dedo para comandar o Ministério Público Federal, tendo por uma das finalidades a tentativa de blindagem dos contumazes corruptos que sangram os cofres públicos e ainda podem vir a ser premiados com a banalização da  impunidade.
Aliás, impende rememorar que uma das bandeiras da campanha eleitoral do atual mandatário brasileiro era justamente o combate à corrupção, mas, estranhamente, depois de eleito, até que ele teve iniciativa das mais elogiáveis, que foi a nomeação do ex-juiz da Lava-Jato para cuidar da área incumbida da execução das políticas de combate à corrupção e à impunidade, mas foi só e nada mais aconteceu contra atos de corrupção e o desastre nesse sentido se consumou, em definitivo, com a exoneração de quem poderia e se esperava que seria o trunfo do governo para sepultar de vez a corrupção no Brasil.
Ou seja, umas das armas poderosas para a conquista de votos, sem dúvida, foi a promessa da dureza e da implacabilidade na luta contra a corrupção e a impunidade, mas o que se vê é essa acintosa campanha do procurador-geral da República adotando medidas tendentes ao enfraquecimento dos mecanismos de combate à corrupção, mas, a despeito da necessidade de contestação contra tal atitude, não se houve única voz do presidente do país em defesa do fortalecimento dos instrumentos capazes de proteger o patrimônio dos brasileiros.
Os brasileiros honrados e dignos precisam se conscientizar sobre a imperiosidade, no âmbito da sua responsabilidade cívica e patriótica, de se repudiar os atos tendentes à fragilização das ações de combate à corrupção e à impunidade, se aplaudir as autoridades públicas que se encorajam em defesa, com bravura e destemor, das instituições que se dedicam corajosamente a proteger o patrimônio dos brasileiros da rapinagem dos aproveitadores e se implorar por ações das autoridades da República quanto à defesa da Operação Lava-Jato, de modo que o seu trabalho seja considerado relevante para os interesses do país, diante da necessidade da moralização e da purificado da administração pública, por meio da intensificação, do estímulo, do apoio e da valorização dos princípios da moralidade, dignidade e honestidade na gestão da res publica.
          Brasília, em 29 de julho de 2020  

O carinho de tia Francisca

De repente, recebi surpreendente e importante mensagem da amada tia Francisca, dizendo precisamente o seguinte: “Meu querido sobrinho Antônio, nesta tarde vão as minhas preces, meu reconhecimento, agradecimento, gratidão. Palavra chave e única para você. Você que me faz feliz e alegra. Bençãos e muitas bençãos para você. A sua família também envio bençãos, todos são queridos e amados por mim. Não os conheço, seus filhos homens, porém, tenho o mesmo carinho, assim como Aline que conheço. A todos o meu carinho e grande beijo! A você obra principal e primordial na família e para todos que lhe conheci. Jesus cure todos os seus problemas, mesmo sem ter graças a Deus. Esteja com você e você com ele. A tia Francisca vem trazer o meu carinho, dedicação, amor sem limite. Meu beijo no seu coração lindo e generoso!”.
Em resposta à atenciosa mensagem de ternura, eu disse à querida tia Francisca que sou muito grato por seu abençoado carinho à minha pessoa, em especial às suas preces a Deus para que tudo aconteça e se encaminhe da melhor maneira possível, nos planos celestiais.
Sinto a necessidade de suas preces, porque sei perfeitamente que Deus ouve exatamente àqueles que clamam pelo bem do seu próximo e a sua oração é atendida e correspondida, em atenção ao seu desejo de propiciar o melhor para todos.
Agradeço tanto por isso como por ser pessoa abençoada muitíssimo pelo merecimento da valorização do meu semelhante e de ser generosamente beneficiado com as graças de Deus de puder contar com o carinho das pessoas, como a senhora, que sempre demonstra o seu amor às pessoas que gosta.
Peço a Deus que ouça sempre as suas preces e que elas sejam objeto de beneficiamento do bem, tanto para as pessoas a quem a senhora se refere como, em especial, para a senhora e sua querida família mais próxima.

Que assim seja, na melhor vontade de Deus. Beijo no seu coração.                                  
Brasília, em 29 de julho de 2020

