domingo, 31 de janeiro de 2021

As justas palavras do mestre!

 

Por ocasião do meu aniversário, tive a grande honra de ser lembrado e cumprimentado por muitas pessoas amigas conhecidas e outras que eu gostaria de conhecer.

Com o coração feliz pelo aconchego dessas pessoas, venho agradecer às manifestações carinhosas de todos vocês que mandaram mensagem ou curtiram esse momento saudável e especial na minha vida, dizendo o costumeiro, mas bem sincero, muito obrigado a cada um de vocês que me prestigiaram com a sua palavra de carinho ou o seu sentimento de ter vivido esse momento feliz na minha vida.

Tive o prazer de sentir uma a uma as mensagens e as curtições e sou feliz e agradecido que tudo tenha acontecido exatamente como prova, em reciprocidade, do amor que tenho por cada um de vocês, que são muito importantes como forma de relações sociais e de amizade.

Eu gostaria de trazer à lume a mensagem que recebi do nobre uiraunense, o notável professor Xavier Fernandes, que não economizou em nada a sua elevada sapiência para dizer palavras amáveis sobre o meu trabalho literário e a minha pessoa, porque, segundo a visão de alma nobre e generosa dele, eu mereci ser saudado, no meu aniversário, com a belíssima mensagem proferida por ele, assim: “Nossos Parabéns ao ilustre Mestre Dr. Antônio Adalmir Fernandes. Incansável brilhante escritor, inteligência rara, um gênio da literatura, sua inspiração ilimitada navega por todos os oceanos do conhecimento. Nos orgulha e nos envaidece tê-lo como nosso Amigo e conterrâneo. Parabenizamos pela publicação do seu quinquagésimo livro de contos históricos, resgates, homenagens, crônicas e comentários de assuntos diversificados da atualidade. Nossos aplausos e homenagem ao Gênio. Parabenizamos também pelo seu Aniversário, desejamos muita saúde paz, alegrias e realizações, Que JMJ sempre esteja Presente em seus caminhos abençoando-o com graças e muitas vitórias. Feliz Aniversário! Viva essa data intensamente com seus familiares! Um forte abraço de Xavier e Consolação! Vida Longa! Viva a Cultura! Viva o Mestre Adalmir!”.

Valha, meu amado Deus! Porque a sinceridade me diz que não sou digno nem merecedor de tantas e expressivas adjetivações, as mais requintadas possíveis, inclusive a principal delas, que especifica lugar singular atribuível às pessoas extremamente diferenciadas por algo que realiza ou pratica, qual seja, “Gênio”, que me qualificaria com o grau que me honraria com o peso da responsabilidade que dificilmente teria condição de assumir.

Eu sei perfeitamente da minha capacidade para assumir tamanho encargo, porque se trata de atributo que realmente se enquadra no perfil dos grandes, talentosos e renomados escritores, enquanto eu ainda me considero o escriba dedicado e esforçado, que mais se identifica como um intrusão no mundo dos escritores de verdade, na concepção como me vejo.

Com toda sinceridade, isso é para mostrar o tamanho do patamar onde foi colocado o meu prestígio, na concepção de um dos mais lúcidos historiadores da terra natal, o mestre Xavier Fernandes, com o que me deixa bastante honrado pela distinção do apreço dele ao meu trabalho literário.   

Digo ao ilustre mestre Xavier Fernandes que foi com forte emoção que conclui a leitura de generosas palavras sobre a minha pessoa, que certamente não está à altura para merecê-las na extensão nelas ali representadas, porque bem sei que o ilustre professor, musicista, escritor e historiador, entre outras habilidades com o conhecimento humano, liberou seu coração magnânimo, para mim deixar feliz e certamente deixou, porque é boa demais a interpretação de seu texto, tão rico de adjetivações vindas logo de pessoa de extrema sabedoria, inteligência, que ainda goza da maior credibilidade perante nossos conterrâneos, em razão das suas importantes obras literárias enaltecendo as importantes qualidades sobre a história de vida de uiraunenses.

Isso contribui para terrível e massacrante dúvida de que reconheço que não mereço tanto, mas como o sábio se atreveria a fazer belas afirmações e ainda com tanta convicção, como fez?

Então surge a melhor justificativa para que o mestre Xavier Fernandes se expusesse com tanta gentileza: é meu aniversário e nessa data tudo de bom pode ser dito para agradar o aniversariante e eu digo ao nobre mestre das letras que fiquei muitíssimo feliz e envaidecido com mais esse carinho seu ao meu trabalho literário e à minha pessoa, que vem em forma de forte estímulo ao que faço pensando em alguma forma de contribuição ao conhecimento, por abordar e analisar importantes fatos da vida.

Enfim, por certo que as minhas avaliações são meras elocubrações e que fique bem entendido sobre isso, porque, na verdade, é preciso que se dê crédito às sábias, valiosas e justíssimas palavras proferidas pelo ilustrado mestre Xavier Fernandes (Kakaká).

Muito obrigado, mestre Xavier Fernandes, pela generosidade que alegra intensamente o meu coração e faz bem à alma.

Rogo a Deus que lhe conceda longa vida e mantenha sempre abastecido o seu reservatório de sabedoria, porque assim eu corro o sério risco de ser privilegiado com a bondade de seus elogios.

Brasília, em 31 de janeiro de 2021

sábado, 30 de janeiro de 2021

Injustificável insensatez

 

Nem mesmo se importando com a repercussão negativa da sua reação aos comentários sobre os gastos com alimentação do governo, o presidente da República voltou a afirmar que as supostas latas de leite condensado inseridas nas compras de alimentos pelo Executivo, no valor de R$ 15 milhões, são “para enfiar no r... de jornalista".

Anteriormente, o presidente já havia sido eternamente estúpido, ao disparar contra pergunta de jornalista, a seguinte “pérola”: "Vai para p... que o pariu. Imprensa de m.... essa daí. É para enfiar no r... de vocês aí, vocês não, vocês da imprensa essa lata de leite condensado", ou seja, possivelmente pessoa insana nem tivesse condições de tratar a imprensa com tanta indelicadeza, fato esse que só evidencia ausência de racionalidade para o mandatário da grandeza do Brasil.

À toda evidência, a atitude do presidente do país vem se mantendo em absoluta coerência com o seu comportamento de animosidade perante a imprensa, que vem sendo tratada a ferro e fogo, talvez por ele entender que ela mente sobre seu governo e merece ser tratada com bastante desprezo e truculência, mesmo que o assunto se refira à execução de atos relacionados com a despesa pública, de interesse direto da sociedade, à vista dos tributos provindos dela, para a manutenção da máquina pública.       

O que se verifica foi que o presidente decidiu adotar política que tem por base o entendimento segundo o qual o governo não tem obrigação de dar satisfação sobre seus atos, além de achar que é normal tratar a imprensa com dureza e firmeza, ao estilo do palácio, em forma de represália, em razão de parte dela ter adotado linha de ação contrária ao pensamento governamental.

Esse fato, por si só, não justifica a generalização de entendimento, independentemente de que a obrigação do governo é a de tratar a imprensa em geral com o máximo respeito, sob o prisma de que não faz o menor sentido se apelar para se revidar absolutamente nada, porque isso não passa de atitude medíocre, quando o agredido aceita se igualar ao agressor e ambos entram no jogo extremamente prejudicial ao relacionamento civilizado e ao interesse público, que exige o máximo de respeito.

Certamente que os governos sérios, evoluídos e civilizados procurariam tratar a imprensa que os ofendem com a normalidade recomendada em situações que tais, respondendo aos agressores por meio dos canais próprios do governo, com o emprego dos devidos esclarecimentos sobre os fatos noticiados, em forma de denúncia ou outras acusações envolvendo o desempenho do governo, de modo que isso teria o condão de mostrar a regularidade, por parte dele, sobre os casos publicados com alguma suspeita.

