quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Retrocesso democrático?

 

Diz-se que o Supremo Tribunal Federal impôs verdadeira ditadura judiciária aos brasileiros, sob o comando de um ministro, fato este que formaliza gigantesca indignificação para o povo, que é algo nunca visto na história política do país.

A verdade é que inexiste precedente sobre a usurpação tão clara, em que as funções institucionais de cargos públicos tenham sido exercidas de forma ilícita para a flagrante implantação do regime de exceção, por meio da violação viciosa, reiterada e agressiva à Constituição Federal e a legislação em vigor, com interferência absurda e direta nos outros poderes da República e nas liberdades e nos direitos individuais e democráticos.

Diante de tamanhos abusos de autoridade, vê-se a incompreensível passividade do Senado Federal, que tem a dever constitucional e legal de se posicionar em sentido contrário, justamente para impedir que o Supremo continue a exercer a sua vontade, em atitudes que vão muito além da sua competência constitucional.

Nessa mesma linha, também pode-se nomear as Forças Armadas, que também têm poderes constitucionais para a imposição de defesa do Estado de direito e das instituições nacionais, que é o caso de ameaça à soberania dos poderes da República e da sociedade, conquanto ninguém tenha conseguido ameaçar tanto as instituições do que o Supremo, na pessoa de um ministro.

A verdade é que não há nem houve qualquer resistência aos abusos daquela corte, cujas excrescências são protagonizadas à luz solar, por obra do “todo-poderoso”, cujo resultado é assombroso, ante à afronta insidiosa e prejudicial aos interesses do Estado e da sociedade, que se sentem permanentemente sob a espada de Dâmocles, com seus poderes ilimitados, à vista do tranquilo apoio para as barbaridades jurídicas impostas aos brasileiros, cuja ditadura só se intensifica no Brasil.

          A verdade é que o Supremo tem apoio o questionável inquérito perpétuo e totalmente fora da lei para punir o que o ministro denominou de “atos antidemocráticos”, em que as pessoas são censuradas pelo uso de palavras consideradas ofensivas à honra e à imagem dos próprios ministros, sem que tenha processo legal pertinente.

À toda evidência, não se tem notícia sobre algo semelhante na história da humanidade nem muito menos em nenhum corte de país evoluído e sério, em termos jurídico-democrático, em qualquer lugar do mundo.

Causa perplexidade que a imposição da censura prévia durante a campanha eleitoral foi aplaudida pela imprensa, como se isso fosse ato de heroísmo digno de mérito.

Fato é que o Supremo vem merecendo o beneplácito maciço da força da imprensa tradicional dos grandes centros do país, que tem o poder de influenciar a opinião pública, o que demonstra a sua importância nos meios de comunicação.

Não há a menor dúvida de que o ministro se sente sob a áurea da santificação, pela forma como é tratado e idolatrado pelos jornalistas e pela esquerda como o salvador da democracia no Brasil, a despeito de ele ser o mentor intelectual da censura prévia na campanha eleitoral, que é antítese da liberdade de expressão essencial ao trabalho da imprensa e as liberdades individuais.

O certo é que a imprensa brasileira, praticamente por unanimidade, aprova os atos do ministro, quando esteve e estar ao lado dele, na incansável luta de destruição do chefe do Executivo, uma vez que este também não deu trégua às críticas quanto às suspeitas de precariedades das urnas eletrônicas, talvez a razão dessa disputa inglória.  

Na verdade, é visivelmente espúrio o apoio do Supremo a tudo que se relaciona com o candidato eleito à Presidência da República e certamente com seu futuro governo, em sentida e nítida forma de relação de troca, considerando que a maioria dos ministros dessa corte foi indicada por ele ou por governo do seu partido.

Vejam-se que a corte suprema vem servindo, com fidelidade, diretamente ao projeto do mencionado candidato, a começar do ato que o tirou da prisão, passando pela anulação das suas condenações, na Justiça, pelo sumiço da ficha suja dele e, por último, pela integral interferência em seu favor, na campanha eleitoral, conforme mostram, à saciedade, os fatos.

Certamente que a excelsa corte continuará servindo-o, desta feita com a força da máquina estatal a seu favor, apenas se dedicando em apoiá-lo, tudo na perfeita harmonia de opinião e entendimento ideológico.

A mídia, internacional e brasileira, mesmo não dispondo de elementos-chaves sobre o funcionamento das urnas eletrônicas, considerou a votação normal e absolutamente perfeita, na confirmação da expressão democrática favorável ao candidato eleito, com o bravíssimo respaldo do Supremo, que tudo fez para afastar o incômodo populismo de direita, não permitindo sequer questionamento sobre o funcionamento de urnas antigas, que podem oferecer incompatibilidade com o sistema eleitoral mais moderno.

A verdade é que, na interpretação do Supremo, os problemas brasileiros vão acabar a partir do primeiro dia de janeiro de 2023, ou seja, além de salvar a democracia, a corte suprema ainda conseguiu contribuir  para livrar a extinção das reservas de oxigênio da região amazônica, além de atos golpistas, que existiam em potencial ameaça, segundo os estrategistas de esquerda.

A marca da leniência com a desonestidade na administração pública ficou estampada com a recepção, na sede da corte, dos ministros do Supremo ao candidato eleito, para longa conversa amistosa e bastante descontraída, em que os magistrados eram só sorrisos diante do político que é símbolo da decadência moral, à vista dos esquemas criminosos protagonizados no seu governo, que sequer foram assumidos nem prestadas as devidas contas acerca deles, o que bem evidencia a falta do sentimento ético-jurídico do principal órgão do Poder Judiciário, em se aliar pessoa que é péssima modelo de dignidade no gerenciamento da coisa pública.

Esse deplorável encontro tem o condão de mostrar a falência do sistema judiciário brasileiro, por ter tido a débil aderência à causa de político que não resiste aos testes de imaculabilidade na vida pública, por não ter condições de atender aos requisitos de conduta ilibada e idoneidade, que são condições essenciais à prática de atividades políticas e ao exercício de cargo público eletivo, pelo menos nos países sérios e evoluídos, em termos políticos e democráticos.

Não há a menor dúvida de que o Brasil se transformou em uma República que é a cara do Supremo Tribunal Federal, cuja democracia é ditada pela competência intelectual de um ministro, que somente ele entende sobre política, democracia e liberdade de expressão, evidentemente na forma da cartilha idealizada e instituída por ele, que é aplicada também por ele, que a interpreta para punir quem a violar, segundo o seu pensamento, sem necessidade do devido processo legal, como assim estabelecido na forma da lei, nem da observância dos ditames constitucionais e legais.

