Diane de texto da minha lavra, em que mostrei meu sentimento de muito
amor ao casarão do sítio Canadá, o ilustre poeta Vandenildo Oliveira escreveu
importante poesia, sugerindo a transformação desse sagrado sobrado em museu,
conforme o texto a seguir:
“Que maravilhosa visita
Numa fazenda bonita
Que tem história no sertão,
O casarão do Canadá
O município deveria tombar
E fazer toda manutenção
Talvez transformar num museu
Pra quem ainda não conheceu
Contar com esse privilégio,
Pra essa geração nova
Ser até matéria de prova
Para os estudantes do colégio
Saber a história dos ancestrais
Como Viveram nossos pais
Que foram a base pra hoje em dia,
Eles que contruiram tudo isso
Com amor e sacrifício
Que naquele tempo existia (...).”.
Admirável irmão poeta Vandenildo, na qualidade de penitente escriba,
tenho demonstrado ser intransigente defensor, repita-se, com unhas e dentes, de
muitas ideias construtivas de cunho cultural para serem implementadas na
querida Uiraúna.
No caso da sua brilhante ideia, confesso que já tive, há muito tempo,
esse desejo de transformar o casarão do Canadá como patrimônio cultural e
imaterial de Uiraúna, por se tratar de imóvel extremamente especial que
representa, distante do centro urbano, obra urbanística singular da arquitetura
rural, com qualidades que realmente impressionam por suas beleza e imponência,
figurando entre poucos imóveis do município que exigem a devida preservação,
com todo respeito ao nobre proprietário dele, o respeitável professor Teodoro
Figueiredo, visto que isso condiz sim com o interesse direto da sociedade, que
sei perfeitamente do seu sentimento de valorização dos bens culturais da
cidade.
Esclareço, por oportuno, que sempre me mantive em silêncio acerca disso e
somente agora me manifesto, por questão de ética, por eu ser pessoa fidagal
ligada ao casarão e poderia não ser interpretada a minha sugestão com os olhos
de quem prima estritamente pela materialidade cultural, para os exclusivos bem e
interesse da comunidade.
Mas agora penso que me sinto despojado desse sentimento, por fazer bem
me associar e me solidarizar com esse projeto magnífico de transformação do
casarão do Canadá em museu municipal, onde, quem sabe, se fosse permitido, eu
colocar um dos meus livros junto dele (brincadeira), à vista de que eu, o escriba
que mais ama Uiraúna, nasceu logo ali, no primeiro quartinho à direita da
frente dele.
Certamente que tudo isso seria grande honra para Uiraúna, mas se trata,
segundo penso, apenas de brilhante ideia, que nunca será transformada em
realidade, em razão dos interesses envolvidos e também da falta deles.
Enfim, deixo registrado o meu irrestrito apoio à magnífica sugestão do
nobre poeta uiraunense, Vandenildo Oliveira, e me coloco à disposição para
contribuir no que forem possível e impossível para a materialização de tão
importante projeto de cunho verdadeiramente cultural para Uiraúna.
Brasília, em 25 de março de 2025
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