Agora, se a situação envolver acusações de irregularidades mais graves, mesmo assim, o governo também não precisaria agredir a imprensa, porque o caminho correto é o de se recorrer à Justiça, para se dirimir as questões pertinentes e a vida do governo e da imprensa continuaria normalmente, cada qual desempenhando o seu importante papel, respectivamente, de administrar os negócios de interesse do povo e de informar à sociedade, de acordo com as suas normais atribuições institucionais.

Não obstante, o governo houve por bem ignorar completamente os comezinhos princípios de civilidade e cidadania, preferindo mostrar ao mundo e aos seus fiéis apoiadores, a virilidade do homem público que não leva desaforo para casa, assim entendido pelo presidente, que tem sido a maneira mais deselegante adotada pelo estadista que poderia se notabilizar por meio de atitude elevada e de engrandecimento do cargo que ocupa, que, ao contrário, cada vez mais vem perdendo a sua significância como aquele que somente deveria dar bons exemplos e ensinamentos de valorização da coisa pública         

Desta feita, o presidente do país agrediu a imprensa sob palmas em palmas, exatamente no dia em que houve o lamentável registro de 220 mil mortes pela Covid-19, o que mostra a triste imagem pessimamente de governo em condolência do comandante-em-chefe perante essa triste realidade vivida dolorosamente por famílias de brasileiros.

Na verdade, o presidente foi eleito tendo por base a promessa de fazer tudo diferente de seus antecederam, porque fazia questão de apontar os erros deles e, sobre isso, convém dar o braço a torcer: realmente ele vem conseguindo demonstrar que é sim muito diferente dos outros, principalmente na irracionalidade quanto a determinados assuntos, que poderiam ser tratados em conformidade com os princípios de civilidade e razoabilidade, a exemplo do relacionamento com a imprensa que não há a menor plausibilidade para ser da maneira como vem sendo, quando não justifica o erro dela para ele agir da mesma forma.

Nada disso importa, porque o presidente, de maneira estratégica, vem conquistando a simpatia de muitos apoiadores exatamente porque ele trata os fatos com dureza e sinceridade, mesmo que isso possa destoar do rito previsto de equilíbrio para o cargo que ocupa, ou seja, tudo tem limite, não para ele, que acredita que está investido de direito divino, sem essa de possibilitar questionamento sobre atos do governo, porque o interlocutor poderá receber a resposta sob coturnadas.

É evidente que a indignação mostrada pelo mandatário contrária não somente os princípios de educação, equilíbrio, civilidade e seriedade para com a coisa pública, mas, em especial com as salutares normas constitucionais de transparência sobre a execução dos orçamentos públicos, em que o governo tem obrigação de prestar contas à sociedade quanto à regularidade das despesas públicas, exatamente na conformidade da indagação em tela.

Essa prestação de contas é simplesmente obrigatória, por força de disposição constitucional, por meio da qual o governo mostra aos contribuintes a compatibilidade dos custos com os benefícios hauridos por meio dos serviços e produtos adquiridos para a satisfação do interesse público, tendo a obrigação de explicar à sociedade, em ambiente de seriedade, serenidade, disciplina e respeito, conforme mandam os princípios constitucional e de civilidade.

Ao contrário disso, o mandatário incorre em cristalino ato de indignidade e brutal repulsa à cartilha que rege a liturgia do cargo de príncipe da República, que tem como base à fidelidade ao respeito e à grandeza do homem público de não se permitir, no caso, ao inevitável apequenamento das suas funções presidenciais.

Preferindo ignorar os bons princípios, o mandatário do país tenta ridicularizar indagação da imprensa, a princípio, sobre ato do seu governo, quando, por mais absurda que ela possa ter sido, no sentido de realmente merecer resposta indelicada, é preciso se atentar, sobretudo, para a relevância do cargo presidencial, que aconselha, nesses casos, que o chefe do Executivo conte até dez e apenas diga que já determinou o levantamento dos fatos e prestará, oportunamente, os devidos esclarecimentos, porque é assim que deve proceder o homem público, que tem a obrigação tanto de prestar contas de seus atos como de ser fonte de bons exemplos para a sociedade, de modo a merecer respeito e admiração do povo, tão carente de lições de urbanidade, dignidade e civilidade, entre outras.

Com o maior respeito a quem possa pensar em contrário, mas os verdadeiros brasileiros, não importando ideologia, fanatismo ou qualquer culto a mitos, precisam repudiar, com veemência, comportamentos incompatíveis com o exercício de cargos públicos eletivos, no sentido de que os seus ocupantes devem atuar com o devido rigor em observância aos princípios que valorizem a dignidade, a racionalidade e a civilidade, entre outros, como forma da disseminação de bons exemplos na vida pública.

Brasília, em 30 de janeiro de 2021

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

A publicação do meu 50° livro

 

Como não poderia ser diferente, já é maravilhoso se comemorar o aniversário, quanto mais a felicidade pela conclusão de mais uma obra literária, a quinquagésima, que vem se juntar à minha coleção de livros, contribuindo para alimentar a energia que eu preciso para a continuidade das atividades de escrever, no entendimento segundo o qual mereci a graça divina para a elaboração das minhas despretensiosas crônicas.

Tenho certeza de que cumpro importante missão cívica e patriótica de comentar, analisar e opinar sobre os fatos da vida, colocando esse pensamento diariamente sob o formato de crônicas, que, segundo imagino, vêm merecendo a aprovação, o incentivo e o carinho de leitores amigos, que se devotam em apoio ao que escrevo, em perfeita harmonia com o assunto em causa e segundo o meu livre pensamento.

Agradeço a bondade divina, com a maior satisfação, pela dádiva da inspiração para escrever e elaborar as crônicas que integram o presente livro, procurando evidenciar a graça que sempre tem acontecido com o surgimento das mensagens que são a razão maior da vazão natural às ideias colocadas no papel.

A maneira como escrevo me faz feliz e me anima ao envolvimento continuado e permanente pelo trabalho literário, para o meu deleite pessoal e o teste da carinhosa tolerância de seguidores à espreita por novos textos que possam atender ao seu gosto pela leitura e quiçá por novos conhecimentos, porque é exatamente com essa finalidade que me proponho a observar e analisar os fatos e sobre eles opinar de forma objetiva, imparcial e verdadeira.

Diante dessa perspectiva, afirmo que a enorme motivação para eu escrever tem sido o combustível vital que me move e anima a viver com a alegria de tentar, com incansável insistência, organizar ideias e resumi-las em palavras, crônicas e livros, vivendo momento importante em cada instante da vida, exatamente por eu me inserir nesse mundo mágico, propiciado pela sublime arte de mexer e trabalhar continuamente com as inarredáveis letras do rico alfabeto pátrio.

É importante a conclusão de mais um livro, porque isso tem o condão de me estimular a escrever cada vez mais e mostrar que meu coração bate em ritmo bem forte de felicidade e diz que se encontra em permanente estado de graças, em merecer precioso presente dos deuses da literatura à minha pessoa, diante do domínio mínimo da fantástica arte de escrever, sempre com simplicidade e com o apetite que me encanta diuturnamente, pela motivação do encorajamento do recomeço de mais outro livro que logo mais se desponta para o mundo literário.

Agora, concluo o meu 50º livro, que tem o título que confunde comigo, qual seja: “Adalmir e os fatos da vida”, cujas crônicas discorrem, como de costume, sobre a análise de fatos do quotidiano, na forma como eles são analisados e interpretados, com destaque para as matérias mais importantes do dia a dia, obviamente sob o meu prisma de avaliação crítica.

