segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Defesa da democracia?


O Partido dos Trabalhadores anunciou, como forma de boicote ao novo governo, que seus deputados e senadores eleitos não participarão da cerimônia de posse do presidente da República, em 1º de janeiro.
Nos termos da nota expedida pelo partido, o resultado das urnas é legítimo, mas "isso não impede (o PT) de denunciar que a lisura do processo eleitoral de 2018 foi descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad".
O partido também diz que a ausência na cerimônia é ato de resistência, em protesto a "discursos e ações que estimulam o ódio, a intolerância e a discriminação. Não aceitamos que tais práticas sejam naturalizadas como instrumento da disputa política". 
A nota esclarece que, no dia 1º, dia da posse do novo presidente eleito, apoiadores do ex-presidente da República petista planejam fazer atos em defesa da democracia, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde o petista se encontra cumprindo pena de condenação pela Justiça, de doze anos e um mês de prisão, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A assessoria do PT não confirmou se haverá a participação de parlamentares nas manifestações no dia 1º, em Curitiba.
Trata-se de anúncio de medida completamente inócua e desnecessária, quando se sabe que boicote, no estrito sentido etimológico da palavra, nada mais é do que se recusar a ter relações ou afinidades com determinada situação, conforme o caso, que funciona como manifestação de protesto, em termos negativos, em contestação contra quem se destina o ato supostamente hostil.
No caso de que se trata, essa forma de pseudo protesto caiu como uma luva nos interesses do presidente eleito, haja vista que ele certamente sentir-se-ia extremamente angustiado se o PT tivesse anunciado, ao contrário, que participaria da posse dele, uma vez que, em termos políticos, o novo mandatário do país pretende ver a distância os integrantes petistas, diante da ojeriza dele às suas lideranças.
Ou seja, a declaração da presidente do PT funcionou como auspiciosa medida em favor do novo presidente, em razão da ausência de integrantes desse partido na solenidade da sua posse.
A verdade é que seria boicote extremamente desagradável e, ao contrário, se a sigla petista tivesse decidido que participaria do evento de posse, tamanho teria sido o desgosto desse comunicado, diante da ferrenha animosidade existente entre ambos, demonstrada pela polarização consolidada na campanha eleitoral, em que o futuro presidente se beneficiou eleitoralmente, em razão dessa situação de muita animosidade política.
Agora, há o sentimento de puras inverdades sobre a denúncia de descaracterização da lisura do processo eleitoral, quando se sabe que o impeachment transcorreu em absoluta constitucionalidade, em consonância com os princípios da legalidade democrática, tendo sido placitado pelo Supremo Tribunal Federal, que convalidou os atos adotados pela respectiva comissão, ao negar todos os recursos impetrados pela então presidente da República, que realmente incorreu no crime de responsabilidade fiscal, conforme manifestação do Tribunal de Contas da União, que deu parecer contrário à aprovação das contas da petista, diante da constatação da prática das “famosas” pedaladas fiscais, que é o pagamento de despesas do Estado mediante o empréstimo de dinheiro de banco oficial, que é prática vedada por disposições legal e constitucional.
No caso da proibição da candidatura do ex-presidente da República petista, nunca houve tanta legitimidade para que ele ficasse fora da disputa eleitoral ao Palácio do Planalto, ante a constatação do imperativo legal de que não se admite candidatura de pessoa ficha-suja, em razão de disposição normativa constante da Lei da Ficha Limpa, com a prescrição de que o condenado em segunda instância da Justiça fica automaticamente inelegível, que era o caso do petista, na ocasião, por ter sido condenado, em janeiro de 2018, a doze anos e um mês de prisão, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com relação ao caso da propina referente ao tríplex de Guarujá (SP).
No que se refere à denúncia sobre a manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato do PT, todas as empresas já atestaram que não houve essa prática criminosa em nome do candidato que sido acusado de forma indevida.
A nota protesta contra o que o PT chama de "discursos e ações que estimulam o ódio, a intolerância e a discriminação. Não aceitamos que tais práticas sejam naturalizadas como instrumento da disputa política", o que constitui outra notória incoerência por parte dele, uma vez que já existe a tutela de quem institucionalizou o famigerado sentimento de ódio, ao martelar com a disseminação do ”nós” contra “eles”, muito bem antes do pleito eleitoral, demonstrando a sua marca de ódio e intolerância contra aqueles que não comungam na cartilha do regime socialista.
Não passa de verdadeira brincadeira de mau gosto a afirmação de que “apoiadores do ex-presidente da República petista planejam fazer atos em defesa da democracia, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), (...)”, quando se sabe que, nem nas republiquetas, se pode confundir defesa de democracia, que tem como princípio a soberana vontade popular, edificada em sentimento de pureza, licitude, dignidade, decoro, probidade, moralidade, com a atitude de explícitas idolatria e adoração a pessoa maculada, condenada e trancafiada por prática de crimes gravíssimos contra a sociedade, fato este que representa tão somente a antítese dos salutares princípios norteadores e vetores da democracia.
Em síntese, a nota petista é mais uma claríssima demonstração de prepotência e indevida tentativa de resistência à cristalina realidade dos fatos, evidenciando enorme dificuldade em compreender a real dinâmica dos verdadeiros princípios democráticos, resultantes da força da vontade soberana dos brasileiros, que foi revelada nas urnas eletrônicas, em veementes repúdios aos desmandos, aos atos de corrupção e, enfim, à esculhambação e à desmoralização implantadas na República tupiniquim.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 31 de dezembro de 2018

Estradas perigosas?


