Em mensagem que circula nas redes sociais, o último ex-presidente do
país esclarece que “Nós lutamos e muito pelas pessoas, na pandemia. Fizemos
de tudo para salvar vidas. Estivemos entre os primeiros a comprar vacinas. Mas
tudo isso foi ignorado pela imprensa. Estamos focados em pessoas, não em fazermos
propaganda.”.
Pode até ter havido muito empenho do governo para salvar vidas, mas não
é verdade que o Brasil tenha sido um dos primeiros países a comprar vacinas,
porque a demora de quase um mês para o começo da imunização comprova exatamente
o contrário dessa assertiva, que se confirma com a dificuldade para a compra do
produto, precisamente porque o Brasil demorou a reservá-lo, em forma de
aquisição e, quando foi decidido pela compra dele, os estoques já estavam
esgotados.
Isso demonstra incompetência do então governo, que ficou tanto tempo
discutindo a garantia da vacina, que nunca foi dada pelo laboratório, a qual foi
aceita mesmo assim, sem os cuidados que eram necessários e exigidos, como
indispensável cautela de eficácia.
É preciso que fique muito claro que o desempenho do governo na pandemia
do coronavírus ficou muito a desejar, principalmente na pessoa do então
presidente do país, que se comportou de forma arredia às orientações do próprio
governo, como o uso de máscaras e a falta da vacinação, além de muitas
polêmicas criadas por ele, como ao dizer que quem tomasse vacina viraria
jacaré, em questionamento sobre a eficácia dela, e que as pessoas que ficavam
em casa, com medo do vírus, eram maricas, algo que não combinava muito bem com
a liturgia do mandatário.
Além do mais, a maior gravidade mesmo ocorreu quando o presidente do
país decidiu nomear para o comando do principal órgão responsável pelo combate à
pandemia do coronavírus, pasmem, um general especializado em suprimentos
militares, sem qualquer conhecimento de medicina nem de sanitarismo, como era
de se esperar, em se tratando de gravíssima crise que assolava a saúde pública,
mas nada disso foi levado em consideração.
Na ocasião, o presidente queria no comando do Ministério da Saúde pessoa
que ele pudesse mandar, manipular e dizer exatamente o que deveria ser feito,
sob a orientação dele, embora ele também fosse leigo em medicina, mas ficava dizendo
o que precisava ser feito ou não naquela órgão e o resultado é o que todos
sabemos.
Ou seja, o resultado da ópera foi que morreram mais de 700 mil
brasileiros, na mais grave crise da saúde pública, desastradamente combatida por
bando de pessoas inexperientes e insensíveis, que mereceram muitos cognomes desde
incompetência a negacionistas e até mesmo de genocidas.
Enfim, é preciso se reconhecer que o governo fez apenas o necessário,
não tendo faltado o necessário para o combate ao Covid-19, mas, em se tratando
de crise severa da saúde pública, era precisa ser feito muito mais, além das
medidas básicas, mas em forma extraordinária de empenho e seriedade nas
atividades destinadas ao combate ao vírus.
Em resumo, o desempenho do governo no combate à pandemia do coronavírus foi
medido exatamente pela gigantesca quantidade de mais de 700 mil mortes e
estrondosa rejeição ao então presidente do país, que realmente deixou de fazer
muito além do que ele fez e de bem melhor qualidade, que certamente poderia
realmente ter contribuído para salvar muito mais vidas.
Brasília, em 18 de março de 2025
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