Considero importante ressaltar que a análise do noticiário político-administrativo merece o foco principal nas minhas crônicas, que é também do interesse comum dos meios de comunicação em geral, diante das calorosas discussões sobre as políticas e os projetos de interesse da sociedade.

São muitos os assuntos modelados e analisados diariamente por mim, compreendendo a abordagem, o esclarecimento e a opinião pessoal, sempre enfocados com minúcia, verdade e imparcialidade, envolvendo temas da atualidade, normalmente com relevante interesse para a sociedade.

Em seguimento à praxe que venho adotando, com a deferência especial que faço, em termos da dedicatória de meus livros às pessoas importantes e queridas, tendo a alegria de prestar homenagem, desta feita, a mim mesmo, diante da importância que atribuo à elaboração de cinquenta livros, na compreensão de que isso mostra a relevância do meu trabalho em benefício da minha própria memória de continuadas batalhas na vida, tendo como propósito a contribuição ao bem-estar do ser humano, que assim ouso pensar.

A fotografia da capa do livro também é especial, porque eu procuro privilegiar a mim mesmo, em trabalho realizado pelo querido primo Ciro Fernandes.

Eis a seguir a citada dedicatória, que se encontra registrada, com muito carinho,  no meu livro 50, onde constam lembranças de fatos relacionados comigo e com o meu trabalho literário:

                                               DEDICATÓRIA

Considerando o momento histórico da minha vida, por ter tido a graça muito especial de Deus para concluir o meu quinquagésimo livro, exatamente no dia do meu aniversário, hoje, 28 de janeiro de 2021, imaginei ser possível prestar homenagem, por justiça, à pessoa que eu mais amo, que tem o nome familiar de Antonio Adalmir Fernandes, que tem o timbre da marca registrada de invejável trajetória de lutas, conquistas e amor verdadeiro ao próximo, como assim penso, e a tudo que lhe foi atribuído na vida em forma de missão, em todas as fases da sua trajetória, desde a infância até o presente momento, numa sequência onde teve oportunidade de mostrar boa vontade, dedicação, zelo, disposição, eficiência e amor, evidentemente segundo o meu prisma de avaliação, porque eu seria, óbvio, injusto comigo mesmo se tivesse a indelicadeza de pensar diferentemente disso sobre mim.

Antes do normal questionamento de que isso seria forma de puro narcisismo, por eu me auto-homenagear, eu me antecipo e respondo, com muita sinceridade, que é sim forma clara de egocentrismo, que não faz o menor sentido de se estranhar quando as outras pessoas podem normalmente enaltecer alguma qualidade minha, enquanto eu, que conheço perfeitamente as minhas idiossincrasias, tenho muito mais condições para autoavaliação, em forma de reconhecimento do que tenho sido capaz de praticar algo em benefício da sociedade, com empenho e amor, além de que o momento se me oferece bastante propício para que eu possa curtir esta agradabilíssima passagem da minha vida, com a celebração da autoria de cinquenta livros.

Pois bem, desde criança, ainda menino, em Uiraúna, Paraíba, eu já tinha plena consciência sobre a responsabilidade quanto à árdua missão que haveria de ser obrigado a desincumbir, diante das enormes dificuldades que se descortinavam no meu horizonte, em especial, por ter nascido em família pobre e carente de recursos financeiros, mas no lar de meus queridos pais Vaneir e Dalila existia abundância de carinho, amor e princípios capazes de ensinar as melhores lições de que a grandeza do homem nasce com o seu sentimento de garra, forjado na experiência da carência de nunca ter senão o suficiente para sobreviver e continuar perseverando na busca do lugar ao sol.

Sem dúvida, a sólida formação do meu lar foi a base de sustentação de toda jornada de vida, sempre contando com a ajuda de Deus para a conquista de meus objetivos, culminando com o projeto de mim mesmo, que se satisfaz plenamente com o que faço, escrevendo tendo por inspiração os fatos da vida, cujo resultado é a coleção de muitos livros, em quantidade que me extasia, quando imagino que comecei meus estudos ao meio de inacreditável façanha.

Havia momentos em que era preciso trabalhar pela manhã, na roça, capinando, no Sítio Canadá, e depois sair correndo, em disparada, normalmente no inclemente sol a pino, com destino à cidade, para assistir às aulas, em tamanhos esforço e dedicação que somente seriam despendidos por pessoa que realmente tinha a perfeita consciência sobre a real importância dos estudos.

Mesmo nesse ambiente bastante hostil para uma criança, o meu esforço sempre foi recompensado com o largo e lindo sorriso da amada mamãe Dalila, que não se contentava de alegria, com o meu boletim na sua mão, mostrando a excelência das notas e a confirmação de que eu nunca deixei de ser um dos melhores alunos da turma, em todas as matérias, com a conquista das melhores notas, o que talvez isso possa explicar todo o meu interesse em me superar para estudar, com muito prazer e disposição.

Assim, foi e tem sido a minha vida, riquíssima, graças a Deus, de históricas e heroicas batalhas travadas no cenário favorável às minhas gloriosas vitórias, sendo que uma delas é vivida precisamente agora, com a felicidade de escrever 50 livros, exclusivamente muito mais por força do acaso, quando inventei de escrever pequenas mensagens para publicação no Correio Braziliense, jornal de Brasília, que mantém a coluna do cidadão, destinada à publicação de texto de, no máximo, dez linhas, que terminei sendo assíduo frequentador dessa página.

O gosto pelas mensagens despertou o aguçado tino de um companheiro de sala, quando eu ainda trabalhava no serviço público, por volta de 2010, em que, em um belo dia, ele disse, em alto e bom som, que eu acabaria escrevendo um livro e daí me veio apenas a ideia, ainda sem nunca ter pensado em publicar livro, de criar o título para possível obra literária, que seria “Fatos da vida, entre a privada e a pública”, que terminou vindo a se tornar realidade tão logo eu me aposentei, no início de 2011, quando resolvi juntar tudo que já havia escrito e assim formei o meu primeiro livro.

Já estando no ócio da aposentadoria, a vontade de escrever cresceu e logo surgiu o segundo, o terceiro e finalmente o caçula da belíssima safra de cinquenta livros.

Agradeço a Deus por conceder-me a facilidade de escrever uma ou mais crônicas por dia, tendo por base os fatos da vida, que fervilham no cotidiano e me oferecerem a matéria-prima que preciso para arquitetar e construir os meus textos, que já contam com a coleção extraordinária de mais de 4.530 crônicas, todas escritas com a inspiração vinda da bondade divina, a saber que não deparo com qualquer obstáculo para colocar milhões de palavras nas páginas dos meus livros, desde o começo dos meus primeiros alfarrábios até agora, na certeza de que o Mestre celestial me inspira permanentemente em cada letra, palavra, texto e livro, porque somente isso pode explicar o gosto pela produção dessa, vamos dizer assim, montanha de obras escritas pelo menino de engenho do Sítio Canadá, como assim me considero.

Essa façanha tem o condão de mostrar a importância da persistência e do empenho quando se acredita na consecução de algo de importância na vida, tendo como princípio a certeza de que sempre vale a pena lutar com dedicação por ideais em benefício de causa pessoal, a exemplo da minha afirmação em fazer os meus livros, praticamente só escrevendo, apenas por imaginar que meu trabalho tem alguma valia, à vista da impressionante frequência de pessoas no meu blog, com registro de, em média, 600 seguidores diários, de gente de todo o mundo, o que evidencia o enorme interesse pelos assuntos abordados no meu trabalho literário.

Diante do conteúdo dos meus textos e do interesse das pessoas por eles, só vejo motivos para reconhecer a importância das dádivas divinas, na certeza da obtenção de forte e poderosa ajuda de Deus na condução segura e precisa para a realização do meu projeto de escrever com inexplicável interesse, tendo o apoio e a inteligência de Dele.

