Esse
importante desabafo, que certamente tem a concordância dos brasileiros, porque
os fatos denunciados dizem exatamente a deplorável situação vivenciada no
Brasil, mostrando o retrato fiel do que vem acontecendo.
Enquanto
muitos têm pouco ou nada, poucos têm muito e até mais do que eles merecem, à
vista das dificuldades econômicas do país.
Todo esse
gritante quadro de disparidade e discriminação social tem muito a ver com o
próprio povo, que tem a faca e o queijo na mão para selecionar seus
representantes políticos, tendo oportunidade para somente escolher aqueles que
demonstrem condições para trabalharem em defesa dos interesses da sociedade.
Os
eleitores precisam eliminar da vida política aqueles que estão preocupados
somente com seus projetos e as benesses propiciadas pelo poder.
No
desabafo, uma pessoa pergunta: “vocês acham isso normal?
A
resposta é muito simples: sim, porque os representantes políticos são eleitos
sem nenhum compromisso perante os eleitores e isso permite que eles tenham a
liberdade para fazerem o que normalmente fazem, ou seja, nada em benefício
senão deles mesmos, exatamente diante da desnecessidade de prestação de contas
sobre os seus atos, no exercício do mandato.
O certo é
que os eleitores precisam aprender a votar, no sentido de organizar pautas de
exigência para serem entregues aos candidatos, esclarecendo que o cumprimento
daquelas pode garantir a reeleição ou a eliminação deles, da vida pública.
Somente
assim, poderá haver interesse do político em valorizar os eleitores, diante da
certeza de que as exigências cumpridas são a garantia da continuidade na vida
política, porque, do contrário disso, pode significar o fim da linha, na
política, caso os eleitores realmente tiverem interesse em se organizar para
exigirem dos seus representantes a realização das suas necessidades, que
precisam ser acompanhadas com rigor.
Enfim,
têm toda pertinência os gritos da sociedade, com reclamação sobre o desprezo
dos políticos, em que eles estarem muito bem confortáveis no usufruto do
mandato, sempre na certeza da recondução ao mesmo cargo, porque eles sempre
confiam na fidelidade dos eleitores, que não se preocupam com a qualidade de
quem eles normalmente votam.
Apelam-se
por que os eleitores aprendam a votar, passando a exigir de seus candidatos
compromissos com os assuntos do seu interesse e isso precisa ficar muito bem
definido, como forma de reciprocidade, caso contrário, tudo continua como antes,
no quartel de Abrantes, com a promiscuidade política, sem nenhum compromisso
com os eleitores e continuidade na vida política, com apenas direito à
reclamação, como fazem agora, sem serem ouvidos e sem qualquer efeito prático.
Brasília,
em 24 de agosto de 2025
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