quarta-feira, 28 de março de 2012

Avante, seleção!

Conforme noticiam os meios de comunicação, o técnico da seleção brasileira de futebol foi parado pela blitz da Lei Seca, no Rio de Janeiro, tendo sido aprendida, na ocasião, a sua Carteira Nacional de Habilitação.  No momento da abordagem, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro. Em consequência, como penalidade, ele foi obrigado a pagar multa no valor de R$ 957,70, a levar sete pontos na carteira de habilitação e a ainda ser rebocado por outro motorista, por ter sido considerada gravíssima a infração em causa, à luz do Código de Trânsito Brasileiro. Em nota publicada em seu site, o técnico da seleção disse que estava vindo, acompanhado da mulher, de um encontro com amigos, quando foi abordado pela blitz. Todavia, ele não quis justificar o motivo pelo qual se recusou a fazer o teste do bafômetro, tendo apenas esclarecido que estava sem a Carteira Nacional de Habilitação. Na realidade, quem é responsável pelo comando da seleção Canarinha, ante a relevância que isso representa para desporto nacional, certamente não tem o direito de protagonizar cena pública de grave demérito como essa em comento, que resultou em sanções disciplinares por infringência à norma de trânsito, haja vista que isso demonstra evidente desleixo e falta de compromisso com a observância das leis do país, máxime porque a atitude em si contribui para subtrair a altivez moral do comandante, em claro prejuízo da sua autoridade, principalmente por não sido capaz de justificar o seu procedimento nada elegante. Um time de futebol dificilmente terá sucesso sendo dirigido por alguém que não prime pela seriedade e pelo respeito à ordem e à disciplina, porque o exemplo da boa conduta é fundamental para servir de lição de retidão e de instrumento indispensável para que seja possível se exigir total empenho dos jogadores. O certo é que a forma como a pessoa se comporta em público reflete diretamente no seu trabalho, podendo contribuir positiva ou negativamente no seu desempenho, conforme a maneira como isso é feito. A sociedade, recriminando a garfe em apreço, gostaria somente de aplaudir o verdadeiro bom-sendo do técnico da seleção brasileira de futebol quando as suas comemorações resultarem exclusivamente de vitórias do seu esquete sobre times de expressão, a partir de então tudo será permitido, inclusive encher a “cara”, exceto desrespeitar as normas de trânsito. Acorda, CBF!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 28 de março de 2012

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