Em termos de quantidade de textos e não de qualidade literária, acredito que pouca gente consegue escrever uma crônica todo santo dia, como eu tenho feito, quando não escrevo mais de uma, porque a minha voracidade para escrever é apenas incontrolável e compulsiva, graças a Deus.

É preciso estar dentro de mim para sentir o prazer, a satisfação, o sentimento de brasilidade, enfim, o amor que sinto por meu semelhante quando escrevo crônica de enorme grandeza - evidentemente sob a minha ótica -, em defesa da humanidade, que costumo escrever, porque normalmente ela sintetiza o meu sentimento de indignação, que não é diferente de qualquer pessoa, que sente no coração a mesma repulsa pelas brutalidade e insensibilidade de homens públicos.

Durante o meu trabalho literário, tenho recebido muitas mensagens de apoio e carinho, que normalmente as recebo como verdadeiro estímulo, embora em alguns casos, os elogios sejam tão grandiosos que eles se tornam fardos (no bom sentido) pesadíssimos que me sinto incapaz para transportá-los, porque o peso da responsabilidade, em termos de capacidade de escrever, é bem maior do que realmente às minhas condições intelectuais, mas fico feliz por sentir que essa forma de sentimento é do agrado de muitas pessoas em valorizar o meu trabalho literário.

Quem não ficaria lisonjeado com palavras de puros apoio e carinho sobre o que se faz sem nenhuma pretensão senão de servir ao próximo e que, de verdade, não tem nada de especial e nem de genialidade, exatamente porque acredito na inspiração divina para escrever tanto e, quanto mais escrevo, que tem sido, enfim, verdadeira chama dentro de mim, como já disse o poeta, que queima sem arder, e que tem o condão de renovar o combustível da vida, fazendo-a cada vez mais alegre e feliz.

A minha enorme alegria agora, quando comemoro a autoria de cinquenta livros, tem o júbilo de olhar para trás e lembrar que parti da querida Uiraúna, nos idos de 1966, trazendo na bagagem apenas o primário e o pesado fardo na cabeça de muitas e boas ideias, evidentemente que nenhuma delas se inseria na prática da escrita, de escrever obra alguma, quanto mais essa enxurrada de cinquenta livros.

Cito esse fato para que a minha história possa servir de exemplo aos conterrâneos, em especial, no sentido de que todos podem alcançar lugar ao sol, na profissão ou no que quiser, desde que se empenhe com esforço e dedicação na busca de seus objetivos, evidentemente tendo consciência sobre a necessidade do preparo para a superação de muitos obstáculos que sempre surgem um após o outro à sua frente, como aconteceu comigo, que precisei batalhar muito para chegar à situação atual, depois de ter lutado bravamente e conseguido atravessar longas planícies, na busca de muitos horizontes da vida.

Digo que foi graças às minhas crônicas, muitas das quais em defesa de interesse de meus conterrâneos, que fui distinguido, em 2019, com a Moção de Aplausos, pela colenda Câmara Municipal de Uiraúna, Paraíba, que acolheu proposta apresentada pelo ilustre vereador José Fernandes, lembrança essa que muito me honra e cuja entrega do título será objeto de grande satisfação para mim de estar presente no evento, caso seja possível, à vista das condições existenciais de segurança quanto à Covid-19.

Eu realmente me sinto muitíssimo feliz de ser o sertanejo que se sente vencedor na vida, graças aos seus esforços, como no meu caso, que muito conquistei como fruto da vontade de Deus, que facilitou a minha caminhada com a bondade da colocação ao meu lado de benfazejos anjos da guarda, que receberam a missão de me orientar no andar dos melhores caminhos para a realização do meu maravilhoso projeto de vida.

Considero importante o registro de que esses livros são colheita do trabalho literário de pouco mais de 10 anos, depois que me aposentei, quando passei a ter tempo para cuidar de algo somente meu, porque antes disso eu escrevia muito para os trabalhos do serviço público.

Em grande parte deste texto, enfatizei que não teria feito sequer um livro não fosse a energia vinda de Deus, o que é pura verdade, mas eu preciso enaltecer que essa força vinda do alto não seria suficiente se eu não contasse com o permanente apoio da minha querida família, nas pessoas da amada Aldenir, minha companheira de 46 anos sob o mesmo teto, completados neste mês, dos filhos Alysson, que ajuda nos detalhes da finalização do livro, da Aline e do Andersen, que estão sempre me dando força, perguntando quando fica pronto o próximo livro, das noras Clara e Priscilla, que aplaudem a conclusão de cada publicação, além dos netos Ana Luísa, Pedro Henrique, Liz e Lara, que ficam felizes com a minha dedicação à literatura.

Enfim, tenho carinho muito especial aos meus apoiadores, que reconhecem e valorizam a minha dedicação de escrever e me estimulam a continuar trilhando com esse importante ofício, porque, do contrário, bastaria que não houvesse incentivo algum e eu já teria parado de escrever, há muito tempo, na certeza de não ter valido a pena escrever meus enfadonhos, repetitivos e sonolentos textos, embora sou obrigado a reconhecer que alguns até que podem ser considerados interessantes, em termos de esclarecimentos e informações úteis sobre os fatos da vida.

Agradeço, muito sensibilizado, o incentivo de todos ao meu trabalho literário, que não existe nada de extraordinário nele, que deve ser considerado como sendo algo normal e natural, com a única diferença que o faço por puro amor ao meu semelhante e também por entender que vale muito a pena ser permanentemente feliz com o que se faz pensando apenas na construção do bem.

Com o meu carinho de agradecimento, prometendo, se assim Deus permitir, novos livros.

Muito obrigado.

          Brasília, em 28 de janeiro de 2021 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Obrigado, Deus!

Por ocasião do término do meu quinquagésimo livro, exatamente nesta data, meu coração tremula de tanto alegria que só há o pensamento para o agradecimento a Deus e dizer que Ele não poderia ter sido mais generoso em me conceder tamanha felicidade, por eu ter conseguido alcançar, em tão pouco tempo dedicado à literatura, em pouco mais de dez anos, contando com alguns textos anteriores a 2011, escrever obra que considero, para a minha pessoa, sem falsa modéstia, heroica, diante dessa vastidão de textos literários.

O meu espanto parte de quem jamais acreditava em publicar sequer um livro, conforme mostra o texto denominado “Título de livro”, que foi produzido nos idos de 2010, nestes termos: “(...) De todas as pérolas, a melhor foi aquela do amigo que disse que eu acabaria escrevendo um livro. Então, imediatamente, veio a ideia, evidentemente, sem qualquer pretensão de ser picado pela mosca azul, mas, exclusivamente com o propósito de se criar o seu título, tive a feliz ou infeliz inspiração de intitulá-lo, provisoriamente, Fatos da vida, entre a privada e a pública”.

Esse título perdurou na capa de 14 livros, diferenciando um do outro pela indicação de Tomo I, II, III,..., quando ele foi mudado por sugestão da Editora Chiado, de Lisboa, Portugal, onde publiquei três livros, mas mantendo o verbete “fatos” em todos os livros até agora publicados, a exemplo deste, que tem o título “Adalmir e os fatos da vida”.

Tenho absoluta consciência de agradecer a Deus pela concessão da consistência na lida de sempre escrever uma ou mais crônicas por dia, versando sobre os fatos da vida, que têm sido pródigos em me oferecerem a matéria-prima que preciso para o arcabouço dos meus escritos, que já contam com a coleção fantástica de mais de 4.530 crônicas, todas escritas com a inspiração vindas da sabedoria divina, tendo em conta que não encontrei a mínima dificuldade para ter dito milhões de palavras desde o começo de tudo até agora, diante da certeza de que, sem o Mestre celestial, nem teria escrito o primeiro livro, quanto mais essa montanha de obras.

