segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Mediocridade tupiniquim


O Tribunal Superior Eleitoral, que é contrário à adoção do voto impresso, prevê uma série de dificuldades para a implementação do novo sistema eleitoral, mediante a impressão do voto no momento da votação, conforme medida aprovada pelo Congresso Nacional, cuja inovação somente será usada nas eleições de 2018, segundo a avaliação da Justiça Eleitoral.
Uma das dificuldades alegadas para o veto da medida pela presidente do país, que foi derrubado pelo Congresso, diz respeito ao alto custo de R$ 1,8 bilhão, previstos para a compra, a manutenção e o transporte das impressoras, entre outros gastos.
Em que pesem os gastos extras, especialistas enxergam avanço no novo modelo, ante a possibilidade de conferência do resultado eletrônico a partir de pequena amostra do registro físico. Eles consideram o atual sistema eletrônico "inauditável" e ressaltam que possíveis obstáculos na implantação podem ser superados com a melhora nos procedimentos para a organização das eleições.
O Secretário de Tecnologia da Informação do TSE discorda da implantação do voto impresso, por considerá-lo, pasmem, "ineficiente", "ineficaz para auditoria" e "prejudicial para o processo". Ele argumenta que hoje o tribunal já submete as urnas e o software usado nelas para consultas e testes pelos partidos, como se tão somente isso já fosse extraordinário avanço, que não deixa de ser na mentalidade tacanha dos burocratas do poder.
Ele disse que "Onde há intervenção humana, há lentidão, prática de erros e possibilidade de fraudes. A impressão traz, em síntese, a volta das mesas apuradoras. Certamente não teremos mais o resultado no mesmo dia, vamos ter esse resultado em talvez um ou dias depois, considerando essa interferência manual no processo", conclusões estas que ficam evidentes fortes resistência às benéficas mudanças, que não podem mais esperar.
O servidor alega tempo maior para cada eleitor votar, porque, após digitar na urna eletrônica, o eleitor vai conferir sua escolha no registro impresso, que depois será depositado numa urna física de forma automática e sem contato manual, dando a entender que os eleitores são um bando de patetes e palermas, que não podem ser treinados para agilizar a votação.
Quanto ao transporte e manutenção, ele diz que "complica muito mais uma logística que é complexa", procurando dificultar algo que pode ser racionalizado, quando se tem boa vontade.
O servidor acrescentou que a impressora, por ser um equipamento "eletromecânico", falha mais que o dispositivo somente eletrônico, como a urna, indicando clara má vontade para a aquisição de material eficiente e de qualidade, que quase não dá defeito.
Ele conclui dizendo que "Na nossa realidade, incluir mais um dispositivo desse vai trazer ponto de falha bastante importante e principalmente complicando também mais o processo de forma geral, na sua logística, na sua manutenção, na sua conservação, no processo de substituição de equipamentos em pane, certamente traz um complicador bastante considerável", como se não fosse possível incumbir essa importante missão a pessoas qualificadas, preparadas e dispostas a enfrentar os obstáculos que existem, mas são passíveis de saneamento, como fazem os países sérios, civilizados e desenvolvidos.
Por sua vez, a Procuradoria Geral da República, praticamente seguindo idêntico caminho de estagnação e antievolução, alega que o sigilo da votação também estará comprometido, caso ocorra falha na impressão ou travamento no papel da urna eletrônica, sendo necessária a intervenção humana para solucionar o problema e os votos já registrados até ficarão expostos ao servidor responsável pela manutenção do equipamento, como se não fosse possível o uso de material eficiente e de qualidade, que pode dá defeito, mas em nível administrável.
O voto impresso vem sendo defendido há tempos por especialistas e foi recomendado pelo PSDB, depois de tentar, sem sucesso, promover auditoria no material referente à última eleição. No relatório, o partido diz que "o sistema eletrônico de votação do TSE não foi projetado para permitir uma auditoria externa independente e efetiva dos resultados que publica".
       Os entendidos dizem que a distribuição de 450 mil urnas eletrônicas, no país continental, é tarefa complicada, não importando se elas contenham ou não o mecanismo do voto impresso, porém os responsáveis pela logística devem se preparar para desincumbir suas atribuições com o máximo de eficiência, de modo que elas estejam disponíveis e funcionando normalmente, como fazem os países evoluídos e civilizados.
Os alegados altos custos também são formas de desviar o holofote da questão para algo de somenos importância, porque o país não pode ser sério se não tiver condições de gastar o quanto for necessário para ter a certeza da lisura do sistema eleitoral, cujos resultados devem refletir exatamente a vontade popular, com a possibilidade de se permitirem auditagem e transparência sobre os resultados das eleições.
Trata-se da mera confirmação do atraso e obsoletismo se imaginar que é importante a divulgação do resultado das urnas, em tempo recorde, quando os procedimentos eleitorais não oferecem confiabilidade e segurança e muito menos condições de ser submetido à auditoria, para se aquilatar a lisura do processo eleitoral.
Não passa da maior imbecilidade a desculpa esfarrapada de que haverá a "intervenção humana" com a sistemática do voto impresso, como se o software já não fosse operado por pessoa, i.e., por ser humano, uma vez que nenhuma máquina funciona sozinha, apenas por sua imaginação. Trata-se de desculpa extremamente pueril e infundada, porque a tentativa da eliminação da intervenção humana significa simplesmente nada funcionar, ou seja, fica claro que essa artimanha do TSE não passa de tentativa de se evitar a possibilidade de auditagem das urnas, com o emprego de elemento materializado na própria máquina, que deve funcionar com as indispensáveis qualidade e eficiência de país sério e desenvolvido também nos procedimentos pertinentes às eleições.
          Um especialista disse que "Se eles, funcionários do TSE atacarem o sistema, fazerem qualquer fraude, a sociedade civil não tem como detectar isso. E cabe ao administrador eleitoral propiciar isso à sociedade. E não falar 'confia em mim, eu sou honesto e garanto que não há problema'".
Trata-se de extrema aberração alguém ainda se dignar a defender a continuidade de modelo de urna adotado no Brasil, pasmem, ainda nos idos de 1996, que é o mais antigo, conhecida como "máquina DRE" (sigla de "direct-recording electronic", ou gravação eletrônica direta do voto, em português), que foi implantado e começou a ser usado na Holanda e Índia, respectivamente, em 1991 e 1992.
Na atualidade, aqueles países, mais Alemanha, Argentina, Bélgica, Canadá, Equador, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, México, Paraguai, Peru, Rússia e Venezuela estão adotando a máquina do tipo VVPAT (Voter Veriable Paper Audit Trail), com voto impresso conferível pelo eleitor, a qual é considerada como de segunda geração e a ser agora implantada no Brasil.
Há ainda o modelo mais avançado, adotado em alguns estados americanos, que é chamado de E2E (End-to-end, verificação fim-a-fim), pelo qual o eleitor registra o voto manualmente numa cédula física especial, que é posteriormente escaneada para ser lida por uma máquina. Assim como no modelo anterior, há um registro físico e um eletrônico.
Em um país onde as autoridades incumbidas dos procedimentos eleitorais se mostram contrárias e resistentes ao aperfeiçoamento e à modernização de sistema considerado obsoleto e nada transparente, não há a menor dúvida de que tem algo estranho e muito suspeito no ar, porque isso significa posicionamento na contramão da evolução que se processa em todos os campos e setores do conhecimento, sempre com o propósito de contribuir para o benefício da humanidade e não para o seu retrocesso, como parece transparecer o caso da Justiça Eleitoral tupiniquim.
Não passa de extremo absurdo a tentativa de se impedir o aprimoramento da urna eletrônica, sob o esdrúxulo argumento de que, no caso de defeito da máquina, o voto fica devasso, fato que peita contra o princípio constitucional de que o voto goza do sigilo, por haver a possibilidade de manutenção da máquina. Trata-se de ideia provinciana, própria das republiquetas, pela preconcepção de que as máquinas são de qualidade inferior, incapaz de atender a eficiência que deve prevalecer sempre não somente no país tupiniquim, mas nos países civilizados e conscientes da necessidade do aperfeiçoamento dos mecanismos da estrutura do Estado.
É evidente que o sigilo do voto precisa ser preservado, para se evitar fraudes e manipulações, mas esse fato, por si só não pode ser preponderante para se determinar que o sistema não deva ser aperfeiçoado e modernizado, porque seria muito mais prejudicial negar a capacidade dos brasileiros de superação das dificuldades, no sentido de que os problemas no sistema eleitoral sejam equacionados e superados com criatividade e inteligência, com vistas à segurança, garantia e transparência desse sistema, permitindo que o resultado das eleições seja resistente a fraudes e manipulações indesejáveis.
Seria demonstração de mediocridade o país deixar de agregar mecanismo de proteção à fraude no importante sistema eleitoral, em razão da antecipação da incapacidade da implantação de mecanismo eficiente e de primeira qualidade das urnas eletrônicas, dando a entender, desde logo, que o material é de péssima qualidade e de funcionamento ineficiente e não confiável, não permitindo a melhora do aludido sistema, que funciona com total eficiência nos países evoluídos e civilizados.
Quando se tem consciência sobre a importância do aperfeiçoamento do hoje obsoleto e ultrapassado sistema eleitoral, que sequer permite se aquilatar a sua lisura, por meio de auditoria plena e confiável, conforme atestam os especialistas, todo esforço seria disponibilizado de forma voluntária, inclusive com a demonstração de capacidade para a superação de quaisquer obstáculos, mas, diferentemente, o governo federal e o Tribunal Superior Eleitoral não esboçaram a mínima intenção de mudar coisa nenhuma, preferindo apresentar uma séria se entraves absolutamente injustificáveis e sem importância, eis que eles são superáveis com pouco de boa vontade, só que isso parece não ser possível para que nenhuma forma de controle possa interferir no sistema que se encontra sob absoluto domínio, possivelmente para o atendimento de conveniências políticas.
Os brasileiros precisam mudar essa terrível concepção de continuísmo dos péssimos e prejudiciais costumes que ainda prevalecem na administração do país, de modo a possibilitar a implantação de mecanismos aperfeiçoados e modernizados também no sistema eleitoral, que não pode ficar à mercê do obsoletismo e da incompetência, em evidente prejuízo dos princípios confiáveis de legitimidade e transparência e dos avanços da humanidade civilizada. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 30 de novembro de 2015