terça-feira, 28 de julho de 2020

O preço da degeneração moral


Em discurso em reunião on-line do Diretório Nacional do PT, o ex-presidente da República petista disse que o partido ressurgiu no cenário político e "está mais vivo do que nunca”.
          O político declarou que o PT se prepara para vencer as eleições gerais de 2022 e voltar a presidir o Brasil, tendo afirmado, em tom de recado para seus adversários políticos, “Para aqueles que têm medo do PT, saibam que estamos nos preparando para voltar em 2022 a voltar a governar esse país e isso começa por conquistar prefeituras importantes”.  
O petista disse ter a impressão de que o PT recuperou a vontade de lutar, “a força de brigar pelas coisas certas, que em alguns momentos que parecia que a gente tinha perdido. O PT ressurge no cenário político. O trabalho que estamos fazendo demonstra que o PT está mais vivo do que nunca”.  
O ex-presidente usou como exemplos desse movimento a atuação dos parlamentares petistas na Câmara dos Deputados para a aprovação da ampliação do Fundeb nessa semana e a formulação, por parte de dirigentes partidários, de propostas para a retomada econômica no país.
Um desses projetos, o Mais Bolsa Família, foi apresentado na aludida reunião do diretório e deve chegar em breve ao Congresso Nacional, para discussão.
O petista disse que “Vamos mostrar que o PT soube fazer no passado, sabe fazer no presente e está se preparando para fazer cada vez mais no futuro”.
Para quem não conhece a verdadeira história desse partido, convém rememorar um pouquinho do que esse ilustre cidadão foi capaz de protagonizar quando ele era presidente da República.
Conforme fatos devidamente investigados, apurados e julgados pela Justiça brasileira, no governo desse cidadão, dois importantes e monstruosos escândalos tomaram conta do noticiário político-policial, diante da constatação de intensa roubalheira a cofres públicos, tendo por finalidade a compra da consciências de inescrupulosos parlamentares, em troca de apoio aos projetos do governo, no Congresso Nacional, conforme o caso conhecido por mensalão, que resultou no julgamento dos atos irregulares e na prisão de importantes envolvidos na roubalheira.
Tempos depois, houve a descoberta de esquema com a mesma engenhosidade de desvio de dinheiro público, também operado no governo desse político, porém em dimensão estratosférica, ante o desvio de bilhões de reais para finalidades diversas, entre as quais o financiamento milionário de campanhas eleitorais, tendo por finalidade a perpetuidade no poder e a dominação das classes política e social, cujos recursos foram desviados dos cofres da Petrobras, conforme estratagemas desvendadas pela Operação Lava-Jato, que ficaram conhecidas popularmente por petrolão.
Diante das evidências das irregularidades, muitos aproveitadores de recursos públicos foram julgados e condenados à prisão pela Justiça brasileira, entre os quais importantes políticos, executivos, empresários e outros desavergonhados assemelhados, em razão de não terem conseguido provar as suas inocências com relação aos casos irregulares, a exemplo desse importante político, que não teve dignidade para assumir seus atos censuráveis, quando as provas são palpáveis e substanciais, mas a sua índole inclina-se para a intransigente defesa de inocência, mesmo que os fatos mostrem o seu envolvimento nos atos inquinados de irregulares, diante das consistentes decisões em primeira e segunda instâncias da Justiça, sem que nenhum juiz, entre mais de dezena tenha votado em sentido dissonante, ou seja, a favor do político, o que somente demonstra a consistência da materialidade da culpa firmada sobre os fatos denunciados à Justiça.
Causa enorme perplexidade o petista-mor vir a público dizer que há “força de brigar pelas coisas certas...”, sem que, em momento algum nem ele nem ninguém do partido tenha tido a dignidade, a humildade, a hombridade de reconhecer a monstruosidade que a gestão liderada por esse partido causou não somente aos cofres públicos, mas, em especial, aos princípios republicano e democrático, de modo que só a aceitação em si da fraqueza moral não resolveria a questão da pouca-vergonha pelo desvio de conduta e caráter dos homens públicos, que precisam sempre ser exemplo de correção e honestidade quanto ao zelo da coisa pública, mas, em especial da demonstração de que a lição tem o condão de contribuir para se evitar que a aniquilação moral havida é certeza da mudança de mentalidade em somente agir sob a prevalência da observância dos princípios da nobreza ética e moral.
Não passa de integral leviandade a afirmação de se querer “brigar pelas coisas certas”, quando nada foi demonstrado sobre o que sejam as verdadeiras coisas certas na acepção da filosofia socialista, porque o sentimento que se tem é o de que não houve a assunção sobre a culpa pelos gravíssimos erros com relação aos escândalos de que tratam os esquemas do mensalão e petrolão, como se as graves irregularidades fossem apenas normais, ante a frieza e a naturalidade como assunto tão degradante, ante o sentido da moralidade pública, sempre foi encarado, em forma de desdém e insignificância à sua importância no contexto da gestão pública, dando a entender que eles não fizeram nada de errado, em terem se beneficiado indevidamente de recursos públicos, conquanto, na visão deles, os pobres incorretos são exatamente aqueles que se incomodam em achar crime em algo absolutamente normal, sob a ótica de seus protagonistas do mau, quando nunca tiveram a dignidade de assumir nada do que foi apurado de errado, à luz dos princípios da legalidade, da moralidade e da honestidade.
Na verdade, não faz o menor sentido se falar que “O PT ressurge no cenário político.”, porque ele simplesmente nada fez, em termos de moralização, de reconhecimento de seus indignos e repugnantes atos desabonadores dos princípios republicanos, no sentido da promoção da limpeza e da purificação das sujeiras praticadas por meio do monstruoso desvio de recursos públicos, marca indelével de quem perde completamente a confiança da população com o mínimo de sentimento de moralidade sobre a coisa pública, a merecer a eterna desconfiança da sociedade, enquanto nada for feito em demonstração do valor ético-moral, em termos de aceitação da culpa e do compromisso de que não há a menor possibilidade sobre a reincidência da desgraça praticada contra o patrimônio dos brasileiros.
Sem que nada tenha sido feito em relação aos fatos horrorosos protagonizados por esse cidadão, no sentido de se mostrar o reconhecimento sobre os fatos danosos e o desejo de nunca mais cometê-los diante do tanto que eles representam de indignidade perante a sociedade, qualquer iniciativa de ressurgimento do partido precisa ser reconhecido e compreendido apenas como desejo oportunista de se manter em atividade com os mesmos ideais de quando foram praticados os atos eivados de irregularidades, eis que nada foi feito no sentido de mostrar a mudança da sua índole, em termos de arrependimento e de correção de rumos ideológicos.
Pode até ser possível a afirmação do petista de que “(...) estamos nos preparando para voltar em 2022 a governar esse país (...) (sic)”, mas, com absoluta certeza, diante dos fatos nebulosos acontecidos na gestão presidencial do partido, mais precisamente no que se referem os citados escândalos, os brasileiros que defendem a rigorosa supremacia dos princípios da ética, da moralidade, legalidade, da honorabilidade, do decoro, entre outros, na gestão dos recursos públicos vão demorar séculos para se prepararem para nova governança dessa agremiação.      
Os brasileiros honrados, que primam pelas decência, ética e moralidade na administração pública, princípios estes que repelem os famigerados escândalos representados pelos mensalão e petrolão, compreendem que a participação desse partido na vida política nacional, ante o seu maléfico e consagrado histórico de gestão deletéria, de péssimo exemplo para a sociedade, contribui sobremodo para a fragilização dos princípios republicano e democrático.   
          Brasília, em 28 de julho de 2020

