quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Publicação do meu 82º livro

 

É com o coração cheio de alegria que concluo mais uma obra literária, com a publicação do meu octogésimo segundo (82º) livro, cuja efeméride tem se tornado motivo de importante estímulo para o acréscimo de saudáveis energias que alimentam minhas fontes criadoras e inspiradoras, considerando que necessito delas para a continuidade das profícuas atividades de escrever textos sobre os múltiplos fatos da vida.

Neste livro, resolvi homenagear, com especial carinho, as minhas reminiscências sobre o saudoso velho açude de Uiraúna, Paraíba, em registro de histórias que guardo comigo e mostra um pouco da importância desse lugar que me marcou muito, à vista da minha vivência em maravilhosos momentos.

Entendo que essa forma de resgate da história diz muito com o carinho que demonstro, em forma de amor sobre o que senti e vivi, ainda como jovem que sempre participei ativamente das atividades proporcionadas pelo querido e saudoso açude.

Tenho o dever de agradecer a Deus, por eu memorizar algumas e importantes lembranças do extinto açude, que se transformaram em eternas saudades, dizendo que isso me faz muito feliz em ter vivido bons tempos no auge da sua existência.

Em coerência com a dedicatória do livro, a capa tem a fotografia de açude à semelhança do velho açude de Uiraúna, com a marca da homenagem e do amor que dedico a ele.

Transcrevo, a seguir, com eterno carinho, um pouco do meu sentimento de amor ao inesquecível açude.

                                      “DEDICATÓRIA

É com muita alegria que dedico este livro à memória do saudoso velho açude de Uiraúna, Paraíba, que foi centro de importantes e diversificados atrativos para a população, sendo também celeiro de muitos alimentos e farturas, nas suas cercanias.

Tenho lindas e eternas lembranças desse lugar sagrado que fazia a alegria do povo, principalmente nas épocas das chuvas, quando ele pegava muita água e enchia até sangrar e isso atraia a atenção das pessoa, por muito tempo.

Esse açude é rico de muitas histórias pitorescas, que atravessaram gerações, principalmente pela beleza do mar de águas que se avolumava ano após ano, mesmo que elas tivessem senão alguma serventia para a população, menos para se beber, pois ela padecia da poluição, diante da falta de adequado tratamento.

Quando o açude foi extinto, em definitivo, eu já estava em Brasília, mas a notícia da construção de outro açude, para substituí-lo, trouxe terrível tristeza para mim, tendo em conta que se tratava da morte de velha amizade que eu nutria no coração, mesmo sabendo que essa medida vinha em benefício do povo de Uiraúna, diante do fato de que o seu antigo manancial passaria a ser utilizado para o abastecimento de água potável para a população.

Lembro-me que, na época da estiagem, a população criava várias cacimbas, no leito do açude, para o uso da sua límpida água, que jorrava com bastante abundância.

Tem um fato que me impressionava sobremodo, que nunca me esqueci, por dizer respeito à “orquestra” superafinada composta de sapos e cururus, que competia (força de expressão) com a requintada banda sinfônica Jesus, Maria e José, quando, no inverno, os ensaios dessa orquestra noturna eram realizados toda noite, no açude, aos fundos da minha casa, e isso não tinha limite de som nem de resistência.

A verdade é que eu não sei o uso que foi dado à imensa extensão das terras do extinto açude, mas sei que eu ainda guardo marcas de muitas saudades das natações, dos pulos do balde e do cacimbão extinto nas águas, das alegres e movimentadas sangrias, dos jogos de futebol, dos passeios de canoa, das pescarias, das cacimbas, das brincadeiras nas suas terras e de tudo o mais que liga a minha infância ao velho açude, de eternas e lindas lembranças, que certamente enriqueceram os meus tempos de Uiraúna, até os meus dezessete anos.

Sei que a alegria e a felicidade invadem o meu coração, pela maravilhosa  oportunidade que tenho, agora, para dedicar este livro ao saudoso açude do padre, como assim ele era chamado, porque as suas terras pertenciam à igreja matriz Jesus, Maria e José.

Isso tem o condão de mostrar a pureza de sentimento que guardo das boas lembranças e do amor que permanecem em mim, pois foi junto ao querido açude que vivi importantes momentos da minha existência, em Uiraúna.

Enfim, agradeço muitíssimo a Deus, pelo usufruto das benesses proporcionadas pelo velho açude de Uiraúna, local abençoado que fez muito bem para a população, deixando enormes saudades...!”.

Brasília, em 13 de agosto de 2025

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