domingo, 29 de novembro de 2015

Não pagar sozinho por erros...


Segundo a imprensa, a mulher do senador petista preso quer que ele faça delação, já tendo até discutido o assunto com advogado e o marido, porque ela está convencida de que é a única maneira honrosa para ele não pagar sozinho por erros cometidos pelo PT e Palácio do Planalto.
Não somente a mulher, mas parentes e amigos do senador petista desejam muito que ele negocie acordo de delação premiada, como medida razoável para tirá-lo da prisão antes do Natal, a tempo de possibilitar que ele passe as festas natalinas com a família.
A coluna Radar on-line já havia revelado que a mulher do senador costumava dizer que ele deveria deixar o PT, tendo agora atribuído à presidente petista a atual situação dele, conforme desabafo que ela fez em telefonema a amigo da família, em seguida à prisão do senador.
No depoimento prestado à Polícia Federal, o senador teria citado a presidente do país, espontaneamente, pelo menos, por três vezes: "A então ministra (de Minas e Energia) Dilma já conhecia Nestor Cerveró desde a época em que ela atuou como secretária de Energia no governo Olívio Dutra, no Rio Grande do Sul. Como a área de exploração de gás era bastante desenvolvida naquele Estado, havia contatos permanentes entre a Diretoria de Gás e Energia da Petrobrás e a secretaria comandada pela Dilma Rousseff".
Há fortes entendimentos de que são remotas as chances de o senador conseguir habeas corpus na Justiça, à vista do conteúdo da gravação divulgada pelo filho de ex-diretor da Petrobras, onde constam, entre outras intenções, detalhes sobre plano de fuga para esse ex-diretor, sob a alegação do petista de ter imaginado agir imbuído por “questão humanitária”.
Na delação, o senador poderia contar o muito que sabe sobre os esquemas de corrupção e desvios na Petrobrás em troca de benefícios concedidos pela Justiça, a exemplo da liberdade vigiada.
          Nas circunstâncias, o instituto da delação premiada poderá ser a única forma de salvação do (ex) senador, não como político, porque nessa seara ele já está liquidado, não tem mais como encarar os políticos todos igualmente a ele com reputação pra lá de desmoralizada, mas como ser humano, porque a vida continua e ele precisa de recomeço como cidadão.
A grande vantagem da delação premiada é que ela exige que o delator diga exatamente a verdade, em condições de comprovar materialmente as afirmações, sob pena de não ser beneficiado por suas confissões, e as pessoas denunciadas simplesmente ficam em apuros, exatamente pelo peso das informações prestadas, que jamais podem ser inventadas, ou seja, em princípio, os fatos denunciados têm fundo de verdade e servem para novas investigações.
Daí a necessidade de o senador dizer logo o que sabe sobre a podridão que existe no submundo da administração pública e da politicagem do PT, como forma de voltar a ser acreditado pela sociedade, que só tem motivo, no momento, para execrá-lo, diante da prática de grave crime que objetivava atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato, que foi uma das melhores criações, nos últimos tempos, para possibilitar aos homens de boa vontade e de dignidade a apuração de fatos irregulares e a reparação de danos causados ao patrimônio público é à sociedade.
As chances de o ainda senador não cair em desgraça para sempre e sair dessa terrível situação com, pelo menos, recuperada a sua moral é realmente contar, logo, a verdade do que sabe sobre as falcatruas e maracutaias da administração pública e do PT, agremiação esta que já esboça a expulsão dele de suas fileiras, ante o entendimento de que o petista passou a ser persona non grata, indigno da consideração do partido, que tem sido, conforme, conforme os fatos, celeiro de grandes artistas que se envolveram em esquemas fraudulentos e dilapidadores do patrimônio dos brasileiros, à vista da lastimável situação da Petrobras, sob a gestão do governo petista. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de novembro de 2015

Sentimentos humanitários?