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Em defesa dos princípios democráticos


Vem circulando nas redes sociais vídeo que mostra a imagem dos presidentes dos Estados Unidos da América e do Brasil, atrás de duas taças simbolizado de 1° e 2° lugares, respectivamente para posicionamento dos citados mandatários, sob a expressão, verbis: “Mortes por Corona Vírus (sic)”.
Impressiona bastante a frieza com que as pessoas aparentemente sem o menor sentimento cristão ou humanitário aderem, pelo visto, levianamente e de forma prazerosa, à causa visivelmente sem qualquer possibilidade de contribuir senão para a tentativa de destruição graciosa da imagem de autoridades políticas mundiais.
Fica patenteado que os participantes de espetáculo insensato e deprimente como esse, pretendendo, em síntese, a eliminação da face da terra de pessoas importantes, no contexto político mundial, estão fazendo uso de mecanismo certamente inventado pelo homem, com o deliberado propósito de apenas contribuir para o bem da humanidade.
Infelizmente, as mentalidades malignas aproveitam das facilidades da tecnologia para exibirem o seu comportamento irracional e desumano, a troco de absolutamente nada, senão procurar satisfazer seu nefasto egocentrismo ideológico para desejar o máximo de maldade às pessoas que são da sua declarada antipatia, como no caso dos presidentes americano e brasileiro.
As pessoas de bem, que torcem por que prevaleçam a bondade e a força positiva no mundo, como a necessária irradiação de focos ardente de luz cristalina, radiante e saudável, ficam a imaginar quão seria maravilhoso se essas pessoas que fazem questão de disseminar ideias malignas e perversas  percebessem que o seu trabalho tem o poder de mostrar a monstruosidade das trevas que existe no seu coração e na sua mente, quando elas poderiam usar instrumentos tão poderosos como a internet e redes sociais para a verdadeira finalidade de ser útil ao progresso da humanidade, com a irradiação de ideias sadias conclamando a bondade, a generosidade e o amor entre os homens.
A verdade é que já está bastante provado que não se trata de ingenuidade querer permanecer nas trevas, quando se pratica deliberadamente algo horroroso como nesse caso, de se desejar a morte do seu semelhante, mesmo que houvesse alguma justificativa plausível para tanta malvadeza mental e proposital.
É evidente que nada pode respaldar desejo monstruoso ínsito das pessoas, no claro e direto desejo da morte do seu semelhante, talvez apenas em razão deste fazer ou deixar de fazer algo contrário ao pensamento ideológico desses trogloditas da internet.
É bem de se notar que seja normal, compreensível e justo que as autoridades políticas possam ser julgadas pelas leis e Justiça dos homens, em face das falhas ou dos desvios de conduta vinculada aos relevantes cargos que exercem, porque é assim que se deve proceder nas nações civilizadas e organizadas, em termos jurídicos e constitucionais.
A opção natural de ser bom, compreensível, tolerante, enfim, civilizado em  respeito às regras do sistema político adotado no Brasil, como o da República democrática, não condiz com a barbárie de se preferir adotar a truculência, a destruição de políticos, em harmonia com o sistema irracional que se associa à ideologia socialista, como parece que que é o caso dessas pessoas de mente deformadas, que deveriam se envergonhar de compartilhar vídeos com essas nojentas e degradantes politizações contrárias à dignidade dos sentimentos humanitários e da cristandade, que têm como princípio o respeito ao homem e à sua integridade.
O direito de divergir de quem não se gosta, como no caso das pessoas ou do governo, por força de ideologia, precisa ser respeitado e garantido, de mão-dupla, tendo por base o princípio sacralizado no Estado Democrático de Direito, que dispõe sobre o engrandecimento do exercício supremo da cidadania, que precisa se manter em equilíbrio e harmonia com os objetivos humanitários, em que as pessoas precisam ser tratadas em ambiente de paz, respeito, tolerância e amor, independentemente das ideologias, que fazem parte do precioso sistema do livre-arbítrio concedido ao ser humano, mas que precisa ser usado com inteligência e racionalidade.
Como não causar dor no coração quando as pessoas se acham no direito de condenar sumariamente seu semelhante, apenas em razão do sentimento ideológico, como se essa filosofia tivesse poder para pensar em maldade, inclusive em destruição de vidas e o mais grave ainda sob a imaginação de que isso pode ser considerado normal, quando a malvadeza é obra do demônio e das mentes malignas e contrárias aos princípios humanitários?
Na atualidade, o direito à comunicação e à expressão precisa sim ser assegurado com plena liberdade, de maneira direta e espontânea, mas, ao mesmo tempo, com a obrigatoriedade de reciprocidade e igualdade de tratamento, em termos de respeito e amor aos princípios cristãos e humanos, como forma de valorização de seus sentimentos, que são da maior importância para o desenvolvimento da humanidade.
Urge que os brasileiros se conscientizem de que o sagrado direito de se cultuar qualquer forma de filosofia de vida tem como pressuposto também o respeito à dignidade da vida do seu semelhante e o acatamento ao pensamento ideológico divergente, porque é nesse sentido que se opera o imprescindível aperfeiçoamento dos preciosos princípios democráticos.
Brasília, em  27 de julho de 2020

