Conforme notícia divulgada na mídia, o governo decidiu recolher e enviar
para o Tesouro Nacional as moedas que são jogadas, por turistas, no Espelho D’água
do Palácio da Alvorada.
A aludida decisão é algo que fere, entre outros, os princípios do bom
senso e da sensatez, uma vez que esse dinheiro vinha sendo recolhido e
destinado a instituição de caridade e assistência social, sendo convertido em
ação beneficente da maior legitimidade humanitária, em razão de se tratar de
origem popular.
Em princípio, não há, nem minimamente, qualquer fato a justificar
tamanhas irracionalidade e insensibilidade, por haver nisso clara demonstração
de desvirtuamento da finalidade pública, além de sequer haver necessidade para
tanto.
Isso, à toda evidência, caracteriza visível forma de apropriação
indevida, eis que o dinheiro é jogado na água, por visitantes à residência
presidencial, de maneira espontânea, a
título de alguma motivação pessoal, sem nenhuma vinculação com o serviço
público, que aproveita o ensejo para praticar ato desassociado das atividades
próprias das funções públicas.
Diante dessa nítida estupidez, evidentemente por parte do governo,
cobra-se vergonha e dignidade dos visitantes ao Palácio da Alvorada,
brasileiros e estrangeiros, para que evitem jogar moedas no Espelho D'água,
como demonstração de protesto e repúdio contrária à medida visivelmente esdrúxula
e recriminável, para que o autor de notória barbaridade perceba o tamanho da
medida ridícula e despropositada.
Brasília, em 23 de dezembro de 2024
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