segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Intolerância?

 

A última ex-primeira-dama do país chamou o presidente do país de pinguço e cachaceiro, tendo afirmado que o último ex-presidente brasileiro, que se encontra inelegível, voltará à Presidência da República, em 2027, além de ter declarado que votar mais de uma vez em determinado partido é sinal de "burrice política".

Essa cidadã disse que "(...), não tem problema você ter votado uma vez no (omiti o nome do partido), mas votar duas, três já é burrice. Você precisa se libertar dessa burrice política".

Ela criticou o presidente do país, ao dizer que "O homem que corta o BPC (benefício de prestação continuada), um homem que tira a comida do prato, um homem que, por maldade, para o fornecimento de água para dizer 'Deus é tão bom que deixou o povo do Nordeste sem água para me trazer como salvador para trazer água para o povo'. Maldito. Pensamento maligno. Se autointitula o pai da pobreza e está trazendo as pessoas para a miséria. Nós não vamos mais aceitar essas falácias. Mentirosos. Cachaceiro. Pinguço. Irresponsável. É isso que ele é. Mas não tem problema, porque a lei da semeadura é para todos".

Ainda no seu discurso, a ex-primeira-dama disse que o ex-mandatário brasileiro é perseguido por desafiar o sistema dominante.

No geral, é muito fácil a percepção do despreparo e da inexperiência políticos da ex-primeira-dama, quando faz declarações horrorosas e absurdas, em forma de críticas ao principal opositor político ao seu marido, ao acusá-lo sobre os predicativos nefastos que até ele pode ter, evidentemente com o objetivo de se impingir forma de tentativa de denegrir a imagem do presidente do país, em situação visivelmente inadequada e absolutamente desnecessária,

Trata-se de demonstração de desrespeito à dignidade humana, que não condiz com a relevância de ex-primeira-dama, que precisa ter a compostura da sua dignidade, que não pode mostrar, em público, o seu sentimento de ódio e de vingança, na certeza de que tudo alegado por ela não tem a mínima relevância política, em termos de dividendos ao seu histórico, que somente evidência a falta de argumentos estruturante da consciência política de qualidade, que não condiz com o sentimento voltado para espezinhar, em forma proposital e direta de humilhação, os defeitos políticos de adversário, na vida pública.

O resumo do discurso traz o perfil extremamente maléfico da ex-primeira-dama, que se lança na vida pública com arsenal de argumentos muito definidos de perseguição aos calcanhares de seus inimigos políticos, mostrando que a sua linha política guarda absoluta sintonia com a do seu marido, que é também o de desafiar os adversários, que é algo nada aconselhável, em termos de modernidade política, por divergir da saudável linha da moderação, do diálogo construtivo e principalmente da compreensão objetivada em defesa das causas nacionais, evidentemente em distanciamento das brigas ideológicas tão prejudiciais aos interesses do Brasil.

Conforme a menção da ex-primeira-dama, ela reconhece que o seu marido é perseguido precisamente por ter desafiado o sistema, algo que ela poderia aproveitar como importante lição para fugir dessa prática tão maléfica e prejudicial não somente ao político, mas especial ao país, exatamente porque a desgraça do Brasil se deve atribuir aos recrimináveis embates desnecessários travados entre o então presidente do país e integrantes de outro poder da República, por questão meramente pessoal, em ingênua e infrutífera disputa de poder, possivelmente para se evidenciar forma de vitimização, como trunfo político, cujo resultado foi a derrocada dos projetos políticos dele e a colocação do Brasil no abismo que ele se encontra, sem a menor esperança de tão cedo sair dele.

À toda evidência, não fosse o injustificável desafio ao sistema, porque inútil e desnecessário, certamente que o Brasil não se encontrava, como de fato se encontra, atolado em profundo pantanal de precariedades, com as suas estruturas totalmente afetadas pelas incompetência, desorganização e decadência de toda ordem.

No momento de grave crise institucional, o discurso da ex-primeira-dama tem o condão de potencializá-la, quando as suas afirmações são visivelmente destinadas à provocação e à desestabilização políticas, diante das críticas absolutamente inconveniente, que contribuiria em muito para a paz e harmonia do seio político e elas tivessem sido evitadas.    

Enfim, somente resta aos verdadeiros brasileiros lamentarem que o fato de que o povo tem os representantes políticos que merece, diante da situação de que ambos têm a mesma mentalidade elevada ou medíocre, conforme as escolhas de preferência.

Brasília, em 18 de agosto de 2025

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