O senador petista, que se encontra preso, disse, em depoimento à Polícia Federal, que queria a soltura do ex-diretor da Petrobras, estritamente, por "questões humanitárias", de vez que seu amigo se encontra no maior sofrimento na prisão, no Paraná, por ter sido apanhado na Operação Lava-Jato.
Na gravação que serviu de base para a sua prisão, o petista fala que procuraria políticos e membros da Justiça, entre eles o vice-presidente da República e ministros do Supremo Tribunal Federal, para tentar influir no caso de seu amigo ex-diretor da Petrobras, também preso.
A conversa gravada ainda mostra que a bondade do senador abrangia o oferecimento do valor de R$ 50 mil mensais para a família do ex-diretor e do espetacular plano de fuga para o amigo, que passaria pelo Paraguai, com destino à Espanha, em troca da garantia dele de, em depoimento de delação premiada, não mencionar o nome do petista.
O senador declarou aos policiais que tinha interesse na soltura do amigo ex-diretor da Petrobras, substancialmente, por motivos pessoais, em especial, por conhecer a família dele e ter trabalhado com ele, fato que acentuava seu sentimento quanto ao sofrimento dele e, em razão disso, gostaria de contribuir para a sua soltura, evidentemente por questões humanitárias.
O senador disse que procuraria ministros do STF, para tratar sobre o padecimento do amigo, como forma de "confortar" o filho dele, embora o petista entendesse que isso não era possível, por entender que se tratava de medida infrutífera.
Causa enorme perplexidade como o mundo do crime é pródigo em imaginar justificativas infundadas e ridículas, como nesse caso de se pretender ajudar, sem o menor sentimento de plausibilidade, um amigo, estritamente por razões de bondade e amor ao ser humano, quando, na verdade, só Deus sabe a verdadeira intenção imaginada na cabeça do petista.
Na realidade, a vida do amigo ex-diretor não estava valendo nem um centavo de dólar furado para o senador, diante da possibilidade de ele poder revelar o muito que sabe sobre a podridão envolvendo os esquemas criminosos na Petrobras e isso ficou muito bem delineado com a gravação da fita e a sua revelação junto às autoridades, que agiram imediatamente para proteger, não somente o amigo do senador, mas a família dele, certamente porque ambos corriam sérios riscos de vida.
Infelizmente, as questões humanitárias não foram efetivamente executadas porque o filho do ex-diretor da Petrobras deve ter desconfiado do gesto "bondoso" do senador petista de oferecer plano de fuga dele para o exterior, num clima de muita benevolência altamente desconfiável.
Pode até ser compreensível que o senador assimilava o terrível sofrimento do ex-diretor e, por isso, imaginava que poderia contribuir para acabar “em definitivo” com o padecimento dele, porém nas plagas do Paraguai, onde ele seria incumbido de executar a sua última missão terrena, em lealdade ao senador "ultra-humanitário", que até tem cara de bom anjo protetor.
Essa miraculosa ideia de apoio humanitário desperta extrema preocupação quanto à urgente necessidade de proteção não somente do ex-diretor da Petrobras, mas de sua família, com vistas a se proteger a integridade física de todos, tendo em conta que o sentimento de humanidade, nesse caso, que envolve reputações enxovalhadas de lamas pútridas, poderia ter tido efeito exatamente contrário ao que se pode imaginar de bondade e de assistência social.  
É muito engraçado partir de petista a preocupação com a questão humanitária de amigo profundamente envolvido no submundo do crime, em demonstração, em sentido contrário, de falta de pudor no que diz respeito à questão relacionada com o interesse público, tratando-se de alguém fidelíssimo escudeiro da presidente da República, na qualidade de até então competente líder do governo, em evidente indicação da falta de dignidade, personalidade e caráter, por imaginar infantilmente que a Justiça é alienada e inepta, em condições de ser levada a acreditar em artimanha absurda sem a menor plausibilidade, como o invocado sentimento pseudo-humanitário.
Urge que os brasileiros se despertem para a realidade, à vista dos fatos do cotidiano, como o país vem sendo administrado, totalmente à mercê do “talento” de pessoais com a índole demolidora dos princípios democrático e republicano, onde prevalecem a vontade e a dominação da desavergonhada classe política com propósitos destinados à satisfação de interesses pessoais e partidários, sem o menor apelo às causas nacionais, que estão sendo vilipendiadas de forma inescrupulosa e progressiva. Acorda, Brasil!            
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de novembro de 2015

sábado, 28 de novembro de 2015

Inconformismo com mais uma prisão?


O presidente nacional do PT afirmou, em nota, que está perplexo diante dos fatos que embasaram a prisão pelo Supremo Tribunal Federal do líder do governo no Senado Federal, por entender que “Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado. Por isso mesmo, o PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade.”.
Finalizando, o presidente do PT ressaltou que irá convocar “em curto espaço de tempo” reunião da Comissão Executiva Nacional para adotar as medidas que a direção da legenda julgar “cabíveis”, em relação ao senador.
          O senador petista foi preso pela Polícia Federal sob a alegação, segundo os investigadores da operação, por tentar ter atrapalhado as apurações em curso na Operação Lava-Jato.
De acordo com ministro do Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria Geral da República afirmou, em documento enviado à corte, que o senador teria oferecido o valor de R$ 50 mil mensais a um ex-diretor da Petrobras, que se encontra preso, para ele não fechar acordo de delação premiada ou, se o fizesse, não citasse o nome do senador, além de ter fornecido opção de rota de fuga para o ex-diretor fugir para a Espanha, via Paraguai.
Embora coerente com a sua índole de não assumir publicamente seus erros e suas falhas, é extremamente lamentável que o PT demonstre total desprezo com relação a um de seus expoentes filiados, numa atitude de completo abandono e irresponsabilidade, dando a entender que o fato em si é problema do senador e, por isso mesmo, ele se vire e procure se explicar, evidentemente sem comprometer o partido, que já se encontra encalacrado até o talo e não tem mais espaço para mais complicação.
É evidente que o senador cometeu crime grave, tanto que a sua prisão, além de preventiva, foi considerada inafiançável, fato que caracteriza violação da legislação pátria, mas o PT poderia ter demonstrado, ao menos, um pouquinho de compreensão por pessoa que até então gozava de excelente conceito no âmbito do partido e do governo, tanto que era líder dele e ainda desempenhava seu mandato com reconhecida dedicação.
A nota do PT foi verdadeira lição de incompreensão para com grande “cumpanhero” que teria sido muito mais importante para o partido se ele apenas tivesse o mínimo de coerência de proceder como tem feito normalmente com os demais criminosos do partido, que estão presos, a exemplo do último ex-tesoureiro, que, mesmo encalacrado com a corrupção até o talo, foi defendido pelo partido.
Por seu turno, causa perplexidade a defesa do senador ter manifestado inconformismo em relação à prisão em causa, tendo questionado, pasmem, o fato de que as denúncias tenham sido originárias de um delator já condenado, como se isso fosse motivo capaz de invalidar verdades sobre fatos irregulares efetivamente acontecidos, e também a imposição de prisão a senador da República, que sequer teria sido acusado formalmente.
É verdade que a Carta Magna não ampara a prisão de detentor de mandato parlamentar, medida essa que deveria ter sido respeitada como garantia da firmeza do Estado Democrático de Direito, caso a situação do senador não tivesse se tratado de flagrante de crime continuado, que é considerado como inafiançável, e ele foi incurso justamente nessa terrível situação, fato que afasta qualquer possibilidade de alegação de abuso de autoridade e muito menos de falta de amparo legal.
A prisão de um senador é motivo de imenso constrangimento para as pessoas honradas e se traduz em situação bastante delicada, por causar inevitável desmoralização de respeitável instituição centenária da República, cujos integrantes, em princípio, deveriam gozar das maiores honradez e estima por parte da sociedade.
O partido do governo já não tem sido capaz de surpreender mais ninguém, porque a todo instante é preso um de seus importantes membros, mostrando a sua exagerada capacidade criativa na “arte” e “engenhosidade” da corrupção, cuja essencialidade ganhou corpo e materialidade nos famigerados escândalos do mensalão e do petrolão, mantidos graças à persistência dos “guerreiros do povo brasileiro”, como são saudados os heróis do partido, responsáveis pela dilapidação do patrimônio nacional.
O Brasil precisa, com urgência, promover lipoaspiração da bandidagem existente na política e no meio empresarial, na tentativa de se recriar mentalidade sadia, voltada para o culto à moralidade e à probidade na administração pública, sob pena de a corrupção se infiltrar e se alastrar de forma incontrolável nela, porque a sua ação deletéria age exatamente onde menos se espera, inclusive no âmago da administração pública, como nesse último caso envolvendo exatamente o líder do governo no Senado Federal, local que, em princípio, seria absolutamente impensável para a sua incidência, por se imaginar que a Câmara Alta seria modelo de dignidade e de honestidade e não de local apropriado para a disseminação de desonestidade contra a nação. Acorda, Brasil!
          ANTONIO ADALMIR FERNANDES
          Brasília, em 27 de novembro de 2015

