Essa
linda imagem da criança servindo de guia para a maratona atlética entre ela e a
mãe dele é muito expressiva para marcar a importante época em que a educação
dos filhos era prioritária, porque a lição era muito bem aprendida e funcionava
direitinho como forma de enaltecer os valores de cidadania, desde tenra idade.
Nessa
época, ninguém escapava do cipó, da correia de couro, da corda ou da varinha de
madeira, salvo se se tratasse de criança anormal, porque, do contrário, todas
elas estariam passíveis a esse momento desesperador, mas de extrema importância
para a formação essencial do homem, diante da possibilidade de se mostrar que o
erro verificado precisava ser imediatamente corrigido, como forma preventiva de
se evitar a sua reincidência.
Lá em
casa não tinha o salutar teste atlético nas ruas de Uiraúna, porque o palco do
alarido já estava preparado em casa, mesmo.
Lembro-me,
sem saudade, como se fosse hoje, que a saudosa mamãe Dalila não perdoava os
meus poucos deslises, embora eu fosse modelo de criança educada e cônscia dos
meus compromissos cívicos, por ter comportamento como respeitador das boas
normas de educação.
Não obstante,
vez por outra, quando a coisa passava, vamos dizer assim, do limite da
tolerância do respeito comportamental, ela me obrigava a ir buscar a corda que
ficava guardada atrás da mala dela, isto sim, pois o castigo começava com a
vítima sendo obrigada a pegar o instrumento da surra.
O tamanho
da pisa dependia muito do estado de disposição dela, mas toda surra tinha a sua
importância, porque as marcas da corda faziam questão de ficar expostas no
corpo, por bom tempo.
No meu
caso específico, não tenho a menor dúvida de que as pisas foram da maior
relevância, porque eu sempre fui o menino mais comportado de Uiraúna…, para não
dizer que tudo não passava do temor da terrível e malvada corda.
Kakaká
Brasília,
em 16 de julho de 2025
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