A impressão que se tem é a de que o momento brasileiro se confunde com o país dominado pela demência extrema da falta dos sentimentos nobres da dignidade, da moralidade e dos princípios republicanos e democráticos, em que somente uma pessoa tem o dom de dominar os poderes da República, com a suprema interpretação dos leis criadas por ele, que também decide sobre os destinos do Brasil, na forma do resultado da votação realizada sob o seu comando, de acordo com as regras ditadas também por ele.

Finalmente, impõe-se que se diga que, nos países sérios, civilizados e evoluídos, não existe instituição que possa se colocar acima das leis, da ordem democrática nem dos demais poderes, porque, do contrário, tem-se a verdadeira inversão dos valores republicanos e democráticos, com sobejas motivações para as plenas insegurança jurídica e a quebra da integridade nacional.

Brasília, em 30 de novembro de 2022

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Mente monstruosa

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, uma pessoa fala que o desejo dela é matar o presidente da República e toda a família dele, além dos apoiadores de direita, conforme relato bastante agressivo, que mostra sentimento raivoso de vingança e monstruosidade desumanas.

É notório o processo de idiotização que é capaz ade transformar o ser humano em verdadeiro demônio, como no caso dessa pessoa, que fala em Deus com o coração totalmente transbordante de ódio, vingança e desamor, mostrando a sua índole extremamente perversa, cruel e desumana, sem qualificação mesmo na mais ínfima espécie de verme, que deve ser a classe mais desprezível da face da Terra.

Infelizmente a ideologiazação, que tem o poder de orientação  política, no caso da esquerda, tem sido capaz de produzir a degeneração da espécie humana em animal irracional, ainda com o direito à expressão da palavra, que também poderia ter acompanhado o mesmo caminho da irracionalidade mental e isso fica muito claro no pensamento dessa pessoa, que acha normal propugnar pela morte do seu semelhante.

É lamentável que a humanidade tenha conseguido caminhar para nível tão alarmante de aviltante sentimento com relação ao seu semelhante, que merece os mesmos respeito e tratamento exigido por quem tem a mediocridade de cogitação sobre ideia totalmente inconcebível, em termos de civilidade, cidadania e humanidade.

O que se imagina é que pessoa com o sentimento e as ideias maléficos e diabólicos, como nesse caso, não passa de psicopatia gravíssima, que precisa e exige de tratamento urgente, como forma de se evitar a incidência de monstruosa tragédia, considerando que o estado de saúde mental dele já denuncia transtorno gravíssimo que aconselha o isolamento dele do convívio com a sociedade, que corre sério risco de agressão física, com perigo de letalidade, além da perturbação da ordem pública.

O presente caso exige reflexão por parte da sociedade, na atualidade, quando, em situações semelhantes a ele, certamente até mesmo com menor agressividade, os autores conservadores são imediatamente punidos com medidas severas, que vão desde privação do uso da internet até a prisão, por enquadramento nos crimes de injúria, ameaça à vida, terrorismo e outros atributos penais do gênero, ficando a pessoa alijada do direito da liberdade de expressão.

Com relação a essa pessoa, que foi devidamente identificada, não se tem notícia de que ela tenha sofrido qualquer punição, embora haja a ameaça de morte ao presidente da República e a toda a família dele, em clara manifestação de desrespeito e ódio de ativista da esquerda, que não pode ficar impune, por se tratar de ato de extrema gravidade contra a vida de pessoas.  

Urge, nesse caso, que as autoridades públicas tomem conhecimento da gravíssima situação, por envolver a principal autoridade da República e seus familiares, que foram ameaçados de morte, para o fim da adoção das urgentes medidas que se fazem necessárias, nos termos da lei, como forma de se coibir agressões análogas, que podem se tornarem comuns, se não nada for adotado para reprimir a sua incidência.

Brasília, em 29 de novembro de 2022

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

O poder do povo

 

Em mensagem que circula nas redes sociais, alguém escreveu que “O Presidente Jair Messias Bolsonaro é o atual chefe e líder maior das Forças Armadas, (...). A Constituição garante no seu artigo primeiro que o povo é o poder maior na democracia e a ele devem obediência aos seus representantes. Então vamos dar a ordem para o chefe das Forças Armadas, aquele que jurou defender a nossa liberdade com a própria vida, a saber, ao nosso Excelentíssimo Presidente da República, Sr. Jair Messias Bolsonaro. Vamos todos ordenar já, em uníssono, bom e alto tom! Sr. Presidente o povo ordena que o Senhor cumpra sua obrigação! Ordene às Forças Armadas para entrarem em ação! Sr. Presidente obedeça ao povo e a constituição! Dê logo o comando às Forças Armadas, para libertar nossa Nação! Sr. Presidente convoque o STM e cumpra sua missão! Honre O NOSSO DEUS, as Famílias e a Nação! (...)”.

De logo, percebe-se que está escrito na mensagem supratranscrita que o povo é o poder maior, na democracia, à luz do disposto no artigo 1º da Constituição e, por isso, os representantes políticos devem obediência ao povo, razão do desejo colocado na mensagem de se ordenar que autoridades da República ouça o povo e cumpram as suas ordens.

Ao contrário dessa compreensão, ocorre que não é exatamente essa a interpretação dada ao parágrafo único do aludido dispositivo, que apenas estabelece, verbis: “Art. 1º (...) Parágrafo único. Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”.

Na verdade, o que diz o texto e sobre isso se pode inferir clara e tranquilamente é que o povo tem o poder sim, que o transfere para os seus representantes políticos, por meio do voto, ou seja, o poder que é do povo deixa de ser dele quando ele elege o seu delegado, por meio do voto, tamanha a sutileza da norma constitucional que confunde os menos instruídos quanto à sua literalidade interpretativa.

Daí a expressão “Todo poder emana do povo, ...” e somente isso, que já é muito, mas sem nada mais, porque só existe poder formalmente se tiver o voto do povo, no caso, se ele eleger quem possa exercer, de forma efetiva, o poder, que, no caso, são os representantes legalmente eleitos.

No mais, o povo não tem poder para absolutamente nada e muito menos para exigir ou ordenar alguma medida de ninguém, nem do presidente do país e muito menos dos demais representantes políticos, que recebem o mandato de mão beijada, sem compromisso de coisa alguma, nem mesmo de defender as causas do povo, que já seria o mínimo, em se tratando de regime democrático, em que, em princípio, o povo deveria ter o controle do poder, inclusive com o dever constitucional de seguir a vontade dele, caso essa regra básica estivesse claramente definida na Lei Maior do Brasil.

O certo é que o povo, embora seja a célula máter da nação, ele somente tem o direito ou o dever de formalizar e constituir o poder, para ser exercido por seus representantes políticos, nos termos do parágrafo único supratranscrito e mais nada, porque nenhum poder ao povo foi consignado na Constituição, senão, repita-se, o dever de votar nesses representantes.