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O Brasil se esfacelando?


A propósito de a presidente brasileira se afastar do país, nos próximos dias, em cumprimento de viagens programadas para a França, o Japão e o Vietnã, o tucano, que foi presidente da República, afirmou que, se fosse a presidente petista, não viajaria agora ao exterior, com o Brasil se "esfacelando".
Respondendo questionamento de jornalista, o tucano disse que está mais do que na hora de a presidente do país estabelecer diálogo para tirar o país da crise. Ele defende que a petista precisa assumir a liderança do diálogo e que "Eu acho que está mais do que na hora, mas tem de ver o modo constitucional. Por enquanto, só tem um jeito: ou a presidente assume a liderança... Ela vai viajar agora. Vai ficar nove dias fora do Brasil. Eu não iria nessas circunstâncias, porque o Brasil está se esfacelando...".
O ex-presidente voltou a sugerir que a presidente do país negocie saídas para a crise, até mesmo a renúncia, nestes termos: "A Dilma não deve ter ficado feliz com o que eu disse, mas eu disse. Eu disse o seguinte: no limite você diz que renuncia se aprovarem isso, isso e isso. Não te querem, condiciona a sua saída à aprovação de certas medidas. Se aprovarem, não precisa nem sair. Mas ela não toma iniciativa".
Ele concluiu dizendo que "(a presidente) Não tem com quem dialogar. Cada um está com medo do que possa acontecer consigo e o momento não é esse. Você tem de olhar o que vai acontecer conosco, com o país.".
Que o tucano não se engane, porque tudo o que vem acontecendo no país é questão de concepção de cada um sobre os fatos e a realidade brasileira, porquanto, para ele e mais de 70% dos brasileiros, o país realmente se encontra esfacelado e destroçado, sendo submetido a terríveis crises econômica, política e administrativa, mas, para a petista, nada disso pode interferir nos seus planos de fazer turismo no exterior, sob os auspícios dos bestas dos brasileiros, que são compelidos ao pagamento de pesados tributos para a manutenção da descontrolada gastança do governo, que consegue bater seguidos recordes de déficits nas contas públicas, ficando totalmente impossibilitado de promover investimentos em obras públicas.
O ex-presidente tucano precisa saber que, para a presidente petista, não existe absolutamente nada de esfacelamento quando ela se encontra no exterior, porque sempre prevalece o padrão de primeiríssimo mundo para a hospedagem, o transporte e a alimentação, à vista das revelações pela mídia sobre as nababescas viagens precedentes, em que a presidente faz questão de mostrar ostentação diante de seus pares, quanto às mordomias dela e da sua comitiva, por capricho genuinamente tupiniquim, não podendo se distanciar das grandes recepções protagonizadas pelas potências mundiais, visto que o Brasil ainda é a sétima potência econômica e a presidente tem todo direito de usufruir do bom e do melhor, em que pese a eterna precariedade das condições de vida dos brasileiros.
A presidente tem toda razão em pensar em sair por alguns dias do país que ela conseguiu, sem o menor esforço, tornar verdadeiro inferno, em razão de tantas crises que ela contribuiu, de forma efetiva, para a sua formação, fazendo com que a pauta presidencial se tornasse insuportável. Para ela, tanto faz estar aqui ou lá fora, pois, somente de direito, ela ainda comando o país, de vez que, de fato, nem ela nem ninguém sabe quem realmente está comandando, tamanha a balbúrdia que se encontra o país. Nessas condições, o afastamento dela do país poderá fazer muito bem para, pelo menos, 70% dos brasileiros, que até agradecem a ausência dela, para que, nesse período, a administração pública tenha um pouco de harmonia e de tranquilidade.
Os brasileiros precisam se conscientizar, com urgência, sobre o fato de a presidente da República não ter o direito de continuar administrando o país nas condições de precariedades acentuadas com reiterados déficits primários e sérios comprometimentos do desempenho das contas públicas e principalmente dos investimentos em obras de infraestrutura, que são a essência para o desenvolvimento socioeconômico, que vem passando por drástico e inadmissível processo de postergação, justamente por inexistência de programas destinados à revitalização das políticas econômicas e sociais, ante a falta de iniciativas também nesse sentido. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de novembro de 2015

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Fragilidade de argumentos?