Tudo isso mostra a importância da persistência e do empenho quando se acredita na consecução de algo de importância como factível na vida, tendo a certeza de que sempre vale a pena lutar incansavelmente por ideais em benefício de alguma causa pessoal, a exemplo da minha dedicação, praticamente só escrevendo, apenas por imaginar que meu trabalho tem algum valor, à vista da frequência de pessoas no meu blog, com registro de, em média, 600 seguidores diários, de gente de todas as partes do mundo, o que evidencia o enorme interesse pelos assuntos abordados no meu trabalho literário.

Pelo que tenho produzido, em termos literários, só enxergo motivos para o  reconhecimento às dádivas divinas, por perceber a Sua ajuda na condução segura e precisa para a contínua caminhada no maravilhoso ofício de escrever, na compreensão de que é preciso sim valorizar a vocação como sinal emanado pela vontade das alturas espirituais, tendo o apoio da sublime sabedoria Dele, na materialização da Sua força, por meio da Sua mão e do Seu pensamento, assegurando que eu “siga em frente, porque estou sempre presente na sua vida, fornecendo energia, inteligência e inspiração às suas crônicas sobre os fatos da vida.”.

Sinto-me extremamente abençoado com as graças generosas de Deus ao meu trabalho literário, nutrindo a convicta esperança de que toda essa confiança depositada na minha “caneta” possa ser renovada com as dádivas celestiais e que eu seja beneficiado com a elaboração de importantes textos em benefício de alguma causa, quer seja em novos conhecimentos ou por quaisquer motivos que eles possam servir de instrumento capaz de contribuir para melhorar as relações entre as pessoas.

Ponho-me em harmonia com os princípios universais, com o pensamento voltado para Deus, em oração de agradecimento por todas as dádivas de ter conseguido alcançar a fenomenal conquista pela elaboração de cinquenta livros, alimentando a esperança de que eu ainda tenha condições de escrever tantos livros quanto eu seja merecedor da sabedoria e da inteligência divinas, diante da certeza de que Ele é a poderosa fonte de onde busco a inspiração para o meu trabalho literário.

Muito obrigado, meu Deus e meu Senhor!

          Brasília, em 28 de janeiro de 2021

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

O poder garantidor

 

Em situação bastante inusitada, todos os especialistas do mundo jurídico e de outras áreas resolveram entender que as Forças Armadas não são poder moderador.

E, na verdade, nunca foram nem serão, caso em que isso não passa de mera falácia, talvez para tentar desviar o holofote da imprensa para outra direção, visto que as Forças Armadas, na forma da sua destinação constitucional, ex-vi do disposto no art. 142 da Lei Maior, que é, basicamente, a defesa da pátria, a garantia dos poderes constituídos e da lei e a manutenção da ordem pública, não se falando, em lugar algum, em nada de poder moderador.

Importa notar que jamais se ouviu de integrante do alto escalão das Forças Armadas afirmação diferentemente disso, visto que as funções dessa instituição são bastantes claras, na forma do disposto no citado dispositivo constitucional.

Não se pode atribuir a elas nada que não esteja no figurino constitucional, conquanto o poder atribuído a alas seja de maior relevância, quando diz que elas são mantidas para garantir a estabilidade dos poderes da República, o que significa a detenção de poder bem maior do que o mero agente moderador, que significa apenas a possibilidade de mediação entre partes em conflito, em discussão sobre possível desavença de poder ou interesses, onde se exigir a figura do moderador.

Que fique claro que a Constituição reservou às Forças Armadas a autoridade de sublime relevância de poder garantidor de princípios nela elencados, à luz do disposto no já citado art. 142 da Carta Magna.

Não chega a causar surpresa se, nas circunstâncias, exigirem que as Forças Armadas passem a ser, por algum tempo, a quarta variável entre os poderes da República, evidentemente à margem deles, porém, nas circunstâncias, em condições de superioridade por força do poder garantidor, que nem teria validade se elas se colocassem, nos casos excepcionais, em posição inferior aos poderes da República, porque, elas acabariam sem autoridade para o exercício das garantias mencionadas no aludido art. 142.

É evidente que, nessa circunstância de excepcionalidade, transmutam-se as Forças Armadas, em caráter momentâneo, de poder garantidor, não se submetendo a nenhum poder, nem mesmo ao presidente da República, que, na normalidade, é o comandante-em-chefe delas.

Vejam-se que o presidente da República não pode, nesse caso excepcional, comandar as Forças Armadas, diante de o poder Executivo ser o principal causador do desequilíbrio ou do objeto da discussão a ser dirimida, onde se exige o seu afastamento das comando da Forças Armadas, enquanto não forem saneadas as questões.

Vejam-se que, nas circunstâncias, são as Forças Armadas que vão definir o momento exato e adequado para agir, evidentemente quando achar conveniente e de acordo com o interesse público.

 Conforme as circunstâncias, as Forças Armadas são obrigadas a agirem precisamente quando entenderem sobre a chegada do momento ideal para a garantia constitucional, nos termos do art. 142 da Lei Maior. 

Nessas circunstâncias, após garantir o restabelecimento da ordem democrática, as Forças Armadas retirar-se-ão do cenário político, voltando a imperar o estado democrático.

Essa forma de atuação das Forças Armadas não se confunde nem com “golpe militar” nem com “intervenção militar”, porque a sua atuação apenas decorreu de norma prevista na Constituição, de modo a se permitir a plena garantia do ordenamento jurídico pátrio, com vistas ao restabelecimento da normalidade institucional.

Salve as Forças Armadas, em tempo de paz!

Brasília, em 27 de janeiro de 2021

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

E cabível a insurreição?

No momento, muito tem se falado sobre o impeachment do presidente da República, com base no conjunto da obra, que terias superado os limites dos ditames constitucionais, em termos de extrapolação da tolerância moral no cargo, depois de tantas irregularidades praticadas, capazes de suscitar o enquadramento dele nos crimes de responsabilidades, previstos na Constituição Federal.

A principal alegação é a negação da ciência, o incentivo às aglomerações, o desprezo às medidas de combate à pandemia do coronavírus, as piadas sobre a vacina, entre outros episódios que contribuem para que o presidente seja realmente enquadrado no crime de responsabilidade.

Desde a chegada do coronavírus ao Brasil, o presidente do país colocou em dúvida e desafiou recomendações de autoridades de saúde para frear o avanço da pandemia.

          A rigor, existem pessoas, principalmente opositores ao governo, que acham que há espaço para possibilitar a responsabilização dos agentes públicos e mais precisamente do presidente da República, que tem sido useiro e vezeiro, na concepção deles, na prática de atos contrários aos princípios democrático e republicano.

Há duas formas de enquadramento, uma de crime comum e a outra referente aos crimes de responsabilidade, sendo que estes podem acarretar o famoso processo de impeachment do chefe do Executivo, por prática de ato lesivo à Constituição.

O art. 85 da Carta Magna estabelece que “São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União;  II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;  III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;  IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.”.

Qualquer abertura de processo contra o presidente do país depende da autorização da Câmara dos Deputados, na forma de quórum mínimo para se deliberar nesse sentido.

Sob o ponto de vista jurídico, o presidente do país pode ter cometido crimes de responsabilidade que justificariam o processo de impeachment contra ele, mais especificamente por ter contrariado, de maneira reiterada, as normas pertinentes ao combate à pandemia do coronavírus, por meio de atos e críticas contra às orientações pertinentes, mostrando conduta completamente refratária aos ensinamentos úteis que a população precisava pôr em prática para se prevenir contra a Covid-19.