Na verdade, essa desagradável situação, que mostra visível descompasso com a evolução da humanidade, tem o condão de confirmar o desinteresse ou a involução do povo, que aceita pacificamente tal realidade, na forma exatamente definida por seus representantes, que aprovaram a Constituição e estabeleceram apenas o dever da votação para elegê-los, deixando de definir formas e meios capazes de se permitir a participação do povo nas decisões nacionais, a exemplo da aceitação da imposição dos anseios do povo, para ele realmente ter voz e ainda puder ser ouvido, precisamente em harmonia com os princípios republicano e democrático.   

Diante dessa terrível e desagradável notícia, convém que a Constituição seja atualizada, com vistas à inserção de dispositivo que possibilite amparar não só o dever de o povo eleger seus representantes políticos, mas também, em especial, de puder influenciar e até interferir em assuntos relevantes e de interesse nacional, como acontece no presente momento, em que as autoridades dos poderes Executivo e Legislativo seriam obrigadas a ouvir o povo, para o fim de promoverem as medidas necessárias ao combate à terrível crise que se abateu sobre os poderes da República.

Além disso, é interessante que se permita que também haja a possibilidade de recall político, para o fim de puder se avaliar sobre a conveniência do afastamento do cargo para o qual o representante político foi eleito, sempre que ele se evolver em caso de negligência funcional, a exemplo de deixar de cumprir as promessas de campanha, ou em irregularidades.

A verdade é que o povo, embora seja tudo perante o Estado, porque sem ele este sequer existe, mas, perante a Constituição brasileira, o povo não é absolutamente nada com relação ao ordenamento da sua vontade diante dos seus representantes, ressalvado, obviamente, o seu poder de eleger os dirigentes dos poderes Executivo e Legislativa, que também deveria ter o poder de eleger os membros do Judiciário.

Não há a menor dúvida de que o povo é a razão da existência do Estado, mas nada disso tem importância se não houver definição bem clara, na Constituição, mediante o estabelecimento, em termos políticos, sobre os seus direitos, inclusive quanto ao poder de dizer o que os seus representantes políticos devam fazer, em sintonia com a sua vontade, em especial, no sentido de serem obrigados a ouvir e obedecer ao povo, quanto aos seus anseios sociais, em harmonia com os princípios democráticos.

Brasília, em 28 de novembro de 2022

domingo, 27 de novembro de 2022

Falta de padrão

 

Em mensagem que circula nas redes sociais, alguém escreveu seu desejo de que “Tanta coisa antiga volta à moda, mal posso esperar a volta da ética, da inteligência e da honestidade.”.

          É sempre bom sonhar com algo realista, mas, esperar pela volta da ética, da inteligência e da honestidade, aí já é querer simplesmente a volta do impossível, algo revolucionário para os padrões da atualidade brasileira, pelo menos, no Brasil.

Isso deixaria de ser sonho e passaria para o estágio superior do nirvana, considerado a sublimação da alma.

A fé do brasileiro é tão ínfima e sem consistência que, de tanto se almejar bonanças, ele somente tem o exato merecimento do pior presente, possivelmente como forma de expiação para os seus intensos pecados.

À vista dos constantes castigos, os pecados dos brasileiros devem ser muito além dos limites permitidos para o ser humano, que ainda não conseguiu vislumbrar a ideal padronização de vida, desejável e confortável à normal sociabilidade. 

Brasília, em 27 de novembro de 2022

Sentimento de ódio?

 

Em mensagem postada na internet, alguém escreveu o seguinte: “Aí o sujeito fala... os argentinos amam o Messi... Os brasileiros odeiam o Neymar... Porque será? A diferença é enorme (sic)”.

A aludida mensagem tem por base duas fotos, em que, na primeira imagem, se encontra o principal jogador argentino abraçando um companheiro do time, enquanto, na outra, um jogador brasileiro abraça o atleta brasileiro, que não corresponde.

Diante disso, em disse que pretendia ressaltar, muito a propósito das imagens, que o exemplo defluído dos dois abraços não serve para justa comparação de sentimentos, uma vez que os argentinos estão comemorando o gol feito pelo seu principal craque, que realmente é motivo de alegria e abraços efusivos, conquanto o atleta brasileiro esteja sendo abraçado, em forma de apoio e solidariedade pelo amigo, em momento bastante difícil, quando o jogador brasileiro é acometido de gravíssima lesão no tornozelo, que simplesmente o deixa em estado de desespero, desânimo e tristeza, inclusive sob ameaça de nem participar mais da copa.

É muito triste que as pessoas procurem tirar as suas conclusões, tendo por base momentos completamente distintos, porque, certamente, a situação inversa poderia acontecer normalmente, ante o estado de ânimo representado pelos fatos em si.

          É preciso que as pessoas possam sim fazer as suas avaliações sobre os fatos da vida, evitando a prática de injustiça, porque a forma maldosa como mostra a mensagem em referência visa macular a imagem do jogador brasileiro, como se ele fosse insensível, quando o drama vivido por ele, no momento da foto, não se permite a mínima condição de sentimentos, a não ser de muita tristeza e de pensamentos totalmente fora de si.

Ao contrário disso, o jogador da argentino se encontra, no instante da foto, no seu melhor momento da carreira, ao comemorar o seu gol, na Copa do Mundo, que muito convém, ante o tamanho da motivação de euforia extrema.

Por fim, não é verdade que os brasileiros odeiam o principal craque da Seleção Canarinha, apenas as pessoas que têm ódio e nutrem sentimento de vingança no coração, em especial, porque ele apoiou o candidato da direita, que o mesmo direito que as pessoas tiveram em apoiar o candidato eleito.

Ante o exposto, apelam-se para que as pessoas se conscientizem sobre a imperiosa necessidade da importância do julgamento justo sobre os fatos da vida, como forma de se evitar desnecessária injustiça contra o seu semelhante. 

Brasília, em 27 de novembro de 2022

Discursos inócuos

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, três senadores discursam em inflamada propaganda sobre evento que reunirá personalidades e autoridades, tendo por finalidade tão somente evidenciar a crise que predomina entre os poderes da República, cujo resultado será a amostragem do abuso de autoridades, sem nenhuma consequência prática para a sua solução.

Pelo visto, esses senadores querem mesmo é aparecer diante da opinião pública, com a desnecessária gastança de tempo em palestras que não passam de pura perfumaria, quando a crise é de tamanha gravidade que exige medidas urgentes e efetivas à altura da grave situação, à vista do que dispõe, em especial, o artigo 52, inciso II, da Construção federal.

O aludido dispositivo versa sobre o possibilidade de processar e julgar os ministros do Supremo Tribunal Federal pelo Senado Federal, à vista de exagerados e expressivos abusos, com extrapolação aos textos constitucionais, com destaque para a interferência nas autonomia e independência dos outros poderes da República e nos direitos humanos e princípios democráticos, como vem protagonizando, reiteradamente, um ministro da corte suprema.

