Em mensagem que circula nas redes sociais, uma pessoa transcreveu ideia
atribuída ao patrona da educação brasileira, vazada nestes termos, verbis:
“Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção.”.
Como se vê, tamanha “sabedoria” é capaz de enfiar na cabeça de pessoas
que nem precisa ter conhecimento para se produzir, mas apenas possibilidade se
produzir, mostrando com isso a insignificância material do ensino, que serve
tão somente como viabilidade, ou seja, ensinar pode ensejar, na acepção de
notório educador, acontecimento que pode vir a se materializar, sem
objetivamente precisar passar conhecimentos.
Ou seja, na compreensão dessa mirabolante filosofia, que é acolhida por
seus seguidores e defensores, o ensino tem a mera significância de criação de condições
para a construção de algo, em clara negação da afirmatividade do verdadeiro
sentido de ensinar, que tem no seu bojo a importância do transmitir
conhecimentos, de maneira efetiva, objetiva e contundente.
Isso parece ser exatamente a razão pela qual a educação brasileira
progride ao inverso do seu desiderato, que é promover sabedoria e conhecimentos,
com o verdadeiro emprego de métodos científicos próprios da educação em todos
os seus propósitos, sem rodeios nem expectativa para a criação de
possibilidades, mas sim de efetividade, na busca do saber e do conhecimento.
O que se tem de conhecimento real é que o Brasil fica sempre nas últimas
posições, nos índices de avaliação quanto aos quesitos inerentes à educação
mundial, justamente porque importantes, cuja crença é orientada por mentes inspiradas
em pessoa que é patrono da educação brasileira, que tem por sedimento cultural o
não ensinar conhecimentos, ou seja, que é preciso haver perspectiva para a produção
ou a construção de algo, mesmo sem conhecimentos científicos.
Trata-se, à toda evidência, de ideia retrógrada que se harmoniza
precisamente com o imaginado para a leseira de um povo que se conforma com cristalinos
princípios da burrice, por se contentar com ideias que não levam a lugar algum
do ansiado progresso da educação e muito
menos do conhecimento científico e tecnológico.
A maior tristeza é se saber que ideia absurda como essa cabe
perfeitamente na mente logo de quem tem a importante incumbência de educar e
ensina conhecimentos, que são considerados dispensáveis para a própria evolução
da humanidade.
A concordância com tese tão contraditória e inexplicável tem tudo com a
gritante falta dos desejáveis avanços culturais brasileiros, exatamente nenhum,
conforme mostram os dados históricos da monstruosa educação brasileira, que são
pródigos nos seus resultados negativamente compatíveis com a educação e o
ensino das piores nações, que não se envergonham de figurarem na lista dos
deploráveis desempenho, em termos de conhecimentos e saberes.
O certo mesmo é que o Brasil é o país que se tornou vergonha do mundo,
em termos de educação e certamente de conhecimentos científicos e tecnológicos,
graças à relativação de ideologia das
trevas aplicada no ensino, que se baseia em princípios contrários à evolução
das técnicas científicas e tecnológicas.
É evidente que o povo tem o ensino e a educação que bem merece, quando
se eleva espontaneamente a inteligência de seus doutrinadores de categoria
inferior ao patamar da genialidade transcendental, a ponto do merecimento de
patrono da educação de país com a grandeza do Brasil, que é paupérrimo comparável
aos princípios de conhecimentos pela própria natureza, conforme mostram todas
as estatísticas históricas da educação.
A verdade é que esse deplorável marco da educação tem a aceitação massiva
e passiva da sociedade, que nada faz em contrário, em forma de reação à
indecência do péssimo ensino, de modo a se exigir respeito à qualidade da educação
e urgente e radical mudança dos métodos do ensino e da educação brasileiros.
Urge que haja verdadeira revolução cultural, nascida nas bases da
sociedade, com específica exigência pela plena reformulação da educação e do
ensino brasileiros, tendo por base a melhor experiência das nações evoluídas no
emprego dessas áreas, que se desenvolveram a partir da valorização da educação
e dos princípios do ensino de qualidade, evidentemente com desprezo às
ideologias do atraso e da involução, que somente contribuem para materialização
da pobreza cultural do povo, como assim tem sido verificado no Brasil, de
maneira absolutamente incontestável, à vista dos resultados negativos de
avaliação mundial do ensino e da educação.
Brasília, em 4 de dezembro de 2024
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