sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Ajuda do Estado

 

Em mensagem que circula pela internet, consta a notícia segundo a qual um pequeno país europeu condicionou a perda do voto para habilitar o recebimento de ajuda financeira do Estado, conforme texto a seguir.

Interessante: Na Dinamarca, toda pessoa que recebe algum tipo de ajuda social está inabilitada para votar. Desta forma evita-se que a cidadania se transforme em clientelismo político e que votem cativamente. Compartilhe isso, se você quiser que seu país consiga o mesmo.”.

Não há a menor dúvida de que a notícia em referência, à primeira vista, pode até ser considerada bastante sugestiva, com os ares de sendo verdadeira a evolução da civilização política na Dinamarca.

Sim, é possível até ser verdadeira a notícia de que, nesse país, quem recebe ajuda financeira do Estado fica impedido de votar, mas é preciso muita cautela para se avaliar essa forma de tratamento social naquela país, com vistas à implantação de medida nesse sentido no Brasil, em face das peculiaridades de cada país.

É preciso serem levadas em consideração as tremendas desigualdades sociais, políticas e financeiras entre os dois países, visto que o Brasil é país continental, com mais de 50 milhões da sua população de pouco mais de 200 milhões de pessoas dependentes dos programas sociais e financeiros do governo, com a índole estritamente socialista, que tem como ideologia exatamente assegurar o voto da população pobre e analfabeta por meia da assistência financeira.

Ou seja, a ajuda financeira está praticamente vinculada às urnas, ao voto da população carente e isso é fato da maior importância para as políticas e ações do governo.

Ao contrário de tudo isso, a Dinamarca deve ter a população igual ou inferior ao do menor estado brasileiro, com a população e os políticos todos alfabetizados e conscientes sobre a verdadeira importância das finalidades civilizatórias da administração pública e, de resto, dos objetivos positivos das atividades políticas, em que a dependência social seja algo extremamente insignificante, diante da diminuta quantidade das famílias carentes, que ficam em situação de assistência por períodos apenas emergenciais.

Isto é, a dependência da ajuda financeira do estado tem por base tempo o mínimo possível da dificuldade financeira, diferentemente de tudo o que realmente acontece no país tupiniquim, em que a multidão de famintos e carentes é basicamente crônica e perene, que morreria de fome sem a existência dos programas sociais mantidos pelos governos, não importando a sua índole ideológica.

Como se pode perceber facilmente, não se pode concluir como desejado sobre questões sociais existentes entre os países fora do Brasil, com a maior naturalidade, porque é preciso serem avaliadas as suas peculiaridades, que, como visto, no caso, elas são gigantescas entre a Dinamarca e o Brasil e nem precisa de esforço para se compreender isso.

Agora, não resta a menor dúvida de que urge se buscar solução para problema da maior gravidade, que é o fato de os contribuintes terem o ônus compulsório de sustentar milhões de pessoas, sem que para isso se encontre qualquer justificativa plausível, apenas em razão da incompetência dos governos, que nada fazem para se encontrar alternativa razoável e justa para arranjar empregos para as pessoas.

Para tanto, poderiam ser aprovadas políticas de investimentos em programas de desenvolvimento regional, com linhas de créditos e amplos incentivos na industrialização e na produção, com vistas à expansão do emprego.

A verdade é que, se o país continuar a contar com a mediocridade dos políticos, que são eleitos justamente, na sua grande maioria, por eleitores carentes, analfabetos cultural e politicamente, o Brasil nunca será o país civilizado e humanizado na forma do pensamento dos brasileiros que entendem diferentemente do status quo, infelizmente.

Enfim, para que possa haver qualquer mudança na gestão pública, convém que haja urgente conscientização dos políticos e da população sobre a necessidade da evolução dos conceitos acerca das arcaicas e onerosas políticas sociais, que têm sido verdadeiras formas de pesado e injustificável ônus para a sociedade, diante da visível contribuição ao retrocesso e ao subdesenvolvimento socioeconômico.

Brasília, em 13 de dezembro de 2024

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