“Recebi
com senso de responsabilidade a notícia da carta enviada pelo presidente Donald
J. Trump ao governo brasileiro, comunicando e justificando o aumento tarifário
de produtos brasileiros. Deixo claro meu respeito e admiração pelo Governo dos
Estados Unidos. A medida é resultado direto do afastamento do Brasil dos seus
compromissos históricos com a liberdade, o Estado de Direito e os valores que
sempre sustentaram nossa relação com o mundo livre. Isso jamais teria
acontecido sob o meu governo. Essa caça às bruxas - termo usado pelo próprio
presidente Trump - não é apenas contra mim. É contra milhões de brasileiros que
lutam por liberdade e se recusam a viver sob a sombra do autoritarismo. O que
está em jogo é a liberdade de expressão, de imprensa, de consciência e de
participação política. Conheço a firmeza e a coragem de Donald Trump na defesa
desses princípios. O Brasil caminha rapidamente para o isolamento e a vergonha
internacional. A escalada de abusos, censura e perseguição política precisam
parar. O alerta foi dado, e não há mais espaço para omissões. Peço aos Poderes
que ajam com urgência apresentando medidas para resgatar a normalidade
institucional. Ainda é possível salvar o Brasil.”.
Nos
esclarecimentos, o ex-presidente do país se refere a senso de responsabilidade,
ao ficar sabendo do tarifaço imposto ao Brasil pelo presidente norte-americano,
prejudicando direta e injustificadamente os brasileiros, fato este que só
demonstra a inexistência de total senso de responsabilidade, nessa lamentável
história.
É preciso
que esse delicado assunto seja tratado com muito cuidado e senso de honestidade,
responsabilidade e seriedade, porque quem foi punido, severamente penalizado, não
foi quem teria motivado a adoção dessa medida extremamente absurda, mas sim os
brasileiros, que dependem de emprego e mais produtos para exportação,
atividades estas que tendem à drástica redução por força do tarifaço de 50% nos
produtos exportados para aquele país.
Como ter
coragem para dizer que sente "respeito e admiração pelo Governo dos
Estados Unidos", quando ele foi completamente incapaz de punir
diretamente quem, no dizer da nota acima, causou o "afastamento do
Brasil dos seus compromissos históricos com a liberdade, o Estado de Direito e
os valores que sempre sustentaram nossa relação com o mundo livre",
porque nesse ponto ele estaria fazendo justiça aos acontecimentos, caso também ele
tivesse competência jurídica e jurisdicional, para assim proceder, que,
infelizmente, não tem.
A verdade
é que o presidente norte-americano não tem competência alguma para sancionar
diretamente quem ele entende que vem praticando atos arbitrários e abusivos,
que seria o normal, mas, de maneira simplória, equivocada e prejudicial, ele entende impor tarifaço que teve
por alvo a produção brasileira e os empregos de pais de família, fato este que
não têm qualquer liame com o senso de responsabilidade anunciado acima, porque
isso não condiz exatamente com o cerne das questões referentes às anunciadas
perseguições políticas.
Isso foi precisamente
o que teria motivada a adoção dessa insana medida, que ainda conta com o apoio
de quem não tem o mínimo senso de compreensão para a sua gravidade,
principalmente porque é evidente que a pesada sanção aos produtos brasileiros
não vai afetar em nada quem são responsáveis pelos chamados atos abusivos e
inconstitucionais, que vão continuar agindo tal e qual e tranquilamente como
antes no quartel de Abrantes, enquanto o país e os brasileiros deverão pagar
bem caro por crime que jamais cometeram.
Diante
dessa horrorosa situação que foi criada justamente na tentativa de contribuir
para ajudar o ex-presidente brasileiro a se desvencilhar dos casos que estão
sendo investigados, na Justiça, apelam-se no sentido que ele realmente tenha “senso
de responsabilidade” para refletir sobre a real gravidade dos prejuízos
causados aos brasileiros, principalmente envolvendo muitos pais de família, que
vão perder empregos diretamente por sua causa, porque a sanção de que se trata
não existiria não fossem as suas questões judiciais.
Sim, “ainda
é possível salvar o Brasil”, mas com o emprego exclusivamente de medidas
racionais, coerentes e compatíveis com a realidade dos fatos efetivamente
protagonizados, sem qualquer incidência de prejuízos à dinâmica da normalidade,
mas somente com a promoção de atos sobre o que realmente precisa ser saneado, à
luz dos princípios apropriados à plausibilidade capaz de justificá-las.
Ao
contrário disso, é suscitável o “senso de irresponsabilidade” diante da percepção
de tão desastrosas e incoerentes medidas, sem que não se tenha a mínima
sensibilidade para sequer tentar a mediação com vistas ao seu imediato saneamento,
mostrando os reais e visíveis danos causados aos brasileiros, na forma estapafúrdia
adotada, ante o disparate da nítida falta de lógica e racionalidade.
Ante o
exposto, apelam-se por que o ex-presidente brasileiro se digne a usar a
inteligência para serem encontrados, com urgência, mecanismos suficientemente
capazes de explicar ao presidente norte-americano que a medida adotada por ele não
resolve a sua situação com a Justiça, por não afetar absolutamente nada a quem age
na contramão dos princípios democráticos, deixando claro que ela somente
prejudica diretamente os brasileiros.
Brasília,
em 11 de julho de 2025
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