sábado, 31 de março de 2012

Pensar o futuro

Não há dúvida alguma de que, historicamente, a índole do povo brasileiro sempre foi pacífica e de muita paz, porém é normal que parcela da sociedade objetive contrariar a ordem natural dos costumes, na tentativa de alterá-la para implantar ideias próprias, em consonância com interesses de grupos, de facção, sob a orientação socialista ou comunista, com a introdução de regime totalitário, contrário à liberdade de expressão, de pensamento e especial de propriedade, a chamada ditadura do proletariado, em pleno desrespeito aos princípios democráticos de direito, impondo limitação de poupança, investimentos e atividades empresariais privadas, princípios tais que se coadunam propriamente com atrasos da inteligência humana e com o subdesenvolvimento econômico, ficando à salvo a classe dominante, que teria as regalias, as mordomias palacianas e as riquezas do país, além do poder absoluto e do controle rigoroso sobre a sociedade, ditando suas regras de total restrição à livre iniciativa. Diante da iminência da implantação desse lamentável estado de violação da consciência dos brasileiros, em 31 de março de 1964, as Forças Armadas foram obrigadas a assumir as rédeas do país e ditar as regras visando ao restabelecimento da ordem e da tranquilidade pública. Era natural que a derrota desse plano maquiavélico suscitasse inconformismo por parte dos seus idealizadores, que, em seguida, se organizaram em grupos para a prática da violência, mediante sequestros de autoridades, explosão de bombas em quarteis e prédios públicos, assaltos a bancos, assassinatos e tantos outros atos terroristas intranquilizadores e ameaçadores à família brasileira. É evidente que a truculência de ambas as partes não tem justificativa, em razão das perdas humanas e da destruição de patrimônio, mas a liberdade existia normalmente para quem não investisse contra o regime, que não teve a inteligência suficiente para abreviar a sua vigência. Não se trata de celebrar a ditadura, que pecou bastante pela sua longevidade, excedendo em muito o exato cumprimento da missão delegada às Forças Armadas, mas não se pode deixar de reconhecer que a sua existência certamente evitou mal bem mais grave e bastante prejudicial aos princípios democráticos, porquanto não se sabe até quando o regime comunista poderia perdurar, com as consequências maléficas à sociedade. Outro lamentável erro é dizer que na ditadura havia muitas mortes, quando somente estariam passíveis a esse infortúnio aqueles que praticassem atos contrários ao regime, os insatisfeitos comunas, que também matavam pessoas da mesma forma, enquanto, hoje, a sociedade morre aos montes, sem se insurgir contra o governo, mas em face da deficiência da segurança pública, ficando a população desprotegida e intranquila, ante a evidente incapacidade do Estado de socorrê-la. Por sua vez, essa iniciativa da Comissão da Verdade é forma clara de evidenciar ressentimentos e frustrações sobre os insucessos do passado e demonstração de completa e absoluta incapacidade para apresentar ao país projetos de vanguarda que contribuam para o progresso e o desenvolvimento da nação. A dignidade da sociedade brasileira será conquistada com a sua união e luta para construir o futuro da nação, sem precisar olhar para o passado, porque é sua permanente obrigação defender a paz, a liberdade e a democracia e exigir dos governantes o incessante combate contra a incompetência gerencial do Estado, a corrupção e a leniência às mazelas que grassam o país de Norte a Sul. Acorda, Brasil!
   
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 31 de março de 2012

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