À toda evidência, essa forma de manifestação, por parte de senadores apenas mostra forma pueril de enxugamento de gelo, com visível perda de tempo, em inócua discussão de assuntos que não levam a absolutamente nada, enquanto os transgressores da Constituição e da ordem democrática continuam tranquilos e impunes, na prática de abusos ao ordenamento jurídico do país.

Não é exatamente esse o papel reservado para os parlamentares, mas sim o de representar, na forma constitucional, contra os fatos que realmente se mostrem de gravidade contrária aos direitos da sociedade, de modo à promoção de efetivas medidas legislativas que estão na esfera da competência do Senado, quanto ao pleno exercício das suas funções constitucionais.

Aquele órgão tem por incumbência constitucional, por princípio, a coibição dos abusos praticados por inescrupulosos servidores públicos, conforme for o caso, por meio da instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito pertinente ou mesmo por meio de processo específico, para o julgamento dos atos de quem estiver envolvido com a prática do abuso de autoridade.

É preciso que os ilustres congressistas se conscientizem sobre a importância do seu cargo, em especial, no que diz com a defesa da sociedade, na forma de medidas que devem ser efetivadas exatamente em harmonia com a previsão regimental do Senado, com descarte de meros e infrutíferos discursos, normalmente recheados de palavras expressivas jogadas ao vento, na consumação de tempo e dispêndio de recursos públicos, à vista da certeza sobre nenhum aproveitamento prático.

Convém que os nobres senadores compreendam a real gravidade da situação e busquem medidas eficazes, na forma constitucional, como contributo ao fiel cumprimento do seu estrito dever institucional, em defesa do interesse público e dos princípios democrático e republicano. 

Brasília, em 27 de novembro de 2022

sábado, 26 de novembro de 2022

Cansaço de safadezas?

 

Mensagem que circula nas redes sociais faz apelo para as pessoas se unirem à causa do bolsonarismo, conforme o texto a seguir.

O Bolsonarismo nada mais é do que um grupo expressivo de Brasileiros cansados da safadeza de políticos sujos. Ser Bolsonarista é apoiar as próximas gerações. Sinto orgulho de fazer parte deste grupo seleto. Se este também é o seu caso, repasse esta mensagem para que mais pessoas possam estar conosco nesta caminhada (sic).”.   

Gostaria imensamente de pensar como muitos brasileiros que, mesmo cansados da safadeza de políticos, conforme assim confessam, conseguem idolatrar político igualmente aproveitador dos privilégios do poder, na forma descrita nos exemplos a seguir.

          Refiro-me precisamente ao presidente do país, que não tem moral para falar de imaculabilidade no governo dele, quando alguns atos dissentiram da normalidade republicana.

Como sentir orgulho de político que se elegeu empunhando a bandeira da moralidade, em defesa dos princípios republicanos, sendo que os seus principais pontos eram, basicamente, a consolidação da Operação Lava-Jato, diante do excelente trabalho que vinha sendo executado por ela, que realmente era motivo o de orgulho do Brasil, quando foram desvendados por ela esquemas criminosos de quadrilhas que desviaram recursos dos contribuintes, e, pasmem, o distanciamento da velha política, esta conhecida pelo funesto Centrão, que é símbolo e modelo do deplorável fisiologismo na administração pública, tendo participado dos últimos governos corruptos e desonestos.

Pois bem, a competente e diligente Operação Lava-Jato foi extinta no atual governo, que operou pela continuidade do procurador-geral da República, que cuidou de providenciar o sepultamento dela, evidentemente com a implícita concordância do Palácio do Planalto, que não moveu uma palha contra a extinção dela.

Por seu turno, o deplorável Centrão foi colocado no colo do governo quando o presidente do país se sentiu ameaçado de impeachment e, imediatamente, ele foi acometido de brutal e irremediável amnésia, tendo esquecido as juras e os sentimentos de ódio à velha política.

A partir de então, o presidente do país, além de entregar vários chaves ao Centrão, deu-lhe as chaves do Tesouro Nacional, que passou, pasmem, a controlar o Orçamento da União e, de quebra, conseguiu criar o desgraçado orçamento secreto, justamente para sacramentar o seu principal propósito fisiológico, que é a compra da consciência dos parlamentares para apoiarem projetos do governo, cujo procedimento é algo próprio de políticos sujos e inescrupulosos a que se refere exatamente a mensagem supratranscrita.

Agora, para enfeitar a cereja do bolo da pouca-vergonha política, o presidente do país se filiou a partido que é o principal integrante do Centrão, que é comandado por famoso corrupto do mensalão, ou seja, para quem abominava a velha política, o presidente brasileiro passou a ser um de seus principais líderes, sem nenhum escrúpulo.

Tudo isso é fato que conspira contra os salutares princípios da ética e da moralidade e ainda mostra, literalmente, que o presidente do país pode ser tudo, menos ficha limpa, estando muito mais para hábil enganador de pessoas de boa vontade, que se orgulha de ser grupo seleto.

Por questão de sinceridade, é preciso se reconhecer que o presidente da República tem o mérito de ter sido o principal líder político capaz de fazer páreo à esquerda, mas ele demonstrou, pelo menos sob a ótica da Justiça eleitoral, extrema inabilidade na disputa eleitoral, por perder logo para político em plena decadência moral, pelo menos é assim o entendimento da maioria dos eleitores, repita-se,  à luz das urnas divulgadas.

Brasília, em 26 de novembro de 2022

Cumplicidade?

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, um ministro do Supremo Tribunal Federal fez, no passado, importante pronunciamento, pela forma clara e objetiva como ele enxergava o protagonismo da corrupção que ele assim entendia como tal prejudicial aos interesses do Brasil e dos brasileiros, à vista da sua verdadeira compreensão acerca desse câncer que predominou no governo do candidato que ele ajudou a eleger para presidir o país.

Eis, a seguir, a lúcida, contundente e precisa confissão do ministro, por sua importância de ser conhecida por todos os brasileiros honrados e de boa vontade, ante a sua relevância como registro real, sincero e verdadeiro sobre os fatos que foram ignorados, inclusive por ele e muitos brasileiros, que preferiram ser cúmplices com a desonestidade e a corrupção, na administração do Brasil.

