sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Intolerância

 

Desde os primórdios do mundo, tem sido princípio consagrado e aceito, com bom grado, o respeito mútuo entre as pessoas civilizadas e evoluídas, até mesmo como forma de valorização e respeito a si próprio, em especial tendo em conta a importância do ensinamento contido do brocardo segundo o qual não desejais aos outros o que não queres para ti.

Aliás, alegam-se que Jesus Cristo teria profetizado que “Pelos frutos conhecereis a árvore.”, isso serve como referência ao que as pessoas fazem e se mostram perante a sociedade.

Ou seja, nem tanto pelo discurso se conhece totalmente a qualidade do homem, mas depende muito das suas ações e atitudes e isso é o que as pessoas fazem, às vezes, sem o menor escrúpulo, constrangimento nem vergonha de evidenciar a sua índole de desejar a maldade ao próximo, mesmo que este seja criatura da pior espécie, porque ninguém tem competência para julgar, condenar nem desejar senão o melhor para o próximo, tendo em vista a sua estrutura de ser humano.

A disseminação do pensamento pode perfeitamente mostrar o nível de cultura, inteligência, amor, ódio, enfim, o sentimento de compaixão ou de vingança presente no coração da pessoa que realmente o tem, porque há gente que tem pedra no seu lugar, à vista de não compreender a grandeza humana da compaixão e do amor que devem existir entre si e o próximo.

Enfim, seria utópico se pretender que as pessoas se tornem civilizadas e conscientizadas para o amor, à vista do também sagrado princípio do livre-arbítrio, que é facultado a todos agirem segundo os seus instintivos de perversidade ou de amor, conforme a sua índole.

Infelizmente, se desejar o pior para o próximo é algo que deve satisfazer o instinto ideológico, que normalmente conduz ao sentimento de desamor aos adversários, como forma do merecimento do castigo da derrota política, que é algo próprio do sentimento de amor ao partido ou ao seu líder, em detrimento dos salutares princípios humanitários, justificando assim as atividades de irracionalidade e perseguição como algo simplesmente natural e satisfatório, porque, do contrário, ninguém se exporia em ser ridículo e antipático em desejar senão a bondade para o seu próximo.

Em conclusão, urge que as pessoas reflitam sobre a importância do amor como princípio de elevação do ser humano, conquanto o ódio e a vingança condigam apenas com a materialização da sua deformidade, como ser humano.

Brasília, em 28 de agosto de 2025

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