A Polícia Rodoviária Federal contabilizou 1.166 acidentes em rodovias federais, somente no período de 21 a 25 de dezembro, feriado prolongado de Natal, durante a Operação Rodovida, ou seja, em apenas quatro dias houve mais de mil e cem acidentes com veículos automotores.
O mais grave é que, nesse curtíssimo período de operação intensificada, os acidentes deixaram, pasmem, 89 mortos e 1.485 feridos em todo o país, conforme espelha o seguinte resumo: Pessoas fiscalizadas: 155.600; Acidentes: 1.166; Acidentes graves: 303; Feridos: 1.485; Óbitos: 89; Testes de alcoolemia: 59.963; Flagrantes de alcoolemia: 1.907; Autos de infração por falta de cinto de segurança: 5.807; Autos de infração por falta de capacete: 946; Flagrantes de condução de crianças fora da cadeirinha: 1020; Flagrantes de uso de celular ao volante: 271 (Fonte: Polícia Rodoviária Federal).
Em uma cidade do Rio Grande do Sul, morreram quatro pessoas em acidente entre um carro e um ônibus, sendo que o passageiro do ônibus que morreu estava sem o cinto de segurança e foi arremessado do veículo, o que mostra a importância do uso desse equipamento obrigatório, como nesse caso, que possivelmente poderia ter salvo uma vida, se a pessoa morta tivesse usando o cinto de segurança.
Ainda nesse reduzido período, a PRF registrou mais de 70 flagrantes por hora de condutores fazendo ultrapassagens irregulares e perigosas, em rodovias federais.
Não obstante, o que não causa mais a menor surpresa é a extraordinária quantidade de flagrantes de 72.725 registros por excesso de velocidade.
As ações de fiscalização também focaram a ingestão de bebida alcoólica ao volante – durante os quatro dias, foram 1.907 autos de infração para motoristas que dirigiram após ingerir bebida alcoólica, fato que representa um flagrante em cada 21 testes de bafômetro aplicados.
Impende notar que, nessa fiscalização, foram registrados 5.807 motoristas sem o uso do cinto de segurança, 946 autos de infração para motociclistas sem o uso de capacete e 1.020 motoristas trafegando com crianças sem cadeirinha, que são equipamentos obrigatórios, em termos de segurança de tráfego de veículos, por contribuírem para se evitar maiores danos, em caso de acidente.
Em comparação com o feriado de Natal de 2017, que teve um dia a menos em relação a este ano, a PRF registrou 1.352 acidentes, com 79 mortes, o que mostra igualmente alto índice de mortalidade nas rodovias federais.
As estatísticas mostram que as rodovias federais de mão-dupla têm maior incidência de acidentes, em razão da sua precariedade, diante da má conservação, com o aparecimento de buracos e falta e/ou deficiência de sinalização, tendo como consequência maior ocorrência de acidentes graves e a constatação de 79% das mortes no trânsito.
No Brasil, só 17% das rodovias são duplicadas, fato que contribui enormemente para o surgimento de muitas mortes no trânsito, o que não se justifica mais, na atualidade, diante dessa triste realidade de tantos acidentes e perdas de importantes vidas, ficando patente a visível irresponsabilidade das autoridades incumbidas das políticas públicas de cuidados das rodoviárias federais, que precisam priorizar o saneamento das precariedades nesse setor, principalmente onde acontecem os maiores danos irreparáveis às vidas, tendo em vista o tanto de recursos que são arrecadados justamente para a finalidade de construção, manutenção, fiscalização e outras situações pertinentes às rodovias e estradas do país.
Não há a menor dúvida de que a quase totalidade dos acidentes nas rodovias poderia ter sido evitada se houvesse priorização de políticas públicas, com vistas à implementação das medidas voltados para cuidados indispensáveis à eficiência dos sistemas rodoviários, além de intensificação e abrangência da cultura das pessoas sobre a necessidade da evolução da educação no transito, de modo a haver o devido respeito às regras sobre o correto uso das rodovias nacionais.
Diante do altíssimo índice de alcoolemia, com a constatação de 1.907 casos, em apenas quatro dias, obviamente somente na amostragem aplicada, porque seria extremamente impossível se aplicar a medida na totalidade dos motoristas, convém que sejam terminantemente proibidos o transporte em veículos particular e a venda nas estradas federais, estaduais e municipais de bebidas alcoólicas, sob pena de apreensão do produto e aplicação de multa duríssima aos infratores, com o que certamente haveria drástica diminuição dos acidentes e das mortes nas estradas.
À toda evidência, urge que se dê basta à terrível política de tão somente se levantar, anos a fio, dados sobre as mazelas das estradas, abrangendo chocantes estatísticas sobre os acidentes e as mortes, porque isso apenas tem o condão de mostrar, de forma indubitável, não somente o infortúnio das vítimas e seus familiares, mas, em especial, o gigantismo das irresponsabilidade e culpa dos governantes, englobando mais diretamente as autoridades públicas incumbidas da implementação das políticas referentes às questões das rodovias nacionais, inclusive as indispensáveis e extremas necessidades da segurança no tráfego de veículos.
O certo é que fica a incontestável certeza de que a desgraça nas estradas vai continuar a acontecer se a Polícia Rodoviária Federal apenas ficar insistindo, sem propugnar por nenhuma solução, repetindo seus infrutíferos levantamentos sobre as desgraças pertinentes às perdas de vidas, que poderiam ser evitadas se houvesse conscientização globalizada sobre as responsabilidades do Estado e dos motoristas, por via de movimentos para despertar a necessidade da valorização da vida humana.
De qualquer modo, as estatísticas têm sua importância de evidenciar que, infelizmente, a terrível e crônica situação de extrema precariedade nas estradas é fato institucionalizado e o  seu saneamento depende da conscientização das instituições públicas e dos usuários das rodovias nacionais, porque a continuidade dessa esculhambação somente demonstra a sua passividade e fragilidade da percepção sobre as mazelas do sistema rodoviário nacional, da irresponsabilidade dos governantes e da insensibilidade das pessoas, que conseguem admitir a existência de algo tão prejudicial à valorização da vida, quando deveriam repudiar tão triste situação passível de saneamento.
É muito importante se atentar para a leviandade das pessoas, no quesito desrespeito ao limite de velocidade, que tem sido algo absurdo e alarmante, fato que mostra o quanto os brasileiros precisam evoluir muito para a conscientização de que o estabelecimento do parâmetro de velocidade é algo de extrema necessidade, exatamente como medida prudencial para se evitar acidentes e enormes perdas de vidas, que precisam ser reduzidas e até eliminadas do cenário rodoviário nacional, porque é notoriamente importante que os próprios condutores de veículos se interessem em tornar o tráfego de veículos em nível tanto quanto evoluído, em termos de respeito às regras de regência, como também no sentido de civilidade, em consonância com o sentimento de valorização da vida.
Ousa-se até, para a importantíssima preservação da vida, sugerir que os veículos automotores, inclusive motocicletas, fabricados sob a orientação brasileira, tenham velocidade máxima por eles alcançados o limite máximo da maior velocidade permitida nas rodovias nacionais, o que vale dizer que nenhum veículo poderia desenvolver, nas estradas nacionais, já controlado e limitado no velocímetro, por exemplo, 120 km, se a maior velocidade permitida e  estabelecida em norma de trânsito for com base nessa velocidade, com o que haveria maior controle sobre os abusos praticados por quem não respeita as regras sobre tráfego de veículos.
Ademais, não faz o menor sentido que o Estado regulamente a velocidade máxima em, por exemplo, 120 km e os veículos possam alcançar até, pasmem, 240 km, o que demonstra cristalina demonstração de brecha para permissividade, desmoralização e esculhambação do sistema rodoviário nacional, quando se estabelece limite de velocidade nas estradas, mas os veículos podem desenvolver até o seu dobro, dando margem de que o descumprimento dessa norma convém ao governo, diante da possibilidade da aplicação de multa àquelas que avançarem o limite de velocidade, fato que conspira negativamente contra as autoridades públicas incumbidas da aprovação das normas pertinentes ao tráfego de veículos e também daquelas que as executam, porque todos têm o mesmo poder decisório sobre o estabelecimento do limite de velocidade nas rodovias como também nos próprios veículos.
Trata-se de incongruência que precisa ser solucionada com a devida urgência, como forma de preservação e valorização de vidas humanas, além da evidência de civilidade, à vista do integral respeito às salutares normas aprovadas para o bem dos brasileiros.
Por fim, em se tratando de perdas de vidas humanas e também de deformações em corpos de pessoas, em muitos casos por causa da negligência de autoridades públicas, que deixaram de adotar medidas da sua incumbência institucional e legal, conviria que houvesse a responsabilização cabível desses agentes públicos, quando ficasse devidamente comprovado que o sinistro teve por causa deficiência resultante de ação ou omissão do poder público.
Por óbvio, diante da possibilidade da responsabilização de agente público, nas circunstâncias indicadas acima, muitas falhas e deficiências seriam solucionadas nas estradas nacionais e, de consequência, muitas vidas poderiam ser preservadas.            
Embora as pesquisas apontem que 96% dos acidentes de trânsito são causados por imprudência e negligência de pessoas, é importante que sejam urgentemente avaliados os parâmetros sobre o funcionamento e as condições do conjunto do sistema rodoviário nacional, envolvendo a identificação dos graves problemas existentes e o planejamento para a urgente execução das necessárias medidas destinadas à solução dessa gravíssima questão de abrangência nacional, tendo em conta a importância não somente da vida das pessoas, mas também da integridade física daquelas que são envolvidas nos acidentes de trânsito.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 31 de dezembro de 2018

