sexta-feira, 21 de março de 2025

Combate à pandemia

 

Em mensagem que circula nas redes sociais, o último ex-presidente do país esclarece que “Nós lutamos e muito pelas pessoas, na pandemia. Fizemos de tudo para salvar vidas. Estivemos entre os primeiros a comprar vacinas. Mas tudo isso foi ignorado pela imprensa. Estamos focados em pessoas, não em fazermos propaganda.”.

Pode até ter havido muito empenho do governo para salvar vidas, mas não é verdade que o Brasil tenha sido um dos primeiros países a comprar vacinas, porque a demora de quase um mês para o começo da imunização comprova exatamente o contrário dessa assertiva, que se confirma com a dificuldade para a compra do produto, precisamente porque o Brasil demorou a reservá-lo, em forma de aquisição e, quando foi decidido pela compra dele, os estoques já estavam esgotados.

Isso demonstra incompetência do então governo, que ficou tanto tempo discutindo a garantia da vacina, que nunca foi dada pelo laboratório, a qual foi aceita mesmo assim, sem os cuidados que eram necessários e exigidos, como indispensável cautela de eficácia.

É preciso que fique muito claro que o desempenho do governo na pandemia do coronavírus ficou muito a desejar, principalmente na pessoa do então presidente do país, que se comportou de forma arredia às orientações do próprio governo, como o uso de máscaras e a falta da vacinação, além de muitas polêmicas criadas por ele, como ao dizer que quem tomasse vacina viraria jacaré, em questionamento sobre a eficácia dela, e que as pessoas que ficavam em casa, com medo do vírus, eram maricas, algo que não combinava muito bem com a liturgia do mandatário.

Além do mais, a maior gravidade mesmo ocorreu quando o presidente do país decidiu nomear para o comando do principal órgão responsável pelo combate à pandemia do coronavírus, pasmem, um general especializado em suprimentos militares, sem qualquer conhecimento de medicina nem de sanitarismo, como era de se esperar, em se tratando de gravíssima crise que assolava a saúde pública, mas nada disso foi levado em consideração.

Na ocasião, o presidente queria no comando do Ministério da Saúde pessoa que ele pudesse mandar, manipular e dizer exatamente o que deveria ser feito, sob a orientação dele, embora ele também fosse leigo em medicina, mas ficava dizendo o que precisava ser feito ou não naquela órgão e o resultado é o que todos sabemos.

Ou seja, o resultado da ópera foi que morreram mais de 700 mil brasileiros, na mais grave crise da saúde pública, desastradamente combatida por bando de pessoas inexperientes e insensíveis, que mereceram muitos cognomes desde incompetência a negacionistas e até mesmo de genocidas.

Enfim, é preciso se reconhecer que o governo fez apenas o necessário, não tendo faltado o necessário para o combate ao Covid-19, mas, em se tratando de crise severa da saúde pública, era precisa ser feito muito mais, além das medidas básicas, mas em forma extraordinária de empenho e seriedade nas atividades destinadas ao combate ao vírus.

Em resumo, o desempenho do governo no combate à pandemia do coronavírus foi medido exatamente pela gigantesca quantidade de mais de 700 mil mortes e estrondosa rejeição ao então presidente do país, que realmente deixou de fazer muito além do que ele fez e de bem melhor qualidade, que certamente poderia realmente ter contribuído para salvar muito mais vidas.

Brasília, em 18 de março de 2025

Nenhum comentário:

Postar um comentário