Importante incentivo de Chaves


Escrevi recente crônica para agradecer, de maneira carinhosa, os apoiadores aos meus textos, como no caso das pessoas que se manifestam em solidariedade às minhas crônicas e ainda daquelas que os curtam e de tantas outras que, por conveniência pessoal, apenas os apreciam, na preferência ou na conveniência do anonimato, que também é igualmente muito importante, em termos da conscientização cívica e da cidadania, quando todos irmanados defendem corajosamente causa de expressiva relevância para os interesses da comunidade.
Diante disso, o dileto amigo Orlando Chaves da Costa se expressou, de maneira extremamente gentil, ao dizer que “Estarei sempre do seu lado meu irmão querido. Conheço seu carácter e sei como você se conduziu na vida pública. Hoje como ontem você é a mesma pessoa e defende o melhor para o nosso país. Concordo plenamente com seus antigos. É um privilégio ser seu amigo. Tenha uma ótima noite abençoada pelo Pai Criador junto aos seus familiares.”.
Em resposto à importante mensagem, eu disse ao querido irmão Chaves que é maravilhoso receber suas palavras de apoio e estímulo, por virem de pessoa com o seu sentimento de civismo extremamente elevado, que prima pela valorização da verdade e da moralidade.
Fico muito feliz em continuar merecendo nota elevada sob o seu acurado critério de avaliação, sempre muito justo, ponderado e carinhoso.
Certamente que as suas palavras são recebidas por mim como forma de incentivo muito especial.
Que Deus continue a abençoar você e sua família. Muito obrigado
Brasília, em 26 de julho de 2020

O valor da credibilidade


Em razão da crônica da minha lavra, versando sobre a defesa da Comarca de Uiraúna, que fora incorporada à de Souza, ambos municípios da Paraíba, muitas pessoas se manifestaram em apoio ao meu texto.
A conterrânea Lourdes Duarte se expressou, de forma carinhosa, dizendo que “O senhor Adalmir, passa muita credibilidade as pessoas por tudo que fala... o mundo precisa de mais pessoas assim. Às vezes fico triste, porque em alguns aspectos Uiraúna parou no tempo e ninguém tem coragem de lutar para mudar isso...”.
Em resposta à atenciosa mensagem, eu afirmei, em agradecimento às palavras de estímulo ao meu trabalho literário, na forma de atribuição de credibilidade ao que escrevo e principalmente por minha firme e decisiva disposição em defesa dos interesses do povo de Uiraúna.
Sem qualquer dúvida, é para mim motivo de orgulho em puder contribuir com a minha experiência para formular ideias e ajudar na orientação do que for necessário e estiver ao meu alcance, para a melhoria das condições de vida de meus conterrâneos, a quem eu tenho lembrado, até de forma insistente, sobre a imperiosa necessidade do despertar da letargia daquela população, para, enfim, se atentar para a realidade dos fatos, no sentido da conscientização sobre o interesse em lutar por seus direitos, inclusive fazendo emprego do poderoso instrumento democrático, por meio do voto, que precisa ser valorizado, em especial nos pleitos municipais.
Para tanto, essa esperança pode se efetivar logo em breve, quando há possibilidade da renovação política no próximo pleito para prefeito, caso seja realmente do interesse da população em mudanças, com vistas à melhoria das condições de vida da comunidade.
Não há a menor dúvida de que o momento é ideal para que os eleitores passam formular seus pleitos aos candidatos, levando a eles as suas reivindicações, se possível,  por escrito e exigindo resposta deles, também por escrito, para o fim de cobrança, se necessário.
No momento, a prioridade é para a garantia da prestação dos serviços de saúde pública e a participação do povo mais próxima do prefeito e vice-versa, de modo que essa aproximação possa contribuir para a solução, na medida do possível, dos problemas sociais que precisam ser sentidos de perto por quem tem competência para saneá-los .
Muito obrigado por seu apoio, senhora Lourdes Duarte, ao meu trabalho literário, com a minha promessa de que serei eterno cuidadoso com as coisas de nossa querida Uiraúna.  
Brasília, em 26 de julho de 2020

domingo, 26 de julho de 2020

Onde estão os filhos de Uiraúna?


Em razão da crônica que escrevi em defesa da Comarca de Uiraúna, a prezada conterrânea Maria José Batista escreveu mensagem em apoio ao meu texto, tendo se manifestado nestes termos: “Que Pena! Onde estão os Políticos que foram Eleitos com os Votos dos Uiraunenses?”.
Em resposta à aludida mensagem, eu pedi permissão à senhora Maria José para indagar onde estão os verdadeiros filhos dessa amada terra dos pássaros pretos, com tantos ilustres talentos, que poderiam muito bem colocá-los à disposição dela nos momentos como este de dificuldade, que se encontra à mercê de ajuda, de socorro, de cuidados, à espera de alguma solução ou do encaminhamento de pleitos capazes de mostrar interesse na defesa das causas da terra natal?
É compreensível que nem todos os uiraunenses tenham disponibilidade para ficar o tempo todo cuidando sozinho por causa que é de todos, mas, em nome do amor à terra natal, acho que vale a pena alguma forma de contribuição, na formulação de alguma ideia que possa ajudar para se encontrar caminhos possíveis para a solução dos graves problemas que estão sempre surgindo e não podem ficar sem o adequado tratamento, com vistas à busca das medidas compatíveis aos casos que estão surgindo.
Conforme penso e entendo, não é só na base do grito que as questões são resolvidas, pois é preciso que haja ação no sentido de se encontrar adequado saneamento aos casos que afetam os interesses da sociedade.
Convém que os recursos sejam feitos de forma precisa a se atingir os objetivos pretendidos, a exemplo do caso da Comarca, que, a meu juízo, somente se resolve com recurso bem formalizado, mostrando os fundamentos que sopesem em termos de prejuízo à comunidade e principalmente que o benefício propiciado à Justiça é certamente insignificante, talvez em termos financeiros inexpressivos, que não compensa penalizar tão drasticamente as cidades afetadas, com a população de mais de vinte mil habitantes.
Então é preciso que essa providência seja tomada o mais rapidamente possível, de maneira competente e eficiente, como forma de defesa dos interesses da sociedade.
No caso específico do deslocamento da Comarca de Uiraúna, para funcionar em conjunto com a de Souza, acredito piamente que tenha havido recurso pertinente, mostrando não somente a maneira que evidencia visíveis incômodo, inadequação e injustiça da medida, mas, em especial, os prejuízos causados à população, que terá enormes dificuldades em procurar a defesa de seus direitos, em meio a transtornos e dificuldades de deslocamentos, entre outros entraves resultantes da mudança em apreço.
Brasília, em 26 de julho de 2020