Ressalte-se que as atitudes do presidente diante da crise sanitária enfrentada obrigatoriamente pelos brasileiros sinalizam para caminho precisamente na contramão da Constituição, a exemplo do uso de máscara, da participação, sem proteção em aglomerações, e muitos atos na tentativa da banalizado do vírus letal, a ponto de ter chamado as pessoas fracas de “maricas”, cujas atitudes podem sim contribuir para o enfraquecimento das orientações de combate à pandemia.

O presidente do país precisa ter a consciência de que, se não tiver interesse em promover as saudáveis políticas para o bem da saúde do povo, certamente que não é de bom tom que ele fique insistentemente trabalhando em sentido contrário delas, porque isso se revela forte indicativo de insensibilidade para com a causa do interesse público, que não condiz com a liturgia inerente ao relevante e principal cargo que ele ocupa na República, notadamente quando sabe que saúde é importante direito derivado da Constituição.

Ou seja, as prioridades previstas na Constituição precisam ser fielmente  observadas ou quando menos não contrariadas deliberadamente, como vem assim fazendo o mandatário da nação.

Como se sabe, o impeachment é considerado a mais estrita e severa sanção ao chefe do Executivo, a se justificar e se explicar a sua ocorrência quando somente há a caracterização, por parte dele, da adoção de estilo que evidencie forma de ódio de gestão de ser reconhecida com incompatibilidade com a Constituição.

Em análise estritamente jurídica, trata-se de mandato de costas para a Constituição, em forma de desprezo e ameaça à sua soberania, havendo nítida incompatibilidade do agente público com os ditames da Lei Maior do país.

Quando o mandatário resolve dar as costas à Constituição, fica caracterizada a pior e mais perigosa forma de desgoverno, diante do estilo ou da padronização personalizada do jeito de colocar em xeque a força da lei nacional de hierarquia máxima: a Constituição.

Não à toa tal preocupação, porque o presidente da República é o único agente público de quem se exige, quando do ato de posse perante a nação, no Congresso Nacional, a prestação solene do compromisso de “manter, cumprir e defender a Constituição”, conforme o parágrafo único do artigo 78 da Carta Magna.

Por via de consequência, o presidente da República não pode, nunca, colocar o país no perigoso dilema de ter que optar entre o seu presidente e a sua Constituição.

Nesse caso, cria-se verdadeira encruzilhada para a nação, onde se exige a definição: “ou a Constituição ou o presidente”, quando normalmente a opção vitoriosa aponta para a Constituição.

Por fim, convém que se entenda como maneira definitiva ao cabimento do impeachment que se dê como ocorrida qualquer das pressuposições de aplicabilidade de qualquer uma das falhas indicadas nos incisos I a VII do artigo 85 da Constituição, onde o ato imputado ao presidente da República atente contra a ideia em si ou o núcleo duro conceptual da infringência de ditames constitucionais ou legais.

Em se tratando da forte pressão por parte de seus opositores e também se sentido que a onda pode crescer e tomar dimensões mais preocupantes, o presidente do país reagiu, com força, tendo mandado mensagem direta a quem cogitar apeá-lo do poder, ao dizer que “Tudo tem limite. Não tenho sangue de barata, lutei para chegar aqui, me livrei da morte naquela facada (...) e jamais vou aceitar, se aparecer um dia algum movimento conspiratório. Me tirar daqui de qualquer jeito, sem motivo, não vai mesmo. Ou para escravizar o povo”.   

Com a finalidade de deixar clara a sua colocação, o presidente do país, em complementação ao que declarou acima, disse que “por decreto, ajudamos muita gente a comprar armas e munições.”, dando a entender, por mera ilação, que o mandatário tinha segundas intenções com o seu projeto destinado ao armamento dos brasileiros, qual seja, a defesa pessoal dele também, em caso de ameaça efetiva de tirá-lo do poder, conforme a insensata supracitada declaração, fato que mostra a sua verdadeira índole, na defesa do citado projeto, ou seja, ele procura amar a população para, se preciso, protegê-lo, em caso de necessidade, o que bem demonstra o nível do homem público que comanda a nação.   

Em conclusão, tem-se que o impeachment do presidente da República pode ocorrer, pela via prevista na Constituição brasileira, quando o titular do cargo incorrer em crime de responsabilidade, nos termos dos incisos de I a VII do art. 85 da Carta Maior do país, e isso parte-se do pressuposto de que a sua permanência no poder passa a ser prejudicial ao interesse público, diante da ofensa grave aos princípios da administração pública, que precisam ser rigorosamente observados como forma de fortalecimento da estrutura moral e legal da República.

A propósito do emprego do remédio chamado de impeachment de detentores de cargos públicos eletivos, sempre vem à mente a ideia no sentido de que esse sistema poderia ser aperfeiçoado para a sua adequação ao princípio democrático segundo o qual o representante político é escolhido por delegação direta do povo, por voto livre e soberano.

Pois bem, em harmonia com esse princípio universal da democracia, assim eleito pela consagração da vontade popular, parece-me que seja justo que, por absoluta conveniência do interesse público, seja instituída a possibilidade de o próprio povo, que colocou alguém no cargo, passar a ter a legitimidade da faculdade de decidir pelo afastamento de seu representante do poder, quando houver comprovada quebra do decoro quanto à responsabilidade de agir com a dignidade que se impõem as obrigações funcionais próprias do cargo para o qual o homem público tenha sido eleito, caso em que ele passe a se tornar indigno para representar o povo que o escolheu como seu delegado.

Ou seja, se o representante do povo, em qualquer cargo público eletivo, como vereador, prefeito, deputado estadual ou federal, senador, governador ou presidente da República incorrer em falha grave, contrária aos princípios republicanos, assim previstos em norma jurídica própria, com a devida comprovação do ato inquinado de irregular, por meios jurídicos válidos, o povo que o elegeu seria o juiz do caso, para afastá-lo do cargo por meio do voto, nas formas e condições estabelecidas em lei.

Trata-se de medida racional e evoluída, em forma do estabelecimento de regra compatível com o poder do povo de eleger, ao colocar o seu representante no poder, e, em sentido inverso, de retirá-lo do cargo, exatamente porque ele demonstrou ser prejudicial à satisfatoriedade do interesse público, pela prática de ato incompatível com o exercício do cargo, ou seja, trata-se de recall ou impeachment que é feito pela via inversa da eleição ou talvez pela “deseleição”, como medida mais apropriada de recolocação da “nave” na rota que melhor atende à vontade popular, no sentido visado da finalidade pública de competência, moralidade, eficiência, legitimidade na administração pública.        

Enfim, em todos os casos, não há a menor dúvida de que o processo de impeachment, em qualquer circunstância, precisa ser bem analisado e estudado quanto às suas derivações, cabendo ao Congresso Nacional, na atualidade, exclusivamente na forma prevista nos incisos de I a VII do art. 85 da Constituição Federal, a decisão nesse sentido, tanto para a aceitação da medida, por parte da Câmara dos Deputados, como pelo processamento propriamente dito, pelo Senado Federal, somente com base na configuração de crime de responsabilidade praticado pelo presidente da República, se realmente comprovada a sua inocorrência, porquanto, por enquanto, nada há que possa caracterizar tal possibilidade, ficando à vista o real propósito dos insatisfeitos com o governo de apenas causar provocação própria do direito democrático de insurreição ao status quo.

Brasília, em 26 de janeiro de 2021


segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

O desejo do bem


Na crônica intitulada “Inquietação?”, foi dito que o presidente da República, de acordo com o seu plano de governo, apresentado na campanha eleitoral ao povo, somente poderia realizar bons empreendimentos em benefício para os brasileiros, não sendo permitido que haja erros no seu governo, mas, se eles acontecerem, não há como compensá-los com os acertos.

Um sempre atencioso e atento conterrâneo de Uiraúna, Paraíba, se expressou em mensagem, trazendo à lume importante artigo escrito por advogado, onde ele elenca as principais obras realizadas pelo presidente da nação, como tentativa de contestar os opositores dele, tendo aproveitado também para criticá-los justamente por eles não aceitarem a forma de gestão pública em vigor.

