Dois importantes políticos conservadores brasileiros resolveram travar
brutal e fraticida luta, com palavras ofensivas e ameaçadoras, visando a herdar
o espólio político para ter o direito à candidatura da direita à Presidência da
República, no próximo pleito eleitoral.
Um dos políticos foi candidato à prefeitura de São Paulo, que esteve
entre os três candidatos mais votados e conseguiu se manter na vitrine da
política nacional, e o outro é o último ex-presidente do país, figurando como o
principal líder da oposição brasileira.
Em meio às tensões pela liderança da direita e com as eleições
presidenciais de 2026 já se aproximando, o ex-candidato a prefeito fez apelo para
o ex-presidente "tocar a vida" dele, sob ameaça de que, se o ele
não estiver "em paz, o pau vai quebrar", ou seja, se a opção
for pela guerra, vai haver guerra entre ambos, fato este que expõe a maluquice
entre políticos insensatos.
O político paulistano disse que "(omiti o nome), toca a sua vida
aí, irmão, seja candidato. Deixa-me em paz aí. Estou falando sério, eu gosto de
você, fica tranquilo. Toca a sua vida, eu já vi que tem todos os bolsonaristas
querendo se levantar contra mim. Eu estou ‘de boa’, eu vou fazer o que eu tenho
que fazer aqui e em 2026 ‘nois’ vê’".
Esse político já demonstrou intenção de se candidatar à Presidência da
República, em 2026.
Ele acrescentou o seu discurso, se dirigindo diretamente ao
ex-presidente do país, nestes termos: "Você tem o meu respeito. Curto
você. Fica 'de boa'. Seu problema não é comigo, não. É com o STF. Você tem que
ser elegível para disputar a eleição. Luta por isso e eu vou estar torcendo por
você, Você sabe disso. Mas não fica vindo para cima de mim, porque nós não
somos do mesmo partido. Eu não devo satisfação para você. Cuida da sua vida,
cara. Não tenta ser o malvadão para cima de mim, não, porque eu sou uma pessoa
boa.".
Por último, o ex-presidente disse que se arrependeu de ter dado medalha
para o político paulistano, em junho último.
O ex-presidente do país disse que os dois se encontraram a sós e ele “Até dei uma medalha para ele, que foi onde
eu errei", mas o político paulistano já disse, em resposta, que vai
devolver a aludida comenda.
No embalo das farpas trocadas, o político paulistano exigiu a devolução
de R$ 100 mil que ele investiu na campanha do ex-presidente do país, na última
disputa presidencial, mas este disse que a doação "foi do coração".
O ex-presidente do país afirmou que nunca esteve apoiando a candidatura
do político paulistano, conforme foi alegado na campanha eleitoral.
No segundo turno da disputa à prefeitura de São Paulo, o político
paulistano exigiu retratação pública do ex-presidente, como moeda de troca para
apoiar o atual prefeito, cujo gesto contribuiu para cessar qualquer
possibilidade de aproximação entre os dois.
Como visto, a atual animosidade entre dois importantes políticos tem
objetivos claros, que são o domínio da liderança da direita brasileira, com
vistas à viabilização política para a
efetiva ocupação do trono brasileiro, cujo movimento das peças do
tabuleiro vai sinalizar os verdadeiros horizontes mais favoráveis às batalhas
que hão de ser travadas doravante entre os conservadores brasileiros.
Quando se briga publicamente por futilidades, como, por exemplo, o
bestial caso de medalha e outras picuinhas de somenos importância, ante a
relevância que se encontra em jogo, em especial o comando da nação, vê-se,
desde logo, a insignificância política das mentalidades desses medíocres
políticos, ante a importância que eles atribuem a coisa nenhuma, quando todo
sacrifício precisa ser dado exclusivamente à grandeza do Brasil.
No momento em que terríveis crises institucionais implodem as estruturas
fundamentais do país, autoridades políticas da oposição ficam engendrando meios
para a guerra entre eles, caso não se consigam a paz, que até pode se
viabilizar, mas sob ameaça de cada qual precisar ficar cada qual na sua trincheira, conforme se pode defluir
das ameaças explícitas der ambos.
À toda evidência, o ideal, no momento atual, seria muito mais justo que
estivessem na mesa da oposição os princípios do bom senso, da sensatez, da
sensibilidade, da competência e principalmente da responsabilidade, com o
pensamento dirigido exclusivamente para a solução das questões que afetam
diretamente os interesses do Brasil.
A verdade é que esses políticos não passam de insensatos e
interesseiros, por demostrarem, de forma cristalina, injustificável briga entre
si, em defesa de seus campos políticos, quando ambos dizem que cada qual
precisa cuidar de seus interesses.
Na qualidade de políticos, eles, o contrário disso, têm o dever
institucional de cuidarem da defesa das causas da nação, com total detrimento
de outros interesses políticos, mesmo que precisem ceder em alguma situação
divergente, que devem ser superadas em nome da pátria.
Apelam-se por que os importantes políticos da direita se conscientizem
sobre a urgência de calçarem as sandálias da humildade, em nome da causa
principal da pátria e em defesa do Brasil, de modo que todo sacrifício precisa
ser ultrapassado sempre com o emprego da conversa, da diplomacia, da tolerância
e principalmente da convergência, evidentemente em detrimento dos projetos
políticos pessoais.
Brasília, em 4 de novembro de
2024
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