É sempre com alegria no coração quando concluo mais um livro, como neste
caso, que representa a minha septuagésima sétima obra literária, que se junta à
minha já incrível coleção de livros, cujo acontecimento constitui motivação mui
especial para o acréscimo de saudáveis energias que alimentam minhas fontes
criadoras e inspiradoras, posto que preciso dessa seiva mágica para a
continuidade das prodigiosas atividades de escrever textos sobre os
diversificados fatos da vida.
Dando continuidade ao importante sentimento de se homenagear especiais
personalidades ou entidades, com a modéstia dedicatória de meus livros, ante a
relevância de pessoas, fatos ou instituições queridos e de prestígio, em razão
do seu legado junto à sociedade, em especial, de Uiraúna, tenho a alegria de me
lembrar de pessoa da maior importância que conheci nos idos primordiais de
Uiraúna.
Essa pessoa foi de imprescindível importância para a população de
Uiraúna, no que se refere à iluminação das ruas, das casas e também das nossas
consciências, posto que era ele quem administrava o enorme motor de iluminação
pública, por bastante e com incomparável competência, à vista da notória
precariedade dos equipamentos de então.
Refiro-me ao inesquecível e saudoso Cabrinha, pessoa bem simples, que
merece ser homenageada não somente por mim, mesmo que seja por gesto meramente
simbólico, mas por todos os uiraunenses, à vista das honrarias que ele bem fez
por merecer como cidadão que se dedicava de corpo e alma a uma das atividades
mais interessantes para a população, que consistia no clareamento da cidade.
A fotografia da capa do livro é de lindo ipê branco, que embeleza a paisagem
da aprazível e amada Brasília.
Transcrevo, abaixo, a dedicatória que faço com
muito prazer em meu 77º livro, em homenagem ao admirável Cabrinha, pessoa de
quem guardo especial lembrança, por ele ter sido peça fundamental para a prestação
de energia a Uiraúna, como forma de importante contribuição ao seu
desenvolvimento.
“DEDICATÓRIA
O competente Cabrinha
não tinha instrução intelectual senão de domar o gigante motor a óleo, que
diariamente, entre às 18 e 22 horas, mantinha a claridade da cidade.
Eu acompanhava bem de
perto o trabalho dele e ficava impressionado como ele conseguia administrar
aquele trambolho, que o dominava com simplicidade, peça por peça, evitando que
quase nunca o motor emperrasse.
Não obstante, quando o
motor se cansava do trabalho pesado, o Cabrinha estava ali junto a ele, indo
diretamente ao defeito e ajudando a substituir a peça ou as peças desgastadas
pelo uso permanente.
Ou seja, o Cabrinha e o
motor eram praticamente inconfundíveis, os quais foram de fundamental
importância para a população, em fase primordial da cidade, que me lembro, nas
décadas de cinquenta e sessenta, quando a iluminação pública dependia da boa
vontade desse grande homem, que era o único que conheci bem de perto que dava à
luz de verdade (brincadeira).
Sem dúvida alguma,
Cabrinha é considerado um dos patrimônios de Uiraúna, por compor importante
peça na vida da população, que aprendeu a esperar a luz segundo o ritmo
comandado por ele, que era implacável, às dez horas da noite, quando aparecia o
primeiro sinal de três, avisando que estava prestes ao início do descanso do
motor, até às 18 horas do dia seguinte.
Lembro-me que Cabrinha
era bem sereno, muito calmo que quase nem falava nada e não tinha pressa para
absolutamente nada, como quem funcionava no ritmo cadenciado do seu velho e
sempre eficiente motor, talvez de quem tenha aprendido a importante educação de
bem servir ao povo de Uiraúna, que o amava muito, justamente pela importância
do trabalho dele para a cidade.
Como visto, é muito
fácil de se notar que o velho amigo Cabrinha foi pessoa de grande serventia
para o povo de Uiraúna, porque ele sequer imaginava que era tão imprescindível para
a cidade, uma vez que ele se destacou em importância vital na fase que o povo
mais precisa de tão relevantes serviços de iluminação pública.
É com prazer que
resgato a memória de pessoas especiais do meu tempo de Uiraúna, que, de alguma
maneira, prestaram serviços de capital importância, e o genial Cabrinha vem a
calhar no perfil de pessoa que procuro homenagear, à vista da grandeza do
trabalho feito por ele em benefício da população.
É com muita alegria que
eu o homenageio com a dedicatória deste livro, em singelo preito de
reconhecimento e agradecimento pelo seu legado, ante a sua notável contribuição
para o povo de Uiraúna.
Agradeço a Deus pela honra de ter conhecido o amigo Cabrinha, por ele
ter sido modelo de amor ao povo de Uiraúna, de quem ele merece eternos carinho
e admiração.
Muito obrigado, Cabrinha!”.
Brasília, em 58 de novembro de 2024
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