segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Roteiro adaptado


Na edição de 18 do corrente mês, o Correio Braziliense noticiou que a construção da sintonia política entre o Palácio do Buriti e a Câmara Legislativa do DF está sendo seriamente atrapalhada pela partilha dos cargos do GDF, que propiciou aos deputados distritais até da oposição, à exceção de apenas um, a nomeação de seus apadrinhados na administração do DF, não o suficiente, porém, para satisfazê-los nos seus interesses. Também foi noticiado que houve negociação para garantir a derrubada dos vetos às emendas, com a anuência do governador. Acerca desses fatos escabrosos, o presidente da Câmara Legislativa, que é do mesmo partido, mandou recado para o governador, dizendo que “Esta Casa tem o rito próprio, não é puxadinha do Buriti e vai cumprir seu papel debatendo os projetos antes de votá-los.”. Esses fatos falam por si sós e dão a exata dimensão do quanto a interferência vergonhosa de um Poder nos destinos de outro fere os salutares princípios da moralidade, da impessoalidade e da ética, além de escancarar a incoerência das promessas de campanha, no sentido de que nunca mais Brasília voltaria a conviver com as práticas sebosas de conchavos e as negociatas espúrias, com a exclusiva finalidade de “facilitar” a gestão distrital. A máscara desse governo não resistiu por muito tempo e foi por terra antes do Carnaval. O certo é que essa película é repetida, os atores são novatos e o Oscar vai para...   

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 27 de fevereiro de 2011

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