Pois bem,
mesmo que sejam comprovados indevidos maus-tratos ao mencionado político, não é
de bom tom que dirigentes de países estrangeiros fiquem se imiscuindo em
assuntos de interesse de outros, mesmo que o tema da crítica possa ter
pertinência, mas isso não vai ao caso, especialmente porque o assunto reforge à
sua competência institucional.
Acontece
que, nessas situações, devem ter prevalência a autonomia e a independência das
nações, sob a ótica do Direito Internacional, que, basicamente, estabelece que as
questões de cada país devem ser discutidas e solucionadas diretamente no âmbito
do país de origem.
Não
importa se os fatos evidenciam grave distorção de procedimentos, porque isso é
questão que dispensa comentário dos outros países, que precisam cuidar
exclusivamente dos seus problemas, deixando de se intrometer onde não têm
competência para agir, em absolutamente nada.
Na
verdade, essa forma indevida de intromissão nos assuntos de outros países tem o
condão de mostrar acentuada falta de princípios e civilidade, além de deixar
muito claro extremo desprezo às salutares regras inerentes à diplomacia
internacional, que são exigidas no relacionamento entre as nações amigas,
evoluídas e civilizadas.
A verdade
é que não tem o menor cabimento o mandatário norte-americano sair em defesa de
ex-presidente brasileiro, por não haver, nem mesmo minimamente, qualquer
fundamento plausível a justificar atitude visivelmente inadequada e
absolutamente injustificável, â luz dos saudáveis princípios de respeito às
comezinhas normas jurídicas.
Esperam-se
que o presidente dos Estados Unidos da América se conscientize de que ele pode
tudo, mas somente no âmbito do seu país, tendo a obrigação de permanecer
rigorosamente calado quando o assunto se vincular a outro país, quando a sua
intervenção constitui gravíssima violação às normas inerentes ao Direito
Internacional e à diplomacia.
Brasília,
em 8 de julho de 2025
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