“Não foi criminalização na política. O que aconteceu na Petrobras foi crime mesmo. O que aconteceu na Eletrobrás foi crime mesmo. O que aconteceu na Caixa Econômica Federal foi crime mesmo. O que aconteceu nos Fundos de Crédito Consignado foi crime mesmo. O que aconteceu no Fundos de Pensão foi crime mesmo. Portanto, a gente não deve criminalizar a política nem politizar o crime. Desvio de dinheiro, gerente devolvendo 150, 180 milhões de reais. Não é possível alguém achar isso natural. Isso não é política. Isso é bandidagem. Portanto, houve uma quantidade impressionante de coisas erradas, estranhadas na estrutura do Estado. A corrupção no  Brasil foi uma criminalidade estrutural, institucionalizada e sistêmica. Eu acho que verdadeiramente a Operação Lava-Jato ajudou a desvendar isso e a mudar a cultura de impunidade no país. (...) Agora, todos os melhores advogados criminais do país, de lupa, acho que acharam muito pouca coisa errada para você desacreditar a operação e ela mudou o Brasil. Infelizmente houve decisões judiciais das quais eu discordo que retardaram um pouco esse processo, porém a sociedade já mudou e eu acho que a operação Lava-Jato ajudou a mudar a sociedade, que deixou de aceitar o inaceitável e desenvolveu uma imensa demanda  por integridade , por idealismo e por patriotismo, no Brasil. Eu acho que talvez isso ainda não tenha podido ser canalizado ainda da melhor forma, mas a verdade é que  talvez a política ainda não tenha mudado. Acho que o Judiciário está mudando lentamente.  A iniciativa privada já mudou, compliance já passou a ser obrigatório nas empresas e a sociedade deixou de aceitar. É cada vez mais difícil, hoje, um vigarista andar sossegado nas ruas.”.

Sim, é provável que muita gente não tenha visto esse vídeo, que mostra, de forma didática, como a roubalheira grassava livremente em cofres de empresas públicas, desviando, de forma inescrupulosa e, principalmente, impune, bilhões de recursos dos contribuintes, para o financiamento de atividades espúrias, de completa negligência para com a coisa pública, por tanta maldade contra o interesse da sociedade, que era cretinamente prejudicada exatamente por quem tinha o dever constitucional de defendê-la, cuidar e zelar dela, na forma da lei.

Pouco importa se quem votou no candidato eleito tenha conhecimento do vergonhoso e deprimente conteúdo constante desse vídeo, porque, estranhamente, ninguém estava interessado e muito menos preocupado em defender a dignidade nem a honra da administração pública, mais especificamente quanto à estrita observância aos salutares princípios republicanos da honestidade, da moralidade e dignidade na aplicação dos recursos públicos.

O resultado das urnas mostrou o verdadeiro sentimento de muitos brasileiros que se vangloriaram com a volta ao poder de político que não teve a mínima dignidade de se apresentar para representá-los com a cara limpa, com as mãos limpas, no sentido de mostrar o atestado de nada consta referente à sua vida pregressa quanto às atividades no exercício de cargo público.

Aliás, o político nem tinha condições legais como fazer nada disso, uma vez que o seu curriculum vitae era e ainda é sujo, por responder a vários processos penais na Justiça brasileira, por conta de denúncias referentes a suspeitas da prática de crime de improbidade administrativa contra o erário.

Isso constitui motivo mais do que suficiente para incompatibilizá-lo para a prática de atividades públicas e o exercício de cargo público eletivo, na forma da lei, que obriga que todos os candidatos sejam ficha limpa, mesmo que não tenham sido julgados pela Justiça de segunda instância.

Nesse caso, o que importa mesmo é a constatação da maculabilidade com relação às suspeitas e efetividades da malversação de recursos públicos, que é o caso atribuído à autoria do governo dele, à vista de também o candidato eleito já ter sido julgado e condenado à prisão, pela confirmação da prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em que pese as sentenças pertinentes terem sido anuladas por força de maquiavélica decisão judicial, por que sem o devido amparo legal, mas os atos propriamente ditos, que têm o poder de macular a dignidade do gestor público, permanecerem nos respectivos processos penais, na forma original.

O certo é que não houve exame de mérito sobre os citados atos, o que vale se afirmar que a culpabilidade dele é marca indelevelmente constante nos autos referentes às denúncias sobre irregularidades na gestão pública, que ainda pendem de novo julgamento pela Justiça.

A bem da verdade e à luz dos fatos marcantes e incontestes, os ditos brasileiros que votaram em político que guarda, no currículo, o registro oficial do mal administrador, assim qualificado pela Justiça brasileira, à vista das sentenças prolatadas nesse sentido, são certamente cúmplices por tamanha tragédia de desmoralização contra a administração pública, por não terem o menor escrúpulo em ajudar a voltar ao poder quem não tem a mínima condição moral, em termos de dignidade e honestidade, para presidir o país com a grandeza do Brasil.

Brasília, em 26 de novembro de 2022

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Atmosfera de incertezas?

Em mensagem que circula nas redes sociais, há o apelo para que as pessoas se concentrem nas frentes dos quartéis do Exército, como forma clara de pedido de socorro contra os abusos praticados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal.

          Diante disso, eu disse que é tão ruim quando a gente perde a esperança nas autoridades do país, como no parente caso, em que o povo deposita toda confiança nas Forças Armadas e no presidente da República, exatamente como último recurso de salvamento da pátria, na tentativa de dar basta, em definitivo, na tirania da toga.

A rigor, quando surge excelente oportunidade para a adoção de medidas saneadoras, por parte do presidente da República, eis que fica-se sabendo, oficiosamente, logo os militares, de quem se imaginavam o respaldo para as medidas pretendidas, se pronunciaram no sentido do desaconselhamento em contrário, pondo por terra o mínimo de esperança por parte do povo que vem se mobilizando, em sacrifício, ao meio do sol, da tempestade das chuvas e do frio, implorando por socorro das Forças Armadas, que negam apoio ao presidente do país para agir precisamente na forma ansiada pelo povo.

Até onde vai esse estado de coisas?

O mais certo, mais justo e mais sincero é se dizer logo a verdade, no sentido de que o governo garante que o empenho do povo será recompensado, sendo necessário que ele permaneça à frente dos quartéis, ou, então, que nada será feito, porque não tem interesse de ninguém para se fazer absolutamente nada contra os abusos praticados pelo regime.

Particularmente, as minhas esperanças já foram para as calendas, especialmente porque eu achei que este era sim o momento ideal para, na forma do jargão popular, a porca torcer o rabo e o presidente do país, em conjunto com as Forças Armadas, detonarem os planos imprescindíveis para o saneamento do caos instalado na administração do Brasil, pondo em prática os freios à indevida atuação desse atrevido e insensato ministro, que vem extrapolando os limites das suas funções, em clara infringência aos ditames constitucionais.

O pior de tudo o que se ver é que isso parece terrível pesadelo na vida dos brasileiros, por passarem a ser presididos, sob o regime socialista, por absurda imposição do sistema, que vem impingindo a sua predominância, sem contestação, sobre os demais poderes da República.