domingo, 30 de dezembro de 2018

Aplausos para o presidente da República


Depois de decidir que não concederia indulto natalino este ano e de voltar atrás, agora o presidente da República houve por bem anunciar que não vai mesmo haver indulto de Natal, também conhecido como perdão de pena para presos condenados pela Justiça, considerados de bom comportamento.
Em tese, o presidente poderia editar o decreto pertinente até o último dia do ano, enquanto estivesse no cargo presidencial.
De acordo com assessores próximos ao presidente, se ele tivesse optado pela concessão do perdão, a intenção era tomar a decisão ainda neste domingo, com vistas à publicação do ato no "Diário Oficial da União", ainda na vigência de seu governo.
Logo depois do Natal, o presidente do país tinha decidido conceder o indulto natalino, com a exclusão do benefício para os condenados por prática de corrupção, principal ponto das críticas ao decreto do ano passado, que foi objeto de impugnação pelo Supremo Tribunal Federal, que ainda pende de solução por parte desse órgão.
Diante desse impasse, o presidente ouviu opiniões de especialistas, refletiu e optou por não assinar o decreto, conforme informação prestada por fonte palaciana.
Como a questão não foi solucionada pelo Supremo, o presidente havia decidido, antes do Natal, que, este ano, não concederia indulto, em que pese o perdão de pena já fazer parte da praxe presidencial, no mês de dezembro, mas a Defensoria Pública da União resolveu apelar ao mandatário da nação, no sentido de que o indulto ele compreendesse que o indulto é medida com capacidade para aliviar o sistema carcerário, que se encontra assoberbado de presos, fato que o fez recuar da sua decisão, tendo resolvido reavaliar a questão do indulto, chegando agora ao entendimento definitivo de não se conceder o benefício em apreço, certamente por ter entendido que os destinatários realmente não fazem jus ao prêmio natalino.
Impende se aduzir que o presidente da República eleito já se manifestou com muita clareza sobre a questão referente a indulto, tendo afirmado, com nítida objetividade e bom som, que não haverá perdão de pena no seu governo, ou seja, os condenados são obrigados a cumprir a sua pena, sem essa de benefício que o justifique, em termos penais.
Na esperança de que a decisão em referência é realmente definitiva, pode-se louvar a sábia decisão presidencial, por se tratar de medida absolutamente compatível com o momento político brasileiro, em que a população honrada anseia pela moralização do Brasil e o perdão de pena aplicada pela Justiça vai em flagrante contramão desse sentimento, que diz respeito à necessidade ao duro combate à criminalidade, à violência e à impunidade, quando o objetivo primordial acena para o sentido contrário, de colocação de delinquentes na prisão e jamais da liberdade de quem já se encontra preso.
Por mais que mais que os presídios estejam superlotados com presos, o indulto jamais deveria ter amparo em deficiência do sistema penitenciário ou carcerário brasileiro, porque uma coisa não tem justificativa para a outra, porque a soltura de presos afeta diretamente a segurança da população, que não pode pagar pelas mazelas que precisam ser resolvidas por quem tem incumbência de cuidar, com competência, dos sistemas pertinentes, de modo que a sociedade não tenha que ser cada vez mais prejudicada pelo caos que impera com a indiscutível falta de segurança pública, a despeito de que compete ao Estado, ex-vi do disposto no art. 144 da Constituição Federal, garantir aos brasileiros a manutenção da ordem e da segurança públicas e isso precisa ser rigorosamente observado por quem de direito.
Diante de muitas críticas feitas ao presidente da República, pelo menos no caso particular do indulto, é preciso que os brasileiros reconheçam a sua decisão feliz, sensata e equilibrada, no apagar das luzes do seu governo, deixando de beneficiar, com indevido perdão, sob o prisma de pura justeza, exatamente quem não faz por merecer prêmio algum nesse sentido, tendo em vista que a medida alcançaria pessoas que praticaram maldade contra a sociedade, cujo ato se transformaria em explícito deboche às vítimas delas, que não têm mais como se beneficiar de absolutamente nada, vindo do governo, que sequer se preocupa sobre os danos causados pelos criminosos alvo do indevido e imerecido perdão, que, desta feita, felizmente, não será concedido, para o bem dos brasileiros honrados.    
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 30 de dezembro de 2018

O amor ao semelhante


Atitude de policial militar em São Vicente, no litoral de São Paulo, acabou viralizando nas redes sociais, depois que ele observa um garoto fazendo malabares em meio a turista de fim de ano, na Baixada Santista.
O soldado percebeu que a criança estava com fome e, diante da circunstância, ele fez pequena trégua no seu trabalho normal de patrulhamento de ruas, para oferecer lanche para o garoto, cuja atitude chamou atenção dos transeuntes, tendo comovido as pessoas que presenciaram o fato.
O flagrante foi registrado por moradora do município, cujas fotos sobre o ocorrido foram postadas em alguns perfis nas redes sociais, que contribuíram para a comoção de pessoas, merecendo múltiplos compartilhamentos e reações.
Uma senhora disse que o menino já é conhecido naquela localidade, onde ele faz os malabares no mesmo local, há alguns anos, na expectativa de ganhar alguns trocados.  
Ela disse que "Já tinha visto ele várias vezes al. Soube que já tentaram ajudá-lo. Alguns dizem que ele tem alguns problemas familiares, mas ninguém sabe ao certo".
Essa senhora contou que passeava pela orla da praia quando decidiu parar em um quiosque e foi quando se deparou com a cena, em que o PM trazia o garoto, e o sentou em uma das mesas e depois "Vi ele pegar um cardápio, e aí o menino escolheu um lanche. Ele pagou e nem esperou o garoto acabar. Deixou-o comendo".
Diante disso, ela achou por bem se dirigir ao policial, para lhe dar os parabéns pela atitude, tendo concluído: "Ele disse que não tinha sido nada, mas eu fiz questão de registrar e postar".
A referida senhora declarou que “divulgar o episódio foi uma forma de mostrar às pessoas um outro lado da polícia. Muitos têm preconceito e criticam a PM. É difícil elogiarmos atitudes de policiais. Então, quando a gente vê o lado bom de um policial, precisa parabenizar e elogiar".
A visão positiva dessa senhora teve o reforço de outro relato parecido, que ela disse ter ouvido de uma amiga, comerciante no mesmo bairro, de que "Ela estava indo trabalhar e viu outros policiais dando água para as crianças que ficam na rua. Eles veem essas crianças ali, elas não são invisíveis".
A autora dessa expressiva mensagem de amor cristão acredita que outras iniciativas deveriam ser tomadas para que as crianças que vivem na rua possam ser normalmente ajudadas e de maneira mais efetiva, porque "Precisamos entender o que está acontecendo para esse menino ficar tanto tempo na rua, afinal já são muitos anos ali. Falta entender e investigar. Dessa vez o policial ajudou. E depois? Quem vai ajudar?".
A verdade é que os policiais militares merecem o maior respeito dos brasileiros, porque eles são igualmente seres humanos que têm sensibilidade bastante aguçada, por força da sua nobre e especial missão de proteger nossas vidas, sendo dignos da valorização diferenciada, considerando ainda que o seu trabalho se traduz em permanente exposição ao risco da própria vida, no cumprimento da árdua e precípua missão de proteger e dar segurança às pessoas, com a obrigação de enfrentar, em direta linha de fogo, os bandidos sempre armados e perigosos, que é algo somente da incumbência atribuída aos destemidos heróis fardados.
O gesto do soldado paulista precisa ser difundido não somente para o Brasil, mas também para o mundo, porque essa sublime forma de tratamento à criança desamparada deve ter o incondicional apoio da sociedade, que entende que o policial deve agir, no exato cumprimento do seu dever institucional, com dureza e firmeza contra a bandidagem, mas pode ser perfeitamente solidário, transmitindo gesto de gentileza e carinho para com quem precisa dela, em forma de acolhimento do irmão.
No verdadeiro sentido do cotidiano, é exatamente esse o servidor público que a população tanto quer e precisa, como forma de angariar o devido respeito da população, que, de certa forma, procura se distanciar da polícia militar, em razão de atitudes isoladas de alguns policiais que são violentos, desumanos e procuram cumprir a profissão absolutamente em dissonância com os sentimentos humanitários, pouco se importando com a melhor forma de relações sociais, que precisa ser cultuada justamente para que haja o devido respeito mútuo.
Com absoluta certeza, existem muitos policiais militares que normalmente praticam o bem, que ajudam e protegem além da sua função militar institucionalizada, mas são gestos que escapam à visão humana e deixam de ser notados, porque eles são invisíveis à sociedade.
À toda evidência, muitas pessoas só conseguem criticar os policiais militares e poucos reconhecem o lado humano desses guerreiros do cotidiano, que são dignos do reconhecimento e dos aplausos da sociedade, como nesse caso do soldado paulista, porque certamente outros policiais também têm a sua idêntica índole de bondade no coração.
Esses bons exemplos precisam sim ser mostrados para a população, que, em grande maioria, enxerga muito mais o lado pesado do trabalho do policial que combate, corpo a corpo, o criminoso, porque é a sua verdadeira missão institucional, embora dentro de cada farda há um ser humano que sente de muito perto  as agruras por que passam seus semelhantes, batalhando intensamente para sobreviver, dando o duro, como acontece com o garotinho dessa linda e comovente história, que muitas vezes passa despercebida, não fosse o registro dessa transeunte, que foi sensibilizada com gesto humano de acolhimento, carinho e solidariedade.
É preciso que os brasileiros sejam solidários com a atitude magnânima do soldado paulista, que demonstrou seu verdadeiro sentimento humanitário para com quem realmente estava precisando e isso é digno não somente de veementes aplausos, mas também da valorização de profissionais extremamente úteis às relações sociais, diante da demonstração de autênticas formas de cidadania e amor ao próximo, a despeito de não parecer atitude aparentemente simples como teria declarado o próprio autor do oferecimento de lanche a uma criança carente, porque convém que haja o devido reconhecimento sobre a sua enorme representatividade, em termos humanitários de acolhimento ao seu semelhante.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 30 de dezembro de 2018

