O último ex-presidente do país pretende retornar ao poder, mas para isso
ele conta com o apoio do presidente eleito dos Estados Unidos da América,
acreditando que ele poderá ajudá-lo por meio de sanções econômicas impostas ao
Brasil.
Estando proibido de se candidatar a cargos públicos eletivos, até 2030,
e ainda enfrentando acusações criminais por suposta participação em tramas de golpe
de Estado, o ex-presidente disse a importante jornal americano que vê a eleição
do republicano como verdadeira virada do jogo para seu futuro político.
Na avaliação do político brasileiro, "(omiti o nome) está de
volta, e é um sinal de que nós também voltaremos".
O ex-presidente do país pretende registrar sua candidatura antes da
votação de 2026, em que pese a proibição de se candidatar, de vez que ele
acredita na pressão que o futuro presidente norte-americano irá fazer sobre os
juízes brasileiros para atrasar a execução da decisão de 2023, em tempo
suficiente para concorrer ao pleito presidencial.
O político disse o seguinte: "Contanto que o tribunal eleitoral
não recuse meu registro, ele é válido. Eles podem simplesmente adiar o máximo
possível... até a eleição acabar.".
Por fim, questionado sobre a natureza de possíveis sanções dos EUA, o
ex-presidente do país mencionou as sanções de petróleo de Washington à
Venezuela.
Ele concluiu dizendo que "(omiti o nome) também tem se
preocupado muito com a Venezuela e discutiu comigo maneiras pelas quais podemos
devolvê-la à democracia".
Acredita-se que o ex-presidente brasileiro vive no mundo da lua, com
pensamento vagando no espaço, ao acreditar que o futuro presidente
norte-americano vai se empenhar ao máximo pela causa dele, inclusive com a
imposição de sanções econômicas ao Brasil, para forçar a mudança de
entendimento da Justiça brasileira sobre a inelegibilidade dele.
Ledo engano se pensar que aquela autoridade vai mover uma pena em favor
do político brasileiro, uma vez que se trata de caso pessoal, que não qualquer
correlação com interesses do Estado americano, ou seja, não faz o menor sentido
sancionar o Brasil, em termos econômicos, por mera causa pessoal, que não tem
qualquer ligação com os interesses daquele país, mesmo que o futuro presidente
daquele país seja amigo do brasileiro.
É preciso ficar muito claro que a volta do presidente norte-americano ao
cenário mundial não muda em nada a situação política do ex-presidente, e, por
via de consequência, seria de bom alvitre que ele não alimente esperanças no
sentido de que o sistema dominante vai se preocupar ou se sensibilizar com a
nova estrutura mundial.
Convém que o político brasileiro estude outros caminhos que possam levar
à sua candidatura ao Palácio do Planalto, diante da pouca consistência de que o
futuro presidente norte-americano tenha poder para influenciar no seu caso político,
que precisa ser resolvido exclusivamente no Brasil.
Brasília, em 5 de dezembro de 2024
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