sábado, 23 de abril de 2011

Decadência do futebol

A situação atual do time do Botafogo é crítica e bastante preocupante, em especial porque denota instabilidade e inconsistência visíveis, quase generalizadas de seu elenco, que não consegue entrosamento suficiente e necessário para conquistar confiança e se firmar diante de seus opositores. Inexplicavelmente, os seus dirigentes abdicaram da grandeza histórica do clube, ao contratarem atletas de pouca ou nenhuma qualificação futebolística à altura dos interesses botafoguenses, contrariando a sua costumeira tradição, de memoráveis e felizes lembranças. Nos seus áureos tempos, os atletas, por si sós, inspiravam natural respeito aos times adversários, não importando a sua tradição. Tudo isso acabou e somente a sua fama é incapaz de intimidar sequer os times considerados pequenos, que o encaram de igual para igual e estão até levando vantagem, com alguma facilidade, ou seja, o apequenamento do Fogão é dura realidade e aconteceu de repente. Agora, quando consegue, ganha às duras penas dos times de pouca relevância no cenário nacional. As nítidas descaracterização e decadência do atual esquete alvinegro são muito graves, conforme comprovam os resultados obtidos desde o início desta temporada, deixando os seus admiradores aflitos e sem esperança quanto à recuperação no curto prazo, ante a timidez do plantel que não garante melhoras em relação ao estágio em que se encontra. Na realidade, a autoestima do botafoguense, no momento, está comparável à dos moradores de Fukushima/Japão, ou seja, no nível mínimo tolerável pela Organização Mundial de Saúde e em sinal permanente de alerta. É preciso tirar proveito das recentes e frustradas lições, onde as contratações não renderam os benefícios almejados. Consequentemente, urge a óbvia correção de rumos, com a reconstrução dos objetivos de vitórias e de títulos, necessitando, para tanto, da contratação e da renovação de, pelo menos, 85% do elenco, mas, desde que sejam com jogadores de qualificação e de talento reconhecidos, em efetivas condições de defender e honrar condignamente a tradição do sempre Glorioso.

ANTONIO ADALMIR FERNANDES                           

Brasília, em 23 de abril de 2011

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