sábado, 29 de dezembro de 2018

Paradigma de humanismo


Um caixa de supermercados nos Estados Unidos da América foi surpreendido com o resultado de boa ação protagonizada por ele, depois ter se prontificado a pagar a conta referente às compras feitas por mulher com dificuldades financeiras, com o recebimento de valor equivalente a 300 vezes o valor por ele desembolsado.
O caso aconteceu na cidade de Princeton, no Texas, Estados Unidos da América, em que o jovem, de apenas 19 anos, viu uma senhora no caixa de supermercados, extremamente nervosa, após perceber que não tinha dinheiro suficiente para pagar as comidas que havia comprado, no valor de US$ 110.
Diante da situação, o caixa prontamente se ofereceu para pagar a conta, cujo fato foi percebido por cliente da fila, que tirou foto do rapaz e a postou no Facebook, acompanhada da história do que teria presenciado.
Para a surpresa geral, não demorou para que a publicação da norte-americana viralizasse, depois da disseminação da seguinte narração: “Acabei de testemunhar esse ‘garoto’ pagar por um carrinho de mercadorias para uma mulher em óbvia aflição sobre sua incapacidade de pagar”.
A testemunha afirmou o seguinte: “Ele renovou minha fé na humanidade e a geração que estamos criando! Todos compartilham isso para que o mundo saiba que bênção João é para a nossa comunidade”.
Após se espalhar pela rede social, a imagem chegou até um internauta, um cliente que reconheceu o rapaz na foto e, comovido, decidiu criar uma vaquinha online para ele, que conseguiu a arrecadação no valor total de US$ 34 mil, cerca de R$ 130 mil.
O caixa de supermercados declarou que irá utilizar a quantia para pagar sua faculdade. Além do dinheiro, o rapaz recebeu homenagens do supermercados onde trabalha e também do prefeito da cidade, diante do belo exemplo humanitário.
É bastante auspicioso se constatar atitude salutar e digna própria do ser humano, porque ainda se percebe gestos de indignidade protagonizados por pessoas do mundo político que se dizem defensores do povo, mas não se envergonham de desviar recursos para projetos políticos pessoais e partidários, sem o menor sentimento de que existem muitas famílias pobres que precisam, em situação de extrema carência, da assistência do Estado.
Há que se destacar não somente o lindo exemplo do caixa de supermercados, em fazer o bem a pessoa carente, mas também da iniciativa da pessoa que registrou o exemplo humanitário e o postou no facebook, para que muita gente tivesse oportunidade de refletir sobre o fato em si e também quanto o mundo tem gente com coração bondoso, que pode servir ao próximo, com desprendimento e desinteresse, sem qualquer vinculação com possível recompensa senão de ser solidário com o seu semelhante.
A verdade é que o caixa contou com a sensibilidade humanitária de quem viu a espontânea e maravilhosa atitude desse rapaz e o resultado é que ele terminou sendo recompensado financeiramente por isso, além de que seu exemplo humanitário contribuiu para despertar a chama de solidariedade que existe nos corações dos seres humanos, que precisam ser tocados por gestos como esse.
À toda evidência, é muito importante se ressaltar o gesto humanitário em referência, por mostrar disposição espontânea de ajuda a pessoa carente, desesperada diante da impossibilidade de pagar suas compras, mesmo ele não sendo pessoa endinheirada, por ser um trabalhador de nível mediano e com encargos de estudos, quando seria normal que qualquer outra pessoa, até tivesse sentimento de se solidarizar com a situação dela, mas jamais se ofereceria para a ajuda na forma como feita por esse rapaz, de coração extremamente magnânimo.
O exemplo em referência tem o condão de mostrar que ainda há esperança em uma humanidade extremamente individualista e insensata, que demonstra apenas sentimentos egoístas e alheios aos princípios humanitários e amor ao próximo.
Em pleno momento de festejos de fim de ano, esse jovem caixa de supermercados dá extraordinária e maravilhosa lição de humanidade, civilidade e de amor ao próximo, que precisa não somente ser merecedora dos aplausos, porque é de inteira justiça, mas também por ela ser verdadeiro paradigma de que o ser humano pode se tornar muito mais gente quando é capaz de praticar o bem e a solidariedade entre seus semelhantes.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 29 de dezembro de 2018