É exatamente isso que pode acontecer, quando, em plena evolução da humanidade, o sentimento que se tem é o de que muitos brasileiros regridem a um amontoado de insensatez e insensibilidade, destituídos dos comezinhos valores de moralidade e dignidade, ao elegerem político em plena decadência moral, diante dos fatos degradantes de corrupção acontecidos sob a sua gestão no governo mais desonesto da história brasileira.  

Nada mais aflitivo do que a incerteza do porvir, em especial quando o presidente da República se mostra inseguro e incompetente para decidir sobre os assuntos de extrema importância para os destinos do Brasil, como nesse caso de abuso de autoridade, com claras interferências, por parte de única pessoa, nos poderes da República e nos direitos individuais e democráticos.

Nestas condições, por falta de absoluta segurança para agir, fica a certeza de que quem se beneficia é a parte que age prejudicando, de forma reiterada, os interesses do Brasil e dos brasileiros, infelizmente. 

         Brasília, em 25 de novembro de 2022 

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Apelo à transparência!

 

A decisão adotada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, indeferindo, in limine, sem qualquer análise da parte técnica do órgão, o pedido de investigação sobre o resultado da votação do segundo turno, da disputa presidencial, demonstra toda força ditatorial jamais vista nos últimos tempos e expõe poder de extrema e absoluta tirania, com capacidade para atropelar todos os limites de tolerância da dignidade dos brasileiros, diante da violação dos princípios republicanos da transparência e da regularidade dos atos administrativos.

Importa se observar que o regime democrático impõe que a administração pública seja, obrigatoriamente, transparente, em ex-vi do disposto no art. 37 da Constituição, o que implica a imediata explicação sobre as questões e as dúvidas sobre os atos da sua incumbência.

Ou seja, à vista das casos questionados pela coligação do presidente do país, o Tribunal eleitoral tem obrigação de mostrar a licitude deles, mas o presidente do órgão preferiu indeferir, em menos de 247 horas, tendo por base mero entendimento de que os fatos alegados não têm nada a ver com possíveis irregularidade apontadas, quando ele deveria determinar, antes de qualquer medida, que a área técnica mostrasse a correção dos procedimentos, para afastar qualquer dúvida, quando jamais deveriam permanecer.  

Enquanto isso, caso o presidente da República e as Forças Armadas aceitarem passivamente essa situação gravemente afrontosa e desrespeitosa aos comezinhos princípios de civilidade, não há a menor dúvida de que, neste país, só tem um bando de pessoas insensatas e irresponsáveis, que não honram os cargos que exercem e perdem por completo o respeito dos brasileiros.

Um país que uma pessoa só “casa” e “batiza”, atropelando o regramento jurídico-constitucional, com decisões absolutos e os demais poderes baixam a cabeça, aceitando comodamente a mais aviltante afirmativa de autoritarismo muito acima do que o seu cargo permite e isso só tem uma explicação: falta de dignidade e de caráter das demais autoridades do país, que se rendem ao sistema, que vem atuando na contramão dos princípios constitucionais e democráticos.

A sensação que se tem é que o povo está completamente abandonado, quando uma única pessoa do Judiciário censura, prende, multa, decide ao arrepio da Constituição e limita as liberdades individuais, além de dá os rumos aos destinos da nação, a exemplo de ter a iniciativa de definir o candidato vitorioso nas últimas eleições, quando evita a transparência do sistema eleitoral.

O ditador de toga comanda, com punho de aço, o resultado das últimas eleições presidenciais, que, segundo os questionamentos suscitados junto ao Tribunal eleitoral, houve manipulação no sistema de votação, para beneficiar o candidato do sistema e não se faz nada contra ele, à vista das decisões abusivas emanadas por aquela autoridade, que tem sido soberana, à toda evidência, em total afronta ao regramento jurídico-constitucional.

Esse quadro de horror, sob o comando de autoridade tirânica, que age com ímpeto draconiano, sem temor de medida em contrariedade aos atos abusivos e inconstitucionais, deixa a sociedade despontada e desesperançosa, diante da completa inércia por parte dos poderes que têm o dever constitucional de agir e coibir abusos, em especial o Congresso Nacional, o presidente da República, a Procuradoria Geral da República e as Forças Armadas, a quem se atribuem toda culpa por esse descalabro da degeneração e da desordem institucional, à vista do predomínio despótico de parte de um ministro.

Em princípio, compete ao presidente da República liderar, em nome do povo, o salvamento do Brasil e dos brasileiros, enquanto ele ainda dispõe dos poderes constitucionais e legais para editar as medidas saneadoras pertinentes, na forma da lei, ante o caos que foi instalado praticamente nas raias do Palácio do Planalto.

Caso contrário, aceite, senhor presidente, passar para a história como insensato, por ter sucumbido pelo sistema e não ter tido competência nem dignidade de brasilidade para reação à altura da desgraça que impera justamente na duração do seu governo.

Enfim, salve os brasileiros que demonstram brava resistência ante o imperialismo da injustiça do Judiciário.    

Brasília, em 24 de novembro de 2022

Cadê a transparência?

 

A coligação do presidente da República ingressou com representação no Tribunal Superior Eleitoral, pedindo a verificação extraordinária dos resultados da eleição de 2022, sob a argumentação de que o suposto mau funcionamento de alguns modelos de urnas eletrônicas, no segundo turno, deram equivocadamente a vitória ao candidato adversário.

De acordo com a representação da coligação do presidente derrotado, modelos anteriores ao do ano 2020 das urnas eletrônicas teriam apresentado um problema no funcionamento no chamado arquivos de log de sistemas.

Segundo a petição, nas urnas que não estão consideradas normais, representando o universo de 40,82% do total, o resultado apontaria vitória do presidente do país, com 51,05% dos votos válidos, enquanto o adversário dele teria 48,95%.

O resultado oficial da eleição mostrou o contrário disso, com o candidato da oposição com 50,90% dos votos válidos contra 49,10% do atual presidente.

No pleito, foram utilizadas 472 mil urnas, no segundo turno, das quais 192 mil do modelo mais recente e quase 280 mil de modelos fabricadas em anos anteriores, entre 2009 e 2015.

A coligação do presidente do país defende a criação de comissão técnica independente de verificação, formado por profissionais especializados, que não sejam vinculados a partido político e à Justiça eleitoral, além da anulação dos votos apenas das urnas questionadas, observadas as consequências práticas e jurídicas devidas, com relação ao resultado do segundo turno das eleições de 2022, ante a existência de "indício muito forte" de que há problema nas urnas, a par da violação do sigilo do voto no caso de urnas que foram desligadas e religadas.

A coligação também alega que as inconsistências não permitem se atestar o resultado ou que as urnas não registraram o resultado eleitoral, embora "Isso não quer dizer que ocorreu uma fraude, mas é uma possibilidade, não se tem certeza de que aquelas urnas tenham credibilidade suficiente para atestar aquela votação".