Diante disso, eu afirmei que a crônica que fiz referência acima tem a clareza solar em reconhecer as qualidades do presidente da República, quando esclarece que ele tem o dever de só fazer coisas certas e proveitosas para o povo, a exemplo das obras elencadas no artigo em apreço, as quais estão em perfeita harmonia com as metas previstas no plano de governo apresentado por ele ao povo, por ocasião da campanha eleitoral, mas nele não há indicação de nada quanto aos erros e é exatamente isso que os brasileiros precisam denunciar quando eles acontecem, para que o governo se conscientize de que é preciso a mudança de rumos, para que somente haja a satisfação do interesse público em todos os seus atos.

As obras mencionadas no texto do advogado são louváveis e fazem parte da obrigação presidencial, que se elegeu exatamente para a realização de grandes e importantes empreendimentos em benefício do povo.

Agora, nada disso impede que o presidente seja criticado pelo o que ele deixa de fazer ou pelo o que ele faz de errado e são muitos desacertos que estão ensejando vários pedidos de abertura de processo de impeachment dele.

Ou seja, os erros praticados pelo presidente do país não podem ser compensados pelos acertos.

Eu nunca neguei as qualidades do governo e jamais fiz crônica criticando as coisas boas realizadas por ele, porque elas estão em consonância com a obrigação dele de realizar, por força do seu dever institucional.

Acho que cumpro o penoso dever cívico e patriótico de criticar os deslizes da vida, não somente praticados pelo governo, com a finalidade de mostrar que a omissão ou a falha praticada, no caso do governo, é prejudicial ao interesse público, à sociedade, que mantém a onerosa máquina pública justamente para somente praticar as coisas boas, como aquelas minuciosamente elencadas pelo mencionado articulista.

Muito a propósito, ele não se refere a nada que possa macular ou tisnar a imagem presidencial, como se ele só praticasse atos excelentes e incensuráveis, o que não é verdade, conforme mostram os fatos do quotidiano.

Esclareço que procuro analisar os fatos do dia a dia, ou seja, caso a caso, para mostrar que, no que se refere ao governo, além de cuidar muito bem do Brasil, conforme é mostrado no citado texto, o presidente do país também pratica atos falhos, que precisam de saneamento, para que eles se ajustem às exigências de satisfatoriedade do interesse público, que é a essência da gestão pública.

No texto de autoria do advogado, citado acima, há menção de o presidente do país foi proibido, pelo Supremo Tribunal Federal, de cuidar dos casos referentes ao combate à pandemia do novo coronavírus, o que não é verdade.

Na crônica intitulada "Interpretação irreal", postada anteriormente, é mostrada a real decisão do Supremo, que mostra, com clareza, que não há proibição de nada ao presidente do país, de nada fazer ou deixar de fazer, mas apenas deu competência aos governadores e prefeitos, sem prejuízo das competências presidenciais, de cuidarem também das políticas do distanciamento e do isolamento sociais, o que é bem diferente do que vem sendo alardeado pelo mandatário do país e seus seguidores, que preferiram interpretá-la de maneira anômala, à revelia do texto transcrito a seguir.

Eis a decisão do Supremo, ipsis litteris: “DETERMINAR a efetiva observância dos artigos 23, II e IX; 24, XII; 30, II e 198, todos da Constituição Federal na aplicação da Lei 13.979/20 e dispositivos conexos, RECONHENDO E ASSEGURANDO O EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA CONCORRENTE DOS GOVERNOS ESTADUAIS E DISTRITAL E SUPLEMENTAR DOS GOVERNOS MUNICIPAIS, cada qual no exercício de suas atribuições e no âmbito de seus respectivos territórios, para a adoção ou manutenção de medidas restritivas legalmente permitidas durante a pandemia, tais como, a imposição de distanciamento/isolamento social, quarentena, suspensão de atividades de ensino, restrições de comércio, atividades culturais e à circulação de pessoas, entre outras; INDEPENDENTEMENTE DE SUPERVENIÊNCIA DE ATO FEDERAL EM SENTIDO CONTRÁRIO, sem prejuízo da COMPETÊNCIA GERAL DA UNIÃO para estabelecer medidas restritivas em todo o território nacional, caso entenda necessário. Obviamente, a validade formal e material de cada ato normativo específico estadual, distrital ou municipal poderá ser analisada individualmente. Intimem-se e publique-se. Brasília, 8 de abril de 2020.”.

É pena que muitas pessoas somente consigam enxergar as bondades da gestão pública, mesmo quando há notícia de que a sociedade padece pela má qualidade da prestação de serviços de incumbência do Estado, a exemplo do desastre crônico verificado no combate à pandemia do novo coronavírus, de amplo conhecimento da sociedade.

A propósito, é sim necessário se reconhecer que o presidente brasileiro não é responsável por todas as mortes causadas pela Covid-19, mas não se pode garantir que ele tenha se empenhado ao máximo no combate ao vírus, diante de atitudes dele nem sempre em harmonia com as normas e orientações pertinentes, que denunciam que ele, como autoridade máxima do país, poderia ter contribuído com bons exemplos perante a população.

O desastre referente ao descontrole da doença no Norte do país, onde aconteceram dezenas de mortes por falta de oxigênio, é completamente absurdo, que certamente não deverá ter culpado, mas o titular do Ministério da Saúde montou seu gabinete de crise em Manaus, dando forte indicação de quem pode ter culpa no cartório, quando ele está ameaçado de impeachment, em nível de Procuradoria Geral da República, mas que isso não tenha sido por causa de coisa boa, a depender dos casos em apuração.

Eu também não pretendo polemizar, porque não vejo necessidade disso, cujo culto a essa prática não leva a nada.

Não obstante, entendi que, nas circunstâncias, era oportuno o presente esclarecimento, para mostrar que eu não tenho nada contra ninguém, muito menos contra o presidente do país nem ao seu governo, apenas entendo que, como cidadão brasileiro, com o usufruto dos plenos direitos políticos e em dia com o Fisco, sinto no direito de opinar livremente sobre os fatos da vida, inclusive referente à gestão pública, algo que os brasileiros que amam o Brasil têm obrigação de fazê-lo, porque certamente vivemos todos aqui e somente desejamos o seu bem.

              Brasília, em 25 de janeiro de 2021

Inquietação?

        Na crônica que analisei a recente pesquisa sobre a avaliação do desempenho do presidente da República, eu disse que os fatos do dia a dia mostram o quanto ele merece de avaliação, tendo a sinalização muito clara que os brasileiros estão à espera de gigantesco salto de qualidade na condução das políticas de incumbência do governo.

Um sempre respeitável e admirável conterrâneo fez a gentileza de escrever a mensagem abaixo, que contribuiu gentilmente para que eu possa prestar importantes esclarecimentos aos amigos quanto aos meus textos, sempre mostrando a minha profunda indignação com a atuação de homens públicos insensíveis e desumanos.

Esclareço que tenho gigantesca dificuldade em compreender o porquê, em pleno século XXI, com os avanços dos conhecimentos da ciência e da tecnologia, ainda exista tanta desumanidade contra o ser humano, a exemplo do que está acontecendo no combate à crise da pandemia do coronavírus, em que tudo vem sendo feito exatamente sob extrema insensibilidade que só contribui para prejudicá-lo.

Eis a mensagem que, em princípio, deixou-me muito apreensivo e me emocionou muito, diante do questionamento sobre opinião quanto ao meu comportamento, no sentido de não tentar enxergar o que de bom o presidente dos brasileiros faz pelo Brasil, in verbis: “Ou amigão, data folha não! Pior inimigo do Presidente! Você já respondeu alguma pesquisa, tanto da Data Folha, como das outras pesquisadoras. Existe 3 tipos de mentira: Mentira, Deslavada mentira e Pesquisas! Desculpe-me, estou preocupado com seu posicionamento, devias tentar observar o que o Executivo anda fazendo pelo nosso Brasil! (...)”.

