Em mensagem divulgada na internet, o último ex-presidente do país é
categórico em afirmar que querem destruí-lo tanto da vida pública como da vida
terrena, porque ele vem defendendo a liberdade dos brasileiros e denunciando as
injustiças, conforme o texto a seguir.
“O sistema nunca quis apenas me tirar do caminho. A verdade é mais
dura: querem me destruir por completo - eliminar fisicamente, como já tentaram
- para que possam, enfim, alcançar você. O cidadão comum. A sua liberdade. A
sua fé. A sua família. A sua forma de pensar. Sem que reste qualquer
possibilidade de reação. (...) Desde o início sou o principal obstáculo
entre eles e o que realmente desejam: o controle absoluto sobre a sua vida. Por
isso, mentem, censuram, prendem, distorcem, caluniam, perseguem, agridem -
sempre com a mesma narrativa: ‘pela democracia’. Mas qual democracia permite
apenas um lado falar, pensar e existir? Querem silenciar quem se opõe. E se não
podem calar com censura, tentam com ameaças, inquéritos, prisão ou até com a
morte. (...) Não luto por mim. Luto por algo muito maior. Luto pela
maioria esmagadora dos brasileiros que não se curvaram. Luto porque não aceito
ver o país escravizado por um sistema podre, sustentado por uma imprensa
comprada, por poucos juízes militantes e por políticos que sabem que é sua
última chance de implementar seu sonho ideológico nefasto neste país
maravilhoso. Enquanto Deus me der vida, estarei aqui. Em pé. Falando a verdade.
E lembrando que o Brasil não pertence ao sistema - pertence ao povo brasileiro.”.
No longo discurso da autoria do ex-presidente do país, há incontestável
verdade no sentido de que ele tem tentado ser, de fato e de direito, verdadeiro
obstáculo ao sistema dominante, conforme assim ele se expressa, exatamente por
ter sido capaz de brigar e agredir parte de seus integrantes, logo em momento quando
ele jamais podia fazê-lo.
Na ocasião, ele era o chefe do Executivo, com o especial revestimento da
titularidade de estadista, que precisava observar e cumprir estratégico ritual
previsto na cartilha dos deveres do presidente da República, que precisa
observar estrita liturgia exigida pelo relevante cargo.
Pois bem, é de sabença dos brasileiros que há dever expresso nessa carta
de princípios que o estadista precisa agir estritamente nos limites da sua
competência estabelecida para os cuidados especificamente quanto aos deveres
inerentes ao poder Executivo, entre os quais o que não pode se imiscuir nos
assuntos inerentes aos outros poderes da República, muito menos criticá-los nem
os agredir.
Não obstante, não foi exatamente isso o que realmente aconteceu no
governo dele, quando ele resolveu ignorar as salutares normas próprias do
estadista e ultrapassar os limites da sua competência institucional, para
criticar duramente, sem ter qualquer prova, a possível precariedade da
operacionalização do sistema eleitoral, sob acusação sobre fonte de fraudes, travando
assim insana e injustificada disputa agressiva e completamente incompatível com
as funções próprias do estadista.
É preciso se ressaltar que tais disputas de poder jamais deveriam ter
sido travadas entre autoridades de poderes diferentes, por envolver assunto que
o bom senso e a racionalidade recomendavam que ele poderia ter equacionado e
solucionado por iniciativa dele, por meio de instrumento de competência do
presidente da República, na forma de projeto de lei destinado ao normal
aperfeiçoamento do aludido sistema, não havendo a mínima necessidade das
críticas e agressões que tiveram o condão de suscitar a indesejável e
injustificável situação de beligerância tão bem descrita no longo discurso do
ex-presidente, dando a entender que ele é tão somente vítima inocente que vem
sendo indevidamente perseguido diuturnamente, com a finalidade de eliminá-lo da
vida, política e humana.
Convém ficar bastante cristalino que a rixa propositada e ingenuamente
alimentada pelo então presidente do país não é responsável apenas pelas
intensas perseguições alegadas por ele, na mensagem em apreço, mas também pelo
afastamento dele do poder, a partir justamente da compreensão por parte do
sistema, de que ele era e é sim forte obstáculo aos objetivos políticos de seus
opositores.
Na melhor concepção política, essa estratégia da continuidade de tentativa
de se passar apenas como vítima, de coitadinho que vem sendo perseguido sem
qualquer motivação, conforme o relato da mensagem em causa, precisa ser
urgentemente revista e repensada, para ele assumir, de vez e de maneira definitiva,
a culpa pela letárgica consciência de que houve sim gravíssimo erro tático de
se agredir, desnecessariamente, quem teve expertise para reagir
inteligentemente, ao seu modo, e combater com qualidade de competência para
subjugar completamente quem vive sendo perseguido, segundo mostra o resultado
afirmativo da mensagem que denuncia os maus-tratos, que é prova da deplorável
situação que foi criada insanamente por quem nunca deveria ter senão observado
religiosamente o sagrado dever do verdadeiro estadista.
O certo é que nada se aproveita ficar se lamuriando e se estrebuchando,
sem que não se interesse em se fazer exame de consciência sobre o que possa ter
sido feito de errado, de modo a se buscar a solução desse gravíssimo imbróglio,
sob pena se ficar eternamente só se lamentando, evidentemente como forma
pessoal de vitimização, que parece seja o que realmente interessa, como
propósito político.
Afinal de contas, considerando que o ex-presidente do país se diz o
principal obstáculo aos objetivos aos opositores dele, seria da maior
importância que ele, ao invés de ficar eternamente se queixando, tenha a
inteligência pensar grande, no sentido de rever o que realmente pode ter
contribuído para a deplorável situação, para que se tenha a humildade de
reconhecer o que realmente houve de errado, em forma de reconhecimento de culpa
e acerto de contas, levando-se em conta os interesses maiores do Brasil.
Brasília, em 14 de julho de 2025
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