quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

A educação brasileira!

 

Em mensagem que circula nas redes sociais, uma pessoa transcreveu ideia atribuída ao patrona da educação brasileira, vazada nestes termos, verbis: “Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades  para a sua própria produção ou a sua construção.”.

Como se vê, tamanha “sabedoria” é capaz de enfiar na cabeça de pessoas que nem precisa ter conhecimento para se produzir, mas apenas possibilidade se produzir, mostrando com isso a insignificância material do ensino, que serve tão somente como viabilidade, ou seja, ensinar pode ensejar, na acepção de notório educador, acontecimento que pode vir a se materializar, sem objetivamente precisar passar conhecimentos.

Ou seja, na compreensão dessa mirabolante filosofia, que é acolhida por seus seguidores e defensores, o ensino tem a mera significância de criação de condições para a construção de algo, em clara negação da afirmatividade do verdadeiro sentido de ensinar, que tem no seu bojo a importância do transmitir conhecimentos, de maneira efetiva, objetiva e contundente.    

Isso parece ser exatamente a razão pela qual a educação brasileira progride ao inverso do seu desiderato, que é promover sabedoria e conhecimentos, com o verdadeiro emprego de métodos científicos próprios da educação em todos os seus propósitos, sem rodeios nem expectativa para a criação de possibilidades, mas sim de efetividade, na busca do saber e do conhecimento.

O que se tem de conhecimento real é que o Brasil fica sempre nas últimas posições, nos índices de avaliação quanto aos quesitos inerentes à educação mundial, justamente porque importantes, cuja crença é orientada por   mentes inspiradas em pessoa que é patrono da educação brasileira, que tem por sedimento cultural o não ensinar conhecimentos, ou seja, que é preciso haver perspectiva para a produção ou a construção de algo, mesmo sem conhecimentos científicos.

Trata-se, à toda evidência, de ideia retrógrada que se harmoniza precisamente com o imaginado para a leseira de um povo que se conforma com cristalinos princípios da burrice, por se contentar com ideias que não levam a lugar algum do ansiado  progresso da educação e muito menos do conhecimento científico e tecnológico.

A maior tristeza é se saber que ideia absurda como essa cabe perfeitamente na mente logo de quem tem a importante incumbência de educar e ensina conhecimentos, que são considerados dispensáveis para a própria evolução da humanidade.

A concordância com tese tão contraditória e inexplicável tem tudo com a gritante falta dos desejáveis avanços culturais brasileiros, exatamente nenhum, conforme mostram os dados históricos da monstruosa educação brasileira, que são pródigos nos seus resultados negativamente compatíveis com a educação e o ensino das piores nações, que não se envergonham de figurarem na lista dos deploráveis desempenho, em termos de conhecimentos e saberes.

O certo mesmo é que o Brasil é o país que se tornou vergonha do mundo, em termos de educação e certamente de conhecimentos científicos e tecnológicos,  graças à relativação de ideologia das trevas aplicada no ensino, que se baseia em princípios contrários à evolução das técnicas científicas e tecnológicas.

É evidente que o povo tem o ensino e a educação que bem merece, quando se eleva espontaneamente a inteligência de seus doutrinadores de categoria inferior ao patamar da genialidade transcendental, a ponto do merecimento de patrono da educação de país com a grandeza do Brasil, que é paupérrimo comparável aos princípios de conhecimentos pela própria natureza, conforme mostram todas as estatísticas históricas da educação.

A verdade é que esse deplorável marco da educação tem a aceitação massiva e passiva da sociedade, que nada faz em contrário, em forma de reação à indecência do péssimo ensino, de modo a se exigir respeito à qualidade da educação e urgente e radical mudança dos métodos do ensino e da educação brasileiros.

Urge que haja verdadeira revolução cultural, nascida nas bases da sociedade, com específica exigência pela plena reformulação da educação e do ensino brasileiros, tendo por base a melhor experiência das nações evoluídas no emprego dessas áreas, que se desenvolveram a partir da valorização da educação e dos princípios do ensino de qualidade, evidentemente com desprezo às ideologias do atraso e da involução, que somente contribuem para materialização da pobreza cultural do povo, como assim tem sido verificado no Brasil, de maneira absolutamente incontestável, à vista dos resultados negativos de avaliação mundial do ensino e da educação.

Brasília, em 4 de dezembro de 2024

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