Hoje é o término da campanha eleitoral dos Estados Unidos da América,
com a escolha do futuro presidente do país, basicamente entre republicano e
democrata, em que os dois chegam tecnicamente empatados em uma disputa que é
vista como a potencialmente mais acirrada da história daquele país.
É curiosa a votação naquele país, em que, no voto popular, a preferência
pode ser de determinado candidato, mais termina perdendo a eleição pelo
resultado conquistado pelo número de delegados, que votam no Colégio Eleitoral destinado
a eleger o presidente do país.
Ou seja, nos EUA, a eleição é indireta, em que cada Estado tem direito a
um número de delegados e o candidato vencedor é o que conseguir 270 votos ou
mais dos delegados.
Segundo os cálculos, a candidata democrata já tem, hoje, no dia da
eleição, 226 delegados, enquanto o republicano conta com 219 votos, tendo em
conta a soma de votos de estados onde a vitória praticamente é certa de um ou
de outro candidato.
Nesse caso, agora está em jogo o destino de 93 delegados, que são distribuídos entre sete estados, a depender
para qual lado da balança vão esses votos, ante o que forem decididos pelos
indecisos.
Pensando nos votos decisivos, os candidatos se esforçaram para conquistar
os votos dos indecisos, que somente decidem em quem votar no última dia da votação,
cujos eleitores são alvo das melhores promessas para agradarem as suas preferências
sobre a execução das políticas de governo.
Um experiente analista político concluiu a eleição americana nestes
termos: "No final das contas, não é necessário um grande
'realinhamento' de eleitores para impactar o resultado desta eleição. Pequenas
mudanças de apoio a (candidato republicano) entre grupos
tradicionalmente democratas (latinos ou negros) ou a (candidata democrata) entre eleitores
tradicionalmente republicanos (brancos com educação universitária) podem ser a
diferença entre vencer e perder".
A contagem dos votos começa à noite, mas quando ela permitirá
identificar um vencedor é tão incerto quanto qual nome será anunciado.
Um analista político disse que "Nunca tivemos resultados
oficiais no dia da eleição", mas é normal que veículos de imprensa
divulguem projeções baseadas em modelos estatísticos muito antes da divulgação
oficial das autoridades locais.
Em 2020, durante a pandemia do coronavírus, com a opção massiva pelo
voto a distância, o resultado oficial da eleição somente foi divulgado quatro
dias após o pleito, com a projeção da vitória do candidato democrata, na
Pensilvânia.
Desta vez, espera-se que a dinâmica das apurações permita maior
celeridade da contagem mais rápida dos votos e a antecipação do seu resultado.
Em meio a todas as incertezas em torno da votação de hoje, uma das
poucas certezas é a de que o candidato republicano vai se declarar vencedor,
independentemente da apuração das urnas, porque foi assim em 2020, quando ele tentou,
sem sucesso, impedir a continuidade da
contagem quando o placar parcial o mostrava à frente.
Desta feita, é muito provável que a vantagem inicial se repita neste
ano, porque a apuração começa pelas cédulas depositadas no dia da eleição, data
que concentra a votação de republicanos.
Exatamente como aconteceu no pleito anterior, teme-se que o candidato republicano,
se declarado perdedor, possa criar confusão, impugnação e toda forma de tumulto
durante o processo de apuração, mas, acontecer o que for, a posse do eleito
será em 20 de janeiro próximo.
Enfim, espera-se que o presidente americano eleito hoje seja aquele que
realmente possa contribuir, de forma afirmativa, para o aperfeiçoamento
democrático dos Estados Unidos da América e a tão almejada paz mundial.
Que os deuses da política ouçam o nosso veemente e contrito apelo, caso
sejamos merecedores da vida em plenas dignidade e tranquilidade.
Brasília, em 5 de novembro de 2024
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