A interpretação do dever cívico

Diante da crônica que escrevi em defesa da Comarca de Uiraúna, a nobre conterrânea Lourdes Duarte escreveu mensagem muito tocante, em apoio à minha arte literária, tendo dito que, verbis: “Como sempre os seus textos, Sr. Adalmir são belos e de muita reflexão! É lamentável ver a nossa Uiraúna regredindo e os políticos assistindo tudo isso na ‘praça dando milho aos pombos...’ literalmente!”.
Em resposta à tão cativante mensagem, eu disse que ficava feliz que a senhora, Lourdes Duarte, interprete meus singelos textos como algo merecedor de reflexão.
Isso tem o condão de me estimular à busca cada vez mais do aprimoramento sobre o que escrevo, como forma de, pelo menos, continuar a merecer o apreço de meus ilustres conterrâneos.
Quanto ao caminho inverso que foi imposto à querida Uiraúna, a senhora tem toda razão em reafirmar o lamentável processo de regressão político-administrativo daquela cidade, quando, pelo povo lindo, como os nossos contemporâneos, que ajudaram a construí-la e desenvolvê-la, com muito sacrifício, e a atual geração, não merece passar por situação tão difícil como vem acontecendo nos últimos tempos, pelo tanto de episódios lastimáveis  jamais imaginados que poderiam acontecer em muito pouco tempo.
Dante de tantas calamidades, não tem alternativa senão a de o povo daquela cidade se conscientizar sobre a necessidade de se imaginar, criar e escrever outra história bem diferente para Uiraúna daquela que foi protagonizada nesses últimos tempos.
               É preciso, sobretudo, se pensar na revolução dos costumes, partindo da ideia de que o conformismo com a gestão administrativa, com o poder soberano, dominado por absoluta oligarquia, na mão de velho cacique, não foi bom negócio senão para o grupo dominante, enquanto o povo e a cidade tiveram que arcar com pesado bônus, tendo ficado com o que restou do pior de anos de domínio político, conforme mostram os fatos, que são incontestáveis e que precisam servir de lição para a construção de nova classe política, com a verdadeira conscientização de que as atividades políticas são extremamente importantes e que elas precisam ser valorizadas justamente por parte dos homens públicos que as integram.
Convém que a população de Uiraúna saia do eterno comodismo e diga que a ordem agora é de mudança de mentalidade, para que seja possível a implantação da administração municipal com a participação do povo, em que todos se interessem e se integrem ao esforço de contribuição para o soerguimento e a reconstrução de uma nova Uiraúna, sob a filosofia de que a cidade chegou ao fundo do poço e precisa urgentemente ser reestruturada política e administrativamente, para se permitir a reconquista da autoestima e da dignidade do seu povo.
        Brasília, em 26 de julho de 2020