Segundo reportagem publicada pela revista Época, o empresário filho do ex-presidente da República petista e o lobista da consultoria Marcondes & Mautoni, em depoimento à Polícia Federal, não conseguiram esclarecer os contratos por eles celebrados entre a empresa do filho do ex-presidente e a consultoria. A revista conclui a situação como inusitada, porque "é como se um não soubesse por que pagou e outro não soubesse por que recebeu".  
Na Polícia Federal, o lobista optou por ficar em silêncio em boa parte de seu depoimento e não soube explicar como escolheu a empresa do filho do petista, embora ele tivesse admitido que o valor pago pelo serviço fosse "absurdo", à vista de resultado de pesquisa "superficial" de preços, realizada antes da contratação do empresário. 
Em que pese a constatação de valores "absurdos", estranhamente a empresa do lobista repassou à LFT Marketing Esportivo o expressivo valor de R$ 2,4 milhões, fato que mostra a possível configuração de falta de lisura, em se tratando que o cerne da contratação envolvia lobby junto ao governo.
Segundo a revista, o empresário não teria apresentado, por ocasião do seu depoimento, relatórios comprovando a prestação dos serviços contratados, embora, à Polícia Federal, ele tivesse dito que os teriam produzido, cujas cópias em poder dele havia sido entregues a seus advogados, depois da revelação sobre as suspeições sobre a “compra” de medidas provisórias editadas entre 2009 e 2013, para favorecimento de montadoras, por meio de expressivos incentivos fiscais, evidentemente com a efetiva redução de receitas.
O advogado do filho do ex-presidente reafirmou a experiência de seu cliente na área esportiva, tendo criticado o vazamento de documentos pela revista, afirmando que ela "manipula as informações contidas no depoimento".
Segundo o advogado, o filho do ex-presidente esclareceu, em seu depoimento, que todos os serviços foram realmente prestados à Marcondes & Mautoni e, no dia seguinte, ele teria entregue à Polícia Federal os contratos firmados com tal empresa, juntamente com os materiais relativos aos trabalhos realizados, atestados pelos relatórios produzidos, na forma prevista no contrato e no plano da contabilidade da empresa, que se encontram disponíveis aos órgãos competentes.
O mencionado advogado reafirmou o seguinte: "Reiteramos nosso repúdio a qualquer tentativa de manipulação de documentos vazados de uma investigação policial na qual Luís Cláudio já prestou todos os esclarecimentos e afastou qualquer ligação com os possíveis ilícitos investigados".
À luz dos fatos vindos à lume, não se pode concluir quem realmente está com a razão, ante a fragilidade dos elementos de avaliação, o que se exige que as investigações sejam realmente aprofundadas, de modo que a verdade sobre mais esse escândalo envolvendo filho de autoridade venha à tona, uma vez que caberia ao próprio denunciado mostrar a licitude de seus atos, não permitindo que a revista nem ninguém ponham dúvida quanto ao seu trabalho como empresário.
A sociedade espera que a Polícia Federal, na sua larga experiência, seja capaz de avaliar os fatos exclusivamente sob o prisma da verdade e da regularidade, com base tão somente nos elementos de convicção, não admitindo que a indesejável e poderosa influência das autoridades políticas, que já foi bastante incômoda para tentar mudar os rumos das investigações e dos resultados acerca desse clamoroso affaire, possa ter interferência no resultado das apurações, em que pesem os próprios fatos já revelarem o que não há tanta dúvida sobre o que realmente pode ter acontecido, ante a revelação da fragilidade dos argumentos apresentados quanto aos valores e o objeto da contratação.
É bastante lamentável que, em pleno século XXI, o país ainda esteja passando por processo lamentável de involução quanto à aplicação dos princípios éticos e morais, por sempre suscitarem eternas dúvidas sobre a licitude de ajustes, públicos ou privados, exigindo que a polícia e/ou a Justiça precisem intervir para, enfim, dizer sobre a sua regularidade, diante da possibilidade de ilações sobre os fatos as mais diversas por parte da sociedade.
Compete à sociedade se conscientizar sobre a atuação dos homens públicos, promovendo as devidas avaliações sobre a sua imprescindibilidade à frente das questões de interesse nacional, à vista de seus reiterados envolvimentos em fatos que têm exigido o indispensável esclarecimento, como forma de justificar a sua atuação na vida pública. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 26 de novembro de 2015

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Vergonhosa dupla blindagem


A ex-senadora e ambientalista que se candidatou, no último pleito, à Presidência da República, afirmou que o governo está blindando o presidente da Câmara dos Deputados, como forma de impedir o andamento de processo de impeachment da presidente brasileira.

Ela também disse que acredita que já há provas que lançam luzes à convicção sobre a culpa do peemedebista, mas ressaltou que ainda não vê fatos contra a presidente petista.

O partido da ex-senadora, a Rede Sustentabilidade, é coautor, junto com o PSOL, de representação no Conselho de Ética da Câmara, com pedido de cassação do peemedebista, sob o argumento de que houve quebra de decoro parlamentar, haja vista que o deputado teria mentido em depoimento à CPI da Petrobras, quando disse que não tinha contas no exterior.

Ela disse que "Uma parte da oposição blindava (Cunha) em nome do impeachment e o governo continua blindando em nome do não impeachment. Neste momento, as provas que foram juntadas contra o presidente da Câmara dos Deputados não são fabricadas. Acontecem dentro de um processo que leva os parlamentares a uma convicção, com base naquilo que foi trazido pelas apurações. É isso que deve ser feito com relação à presidente.".

A ambientalista afirmou que é preciso haver provas para possibilitar o impeachment contra a presidente do país, assim como no caso do presidente da Câmara, porque "Não se muda presidente só porque a gente está discordando".

Quanto à situação da presidente do país, a ambientalista perdeu excelente oportunidade para ter ficado calada, por ter afirmado, de forma bisonha e sem base, que não existem provas contra ela a ensejar o seu impeachment, uma vez que a sua defesa da petista não tem a menor consistência, a se considerar que a gestão dela é robusta de atos recheados de equívocos e desastres que levaram o país ao fundo do poço, se é que esse poço tem fundo, diante do gigantesco abismo onde ele, inapelavelmente, se encontra, fruto da incapacidade gerencial e administrativa do governo absolutamente despreparado, desorganizado e ineficiente, por ter permitido que a navio chamado Brasil ficasse à deriva, completamente sem rumo e sem perspectivas.

É lamentável que a ex-senadora não perceba o rombo das contas públicas, causado pela leviana e irresponsável gastança do governo, tendo por objetivo a reeleição da presidente petista, que teria cometido o crime de responsabilidade fiscal, à vista das práticas abusivas das “pedaladas fiscais”, que ajudaram o Tribunal de Contas da União a reprovar as contas do governo, referentes ao exercício de 2014.

Como se sabe, as famigeradas “pedaladas fiscais” consistem na maquiagem dos resultados da execução do Orçamento da União, com a revelação absolutamente distorcida de que os gastos públicos estariam em conformidade com a normalidade, quando, na verdade, o rombo das contas ficava simulado pelo pagamento do que poderia ser considerado déficit por bancos oficiais, que assumiam as dívidas do governo e este se passava, de forma visivelmente indevida, como em dia com o resultado econômico-financeiro.

Seria conveniente que a ambientalista se conscientizasse de que apenas o estouro das contas públicas, na forma como praticado pelo governo, já é mais do que suficiente para a caracterização de provas capazes de ensejar o impeachment da petista, uma vez que ela deixou de observar normas de administração orçamentária e financeira, previstas na Carta Magna e nas Leis de Diretrizes Orçamentárias e de Responsabilidade Fiscal, ficando claro que ela descumpriu o compromisso prestado por ocasião de seu juramento de posse de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e as leis do país.

Também há outro fato de suma importância a ser considerado no quesito que implica o afastamento da presidente do país, que diz respeito à condução imprudente e destruidora da economia por ela, que foi capaz de empurrar o país para a pior recessão da história contemporânea do país, graças à enorme incapacidade administrativa do governo, cuja consequência maléfica ao país e aos brasileiros é simplesmente de dimensão incomensurável e de difícil recuperação, ante o seu inevitável reflexo no desemprego, na redução da renda do trabalhador, na inflação, no aumento dos juros e das dívidas públicas, no rombo das contas públicas, na diminuição da arrecadação, na desindustrialização, na retirada do país do capital estrangeiro, na inexistência de investimentos público e privado, entre tantas dificuldades que somente contribuem para o subdesenvolvimento da nação e a agudeza das crises econômica, política e administrativa, principalmente porque o governo só tem alternativa para o aumento da carga tributária, como forma de aliviar o déficit das contas públicas, evidentemente sem nenhum esboço para o corte de despesas.

É evidente que a ambientalista não pretende enxergar a realidade sobre administração do país, notadamente no que se refere aos fatos prejudiciais ao interesse público, conforme acima referenciados, que são mais do que suficientes para aconselhar o afastamento da presidente brasileira do cargo, porque a sua continuidade constitui seríssimo perigo para o futuro da nação, à vista da demonstração de incapacidade administrativa e falta de perspectivas, considerando ainda que o pacote de ajuste fiscal lançado pelo governo não passa de mera medida paliativa, que tem como objetivo tão somente a tentativa de sanar o rombo das contas públicas.

