Em mensagem que circula pela internet, consta a notícia segundo a qual
um pequeno país europeu condicionou a perda do voto para habilitar o recebimento
de ajuda financeira do Estado, conforme texto a seguir.
“Interessante: Na Dinamarca, toda pessoa que recebe algum tipo de ajuda
social está inabilitada para votar. Desta forma evita-se que a cidadania se transforme
em clientelismo político e que votem cativamente. Compartilhe isso, se você quiser
que seu país consiga o mesmo.”.
Não há a menor dúvida de que a notícia em referência, à primeira vista,
pode até ser considerada bastante sugestiva, com os ares de sendo verdadeira a
evolução da civilização política na Dinamarca.
Sim, é possível até ser verdadeira a notícia de que, nesse país, quem
recebe ajuda financeira do Estado fica impedido de votar, mas é preciso muita
cautela para se avaliar essa forma de tratamento social naquela país, com
vistas à implantação de medida nesse sentido no Brasil, em face das peculiaridades
de cada país.
É preciso serem levadas em consideração as tremendas desigualdades
sociais, políticas e financeiras entre os dois países, visto que o Brasil é
país continental, com mais de 50 milhões da sua população de pouco mais de 200
milhões de pessoas dependentes dos programas sociais e financeiros do governo,
com a índole estritamente socialista, que tem como ideologia exatamente
assegurar o voto da população pobre e analfabeta por meia da assistência
financeira.
Ou seja, a ajuda financeira está praticamente vinculada às urnas, ao
voto da população carente e isso é fato da maior importância para as políticas
e ações do governo.
Ao contrário de tudo isso, a Dinamarca deve ter a população igual ou
inferior ao do menor estado brasileiro, com a população e os políticos todos
alfabetizados e conscientes sobre a verdadeira importância das finalidades
civilizatórias da administração pública e, de resto, dos objetivos positivos
das atividades políticas, em que a dependência social seja algo extremamente
insignificante, diante da diminuta quantidade das famílias carentes, que ficam
em situação de assistência por períodos apenas emergenciais.
Isto é, a dependência da ajuda financeira do estado tem por base tempo o
mínimo possível da dificuldade financeira, diferentemente de tudo o que
realmente acontece no país tupiniquim, em que a multidão de famintos e carentes
é basicamente crônica e perene, que morreria de fome sem a existência dos
programas sociais mantidos pelos governos, não importando a sua índole
ideológica.
Como se pode perceber facilmente, não se pode concluir como desejado
sobre questões sociais existentes entre os países fora do Brasil, com a maior
naturalidade, porque é preciso serem avaliadas as suas peculiaridades, que,
como visto, no caso, elas são gigantescas entre a Dinamarca e o Brasil e nem
precisa de esforço para se compreender isso.
Agora, não resta a menor dúvida de que urge se buscar solução para
problema da maior gravidade, que é o fato de os contribuintes terem o ônus
compulsório de sustentar milhões de pessoas, sem que para isso se encontre
qualquer justificativa plausível, apenas em razão da incompetência dos
governos, que nada fazem para se encontrar alternativa razoável e justa para
arranjar empregos para as pessoas.
Para tanto, poderiam ser aprovadas políticas de investimentos em
programas de desenvolvimento regional, com linhas de créditos e amplos incentivos
na industrialização e na produção, com vistas à expansão do emprego.
A verdade é que, se o país continuar a contar com a mediocridade dos
políticos, que são eleitos justamente, na sua grande maioria, por eleitores
carentes, analfabetos cultural e politicamente, o Brasil nunca será o país
civilizado e humanizado na forma do pensamento dos brasileiros que entendem
diferentemente do status quo, infelizmente.
Enfim, para que possa haver qualquer mudança na gestão pública, convém
que haja urgente conscientização dos políticos e da população sobre a
necessidade da evolução dos conceitos acerca das arcaicas e onerosas políticas sociais,
que têm sido verdadeiras formas de pesado e injustificável ônus para a
sociedade, diante da visível contribuição ao retrocesso e ao subdesenvolvimento
socioeconômico.
Brasília, em 13 de dezembro de 2024
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