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

O paladino da Justiça brasileira


O ex-juiz, que foi responsável pela Operação Lava-Jato e indicado para assumir o Ministério da Justiça disse que lamenta o fato de ter sido o autor da sentença que condenou o ex-presidente da República petista, tendo afirmado, verbis: “Da minha parte nada tenho contra o ex-presidente. Acho até lamentável que eu, infelizmente, tenha sido o autor da decisão que condenou uma figura pública que tem a sua popularidade e que fez até coisas boas durante sua gestão, mas também erradas".
Ele completou seu pensamento, dizendo que "Isso no fundo não é um bônus para mim, é um ônus. Mas o fiz cumprindo o meu dever.".
O petista foi condenado pela Lava-Jato, em julho de 2017, a nove anos e seis meses de prisão, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com relação ao caso do tríplex de Guarujá (SP).
Em janeiro deste ano, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, decidindo em grau de apelação, houve por bem aumentar a aludida pena para doze anos e um mês de reclusão, cuja pena começou a ser cumprida, pelo condenado, a partir de 7 de abril último, o qual continua preso na Superintendência da Policia Federal, em Curitiba (PR).
Na tentativa da liberdade do petista, a sua defesa já impetrou diversos recursos junto ao Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, alegando atuação política do ex-juiz no julgamento em causa, mas, até agora, todos foram negados, porque não há provas sobre a parcialidade e ou o desvio de conduto do então magistrado, diante da consistência e da robusteza das provas sobre a materialidade da autoria dos crimes denunciados, cujo principal implicado só alega, da boca para fora, que é inocente, não tendo capacidade para contestar e derrubar as provas coligidas e inseridas nos autos, mas insiste em acusar a Justiça de parcialidade e prática de perseguição contra ele.
O ex-juiz negou, de forma peremptória, perseguição a determinado grupo político, tendo afirmado que a Operação Lava-Jato atingiu representantes de diferentes partidos e sempre tendo a sua atuação sob a retilínea observância do ordenamento jurídico, uniformemente aplicado em todos processos, sem distinção um do outro, apenas reconhecendo que o elevado grau da relevância política dos apenados realmente mereciam muito mais ser penalizados, evidentemente em razão da importância do cargo que teriam exercido, como, por óbvio, no caso específico do ex-presidente.
O ex-juiz declarou que "Essa alegação de que a Justiça foi parcial nesses casos ignora que por desdobramento da Lava Jato vários outros personagens políticos da oposição também respondem a investigações e acusações sérias perante outros fóruns".
O ex-juiz disse que aceitou o convite do presidente eleito, para assumir a pasta da Justiça, com o objetivo de realizar bom trabalho no combate à corrupção e à violência, porque entende que tal atividade, mesmo com elementos políticos, é diferente da política ligada aos partidos.
Ele afirmou que "Não me vejo ingressando na política partidária, sem nenhum demérito aos que ingressaram. Na minha visão ainda sou um técnico que está indo para uma posição que tem um encargo político, mas para fazer um trabalho específico".
Vejam-se a precisão dos dizeres do ex-juiz, tendo deixado muito claro que, a despeito do muito que falam sobre a atuação dele à frente da Lava-Jato, ele não tem nada pessoal contra seus condenados, porque apenas procurou cumprir o seu dever como servidor público, tendo o cuidado de agir e atuar sob o império da imparcialidade, tendo julgado e sentenciado os réus com base nas provas constantes dos autos, como evidenciam os casos envolvendo políticos de diversos partidos, que mereceram tratamento exatamente em conformidade com legislação aplicável em cada caso, procurando ser justo com todos o máximo possível.
O que o juiz disse, e isso é pura verdade, é que ele lamenta que ex-presidente do país tenha se envolvido em casos de corrupção, conforme a ação já julgada, quando, ao contrário, ele deveria ter sido exemplo de dignidade e moralidade perante a sociedade, a despeito de reconhecer que ele tenha feito melhorias, o que não justifica o desvio de conduta, claramente comprovada no caso do tríplex, cuja sentença condenatória foi confirmada pelo tribunal de apelação, dando pleno respaldo à sua soberana decisão, ou seja, afastando qualquer dúvida ou suspeita sobre possível parcialidade, que, se tivesse havido, ela teria sido abortada pelos desembargadores revisores da sentença da Lava-Jato, que não somente foi confirmada como a pena foi elevada, mostrando, com isso, que ele teria sido até magnânimo com o condenado.
Agora, não há o menor sentido de dizer que alguém foi condenado sem provas, principalmente em se sabendo que juiz nenhum julga e condena sem que não haja robustas provas nos autos sobre a materialidade da autoria do crime, porque, na inexistência de provas, o magistrado incorre no crime de prevaricação, que é forma de enquadramento de servidor público que tenha atuação com negligência, desídia ou outra forma que mostra desvio de conduta funcional, o que nada disso aconteceu com relação aos condenados da Operação Lava-Jato, punidos exatamente com base nas provas constantes dos autos, apuradas em investigações isentas, justas e imparciais.
A verdade é que os condenados são apenados absolutamente com base nas suas condutas indecorosas e incompatíveis com as atividades públicas, conforme os elementos probatórios constantes dos autos, que não deixam dúvida, para a Justiça, que apenas cumpre a sua missão institucional, de forma imparcial, a despeito de que é normal que os condenados estrebuchem contra as respectivas sentenças, principalmente aquelas que foram confirmadas no âmbito da jurisdição, não merecendo qualquer forma de suspeição sobre os procedimentos da Justiça, à vista do adequado emprego dos procedimentos aplicáveis à espécie.
À toda evidência, o futuro ministro da Justiça é considerado verdadeiro divisor entre a Justiça desacreditada, emperrada e distanciada da realidade dos fatos e a outra competente, dinâmica, corajosa e capaz de efetivamente decidir e julgar como se exige de instituição pública a serviço da sociedade, ou seja, o ex-juiz da Operação Lava-Jato mostrou que o Poder Judiciário tem reais condições de cumprir o seu relevante papel de defensor do interesse público, desde que se esforce e cumpra com o devido amor à pátria o seu dever institucional, a exemplo do que fez o então titular da principal e mais importante operação de combate aos criminosos de colarinho branco, o qual certamente terá o seu nome registrado e eternizado nos anais da história do Brasil como o autêntico paladino da Justiça brasileira.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 28 de dezembro de 2018