O poderoso valor o voto

Diante de crônica que escrevi, logo no início do ano, em longo texto versando sobre a preocupante precariedade da saúde pública em Uiraúna, Paraíba, uma atenta e preocupada cidadã uiraunense escreveu importante comentário que me inspirou a tecer outras considerações sobre esse importante tema.
A presente crônica estava alinhavada, aguardando a aproximação da campanha eleitoral ou, mais propriamente, da elaboração dos programas de trabalho dos candidatos, que podem perfeitamente contar com as importantes sugestões da população, a par da sua compatibilização com a ávida ansiedade demonstrada pela realização de benfeitorias nas suas localidades, mas, sem dúvida alguma, a construção do hospital merece prioridade e tem sido o empenho de todos nesse sentido.
Essa cidadã, em tom de indignação e desabafo, disse que “É lamentável mesmo primo! Com tantos Uiraunenses políticos e influentes não são capazes de fazer algo pela população em prol da saúde! Educação! Etc. E Que foram eleitos pra governar! E não cumprem!”.
Em resposta a essa importante mensagem, eu disse, à ocasião, que ela tinha total razão em estranhar que pessoas influentes, principalmente na política e na medicina não demonstrassem o menor interesse em melhorar as condições de saúde da população de Uiraúna, preferindo, ao contrário, aproveitar o caos generalizado para se promover, em termos políticos, no sentido de tentar forma de iniciativa que possa contribuir para valorizar-se por meio de ato que apenas faz parte do seu dever como agente público.
Considero da maior gravidade uma terra que até pouco tempo era  comandada por médico experiente se conformar com simples unidades de saúde, para a realização de pequenos e corriqueiros atendimentos, apenas em nível ambulatorial e emergencial, quando os casos graves somente são socorridos a quilômetros da cidade e ainda em forma de favores, a depender basicamente da disponibilidade e das condições, pondo em risco, em muitos casos, a vida de pessoas, quando tudo poderia ser resolvido na própria cidade, se tivesse hospital de verdade, em condições para o imediato atendimento, na qualidade que bem merece o povo de Uiraúna.
Sei que meu insistente, veemente e até estridente grito de socorro não vai resolver nada nem contribuir absolutamente para  nada, porque as pessoas que podem e têm influência certamente nada vão fazer no sentido da busca dos recursos necessários à construção do cogitado hospital à altura do povo de Uiraúna, justamente para não contrariar seus inconfessáveis interesses políticos.
Na verdade, quem realmente tem condições de construir o hospital de Uiraúna é o seu povo, na compreensão do poder do seu voto, que tem força suficiente para eleger seus representantes, justamente a partir do entendimento de que a sua vontade pode determinar que alguém seja sensibilizado a compreender as permanentes agruras de quem precisa urgentemente da prestação da saúde pública, de preferência do conforto na própria cidade, que nada mais é que o atendimento da obrigação constitucional do Estado de prestá-la aos brasileiros.
Para tanto, bastaria apenas que os eleitores dissessem que seus votos serão destinados ao candidato que realmente se comprometer em conseguir os recursos necessário à construção e à manutenção do hospital de Uiraúna, com, pelos menos, 50 ou 60 leitos e especialidades médicas compatíveis com os hospitais regionais e que possam atender, de forma completa e satisfatória, às suas necessidades básicas de saúde pública, sem necessidade de precisar sair da cidade à busca de assistência à saúde
Há pacífico entendimento de que não há a menor hipótese da construção do ansiado hospital se o povo não se empenhar bravamente nesse sentido ou, então, permanecer placidamente conformado com essa triste e indesejável situação, com a reiterada mendicância da assistência feita pelos hospitais de Souza e Cajazeiras e outras cidades.
Esse é, sem dúvida, verdadeiro estado de humilhação para o povo da maior dignidade, que não merece continuar padecendo diante da falta de hospital que é dever constitucional do Estado e só depende do empenho e da boa vontade de homens públicos que realmente possam compreender perfeitamente o tamanho das agruras que isso implica e que queiram mostrar o seu amor ao povo de Uiraúna.
É preciso que os uiraunenses se conscientizem sobre a necessidade de lutar com muito empenho, na busca do compromisso por parte dos candidatos à Prefeitura da cidade, de modo que eles possam ser verdadeiramente sensibilizados para a necessidade da priorização da construção do hospital de verdade para Uiraúna, porque somente eles podem eleger como prioritária a realização da principal obra para a solução de um dos mais graves problemas que afligem a população em geral, desde o feto em geração até as pessoas mais idosas.
Agora, não tem o menor cabimento que, diante da indiscutível calamidade da saúde pública, alguém se julgue no direito de tentar ser o salvador da pátria com a liderança de projeto referente a hospital, que se apresenta em condições de extrema fragilidade para a sua implementação, à vista, principalmente, da insuficiência dos recursos financeiros e do seu acanhamento em termos de tamanho, que, à toda evidência, não corresponde às expectativas de unidade de saúde com as especialidades, leitos, equipamentos e demais elementos em plenas condições de atendimento aos casos de maior complexidade, em nível comparável aos hospitais regionais e a demonstrar a plena satisfatoriedade esperada pela população uiraunense.
Convém sim que, qualquer medida tendente à construção de hospital, que ela possa ser apenas em situação que se ofereça em condições condignamente à altura do povo de Uiraúna, em respeito à sua grandeza, que, por certo, não merece, a bem da verdade, nenhuma unidade de saúde improvisada, em forma que apenas opere como medida paliativa, a justificar apenas o tanto tempo pela falta de algo que a população ressente como essencial à vida, porque isso não passa da demonstração de comodismo como agente público, desrespeito à grandeza do povo e injustificável irresponsabilidade de administrador que precisa ser  cônscio sobre a imperiosidade da satisfação do interesse público, tendo a obrigação de priorizar os melhores serviços públicos para bem comum da população.
          Brasília, em 26 de julho de 2020

Responsabilidade cívica

Diante da crônica que escrevi em defesa da Comarca de Uiraúna, que fora incorporada à de Souza, muitas pessoas se manifestaram em apoio ao meu texto.
Cito aqui a mensagem da distinta conterrânea Aline Maria que se expressou na ocasião, dizendo, em relação à minha pessoa, precisamente o seguinte: “As suas crônicas nos fazem refletir muito sobre tudo, espero em breve que possamos ver bons resultados e exemplos de luta em relação ao que anda acontecendo na nossa cidade, não tenho muita esperança, porque nos últimos acontecimentos tudo ficou do mesmo jeito, sem luta e acredito que o Fórum, MP, hospital tb não vai ser diferente.”.
Em resposta à aludida mensagem, eu disse que tenho compromisso em lutar permanentemente por nossa terra natal, porque eu sinto que falta alguém, em Uiraúna, para defender os interesses da população, independentemente de ideologia.
Posso afirmar que eu seria essa liderança para exigir que o poder público seja fiel cumpridor do dever de prestar serviços públicos com qualidade, presteza e a maior responsabilidade possível, não precisando que ninguém ficasse o cutucando para que algo fosse executado.
Convém lembrar que os representantes do povo foram eleitos exatamente para trabalharem e lutarem em defesa da população que sempre precisa de cuidados quanto aos seus anseios de cidadania.
Lamento resgatar clássico ditado popular que muito se aplica ao povo de Uiraúna, com todo respeito, diante do seu comodismo com tudo que tem acontecido ali de desagradável, sem que haja a menor reação, para, pelo menos, mostrar que o povo não fez nada errado para ser castigado, em referência à falta da água, por exemplo, em que não houve senão um diminuto movimento de protesto, promovido pela oposição, toda orgulhosa, por ter tido a proeza de ter, pela primeira vez da história de Uiraúna, segundo foi publicado, reunido umas trinta pessoas para dizerem à autoridade máxima da cidade que a população, não somente eles, estaria na iminência de ficar sem o precioso líquido, quando ainda pingava água escassa e fedorenta nas torneiras.
O mais certo teria sido que toda população tivesse corrido para a frente da sede municipal, para gritar palavras de repúdio pelo indiscutível descaso do poder público, que foi extremamente omisso com relação à falta da água, ao deixar que eclodisse o desastre, sem que nenhuma solução emergencial fosse tentada, ao menos.
Refiro-me ao ditado que diz que todo povo tem o governo que merece, notadamente porque ele vem aceitando pacificamente a decadência da gestão pública naquela cidade, conforme mostram os fatos, e simplesmente aceita esse estado de calamidade como sendo normal, dando a entender que também reclamando nada será providenciado para mudar o status quo.
Gostaria muito que essa mentalidade de inadmissível comodismo fosse transformada em conscientização do povo sobre os seus direitos de exigir dos representantes políticos mais espírito público, no sentido de que eles se coloquem no lugar de seus eleitores.
É preciso se compreender que a delegação promulgada nas urnas pelo povo precisa ser valorizada como compromisso da correspondência que deve existir entre eles, em forma de trabalho voltado para a satisfação do bem comum, a justificar tudo que os candidatos prometeram na campanha eleitoral, de ser fiel representante do povo, mas, infelizmente, depois de eleitos, o que se vê é esse quadro dantesco de desprezo e irresponsabilidade, em que quase sempre ninguém dá as caras para, ao menos, discutir os problemas enfrentados pela população.
Muito obrigado, prezada amiga Aline Maria, por sua atenção muito respeitosa ao meu trabalho literário e ao reconhecimento acerca da minha dedicação em defesa do povo da querida Uiraúna.  
          Brasília, em 26 de julho de 2020

