segunda-feira, 28 de março de 2011

Preservação da vida

Os resultados estatísticos do último carnaval são inquestionavelmente preocupantes e impressionam pela marca histórica de 4.165 acidentes de trânsito, 2.441 feridos e, pasmem, 213 óbitos. Segundo levantamentos realizados, os acidentes de trânsito são causados por falhas humanas, em 90%; deficiência das estradas de rodagem e sua estrutura, em 6%; e somente 4% por problemas mecânicos. O governo federal garante que maciças campanhas têm sido feitas, desde 2005, com alertas sobre direção diligente e indevido uso combinado de bebidas alcoólicas e condução de veículos automotores, aliadas às prontidões da Polícia Rodoviária Federal nas estradas. Nos países desenvolvidos, como Alemanha, EUA, Japão etc., as mortes nas estradas são reduzidas de sete a treze vezes do que ocorrem no Brasil e a razão disso é que, nos aludidos países, além da conscientização dos motoristas, da qualidade e segurança das estradas, os recursos arrecadados para melhoria das rodovias, diferentemente da terra tupiniquim, são destinados exclusivamente a essa finalidade. A Rede Globo de Televisão acaba de mostrar a calamidade nas estradas, onde a todo quilômetro são encontrados policial rodoviário corrupto e posto de venda de drogas. É inconcebível que o governo federal, diante de tanta tragédia, simplesmente lamente o tamanho da fúria das violências fatais, quando o bom sendo e a responsabilidade pública  recomendam, além disso, o comprometimento e a garantia peremptória da adoção de medidas efetivas, evidentemente distintas daquelas que se mostraram ineficientes até agora, com vistas a assegurar a preservação das vidas humanas, não importando o quanto de dinheiro seja preciso nessa empreitada cívica e imprescindível, porque não há nada mais dispendioso do que o sofrimento das pessoas com as perdas de entes queridos, em decorrência de acidentes de trânsito, que certamente podem ser evitados, desde que haja empenho dos governantes nesse sentido.    

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 28 de março de 2011

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