Convém que a ex-senadora e ambientalista se conscientize, com urgência, de que a enorme desaprovação sobre o desempenho da presidente da República, por mais de 70% dos brasileiros, em clara demonstração da sua insatisfação com os péssimos serviços públicos prestados pelo governo, fruto da incompetência e da incapacidade gerencial e administrativa, que estão causando enormes danos aos interesses do país e da população, é robustamente suficiente para justificar o impeachment da presidente do país, salvo entendimentos de pessoas que ainda resistem à melhor compreensão sobre a realidade da atual administração extremamente deletéria e prejudicial aos interesses da nação. Acorda, Brasil!

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 25 de novembro de 2015

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A República dos antiéticos e da incompetência


Diante das circunstâncias, depois que a situação se tornou incontrolável, os deputados do círculo da proximidade do presidente da Câmara dos Deputados vêm conversando e se articulando sobre a melhor maneira de convencer o peemedebista a arranjar, para o bem de todos, “saída alternativa” e até honrosa, para evitar a cassação do seu mandato no Conselho de Ética.
Os aliados do peemedebista se manifestaram favoráveis que ele renuncie à presidência da Casa, como tentativa para preservar seu mandato e se defender no citado conselho “apenas como mais um deputado”, à vista da existência de dezenas de outros também investigados no esquema de corrupção da Petrobras e que ainda nem foram denunciados.
A insistência dos amigos coincide com o momento delicado em que o peemedebista perdeu o benefício da dúvida, depois de ele ter apresentado defesa capenga e sem a menor consistência, ensejando a alternativa de afastamento como a maior força, principalmente porque também cresceu, de forma assustadora, o incômodo entre os que se acham desgastados e intimidados com o apoio a quem não conseguiu, mesmo que minimamente, refutar as acusações de ter se beneficiado de esquema de corrupção, que é completamente incompatível com a relevância do cargo da Presidência da Câmara.
Alguns deputados entendem que, se o pemedebista se afastar da direção da Câmara, ele irá para a “vala comum” e se junta a outros parlamentares que estão na mesma situação, fato que poderá facilitar acordo de preservação do mandato, que seria importante para ele, para assegurar a manutenção do foro privilegiado, que, se perdido, tanto ele como a sua mulher e a sua filha correm o risco de ser julgados pela Justiça Federal, em Curitiba, cujo juiz tem mostrado implacável contra os atos de corrupção.
Em uma análise fria, pode-se concluir facilmente que situação do peemedebista é delicada e se complica cada dia, havendo os menos otimistas que entendem que a renúncia à Presidência da Câmara não é garantia de que haverá a segura salvação dele no Conselho de Ética.
O certo é que o desgaste que o presidente da Câmara vem contabilizando, principalmente diante da opinião pública, que não perdoa corrupção com dinheiro público, ganhou enorme dimensão e, por via de consequência, o apoio dos amigos vem ficando cada vez mais rarefeito e escasso, mas parece que ele prefere insistir em se manter na briga e continuar à frente daquela Casa, como se ele realmente estivesse ainda em condições de conduzir manobras perigosas, como tem sido o seu feitio, de quem já foi muito forte e poderoso.
Também é certo que o processo para se apurar a quebra do decoro parlamentar deverá seguir normalmente e as pressões e cobranças da sociedade estão contribuindo para que os amigos do peemedebista se conscientizem sobre a adoção de medidas que sejam melhores para o interesse do país.
Com certeza, se o Brasil fosse um país mesmo com pouca seriedade, qualquer caso considerado irregular, envolvendo corrupção com dinheiro público, seria imediatamente enquadrado na forma da lei e o envolvido tratado como criminoso, até se provar em contrário.
Em se tratando de ocupante de cargo público eletivo, ele já teria sido afastado do cargo imediata e automaticamente à revelação do fato delituoso, a exemplo do que acontece com o presidente da Câmara dos Deputados, que já deveria ter sido afastado, há muito temo desse cargo, cujas provas o incriminam, por não deixarem a menor dúvida de que os crimes por ele praticados já seriam mais do que suficientes para que ele já não tivesse sido somente afastado do relevante cargo, como também julgado e condenado por tantos malefícios causados à sociedade.
É lamentável que ele ainda esteja sendo acobertado e protegido por parlamentares considerados "representantes" logo do povo, que termina sendo indiretamente cúmplice com as graves irregularidades praticadas pelo peemedebista, que fica usando o cargo para driblar as leis e as autoridades do país, em indevido uso da máquina pública, por se beneficiar do tráfico de influência.
O país constituído por estrutura podre como o Congresso Nacional, conforme mostram os fatos em comento, em que integrante de importante poder da República insiste em permanecer no cargo para se livrar da perda do mandato, da prisão e da reparação pelos crimes praticados, realmente não merece a mínima credibilidade, que ainda tem a presidente da República suspeita de ter cometido crime de responsabilidade fiscal, à vista das práticas de pedaladas fiscais, que consistem na maquiagem dos resultados das contas públicas, ou seja, gastança muito além do dinheiro em caixa, com infringência das normas de administração orçamentária e financeira, em contrariedade, em consequência, aos limites previstos nas Leis de Responsabilidade Fiscal e de Diretrizes Orçamentárias, tudo isso mostrando o verdadeiro caos na administração do país.
Os brasileiros precisam se conscientizar sobre a premência de reflexão acerca dos rumos desastrosos para os quais o país está sendo conduzido e exigir que os homens públicos tenham o máximo de sensibilidade quanto à necessidade da governabilidade da nação com extrema responsabilidade, competência e eficiência, sobretudo, em estrita observância dos salutares princípios da ética, moral, legalidade, transparência e dignidade, que devem imperar na administração pública séria e voltada exclusivamente para a satisfação das necessidades públicas e do bem comum, com embargo dos conchavos e das maracutaias que se sucedem às claras, normalmente visando ao atendimento de intesses pessoais e partidários, em evidente detrimento das causas nacionais. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 24 de novembro de 2015

Consciência e responsabilidade?