sábado, 25 de julho de 2020

Agradecimento aos apoiadores


Agradeço, de maneira carinhosa, os apoiadores, em especial os uiraunenses, aos meus textos, como no caso das pessoas que se manifestam em solidariedade às minhas crônicas e ainda daquelas que os curtam e de tantas outras que, por conveniência pessoal, apenas os apreciam, na preferência ou na conveniência do anonimato, que também é igualmente muito importante, em termos da conscientização cívica e da cidadania, quando todos irmanados defendem corajosamente causa de expressiva relevância para os interesses da comunidade.
Na verdade, penso e assim posso afirmar, com bastante convicção, que, pelo tanto de apoio recebido, aqui e acolá, os textos que dizem respeito aos interesses de Uiraúna são muito mais do povo que demonstra verdadeiro amor a Uiraúna, que quer defender e lutar pela efetiva melhoria dessa querida cidade, tão distanciada de muitas conquistas sociais em seu benefício, que já poderiam estar presentes às suas vidas, há bastante tempo, se houvesse maior engajamento de todos em causas comuns.
Espero que essa poderosa corrente do bem seja, enfim, abraçada pelos conterrâneos e possa despertar o interesse geral pela conscientização de que o progresso de Uiraúna somente haverá de acontecer, mais facilmente. se todos se unirem e, juntos, defenderem as causas justas que são da competência imanente do poder público, para propiciá-las aos brasileiros, não por favor, mas sim por dever constitucional e legal.
Também acredito no amadurecimento da consciência dos homens públicos, que precisam sintonizar suas atenções em direção à realidade do momento, que acena para a necessidade de urgentes mudanças de comportamento, a exigir deles a postura natural de serem cativantes e operosos servidores defensores e construtores de tudo que diz respeito ao interesse da população, para o estrito devotamento à causa pública e à satisfação das exigências sociais, com total e determinante abdicação do domínio do poder pelo poder, que tem sido, na maioria dos casos, infelizmente, a razão maior de seus objetivos na política.
Com os meus agradecimento e respeito ao povo da querida Uiraúna, esperando continuar merecendo o carinho de todos que apreciam meus modestos textos.
          Brasília, em 24 de julho de 2020