Na concepção de um matemático, consultor em eleições digitais e um dos criadores da urna eletrônica brasileira, o arquivo de log, apontado como problema pela auditoria da mencionada coligação, "não tem nada a ver com o núcleo do ecossistema da urna eletrônica. Ele não interfere absolutamente em nada no que diz respeito ao recebimento do voto, ao registro do voto ou à apuração dos resultados".

Enfim, o resultado final da votação não pode ter dúvida de ninguém, muito menos do eleitor, sobre a sua fidelidade à vontade popular.

O relatório técnico em comento evidencia, em princípio, de forma consistente, a existência de sérios e concretos problemas inerentes à vulnerabilidade no sistema eletrônico da votação, que a Justiça eleitoral vem garantindo perante a sociedade e o mundo que se trata de algo perfeito, sem qualquer mácula, quanto à segurança e confiabilidade, na forma prevista na legislação de regência, em termos da pretendida segurança jurídica.

A verdade é que a fiscalização que se impõe precisa ser realizada sempre que tiverem indícios sobre quaisquer suspeitas de irregularidades, não importando quais sejam, porque isso faz parte do processo democrático, que não permite a existência de dúvida de maneira alguma na administração pública, que se refere à incumbência da Justiça eleitoral ser transparente nas atividades sob a sua responsabilidade, em especial no que se refere ao processo eleitoral, como salvaguarda natural das premissas democráticas.

O relatório em apreço se baseia no glossário das eleições informatizadas  de 2022,  que descreve as funções dos  três arquivos gerados pelas urnas e publicados no portal do Tribunal eleitoral, a exemplo do boletim de urna - que permite conhecer o resultado em cada sessão eleitoral, assim como a realização de  testes dos equipamentos pertinentes; o RDV - registro digital do voto, que permite eventual recontagem do arquivo que registra todos os votos; e log da urna, que o elemento importante de auditoria para os partidos políticos e entidades fiscalizadoras, que serve como espécie de diário onde cada linha registra a atividade da urna, cujas informações têm a finalidade de garantir a associação com o hardware e a segurança do processo eleitoral.

          Com base nesses elementos e equipamentos, as análises realizadas em cerca de 472 mil urnas permitiram se encontrar dois comportamentos diferentes de acordo com o modelo das urnas, em que, em 192 mil urnas do modelo novo, a partir de 2020, o comportamento é o esperado, seguindo a normalidade processual, enquanto em mais de 279 mil urnas, com fabricação anterior a 2020, ou seja, 59,2% do total, foi constatado, em cada linha de funcionamento delas, o código é inválido, impedindo a associação à urna, o que indica claro indício de evidência de mau funcionamento da urna, diante do desvio de padronização de qualidade, se comparado com as urnas fabricadas a partir de 2020.

Em princípio, o relatório em apreço mostra importante desvio de funcionamento das urnas, quando vários aparelhos travaram, deixando de funcionar, tendo sido desligadas no processo da votação e posteriormente religadas, cujo procedimento caracteriza violação do sigilo do ato da votação, por expor dados pessoais do eleitor, ou seja, houve interferência no sigilo da votação. 

O relatório mostra que, com o uso das urnas fabricadas anteriormente a 2020, nas quais foram apontados mau funcionamento, há comprometimento do resultado final e da sua credibilidade, à vista da constatação de erros recorrentes, em que o candidato declarado vencedor teria atingido 52% dos votos, contra 47% do candidato derrotado. 

Por sua vez, com base nas urnas fabricadas a partir de 2020, que apresentaram funcionamento normal, o candidato derrotado ganha com mais 51% de votos contra 48,95 % para o seu adversário, ou seja, os resultados são discrepantes para modelos diferentes das urnas, conforme consta do relatório protocolado  no Tribunal eleitoral.

De acordo o citado relatório, há a constatação de inconsistências gritantes e recorrentes em todas as urnas fabricadas anteriormente a 2020, que não permitem atestar o resultado eleitoral ou a vontade do eleitor e compromete a segurança e a credibilidade do processo eleitoral.

Diante das referidas discrepância e inconsistências, urge que a Justiça eleitoral adote as necessárias providências legais, de modo que justifique e esclareça, na forma da lei, as medidas imprescindíveis ao saneamento desses desvios procedimentais, eis que, se existem indícios de dúvidas, quanto às queixas de mau funcionamento da votação, isso implica que, de forma indevida e irregular, um candidato foi atestado.

Em que pesem todas as argumentações sobre possíveis inconsistências e outros questionamentos sobre o resultado da votação, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral indeferiu o pedido em apreço, explicando que o arquivo com voto é algo diferente do log, que foi questionado pela coligação, e ainda aplicou multa milionária aos autores do pleito, por litigância de má-fé.

Causa perplexidade que, em tão pouco tempo, sem a devida análise técnica e decidindo pelo plenário do Tribunal eleitoral, o presidente resolva sozinho a questão que merece as devidas explicações, uma vez que as dúvidas permanecem quanto à legitimidade do resultado das urnas, à luz dos fatos suscitados nas argumentações em causa.

No Estado Democrático de Direito, a decisão em apreço não condiz com a transparência que se espera da administração pública, que diz com a exposição detalhada dos procedimentos adotados com relação à apuração dos votos, em especial, a partir da disponibilização do código fonte, para facilitar o trabalho de quem quiser fiscalizar a regularidade dos procedimentos adotados pela Justiça eleitoral, com a devida minúcia, a operacionalização da votação.

Enfim, resta se conformar com a situação, tendo em vista que foi o povo que quis assim, votando no candidato que prometia, pasmem, democracia, quando a confirmação dos resultados das urnas é decidida exclusivamente ao livre-arbítrio por quem tomou partido pelo candidato eleito e não se dispõe a agir com a devida transparência, fato que evidencia total falta de respeito aos princípios democráticos.  

Brasília, em 24 de novembro de 2022       

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Publicação do meu 64º livro

É com muita alegria que concluo mais um livro, que representa a minha sexagésima quarta obra literária e se junta à minha já extraordinária coleção de livros, cujo acontecimento constitui motivo mui especial para o acréscimo de saudáveis energias que alimentam minhas fontes criativas e inspiradoras, uma vez que careço delas para dar continuidade às maravilhosas atividades de escrever textos sobre os importantes fatos da vida.

Dando continuidade ao prazeroso sentimento de homenagear especiais personalidades ou entidades, com a modéstia dedicatória de meus livros, ante a relevância de pessoas, fatos ou instituições queridos e de prestígio, em razão do seu importante legado, tenho satisfação de resgatar a lembrança de um ilustre conterrâneo da querida Uiraúna, Paraíba, que faz parte da história da cidade, como pessoa excepcional, de grande generosidade, e que amava viver plenamente cercado da família e dos amigos.