Gostaria muito que o amigo não se preocupasse com o meu posicionamento, porque ele tem por base meus princípios de homem público, hauridos ao longo do tempo, onde tive a felicidade de cultuar o sólido sustentáculo de amor ao meu semelhante, tendo o obstinado sentimento em defesa dos interesses da sociedade, enquanto eu tiver força e disposição para escrever mostrando somente a verdade dos meus pensamentos, sem me preocupar com as verdades de ninguém, porque estas não me pertencem.

Com todo respeito ao nobre conterrâneo, em se preocupar com o meu posicionamento de cidadão que precisa ficar atento sobretudo com os deslizes do governo, no aconselhamento ainda de que eu precise ficar atento ao que o Executivo vem fazendo pelo Brasil, mas devo esclarecer, a bem da verdade, que não tenho compromisso senão exclusivamente com a minha consciência e que tudo faço com consistência no que penso, acho correto e é exatamente o que materializo nas minhas crônicas, que têm por finalidade expor o que sinto, evidentemente respeitando o pensamento das outras pessoas.

Sinto-me até envaidecido quando alguém se preocupa com a repercussão das minhas ideias, a imaginar que minhas posições possam influenciar, mas que elas sejam somente para a construção do bem, sob o prisma do que penso de melhor, mesmo porque eu jamais escreveria se não fosse para o bem.

As pessoas devem entender que todo governante se elege somente para praticar boas e salutares obras, como forma de satisfazer o interesse público, o que vale dizer que é apenas obrigação e dever funcional que o presidente do país realize excelentes obras, porque ele está cumprindo as metas de trabalho prometidas ao povo, no sentido de realizar grandes obras e isso é realmente louvável para o governo, por satisfazer plenamente a sua investidura no principal cargo da República.

Agora, convenhamos, no meu modesto entendimento, as maravilhosas obras que o presidente possa ter feito em benefício do povo precisam sim ser reconhecidas, louvadas e enaltecidas, mas elas estão exatamente dentro da normalidade, na obrigação de fazer do bom e do melhor para a estrita satisfação do interesse público, segundo a minha estreita compreensão administrativa, porque ninguém é eleito para ter o direito de não fazer absolutamente nada, porque isso não contribui para o  benefício da nação e do povo, salvo melhor juízo.

Não obstante, as boas e notáveis realizações não têm o condão de compensar, nem de longe, os erros do mandatário que muitos brasileiros, até mesmo os míopes, estão enxergando, independentemente de ideologia, fanatismo, simpatia ou algo que o valha, porque as críticas às falhas governamentais, que a imprensa faz e que o presidente e seus seguidores não gostam, assim como muitas pessoas não gostam das minhas anotações, se traduzem em alerta à nação sobre a necessidade da mudança de rumos do governo, exatamente porque ele não foi eleito para errar, mas sim para somente acertar, embora ninguém seja infalível.

É curioso se verificar que o atual governo e seus seguidores somente procuram enaltecer os acertos, como se os erros não tivessem a menor relevância.

É preciso, sobretudo, se reconhecer também as falhas, para que a sua lição possa servir para as necessárias correções, que precisão ser anotadas para não somente o devido saneamento, mas, em especial, para se evitar a sua reincidência, como normalmente fazem os governos sérios, competentes, eficientes e responsáveis, tendo a preocupação de somente acertar, evitando erros na gestão pública, porque eles são extremamente prejudiciais aos interesses da população.

Tenho enorme preocupação com os brasileiros que entendem que o presidente da República, fazendo algo importante para o país e o povo, mereça a normal condescendência no sentido de que possa ser normal que ele seja compreendido na prática de possível deslize administrativo, em forma compensativa, já que ele faz muito de bom e aceitável e sua excelência merece sim o devido beneplácito por parte de seus súditos.

Penso, ao contrário, que os brasileiros de boa vontade precisam compreender apenas aceitar satisfatório o desempenho funcional do presente em tudo que fizer de bom, porque isso se harmoniza perfeitamente com o ajuste do que foi prometido na campanha eleitoral, o que não é algo que possa ser considerado extraordinário nem excepcional, mas sim tão somente a comprovação do dever em fiel cumprimento do que já estava programado perante os brasileiros.

Por seu turno, compete a esses mesmos cidadãos, no âmbito do seu dever cívico e patriótico, serem rigorosamente vigilantes com relação aos atos desviados da finalidade pública, ou mais direto ao assunto, não permitindo que o governo seja ineficiente na execução dos atos sob a sua incumbência, quanto mais desidioso no cumprimento de suas promessas de campanha, onde somente constavam metas em benefício da população e do país, não havendo qualquer indicação de que ele pudesse cometer falhas contra o interesse público.

Eu gostaria muitíssimo que os brasileiros se conscientizassem sobre a verdadeira incumbência dos governantes, que, em princípio, precisam seguir, com muito rigor, a cartilha da administração pública, onde somente constam as normas exigindo o fiel cumprimento da legalidade na realização de seus atos como agentes públicos, sob pena de ser sancionados quando seus atos estiverem em desconformidade com o ordenamento jurídico do país, em especial no que se refere às normas aplicáveis à administração pública.

Fico muitíssimo agradecido com a preocupado do amigo sobre o meu posicionamento, embora não veja motivo suficiente para tanto, esclarecendo que venho sim observando fiel e efetivamente, e não tentando, o que o Executivo anda realmente fazendo de ruim pelo Brasil, porque penso que assim presto importantes serviços como cidadão muito cônscio sobre o meu dever e a minha responsabilidade como brasileiro que verdadeiramente ama o Brasil e o seu povo.

Não acho que contribui para o interesse público se perceber a desgraça que se abate sobre as cabeças da população, por causa da terrível pandemia, que já dizimou mais de 215 mil vítimas, muito mais por notória incompetência administrativa, conforme mostram os fatos, e simplesmente fechar os olhos para tamanha desumanidade e considerar que seja normal monstruosa insensibilidade aos sentimentos do ser humano.

Para o bem da minha consciência e certamente a da de muitos brasileiros que desejam o melhor para o Brasil, não tenho, infelizmente, como pensar e agir diferentemente como venho analisando os fatos do dia a dia, porque tenho a maior satisfação em defender meus sentimentos de pura brasilidade, em coerência com o que venho escrevendo ao longo dos tempos e em muitos governos, sempre trilhando as mesmas linhas de críticas objetivas e claras, mostrando a imperiosa necessidade de mudanças da gestão pública e dos rumos do governo, para que os brasileiros possam ser mais felizes e sejam tratados com a dignidade que eles tanto merecem.

Procuro jamais compactuar com atos que não estejam conforme o figurino da satisfação do interesse público, embora reconhecendo que isso tem realmente desagradado bons amigos, para quem digo que continuo tendo os mesmos respeito e admiração por eles, porque sei perfeitamente que cada qual tem o direito de pensar conforme a sua índole, que difere segundo a sua conveniência, o que é absolutamente normal.

Finalmente, quero deixar bastante claro que eu ficaria extremamente preocupado se o meu posicionamento fosse o de observar somente o que o governo anda fazendo pelo Brasil, deixando de enxergar e falar sobre as graves falhas que  grassam no país, em especial, em decorrência do combate à pandemia do novo coronavírus, porque somente a alarmante quantidade de quase 220 mil vítimas fatais dispensa comentários sobre a monstruosidade da incompetência no seu controle, culminando com o desastre na condução da imunização.

Brasília, em 24 de janeiro de 2021