segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

As moedas da Alvorada!

 

Conforme notícia divulgada na mídia, o governo decidiu recolher e enviar para o Tesouro Nacional as moedas que são jogadas, por turistas, no Espelho D’água do Palácio da Alvorada.

A aludida decisão é algo que fere, entre outros, os princípios do bom senso e da sensatez, uma vez que esse dinheiro vinha sendo recolhido e destinado a instituição de caridade e assistência social, sendo convertido em ação beneficente da maior legitimidade humanitária, em razão de se tratar de origem popular.

Em princípio, não há, nem minimamente, qualquer fato a justificar tamanhas irracionalidade e insensibilidade, por haver nisso clara demonstração de desvirtuamento da finalidade pública, além de sequer haver necessidade para tanto.

Isso, à toda evidência, caracteriza visível forma de apropriação indevida, eis que o dinheiro é jogado na água, por visitantes à residência presidencial,  de maneira espontânea, a título de alguma motivação pessoal, sem nenhuma vinculação com o serviço público, que aproveita o ensejo para praticar ato desassociado das atividades próprias das funções públicas.

Diante dessa nítida estupidez, evidentemente por parte do governo, cobra-se vergonha e dignidade dos visitantes ao Palácio da Alvorada, brasileiros e estrangeiros, para que evitem jogar moedas no Espelho D'água, como demonstração de protesto e repúdio contrária à medida visivelmente esdrúxula e recriminável, para que o autor de notória barbaridade perceba o tamanho da medida ridícula e despropositada.

Brasília, em 23 de dezembro de 2024

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