A presidente da República afirmou, pasmem, que a recriação da CPMF seria um estímulo à economia, e não um tributo para  elevar as despesas públicas: "Aumento de imposto não é para gastar mais, é para crescer mais", tendo feito avaliação otimista sobre a situação política do Brasil, ao considerar que o governo tem conseguido recompor a base aliada. 
Ela disse que "Nós do governo avaliamos que temos maioria. Em alguns casos, a maioria é bem confortável e, em outros casos, a maioria está mais apertada. Mas temos maioria".  Na ocasião, ela defendeu a permanência do ministro da Fazenda no governo.
A presidente considera que "a situação política no Brasil está cada dia se normalizando mais".
Em seguida, a petista voltou a defender a aprovação de medidas fiscais no Congresso Nacional, para melhorar as condições da economia brasileira, ao afirmar que "Nós fizemos um grande esforço de reequilíbrio fiscal que, além de todas as medidas de redução de despesas que já tomamos, agora vai requerer de nós, no Brasil, a consciência e a responsabilidade para aprovar a CPMF". A presidente ressaltou que o tema deverá ser mais discutido pelo governo com a opinião pública, prefeitos, governadores e a sociedade. 
A petista ressaltou que "Essa é uma questão fundamental para o Brasil se ancorar, se estabilizar e ter condições de acelerar o processo de saída da crise. Portanto, eu acredito que o Brasil vai ter nesse momento de enfrentar esse fato. É fundamental que se aprove a CPMF". 
Considerando a forma de total desprezo ao princípio da economicidade, quando ela deveria ter primado pela parcimônia na realização das despesas, as declarações em apreço saltam às raias do absurdo, porque é muito fácil gastar desmedidamente e depois apresentar a fatura para os tolos dos contribuintes liquidá-la, sob a alegação de que o dinheiro do tributo "não é para gastar mais", mas os brasileiros sabem que é para tapar os rombos das contas públicas.
Não passa de falácia a alegação da presidente de que a ressuscitação da CPMF servirá como estímulo à economia e não será mais um tributo para elevar as despesas públicas, quando, na verdade, essa desprezível contribuição tem a finalidade de tapar buraco nas contas públicas, criado justamente por quem não tem a sensibilidade de assumir a responsabilidade pelo estrago causado nos orçamentos, que foram brutalmente ignorados, em razão da inobservância dos limites prudenciais previstos nas Leis de Responsabilidade Fiscal e de Diretrizes Orçamentárias.
Também não é verdade que o governo fez “grande esforço de reequilíbrio fiscal” com a “redução de despesas”, quando, até agora os três mil cargos comissionados continuam intatos e as 30 secretarias não foram mexidas, ou seja, dos R$ 200 milhões prometidos para redução por parte do governo, pouquíssimo foi realizado, enquanto a CPMF tem previsão de arrecadação dos contribuintes de mais de R$ 30 milhões.
          Causa perplexidade o governo pretender e exigir, agora, "consciência e responsabilidade para aprovar a CMPF", quando já houve os desmandos na gestão dos recursos públicos, que foram gastos sem a devida observância dos salutares princípios da conscientização e da responsabilidade públicas, conforme evidenciam os fatos razão da absurda recriação desse horroroso tributo, que a própria presidente, em entrevista concedida ainda no seu primeiro mandato, posicionou-se contrariamente a ele, por entender que os recursos arrecadados para a saúde não tiveram a aplicação prevista na legislação de regência.
          Se a presidente tivesse minimamente preocupada com o crescimento do país, não teria gastado tanto para se reeleger e pôr o país na recessão, permitindo que a economia chegasse aos frangalhos atuais, fruto da incompetência administrativa, cujo ônus ela, sem o menor pudor, repassa para os brasileiros, sob a forma cruel de mais tributo.
Os brasileiros precisam se conscientizar sobre os malefícios da continuidade desse governo, que, de tanta enganação e irresponsabilidade, ainda fica com essa tentativa de recriação de tributo abominável pela sociedade, quando a carga tributária já passou, há muito tempo, do limite do suportável, mas a insensibilidade do governo só pensa em mais sacrifício para a população, sem que ele demonstre iniciativa para a redução de suas despesas, muitas quais sem a menor priorização.
Se este país fosse um pouco sério, o governo teria a sensatez de promover reforma tributária, para a drástica diminuição da sufocante carga dos tributos, e profundo enxugamento das despesas públicas, uma vez que a gastança do governo é responsável pelo rombo nas contas públicas.
A presidente poderia ser um pouquinho sensível para perceber que seu governo já se exauriu, à vista estrondosa desaprovação dela pelos brasileiros, que supera os 70% das pessoas consultadas, que não suportam mais o peso da incompetência e da ineficiência na gestão dos recursos públicos, além da desmoralização dos princípios da administração pública.
É absolutamente induvidoso que, na atualidade, a mudança de governo funcionaria como grande contribuição para o crescimento do país e bem-estar dos brasileiros, ao invés da adoção de medida como a recriação da famigerada CPMF, que, como sempre acontece nesse governo, servirá apenas como paliativo na solução do sufoco das contas públicas, porque a causa da incompetência, no caso, é a gastança irresponsável, que, por certo, continuará normalmente, apenas com o sacrifício dos bestas dos contribuintes, que nada fazem para repudiar e exigir a mudança do insuportável e absurdo status quo, permitindo que a desordem e a bagunça na administração do país permaneçam imutáveis, para o desconforto dos brasileiros honrados e cônscios da sua responsabilidade cívica. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 24 de novembro de 2015

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Juventude desencaminhada?


