terça-feira, 15 de julho de 2025

Audácia?

 

O governador de São Paulo demonstrou, publicamente, seu apoio ao último ex-presidente do país, tendo compartilhado a declaração do presidente dos EUA, que disse, in verbis: O único julgamento que deveria estar acontecendo é um julgamento pelos eleitores do Brasil. Deixem Bolsonaro em paz”.

Em reforço à mensagem do americano, o governador foi direto e solidário, dizendo Força, presidente! Tratamento terrível!”.

O gesto do governador foi visto como ato de coragem política em  momento em que muitos políticos silenciam, temerosos da intimidação institucional que predomina no país.

O governador foi além disso, tendo preferido a firmeza e a lealdade, que são virtudes inexistentes em muitos políticos brasileiros, tendo abandonado o discurso moderado diante do levante do presidente norte-americano, em defesa do ex-presidente brasileiro.

A verdade é que o governador paulista não costuma bater forte em ninguém, muito menos ao sistema ou em seus adversários políticos, visto que ele tem primado pela tolerâncias e diplomacia, na vida pública.

Por via de consequência, ele também nunca foi ameaçado ou incomodando pelo sistema, mas, ao contrário, ele foi sempre poupado e respeitado por seus adversários.

 

O governador de São Paulo se solidariza com o gesto de defesa do último ex-presidente brasileiro, que, segundo o presidente dos Estados Unidos da América, estaria sendo perseguido politicamente.

O texto fala que essa autoridade nunca foi ameaçada pelo sistema, tendo sempre sido poupado por ele.

A verdade é que a mudança de posição desse governador pode se tornar bastante perigosa, caso ele decida defender, com palavras, o seu padrinho político, em linha de crítica e acusação principalmente à corte maior do país, que demonstrou que rechaça com medidas duras quem desaprova as suas decisões.

Nesse caso, o governador estaria embarcando, como se diz no popular, em verdadeira canoa furada, porque o seu protetor político já foi sentenciado pelo sistema dominante como persona non grata e, nas atuais circunstâncias, ele nunca mais se elegerá a cargo político algum.

Certamente que o mesmo destino será reservado para quem igualmente criticar a atuação desse intocável sistema, que se coloca acima de tudo e de todos.

Conclui-se que o político que criticar a atuação do sistema, conforme enfático como fez o principal líder político da oposição, corre sim sério risco de não se eleger a cargo eletivo.

Brasília, em 15 de julho de 2025


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