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Indulto: #elenão


O famoso ministro do Supremo Tribunal Federal que conseguiu criar a gigantesca polêmica com a autorização para que presos condenados em segunda instância da Justiça deixassem as prisões, defendeu agora a concessão do benefício referente ao indulto natalino de competência do presidente da República.
O magistrado afirmou que “O indulto natalino é uma tradição no Brasil e eu não sei por que nós não concluímos o julgamento da Adin (ação direta de inconstitucionalidade) que impugnou o anterior, de 2017. Agora precisamos pensar nas verdadeiras panelas de pressão que são as penitenciárias brasileiras”.    
O ministro acredita que o presidente do país deve conceder o benefício em apreço, que permite que presos de boa conduta fiquem em liberdade até o dia 06 de janeiro, quando se encerra o indulto de fim de ano, também conhecido como indulto natalino.
Não obstante, o Palácio do Planalto ainda não confirmou a concessão do benefício, conforme anunciou o ministro da Justiça, que disse que ainda não há resultado concreto sobre a avaliação do assunto, conquanto ele explicou que “A hipótese está sob exame. O presidente vai conversar com especialistas no assunto antes de tomar qualquer medida”.
Se não for assinado o decreto, essa seria a primeira vez, desde a redemocratização do país, que o benefício de Natal não é concedido pelo presidente da República, que tem a prerrogativa constitucional de conceder o indulto aos detentos, uma vez ao ano, que, por tradição, sempre acontece na época das festas de fim de ano.
Na forma da legislação de regência, o presidente do país pode conceder o perdão da pena a condenados que satisfaçam os requisitos especificados no decreto presidencial, que é editado todos os anos.
Na prática, o condenado que for beneficiado com o indulto natalino ganha não somente a liberdade, mas também a extinção da pena e pode deixar a prisão, imediatamente.
O ato que concede o indulto pode ser assinado até o dia 31 de dezembro, anualmente.
Na verdade, o Palácio do Planalto já até havia divulgado oficialmente que o presidente da República não editaria indulto de Natal, este ano, mas assessores palacianos confirmam que ele estuda publicar texto nesse sentido, nos próximos dia, tendo por base pedido formulado, pasmem, pela Defensoria Pública da União, contendo proposta que beneficie somente condenados com bom comportamento e que não tenham cometido crimes de corrupção, sob o argumento, pasmem, de que o perdão de que se trata é forma importante para aliviar a superlotação das cadeias.
A propósito desse tema, no dia 29 de novembro último, o Supremo Tribunal Federal julgou o decreto referente ao indulto natalino concedido em 2017, contendo liberdade até para criminosos do colarinho branco, punidos pela prática de atos de corrupção contra a administração pública, mas o julgamento foi interrompido após pedido de vista de um ministro, estando a decisão na pendência do encerramento da votação, embora o placar já seja de 6 a 2 a favor do benefício, na forma concedido pelo presidente do país.
Embora a maioria dos ministros do Supremo entenda que o indulto natalino é prerrogativa constitucional do presidente da República e o Judiciário não pode interferir em seu conteúdo, os magistrados que integram a Corte Suprema precisam avaliar se os termos do decreto pertinente estão em harmonia com os princípios constitucionais de indulto humanitário, não permitindo que a medida em si possa extrapolar esse sentimento, ao beneficiar criminosos de colarinho branco, os corruptos aproveitadores do dinheiro dos brasileiros, que é desviado dos cofres públicos para a satisfação de finalidades pessoais ou partidárias.
O presidente da República eleito já afirmou, na ocasião do julgamento pelo Supremo, que, caso haja o perdão a criminosos neste fim de ano, ele não será repetido em seu mandato.
Ele disse textualmente: "Fui escolhido presidente do Brasil para atender aos anseios do povo brasileiro. Pegar pesado na questão da violência e criminalidade foi um dos nossos principais compromissos de campanha. Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último".
O futuro presidente do país afirmou ainda que havia acertado essa posição com o futuro ministro da Justiça, ex-responsável pela Operação Lava-Jato, porque "Não é apenas a questão de corrupção, qualquer criminoso tem que cumprir sua pena de maneira integral. É isso inclusive que eu acertei com Sergio Moro, indicado para ser ministro da Justiça".
Após a suspensão do julgamento da questão pelo Supremo, o ex-juiz da Lava-Jato afirmou que não haverá, na gestão do futuro presidente do país, indultos com "tão ampla generosidade" quanto o que considera ter havido no decreto presidencial de 2017.
À toda evidência, as posições de ministro do Supremo e da Defensoria Pública da União demonstram verdadeiro sentimento absolutamente agressivo e desrespeitoso não somente à consolidação da legislação penal brasileira, mas em especial aos brasileiros, que já exauriram as suas forças de resistência contra a banalização da criminalidade e da impunidade neste país, sem autoridade, sem segurança, sem ordem, sem tranquilidade e principalmente em completo desrespeito às vítimas das tragédias protagonizadas justamente por pessoas que podem ser generosamente perdoadas de seus graves pecados, de forma indevida, diante da falta de mérito, por gestos indiscutivelmente sem o menor sentido, porque a pena aplicada pela Justiça, no estrito sentido da previsão legal, corresponde à gravidade do crime praticado pelo condenado.
É preciso que o ministro do Supremo se conscientize de que as “verdadeiras panelas de pressão que são as penitenciárias brasileiras” não têm nada a ver com a imperiosidade da concessão de perdão de pena, porque a eliminação da superlotação carcerária se resolve por outras medidas, entre as quais a diminuição da violência e da criminalidade, por meio de instrumentos e ações adequados, como a criação de empregos e outras medidas capazes de arrefecer a pressão social, além da construção de mais presídios, que seria a pior alternativa, mas poderia ser bem melhor do que o perdão de criminosos, que resultaria certamente no aumento da já insuportável criminalidade.
É preciso que a sociedade demonstre veemente repúdio aos defensores do perdão de penas aplicadas a criminosos que precisam cumpri-las integralmente, porque essa é forma cristalina de defesa da criminalidade, que age contra as pessoas de bem, além de constituir verdadeiro incentivo ao aumento da delinquência e de ainda contribuir para robustecer o desgraçado instituto da impunidade, justamente em razão da vontade de pessoas insensatas e irresponsáveis, que procuram valorizar a “tradição” e o “alívio da superpopulação carcerária”, em visível detrimento das proteção e segurança da população, diante da colocação de mais bandidos nas ruas, a atanazarem a vida das pessoas.
Em princípio, o indulto é a formalização de ato de clemência, a título apenas gracioso e sem causa, por parte do Poder Público, que equivale às imediatas extinção da pena imposta pela Justiça e paralisação do seu cumprimento, ou seja, trata-se de forma de extrema magnanimidade de se prestigiar exatamente criminoso que não teve a menor indulgência para com a sua vítima, ficando mais do que explícita a extrema necessidade da eliminação dessa esdrúxula forma de se premiar ser humano sem mérito algum.
Isso não se justifica pelo simples fato do bom comportamento do preso, que é um dos requisitos que o indultado precisa comprovar para se beneficiar e isso, com ou sem concessão de perdão, apenas faz parte da sua obrigação como trancafiado, que é o mínimo que se exige dos presos, que precisam passar a trabalhar dentro da cadeia, para pagar as despesas com a sua permanência nesse recinto e aliviar esse pesado fardo nas costas dos contribuintes.
Na verdade, o indulto é instrumento visivelmente compatível com o princípio da impunidade, extremamente prejudicial à sociedade, cada vez mais sendo obrigada a se proteger contra a violência da bandidagem, porque se extingue, sem plausível justificativa, a pena de criminoso, que foi capaz de cometer alguma barbaridade contra ela, tendo sido punido exatamente na forma da lei penal, que diz precisamente que ele deve ser punido por ter se comportado com alguma deformidade de comportamento social, em clara agressividade contra a sociedade.
Embora essa medida venha de longa data, o seu princípio não encontra qualquer justificativa plausível para tanto, em forma de perdão, tendo em vista que não se pode, por gesto meramente gracioso, beneficiar exatamente quem não fez nem faz por merecer o perdão e ainda foi causador de transtorno social, com a prática de violência repudiável pela legislação penal.
É preciso saber se as piores republiquetas adotam essa esdrúxula forma de se conceder extinção de pena aplicada a criminoso pela Justiça, sem qualquer motivação para justificar o ato presidencial, quando às vítimas não há a menor possibilidade de benefício, ou seja, o tratamento é indiscutivelmente injusto, sob o aspecto propriamente do sistema penal, eis que a condenação equivale ao pagamento do dano causado à sociedade e a pena foi aplicada pela Justiça em harmonia com o resultado da maldade, razão pela qual a condenação precisa ser cumprida integralmente, sob pena de haver visível incentivo à criminalidade, que é algo que não tem o menor cabimento na atualidade, à vista do desenvolvimento da humanidade, que exige que o criminoso seja exemplarmente punido e pague o seu pecado com o cumprimento da pena, sem essa de indulto, porque nenhuma circunstância tem o condão de justiça perdão para quem age criminosamente contra a sociedade.
Não obstante, ressalte-se que a figura do indulto, concedido em qualquer época, somente se justifica em casos excepcionalíssimos, em especial quando o preso cometer ato de reconhecida bravura, como a prática de gesto humanitário e se evitar tragédias, a exemplo da interrupção de incêndio que poderia atingir grandes proporções, o salvamento de pessoas, doação de órgãos para salvar vidas, entre outros eventos que realmente sejam compatíveis com a adoção de medida que valorize o ser humano, mas jamais deva haver perdão de pena tão somente por clemência sem o devido merecimento, porque isso não condiz exatamente com espírito de justiça e muito menos com o sentimento de humanismo.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 27 de dezembro de 2018

