terça-feira, 5 de novembro de 2024

Publicação do meu 77º livro

 

É sempre com alegria no coração quando concluo mais um livro, como neste caso, que representa a minha septuagésima sétima obra literária, que se junta à minha já incrível coleção de livros, cujo acontecimento constitui motivação mui especial para o acréscimo de saudáveis energias que alimentam minhas fontes criadoras e inspiradoras, posto que preciso dessa seiva mágica para a continuidade das prodigiosas atividades de escrever textos sobre os diversificados fatos da vida.

Dando continuidade ao importante sentimento de se homenagear especiais personalidades ou entidades, com a modéstia dedicatória de meus livros, ante a relevância de pessoas, fatos ou instituições queridos e de prestígio, em razão do seu legado junto à sociedade, em especial, de Uiraúna, tenho a alegria de me lembrar de pessoa da maior importância que conheci nos idos primordiais de Uiraúna.

Essa pessoa foi de imprescindível importância para a população de Uiraúna, no que se refere à iluminação das ruas, das casas e também das nossas consciências, posto que era ele quem administrava o enorme motor de iluminação pública, por bastante e com incomparável competência, à vista da notória precariedade dos equipamentos de então.

Refiro-me ao inesquecível e saudoso Cabrinha, pessoa bem simples, que merece ser homenageada não somente por mim, mesmo que seja por gesto meramente simbólico, mas por todos os uiraunenses, à vista das honrarias que ele bem fez por merecer como cidadão que se dedicava de corpo e alma a uma das atividades mais interessantes para a população, que consistia no clareamento da cidade.

A fotografia da capa do livro é de lindo ipê branco, que embeleza a paisagem da aprazível e amada Brasília.

Transcrevo, abaixo, a dedicatória que faço com muito prazer em meu 77º livro, em homenagem ao admirável Cabrinha, pessoa de quem guardo especial lembrança, por ele ter sido peça fundamental para a prestação de energia a Uiraúna, como forma de importante contribuição ao seu desenvolvimento.

                                     DEDICATÓRIA

É com muita alegria que dedico este livro ao excelente Cabrinha (in memoriam), pessoa admirável da cidade de Uiraúna, Paraíba.

O competente Cabrinha não tinha instrução intelectual senão de domar o gigante motor a óleo, que diariamente, entre às 18 e 22 horas, mantinha a claridade da cidade.

Eu acompanhava bem de perto o trabalho dele e ficava impressionado como ele conseguia administrar aquele trambolho, que o dominava com simplicidade, peça por peça, evitando que quase nunca o motor emperrasse.

Não obstante, quando o motor se cansava do trabalho pesado, o Cabrinha estava ali junto a ele, indo diretamente ao defeito e ajudando a substituir a peça ou as peças desgastadas pelo uso permanente.

Ou seja, o Cabrinha e o motor eram praticamente inconfundíveis, os quais foram de fundamental importância para a população, em fase primordial da cidade, que me lembro, nas décadas de cinquenta e sessenta, quando a iluminação pública dependia da boa vontade desse grande homem, que era o único que conheci bem de perto que dava à luz de verdade (brincadeira).

Sem dúvida alguma, Cabrinha é considerado um dos patrimônios de Uiraúna, por compor importante peça na vida da população, que aprendeu a esperar a luz segundo o ritmo comandado por ele, que era implacável, às dez horas da noite, quando aparecia o primeiro sinal de três, avisando que estava prestes ao início do descanso do motor, até às 18 horas do dia seguinte.

Lembro-me que Cabrinha era bem sereno, muito calmo que quase nem falava nada e não tinha pressa para absolutamente nada, como quem funcionava no ritmo cadenciado do seu velho e sempre eficiente motor, talvez de quem tenha aprendido a importante educação de bem servir ao povo de Uiraúna, que o amava muito, justamente pela importância do trabalho dele para a cidade.

Como visto, é muito fácil de se notar que o velho amigo Cabrinha foi pessoa de grande serventia para o povo de Uiraúna, porque ele sequer imaginava que era tão imprescindível para a cidade, uma vez que ele se destacou em importância vital na fase que o povo mais precisa de tão relevantes serviços de iluminação pública.

É com prazer que resgato a memória de pessoas especiais do meu tempo de Uiraúna, que, de alguma maneira, prestaram serviços de capital importância, e o genial Cabrinha vem a calhar no perfil de pessoa que procuro homenagear, à vista da grandeza do trabalho feito por ele em benefício da população.

É com muita alegria que eu o homenageio com a dedicatória deste livro, em singelo preito de reconhecimento e agradecimento pelo seu legado, ante a sua notável contribuição para o povo de Uiraúna.

Agradeço a Deus pela honra de ter conhecido o amigo Cabrinha, por ele ter sido modelo de amor ao povo de Uiraúna, de quem ele merece eternos carinho e admiração.

Muito obrigado, Cabrinha!”.

Brasília, em 58 de novembro de 2024

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