O ex-presidente da República petista, ao participar do 3º Congresso da Juventude do PT, em Brasília, afirmou que é preciso empenho para defender o mandato da presidente do país, antes de se pensar em 2016 e 2018, e tirar o governo da agonia criada pela oposição.
Ele disse que “Temos que ajudar a companheira Dilma a sair da encalacrada que a oposição nos colocou depois das eleições. Eles não souberam perder.”.
Na ocasião, o petista disse que o partido pode fazer uma “surpresa” para aqueles que acham que o PT já acabou e que é fundamental que o partido se fortaleça ainda mais nas eleições do ano que vem, para garantir a continuidade do “projeto de poder. Não tem 2018, se a gente não tiver 2016. Nós precisamos construir 2016, precisamos ter candidatos onde puder ter candidato.”.
Como em um sonho de verdadeiro ditador, o ex-presidente afirmou que o “ideal” seria que um único partido pudesse governar tudo: “O ideal de um partido é que ele pudesse ganhar a presidente, 27 governadores, 81 senadores e 513 deputados, sem se aliar a ninguém. Seria maravilhoso.". Ele disse, porém, que isso é uma utopia e que é preciso aceitar o resultado das eleições e “construir a governabilidade. Entre a política e o sonho, entre o meu desejo ideológico partidário e o mundo real da política tem uma distância enorme”. 
O petista voltou a dizer que não se pode permitir “que ladrão fique chamando petista de ladrão” e fez defesa do ex-tesoureiro do PT, preso por suspeita de corrupção no esquema de propina da Petrobrás: “Quero saber se o dinheiro do PSDB foi buscado numa sacristia. Será que o Vaccari era burro e só ia no cofre sujo?”. Segundo ele, "o PSDB precisa provar o que fala" quando acusa a sigla de ter arrecadado dinheiro de forma corrupta para os cofres do partido e para financiar campanhas eleitorais.
O ex-presidente foi recebido aos gritos de “Lula guerreiro do povo brasileiro”.  Os petistas estenderam uma faixa em que se podia ler: "guerreiros do povo brasileiro", seguida de estampas de fotos estilizadas de petistas que se envolveram nos escândalos do mensalão e da Operação Lava-Jato, como o ex-ministro da Casa Civil (preso), do ex-presidente do PT, do ex-presidente da Câmara dos Deputados, todos condenados no mensalão, além dos dois ex-tesoureiros do partido que estão presos.
O apresentador do evento chegou a pedir: "Tá faltando homenagem para o guerreiro do povo brasileiro, gente, olha a faixa". E a plateia respondeu: "Dirceu, guerreiro do povo brasileiro".
Condenado e preso no mensalão e suspeito de ter sido beneficiado do esquema de corrupção da Petrobras, o ex-ministro da Casa Civil ganhou homenagens individuais, com sua foto estampada em uma faixa exclusiva com os dizeres "guerreiro da democracia".
Para o petista, há campanha "de setores da imprensa e da sociedade" para denegrir a imagem do PT e, por isso, criminalizam apenas as ações da legenda, como se ela fosse uma montanha de virtudes.
Embora negue, o petista quer a troca do chefe da equipe econômica do governo. Ele também defende, por evidente conveniência político-partidária, acordo de não agressão ao presidente da Câmara dos Deputados, que ainda tem o poder monocrático de deflagrar o processo de impeachment contra a presidente brasileira.
Ele enfatizou que "É preciso levantar a cabeça, mas não de arrogância, aquele levantar de cabeça de quem sabe o que quer, que tem razão e não vai permitir que eles destruam o nosso governo e o nosso partido", dando a entender que quem está destroçando e arruinando o país não é o governo petista e sim seres alienistas.
Na verdade, a oposição, mesmo que quisesse, não seria capaz de encalacrar a presidente do país com a extrema intensidade como ela competentemente conseguiu por suas próprias fraquezas, tendo atingido, graças ao seu modelo estapafúrdio e míope de governança se colocar em desgraça e enrascada, além de perder por completo os rumos da eficiência e da competência, que o petista, de forma leviana e irresponsável, procura encontrar, sem o mínimo de plausibilidade, o culpado de sempre para seus fracassos, ou seja, a oposição.
Essa velha e surrada mantra da incompetência já deveria ter sido sepultada há muito tempo, porquanto esse sentimento de inculpabilidade não tem mais cabimento na atualidade, porque os fatos são implacáveis contra os enganadores e velhacos na política, que somente sabem contabilizar suas virtudes, sem nunca aceitar suas fraquezas e incapacidades, imaginando que a ingenuidade atinge de forma generalizada os brasileiros, quando a evolução e as conquistas já ultrapassaram as barreiras circunscritas aos embusteiros que se acham os donos da verdade e da razão.
É lamentável que o maior líder do partido do governo persista com a disseminação de ideias absurdas e mirabolantes, como essa de se atribuir à oposição a desgraça da sua pupila, imaginando ao menos que seus seguidores fanatizados continuem acreditando nessas peripécias destrambelhadas, sem o menor cabimento, uma vez que somente os desmemoriados seriam capazes de não enxergar a realidade dos fatos, porque o ato de encalacrar a petista teve início com a criação dela pelo próprio ex-presidente, por extrema conveniência política para a facilitação de seu retorno ao poder, uma vez que ela já demonstrou incompetência para governar o país com as potencialidades do Brasil.
Por seu turno, não há a menor dúvida de que os brasileiros precisam repudiar, com o máximo de veemência, essa ideia absurda de o partido eleger todos os cargos, porque isso soa como a firme intenção de “cubanização” do Brasil, como forma de absoluta dominação do poder e de usurpação dos princípios democrático e republicano, certamente com prevalência do regime ditatorial pleno, em consonância com a evidente simpatia petista ao famigerado sistema comunista cubano.
          É bastante preocupante que partido político, modelo de péssima gestão e de descrédito, conforme comprovam as pesquisas, onde mais de setenta por cento dos brasileiros desaprovam o desempenho da presidente da República, consiga reunir juventude para ouvir o seu cacique dizer que a oposição é responsável pela desgraça dela, quando ela própria, fruto de suas políticas desastradas, não teve capacidade para evitar a trágica situação que se encontra o país.
O ex-presidente presta enorme desserviço à juventude, quando incute nas suas consciências que a presidente foi colocada em complicações por obra e graça da oposição, dando a entender que ela não teria cometido nenhuma falha, mas, ao contrário, foi induzida ao erro e prejudicada pela oposição.
Ele, como homem público importante, tem a obrigação de transmitir para a juventude, não só de seu partido, mensagem de sinceridade, verdade e honestidade, mostrando exatamente a realidade dos fatos acontecidos.
Também é muito triste que a juventude se reúna em congresso para enaltecer figuras de criminosos e bandidos, como verdadeiros heróis, quando muitos deles se encontram presos, justamente em razão de comprovada delinquência, pela prática de atos contrários à dignidade e à honestidade, sendo indignos de representar a sociedade, justamente por suas maldades.
Por sua vez, não parece nada decente o ex-presidente querer defender a ladroagem de que é acusado o partido, simplesmente acusando outro partido de também ser contumaz desonesto, por não ter conseguido seu dinheiro na sacristia de igreja, dando a entender que os partidos conseguem dinheiro todos do mesmo modo, só que, no caso dos recursos destinados ao PT não foi a oposição que disse qual tenha sido a sua origem espúria, mas sim delatores investigados pela Operação Lava-Jato, em depoimentos à Polícia Federal, ao Ministério Público e à Justiça Federal, todos uníssonos afirmando que se trata de dinheiro sujo, proveniente de contratos superfaturados celebrados pela Petrobras.
É extremamente preocupante que homem público importante não tenha dignidade para admitir a realidade dos fatos na administração do país e ainda tente incutir na mente da juventude situações completamente distorcidas, evitando dizer a verdade e assumir a responsabilidade pelos erros e falhas do governo, que são gravíssimas e prejudiciais aos interesses do país, dos brasileiros, inclusive da juventude, que ainda se dispõe a ouvir pessoa que tem sido, ultimamente, bastante questionada, diante de suas atitudes em dissonância com o sentimento de sinceridade.
A verdade é que os fatos falam por si sós e mostram exatamente que a oposição, diante da tragédia brasileira, é totalmente imaculada e imune a qualquer atitude que pudesse contribuir para a série de deslizes e malefícios na administração do país, salvo de ter sido absolutamente omissa, por sequer exigir competência na gestão dos recursos públicos, a exemplo do rombo nas contas públicas, contra o qual não existe nenhum ato da oposição, que é da sua competência, solicitando aos órgãos competentes o enquadramento da presidente do país no crime de responsabilidade fiscal, por ter infringido os limites prudenciais previstos nas Leis de Responsabilidade Fiscal e de Diretrizes Orçamentárias.
Ao que tudo indica, a sociedade conscientizada cansou de tantas mentiras e falsidades, engendradas com o propósito de desviar a atenção das dificuldades que grassam no país e agora ela perdeu de vez o gosto pela política, por verificar que o partido que foi muito importante para a construção da democracia, mesmo fazendo oposição cega e inconsequente, por ter se posicionado sempre contra tudo e todos e ainda sem refletir sobre suas atitudes, agora contribui, na pessoa de seu ex-presidente, que já foi pessoa respeitadíssima, para manchar a imagem do partido e do governo, que estão sendo estrangulados pelos próprios tentáculos, sempre em momentos deprimentes como esse, em que a juventude é levada a aplaudir pessoas desqualificadas que contribuíram para a morte moral do partido.
Causa enorme perplexidade para as pessoas honradas e dignas tomarem conhecimento que a juventude do PT, naturais futuros líderes do partido e representantes do povo, tenha se reunido com a presença da nata da agremiação, os verdadeiros caciques do partido, para, sem a menor cerimônia ou falta de escrúpulo, exaltarem exaustivamente figuras de correligionários como seus heróis, apesar de terem se envolvidos em escândalos de corrupção e foram condenados à prisão, diante da comprovação da prática de atos criminosos, causando danos ao patrimônio público, em evidente demonstração do nível dos futuros políticos petistas, que estão sendo incentivados pelas cabeças pensantes do partido a terem atitudes deprimentes e degradantes acerca de delinquentes de péssima reputação não somente para a juventude do país, mas para a sociedade em geral, porque se trata de modelo de degeneração e desconstrução dos princípios elevados de cidadania, que deveriam sim ser levados ao congresso da juventude, mas para mostrar exatamente o caminho contrário que ela teria que perseguir para se alcançar os patamares da dignidade e da honestidade, com os melhores propósitos para o progresso do conceito de democracia. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 23 de novembro de 2015