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Mensagem natalina de resistência


O ex-presidente da República petista enviou carta-mensagem de Natal, exatamente na noite do dia 24 de dezembro, aos militantes da “Vigília Lula Livre” e conclamou que seus apoiadores Sigamos fortes”, tendo alegado, como princípio, que "O ódio pode estar na moda, mas não temam nem se impressionem com essas pessoas posando de valentões".
O petista fez clara referência ao governo do presidente eleito, em mensagem que foi lida pelo ex-prefeito de São Bernardo do Campo, em frente à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde o petista-mor se encontra preso desde abril último, por ter sido condenado na Operação Lava-Jato, pelos gravíssimos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O petista disse, em continuidade da sua mensagem de Natal, que “O tempo deles vai passar e a verdadeira mensagem de Jesus, um marceneiro que foi perseguido pelos vendilhões do templo, pelos soldados e pelos promotores dos poderosos, vai continuar a ecoar em cada Natal: uma mensagem de amor, fraternidade e esperança”.
Ele disse que “Esse Natal não poderei estar junto fisicamente com a minha família, meus filhos e netos. Mas não estou sozinho. Estou com vocês da vigília, que tem sido minha família, e com todos aqueles que vieram passar esse Natal junto de vocês”.
No ato denominado ”Natal com Lula “, diversos militantes se reuniram na vigília montada em frente à Polícia Federal, onde celebraram a ceia, em homenagem ao ex-presidente.
O petista aproveitou a oportunidade para agradecer aos apoiadores, tendo afirmado: “Quero agradecer a companhia que tem me feito a cada dia, todo o dia, durante essa provação, no frio do inverno do Paraná ou no calor que tem feito esses dias. O Natal é a época do ano em que lembramos com mais força da vinda de Jesus, dos ideais de solidariedade e bondade cristãos. Nos aproximamos da família e dos amigos, celebramos juntos, nos abraçamos e reunimos força para o ano seguinte”.
É lamentável que figura política da maior relevância nacional aproveite o momento das festas natalinas para se referir a tema ligado ao ódio, por ser algo que foi explorado intensamente e com muito ardor como instrumento ligado aos seus projetos políticos, quando foi institucionalizado e incentivado o famoso lema "nós" contra "eles", em clara menção à disputa antagônica com os seus opositores.
          O pior de tudo isso é que, em absoluto, o ódio nunca esteve tão fora de moda, no exato momento, ao contrário do que foi insinuado pelo líder petista, que tenta passar para a militância que o apoia mensagem totalmente distorcida e fora de sintonia com a realidade da política brasileira, porque o presidente da República eleito tem demonstrado completas neutralidade e tranquilidade, buscando a pacificação dos ânimos dos brasileiros, em clima de paz e amor jamais visto neste país, conforme tem sido o seu propósito de reconstrução de país destroçado justamente por parte de quem prega a resistência a algo indiscutivelmente inexistente, na atualidade.
Na verdade, os grandes líderes aproveitam o sentimento festivo justamente para enaltecer as conquistas, as realizações saudáveis e os melhores fatos que possam ser otimizados para o futuro, mas jamais ressaltarem situações que têm sido desagradavelmente protagonizadas na sua índole política, de destruição de seus opositores, que sempre mereceram tratamento de ferrenhos inimigos, exatamente por não concordarem com a sua ideologia contrária ao pensamento libertário.
Causa enorme perplexidade que, ainda em pleno século XXI, não tenha ninguém do partido dele que ouse dissentir dessa condenável ideologia, que tem o ranço do anacronismo e de cristalina fórmula de discriminação, quando o ex-presidente se refere “O tempo deles vai passar e a verdadeira mensagem de Jesus (...) vai continuar a ecoar em cada Natal: uma mensagem de amor, fraternidade e esperança”, dando a entender que somente ele e seus seguidores são os puros, para quem somente a eles ressoa a mensagem de Jesus Cristo de amor, fraternidade e esperança.
Agora, parece muito mais estranho ainda é que os seguidores do ex-presidente concordam com o esdrúxulo pensamento do líder maior, entendendo realmente que existem os verdadeiros brasileiros e os outros, os  “eles” (vejam-se nos dizeres “O tempo deles...”), ou seja, os outros brasileiros, em clara demonstração de separatismo absolutamente vergonhoso e condenável, porque isso nada mais é do que a reafirmação do antipatriotismo, evidenciando que, quem não comungar com a cartilha socialista, é considerado “eles”, “deles”, ou seja, os “outros” que fazem parte de mundo diferente.
É preciso que os brasileiros se conscientizem de que a política errática de “nós” contra “eles” precisa ser definitivamente eliminada do plano político, tendo em conta que ela tem apenas a finalidade de alimentar mentes doentes e ultrapassadas, que defendem a diferenciação das pessoas, na exata compreensão de que existe alguém melhor ou superior, quando se sabe que todos são iguais perante a lei e não é por meio da ideologia que isso possa ser considerado normal.        
Enfim, trata-se de mensagem natalina visivelmente dispensável, porque mostra que o líder político encontra-se completamente desatualizado da política brasileira, que nunca esteve passando por clima da mais absoluta tranquilidade, possivelmente por ele, trancafiado, não ter condições mínimas de influenciar diretamente seus seguidores, que ainda permanecem acreditando em quem se encontra em plena decadência moral e política, diante da condenação à prisão, a ponto de abalar de morte a sua credibilidade como homem público.
Parte expressiva dos brasileiros, diante dos esquemas de corrupção que contribuíram para abalar a estrutura moral de lideranças políticas, anseia pela urgente moralização do Brasil, por meio da eliminação da vida pública dos maus políticos, como única maneira capaz de o país voltar a respirar a pureza ínsita dos princípios da ética, do decoro, da moralidade, da legalidade, da dignidade, da justiça social e do respeito aos sentimentos humanos, com o que será possível a retomada dos trilhos do desenvolvimento socioeconômico.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 26 de dezembro de 2018

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Mensagem de Natal



O Natal é eterna e mágica fonte inspiradora dos melhores sonhos, que ajudam a acalentar as mais belas imaginações e realizações.”. O autor