Aderência perigosa


A Câmara de Vereadores de Uiraúna aprovou, por unanimidade, a abertura de crédito adicional, em atendimento à solicitação do prefeito da cidade, no valor de aproximadamente quinhentos e quarenta mil reais, que se destina, nos termos da justificativa municipal, à reforma do edifício sede da Secretaria Municipal de Saúde, cujo prédio, depois de renovado, passará a funcionar o que foi denominado de “Hospital Municipal de Uiraúna”.
Em análise mais fria sobre essa importante questão, as atenções da população se voltam, a partir de agora, para a efetiva suplência dos serviços inerentes à saúde pública, conforme o esperado por todos.
          A respeitável decisão em referência, sob a ótica de quem defendia a construção de hospital de verdade para Uiraúna, no entendimento de que o seu povo merece algo de qualidade bem superior ao projeto concebido pelo gestor público, que se mostra extremamente distanciado de unidade de saúde completa, moderna e bem equipada com múltiplas especialidades médicas, leitos suficientes à demanda, com materiais apropriados de ponta e compatíveis com os hospitais regionais públicos, para o atendimento normal da população, com precisão e qualidade.    
Não obstante, a aludida decisão, que é definitiva e soberana sobre a definição do hospital que merece o povo de Uiraúna, pode oferecer algumas importantes lições, sob a ótica da avaliação sobre as possíveis ilações, consequências e repercussões decorrentes do seu significado.
Em primeiro lugar, é possível se inferir, com base em dados concretos, que somente seja possível em Uiraúna, com todo respeito à perspicácia, à inteligência e à experiência dos homens públicos dessa cidade, se conceber as instalações adequadas para o funcionamento de “hospital”, que, por certo, se destinará à prestação dos serviços de saúde pública à população da cidade, com montante de recursos tão insignificante e irrisório de quase R$ 540 mil, a ponto de se imaginar que, com tal valor sequer tenha condições para a construção de casa razoável para a moradia de família mediana de cinco pessoas.
Acredita-se mesmo que, nessa questão, o pior, o mais grave e terrivelmente doloroso é se perceber que os homens públicos, os principais políticos dirigentes e líderes do poder público, que dominam os poderes da cidade, tenham chegado à simplista conclusão e, ainda por unanimidade, que a população de Uiraúna tem tão somente o merecimento, para o atendimento da sua saúde, de unidade básica de saúde, apenas com instalações melhoradas e ampliadas, em relação às já existentes na cidade, com a alguma possibilidade da existência de alguns médicos e equipamentos a mais do que às demais do gênero.
Diante disso, causa enorme perplexidade não haver a voz de nenhum homem público, um médico, um empresário, um operário, um cidadão contrário ao chamado “hospital” planejado pela prefeitura, mesmo diante da sua aparente timidez e notórias limitações para unidade de saúde com essa finalidade, que, em princípio, se imaginava, pelo menos no meu caso, que o povo de Uiraúna merecia o hospital e jamais esse que acaba de ser definido pelos ilustres homens públicos, todos felizes e contentes com a sua verdadeira obra-prima, que apareceu se encaixar perfeitamente nos seus projetos políticos da situação e da oposição, à vista do semblante em delírio de todos, ante as colocações afirmativas deles, em escancarada unanimidade.
Essa minha insistência com a argumentação de hospital de verdade tem como justificativa, com bastante fundamento de inglória persuasão, a longa demora da privação dos serviços de saúde pública na cidade, que precisava sim ser ao menos recompensada com gesto da maior nobreza, em termos desses serviços em grau elevado e condizente com a grandeza da população.   
Malgrados os melhores presságios nesse sentido, o sentimento que se tem, à toda evidência, é o de que os políticos da oposição estão realmente maravilhados e com o moral nas alturas, radiantes por terem, como forma responsável, como assim alegam, aprovado a abertura do crédito especial do valor de quase R$ 540 mil, destinado à reforma de prédio com área de quase 1.000 m2, que é inferior a um vão do edifício onde moro, em cristalina demonstração de gloriosa vitória para o povo de Uiraúna, contando, certamente com a sua compreensão por algo que certamente será explorado e aproveitado, em termos políticos, pelo autor do projeto mágico, sob a alegação de ter a iniciativa do “hospital” para o seu povo.
Ou seja, agora, a oposição, toda radiante e feliz, por ter aderido, sem a menor resistência e sem se atinar para as armadilhas preparadas contra si, ao “maravilhoso” projeto do prefeito, que vai puder subir aos palanques e anunciar aos quatros cantos que a iniciativa do “hospital” é dele e por isso merece ser reeleito, para continuar realizando grandes obras para o povo, a exemplo desse “esplendoroso hospital”.
O prefeito também poderá dizer ao povo, na campanha eleitoral, que somente ele tinha projeto para a melhoria da saúde pública, porque, se alguém tivesse alguma ideia nesse sentido, mesmo nessas condições medíocres, à visto do que penso para meus conterrâneos, certamente que jamais teria aprovado o crédito adicional senão depois da eleição, com a proclamação do resultado das urnas.
É inacreditável que, nas circunstâncias, à vista da necessidade de se evitar a quebra da igualdade entre os candidatos, o prefeito, que é candidato natural à reeleição, ter conseguido autorização para abrir crédito adicional para possibilitar início de obra que é considerada verdadeiro milagre, em termos de saúde pública, logo na proximidade do pleito, justamente graças ao poderoso apoio da oposição, que ainda conta vitória por seu ato heroico de liberar obra que vai se transformar em precioso trunfo para a campanha eleitoral dele e disso ninguém se iluda, porque o povo avalia ato concreto.
Acreditando-se que a realização de obra de peso, concomitantemente com o pleito eleitoral, em especial referente à saúde pública, onde ela inexiste, jamais seria possível em qualquer outra cidade fora de Uiraúna, tendo logo a aquiescência da oposição, com rara facilidade, à vista do visível favorecimento concedido dada de mão beijada ao autor da ideia.  
Nas circunstâncias, a verdade precisa ficar consignada, ao meio dessa estranha e incontida euforia, é que parece muito mais alívio para os políticos que não tinham projeto decente para a saúde pública de Uiraúna, tanto que aceitou, com ar de ufanismo, o projeto acanhado, improvisado e acomodado em edificação existente, com a comemoração se fosse a coisa mais impressionante para o merecimento dos uiraunenses, que realmente vão ficar eternamente agradecidos, diante do esforço e do empenho por esse “hospital”, que será de extraordinária importância para a cidade, cujo povo já até acostumou-se em se sacrificar à busca de assistência médico-hospitalar fora da cidade e qualquer coisa é sim motivo de aplausos por parte dos homens públicos, que sempre se mostraram omissos aos anseios da população, principalmente acerca das carências da saúde pública.
Como nada entendo de política, fica a impressão de que, depois da certeza de que Uiraúna terá o “hospital” que os homens públicos acham que o povo merece, ninguém quer ficar com a imagem suja perante os eleitores, quando a oposição, com medo de perder a simpatia deles, canta pseudovitória depois da decisão em apreço  e não para de alegar, sem perceber seu grave erro, que nunca foi contrário ao projeto do prefeito, como se ele fosse o melhor dos mundos, quando ela perdeu excelente oportunidade para apresentar proposta referente ao hospital de verdade, com melhores condições do que esse encampado por ela, tendo, com isso, deixado de garantir tranquila vitória no próximo pleito eleitoral.
Enfim, se o povo de Uiraúna está feliz e satisfeito com os nobres e bravos homens públicos que o representam, na melhor compreensão da clássica afirmação de que o povo tem o governo que merece, resta-me aplaudi-los com o calor do meu amor à minha terra natal.
Brasília, em 25 de julho de 2020