terça-feira, 5 de novembro de 2024

Eleições nos EUA

 

Hoje é o término da campanha eleitoral dos Estados Unidos da América, com a escolha do futuro presidente do país, basicamente entre republicano e democrata, em que os dois chegam tecnicamente empatados em uma disputa que é vista como a potencialmente mais acirrada da história daquele país.

É curiosa a votação naquele país, em que, no voto popular, a preferência pode ser de determinado candidato, mais termina perdendo a eleição pelo resultado conquistado pelo número de delegados, que votam no Colégio Eleitoral destinado a eleger o presidente do país.

Ou seja, nos EUA, a eleição é indireta, em que cada Estado tem direito a um número de delegados e o candidato vencedor é o que conseguir 270 votos ou mais dos delegados.

Segundo os cálculos, a candidata democrata já tem, hoje, no dia da eleição, 226 delegados, enquanto o republicano conta com 219 votos, tendo em conta a soma de votos de estados onde a vitória praticamente é certa de um ou de outro candidato.

Nesse caso, agora está em jogo o destino de 93 delegados, que são  distribuídos entre sete estados, a depender para qual lado da balança vão esses votos, ante o que forem decididos pelos indecisos.

Pensando nos votos decisivos, os candidatos se esforçaram para conquistar os votos dos indecisos, que somente decidem em quem votar no última dia da votação, cujos eleitores são alvo das melhores promessas para agradarem as suas preferências sobre a execução das políticas de governo.

Um experiente analista político concluiu a eleição americana nestes termos: "No final das contas, não é necessário um grande 'realinhamento' de eleitores para impactar o resultado desta eleição. Pequenas mudanças de apoio a (candidato republicano) entre grupos tradicionalmente democratas (latinos ou negros) ou a (candidata democrata) entre eleitores tradicionalmente republicanos (brancos com educação universitária) podem ser a diferença entre vencer e perder".

A contagem dos votos começa à noite, mas quando ela permitirá identificar um vencedor é tão incerto quanto qual nome será anunciado.

Um analista político disse que "Nunca tivemos resultados oficiais no dia da eleição", mas é normal que veículos de imprensa divulguem projeções baseadas em modelos estatísticos muito antes da divulgação oficial das autoridades locais.

Em 2020, durante a pandemia do coronavírus, com a opção massiva pelo voto a distância, o resultado oficial da eleição somente foi divulgado quatro dias após o pleito, com a projeção da vitória do candidato democrata, na Pensilvânia.

Desta vez, espera-se que a dinâmica das apurações permita maior celeridade da contagem mais rápida dos votos e a antecipação do seu resultado.

Em meio a todas as incertezas em torno da votação de hoje, uma das poucas certezas é a de que o candidato republicano vai se declarar vencedor, independentemente da apuração das urnas, porque foi assim em 2020, quando ele tentou, sem sucesso,  impedir a continuidade da contagem quando o placar parcial o mostrava à frente.

Desta feita, é muito provável que a vantagem inicial se repita neste ano, porque a apuração começa pelas cédulas depositadas no dia da eleição, data que concentra a votação de republicanos.

Exatamente como aconteceu no pleito anterior, teme-se que o candidato republicano, se declarado perdedor, possa criar confusão, impugnação e toda forma de tumulto durante o processo de apuração, mas, acontecer o que for, a posse do eleito será em 20 de janeiro próximo.

Enfim, espera-se que o presidente americano eleito hoje seja aquele que realmente possa contribuir, de forma afirmativa, para o aperfeiçoamento democrático dos Estados Unidos da América e a tão almejada paz mundial.

Que os deuses da política ouçam o nosso veemente e contrito apelo, caso sejamos merecedores da vida em plenas dignidade e tranquilidade.

Brasília, em 5 de novembro de 2024

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