O encantamento e a alegria dos festejos natalinos tomam conta de nossos corações, neste dia 25 de dezembro, que já se acostumaram e estão preparados para este momento feliz de confraternização e sublime amor, em regozijo pela esperança da companhia de alguém especial que se encontra em nossa companhia, no dia a dia de nossas vidas.
Mais uma vez o Natal se renova, com o melhor sentimento de felicidade que contagia e motiva a aproximação de aconchego entre as pessoas, que procuraram cada vez mais a valorização do elo familiar e de amizade, fazendo todo sentido que essa festa se realize realmente com muita alegria própria e única do Natal.
Não há a menor dúvida de que faz o maior sentido a comemoração do Natal, que é momento feliz e festivo de celebração do nascimento do Menino Jesus Cristo, que é símbolo e inspiração de sublimes amor, compreensão e confraternização  entre os cristãos, em especial, por ter sido exemplo de infinita bondade como ser humano, único e imortal.
É justamente no Natal, por força dessa junção de bons fluidos festivos, de amor e compreensão, que são abertas as passagens para a maravilhosa convergência de bons pensamentos para a consolidação de esperança de dias melhores e momentos especiais para a iniciativa de excelentes realizações na vida.
O momento natalino também tem o poder mágico para o convite à reflexão das pessoas, acerca das boas e construtivas ações, em desafio ao verdadeiro sentido da vida.
A verdadeira magia do Natal é o oferecimento daquela rica oportunidade tão sonhada não somente para as comilanças, dos melhores e fartos pratos da época, porque estas já se tornaram tradicionais e inseparáveis no seio das famílias e dos amigos, mas para se buscar algo que possa ser traduzido em felicidade, por meio da verdadeira valorização daquilo que realmente importa na vida.
Enfim, a beleza do Natal tem como síntese o momento especial do ano de possibilitar a reunião da família e dos amigos, para a celebração em torno do mestre e generoso Jesus Cristo, que veio ao mundo para disseminar justamente os caloroso e precioso sentimentos de amor, que se manifesta naturalmente uns pelos outros, contribuindo para a consolidação e o fortalecimento dos bons propósitos do calor ínsito do ser humano.
Eis aí a verdadeira essência desta data tão linda, especial e maravilhosa, que é comemorada em celebração de festividade cada vez mais presente entre os cristãos, em memória de quem é verdadeiro símbolo do amor, da justiça, da bondade, da compreensão e dos ensinamentos da convivência sadia e construtiva entre as pessoas.
Por fim, pode-se dizer que o Natal é eterna e mágica fonte inspiradora dos melhores sonhos, que ajudam a acalentar as mais belas imaginações e realizações das pessoas.
Convém que os festejos natalinos possam canalizar os bons sentimentos e os melhores fluidos para dentro das pessoas, como que brotando e vicejando nos seus corações as melhores ações de bondade, fraternidade e amor e que esse espírito de felicidade permanecesse nelas até o próximo Natal, em forma de retroalimentação sustentada exclusivamente com os bons eflúvios emanados das festas natalinas.
Há permanente esperança de que é preciso nutrir nas mentes das criaturas que o espírito natalino seja capaz de tocar e iluminar os corações de todos, com vistas a resgatar, para a vida real, os nobres valores e princípios humanitários, de modo que o ser humano possa conviver sempre imbuído do espírito natalino, em clima de alegria, harmonia, camaradagem e amor, em permanente celebração dos sentimentos natalinos, de festas amorosas e cristãs.
Parabéns para Jesus Cristo, pelo transcurso do seu sempre louvado natalício, na expectativa do eterno merecimento da nossa participação nesse momento agradável de renovação da vida cristã, que acontece com a magia do dia 25 de dezembro de cada ano.   
Feliz Natal!
Brasília, em 25 de dezembro de 2018

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Com o apoio do povo


O Datafolha divulgou pesquisa, pelo jornal Folha de S.Paula, mostrando que as pessoas consultadas estão otimistas em relação à economia, exatamente às vésperas da posse do presidente da República eleito.
Segundo o levantamento, 65% dos entrevistados acham que a situação da economia vai melhorar nos próximos meses, mostrando vertiginoso crescimento da expectativa em relação ao sentimento das pessoas ouvidas em agosto último, cujo percentual foi de apenas 23%. 
Para 9% dos ouvidos, a economia brasileira vai piorar, em contraposição de 31% em agosto, e 24% deles acham que a situação vai ficar como está, mostrando forte queda, quando, em agosto, eram 41%.
Em síntese, o resultado da pesquisa em apreço mostra o seguinte quadro: Expectativas dos entrevistados: 65% acreditam que estarão em uma situação melhor nos próximos meses; 6% acham que situação vai piorar; 25% acham que situação vai ficar como está – Desemprego: 47% acreditam que o desemprego vai cair; 29% acham que vai aumentar; 21% acreditam que continuará no mesmo patamar – Inflação: para 35%, a inflação vai cair; para 27%, vai aumentar; 33% acreditam em estabilidade de preços - Poder de compra: 43% acham que seu poder de compra vai aumentar; 18% acham que vai diminuir; 36% acham que vai ficar como está - Situação econômica no país: 20% acham que o Brasil melhorou nos últimos meses; 37% acham que piorou; 42% acham que está na mesma - Vida pessoal: 20% acham que sua vida econômica melhorou nos últimos meses; 30% acham que piorou; 49% acham que ficou como estava - Crise econômica: 50% acham que a crise econômica vai acabar logo e o país voltará a crescer; 42% acham que a crise ainda deve demorar para acabar; 5% acham que a crise já acabou e o Brasil está crescendo de novo.
Percebe-se que, de um modo geral, o sentimento dos brasileiros é realmente de que o novo governo tenha inteligência e capacidade para priorizar, na sua gestão, os princípios do bom senso, da racionalidade e da razoabilidade, tendo por bons propósitos a realização do desejo de mudança da maioria dos eleitores, que decidiram pela renovação de mentalidade na administração do país, exatamente para que seja possível se mexer com as estruturas e as conjunturas emperradas, depauperadas e desgastadas anos a fio, sempre com o culto à mesmice, cujos resultados não passam dessa situação de perversidade aos interesses nacionais.
Uma nação com as potencialidades do Brasil, com riquezas naturais em abundância, em todos os segmentos da economia, só precisa que o seu mandatário tenha determinação, competência e vontade política para a tão ansiada transformação econômica, que somente acontecerá com a adoção de medidas absolutamente compatíveis com a realidade do país, principalmente com o rigoroso combate às mazelas e aos gargalos das estruturas administrativas consolidadas de longa data, que precisam ser reformuladas e modernizadas, mesmo com o sacrifício da população, que precisa compreender esse momento histórico de mudanças.       
Trata-se, na verdade, do mais alto índice da série histórica iniciada em 1997, quando o Brasil ainda era comandado pelo presidente tucano, o que mostra mudança radical na vontade dos entrevistados de que o marasmo da economia seja transformado em ritmo de verdadeiro progresso, de modo a propiciar a volta do pleno emprego, que tem sido o anseio dos brasileiros castigados por políticas governamentais ultrapassadas e prejudiciais ao interesse nacional, por que voltadas para ajustamentos comportamentados em interesses partidários, principalmente em adequação aos projetos sintonizados com a absoluta dominação das classes política e social e a permanência no poder, evidentemente em detrimento do bem comum e ao desenvolvimento do Brasil.
À toda evidência, a significativa melhora na esperança de que a economia poderá reverter o quadro de desânimo é prova de que o presidente eleito se houve com expressiva aceitação, notadamente no que diz respeito à composição de seus assessores e auxiliares diretos, acenando para a implantação de medidas governamentais capazes de mudar as arcaicas estruturas de governos bitolados e resistentes ao aperfeiçoamento e à modernização da administração do Brasil, com vistas ao seu posicionamento à realidade econômica, que não pode ficar presa à ideologia e aos dogmas partidários.
Convém que os brasileiros tenham sensatez e sensibilidade para entenderem o momento de enormes crises, em especial, social, política, econômica e administrativa, no plano nacional, de modo que seja possível desprendimento de esforços e compreensão, por meio de apoio aos projetos do novo mandatário do Brasil, que muito precisa da contribuição inteligente e indispensável para ajudar na superação dos gigantescos entraves ao desenvolvimento socioeconômico.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 24 de dezembro de 2018

(Obs.: Esta crônica encerra o meu 36º livro)