sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Humilhação?

 

O presidente brasileiro voltou a dizer que ainda não ligou para o presidente dos Estados Unidos da América por acreditar que um líder não deve se humilhar para outro. 

Ele disse que "Ah, o Lula tinha que ligar. Não. Sabe o que acontece? O Lula aprendeu a andar de cabeça erguida. Porque um homem que se respeita, que tem dignidade, não rasteja diante de outro homem. Então no dia que o Trump quiser conversar eu estarei pronto".

O governo mantém a estratégia segundo a qual o Brasil não deve se curvar aos EUA, por entender que o país não pode ser “subalterno” aos americanos.

O governo brasileiro aderiu à estratégia no sentido de usar o tarifaço para ampliar mercados comerciais, reforçando pontes, em especial, com países que também foram afetados pelas medidas americanas, a exemplo de Índia e China.

É preciso ficar muito claro que a questão relacionada com o tarifaço diz respeito diretamente ao Brasil, apenas cabendo ao homem político a incumbência de tratar das negociações comerciais cabíveis.

Ou seja, neste caso específico, não existe essa de respeito ou desrespeito ao homem, mas sim aos interesses do país que estão em jogo, cabendo o estadista ter a humildade de cuidar diretamente das questões pertinentes.

Convém que o presidente brasileiro tenha a dignidade de reconhecer que se trata de questão gravíssima, que exige extrema competência e responsabilidade para o Brasil agir, com a máximo de urgência e sem perda de tempo, diante dos altíssimos interesses nacionais envolvidos.

Infelizmente, por notório interesse político-partidário, o presidente brasileiro se esforça para se distanciar dos Estados Unidos e aproveita a crise justamente para justificar o seu desinteresse em negociar o afastamento do tarifaço, porque isso convém para o encaixe do afastamento do Brasil daquele país.

Para piorar esse deplorável quadro de notória incompetência, o governo resolveu fazer retaliação, tendo comunicado aos Estados Unidos que pretende fazer retaliação àquele país, à vista das medidas inerentes ao tarifaço, o que se pode antever que, se algo já estava ruim, a tendência é piorar ainda mais, com consequências extremamente imprevisíveis, diante da possibilidade da vinda de mais tarifas.

À toda evidência, essa maneira irresponsável e incompetente de agir, em desprezo aos melhores princípios de relações da diplomacia internacional,  certamente resultará em altíssimos prejuízos aos interesses não somente econômicos, mas também e principalmente de relacionamento entre duas nações de longínqua e construtiva amizade.

Ante o exposto, os verdadeiros brasileiros precisam exigir que o governo brasileiro se esforce para a negociação de medidas necessárias ao afastamento do tarifaço sobre os produtos importados pelo Brasil, sob pena de o presidente brasileiro vir a ser considerado culpado pelos prejuízos causados à economia abrasileira.     

Brasília, em 29 de agosto de 2025

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