Refiro-me a Manoel Molico, que merece ser homenageada por mim, em gesto meramente simbólico, à vista das honrarias da sua grandeza, como pessoa que tinha o dom inato de mostrar às pessoas que a felicidade nasce e se desenvolver em nossos corações, tendo apenas o cuidado de regar diariamente com carinhosas pitadas de amor e isso ele fez com muita sabedoria.

A fotografia da capa do livro é de uma interessante árvore morta, que se mantém em pé, pelo visto, apenas para sustentar uma casa de João de Barro, a mostrar um pouco da encantadora beleza do cerrado de Brasília, Distrito Federal.  

Transcrevo, a seguir, a dedicatória que faço com muita alegria no coração, em homenagem ao saudoso Manoel Molico, pessoa que merece a admiração do povo de Uiraúna, cujo livro se engrandece com esse meu gesto de carinho.

                                               “DEDICATÓRIA

Tenho a alegria de dedicar este livro ao conterrâneo Manoel Molico (in memoriam), que o conheci como pioneiro bodegueiro de Uiraúna, que era respeitado por ser exemplo de honestidade, dignidade e responsabilidade perante a comunidade.

Lembro-me muito bem do perfil desse nobre uiraunense, porque  ele morava bem próximo da casa de meus pais e nosso convívio era de vizinho-família, em que o contato era permanente e inevitável, como pessoa maravilhosa e amiga, que dispensava atenção às pessoas em reciprocidade da sua bondade de bom cristão.

Em falar em cristão, meu homenageado era exemplo de católico com puros sentimentos de arraigada devoção ao Sagrado Coração de Jesus, sendo integrante da congregação que levada esse nome e participava ativamente das atividades religiosas da igreja.

O comércio dele era voltado para a venda a granel de cereais, como arroz, feijão, milho, farinha, açúcar etc., com especialização em frutas, como banana, manga e todas as demais frutas que eram colhidas na região, tudo vendido a preços populares.

Manoel Molico fazia parte da elite dos comerciantes de Uiraúna, sendo respeitado por sua integridade e honradez como cidadão cônscio dos seus deveres cívicos e de cidadania, sendo, por isso,  autêntico modelo de pessoa que era lição do bom uiraunense, em todos os sentidos, tendo o merecimento do respeito e da admiração de seus conterrâneos.

Esse cidadão se tornou pessoa folclórica de Uiraúna, em época em que a cidade era extremamente pacata e tranquila, mas, vez por outra, o nobre Manoel Molico resolvia movimentar a cidade, juntando bastante gente para presenciar um dos espetáculos que somente ele conseguia protagonizar com tamanho sucesso.

Refiro-me ao momento especial em que ele se decidia se afogar e se suicidar, logo nas águas do açude, que ficava aos fundos da casa dele, depois que ele tomava umas e outras e ficava de porre.

Pois bem, depois de perder o sentido da racionalidade, ele ficava dizendo, aos gritos, que ia se suicidar, por meio de afogamento nas águas do açude, que podia ser atravessado de margem a margem com volume de água que mal cobria os pés, sendo impossível sequer afogar uma galinha, quanto mais uma pessoa.

Isso pouco importava, porque ele adentrava, aos gritos, nas águas, dizendo que ia se afogar e morrer e o pessoal o acompanhava muito além da metade das águas rasas do açude, que eram absolutamente incapazes de realizar o sonho dele, que terminava voltando para casa, depois do efeito do álcool.

Tudo isso era muito engraçado, porque ele sabia perfeitamente que somente divertia as pessoas, com as pantomimas muito bem encenadas por ele.

Saudades do bom amigo Manoel Molico, que tinha o coração sustentado por gestos de pura ingenuidade, que a todos cativava com a sua áurea de bondade.

O bonachão Manoel Molico era daquelas pessoas que inspiravam somente gestos de carinho e admiração, que transmitia amabilidade e ternura aos seus semelhantes e, por isso, ele gozava da admiração dos uiraunenses.

É com o coração abençoado por Deus, por ter me lembrado agora desse ilustre uiraunense, que marcou presença no seio da sociedade da minha infância, uma vez que ele se destacava em simplicidade e bondade, por força do seu enorme amor à família e aos amigos.

É com alegria que o homenageio com a dedicatória deste livro, em razão de eu compreender que aquela figura bastante carismática e bondosa pode sim ter contribuído de alguma forma na minha vida, porque tudo que vinha dele era motivo de bons exemplos, diante da sua índole de pessoa que só fazia o bem ao próximo.

É com carinho que dedico esse singelo preito de gratidão a Manoel Molico, diante da certeza de que a experiência de o ter conhecido foi muito importante, por ele ter sido sempre modelo do bom cristão, que acolhia a todos como verdadeiros irmãos.

Agradeço imensamente a Manoel Molico, por ter convivido com pessoa realmente excepcional, que soube viver com a generosidade do bom cristão, com muito amor ao próximo.”.

          Brasília, em 23 de novembro de 2022 

Adeus, Tremendão!

 

O cantor e compositor Erasmo Carlos encerrou seu ciclo de vida, na Terra.

É com muita tristeza que o Brasil fica sabendo que Erasmo Carlos se despediu, em definitivo, de seus fãs, porque ele foi grande ícone da Música Popular Brasileira e um dos expoentes da Jovem Guarda, sempre atuando em parceria com o seu amigo de fé, irmão camarada Roberto Carlos, com quem fez quantidade fenomenal de músicas românticas, que se tornaram eternas, cujas lembranças são marcantes e de performance inesquecível.

Muitas das suas músicas falavam diretamente o âmago  do amor e da paixão, que ajudaram a encantar os apaixonados, inebriados ao meio de canções que se tornaram fiéis companheiras dos enamorados.

O Tremendão, como era assim chamado, foi um dos pioneiros do rock e símbolo maior e consagrado do movimento conhecido por Jovem Guarda.

Ele foi autor de inúmeras canções musicais  de alta qualidade poética, sendo venerado por sua genialidade como compositor de refinado talento.

Na verdade, o Tremendão foi autor de mais de 600 músicas, com destaque para os clássicos como “Sentado à Beira do Caminho”, “Minha Fama de Mau”, “Mulher”, “Quero que tudo vá para o inferno”, “Mesmo que seja eu” e “É proibido fumar”, entre outros grandes sucessos, que constituíram o seu brilhante legado como um dos maiores autores e compositores brasileiros e mundiais, razão da admiração e do carinho de legião de fãs e amigos.

Com o agradecimento pela extraordinária obra do Tremendão, esperam-se que ele esteja bem feliz nos braços do Criador, depois de ter realizado magistral trabalho de muito amor ao próximo.

Muito obrigado, genial Erasmo Carlos...

Brasília, em 22 de novembro de 2022