quarta-feira, 9 de março de 2011

Caos nas estradas

Segundo o balanço da Polícia Rodoviária Federal, no período de Carnaval, em apenas cinco dias, houve, nas rodovias federais, terrível mortificina, tendo sido contabilizados, em 3.563 acidentes automobilísticos, 189 mortes e mais de 2.000 feridos, superando em muito os números registrados nos anos anteriores. Essa lástima é decorrente de uma série de problemas relacionados com imprudência dos motoristas, altas velocidades, ingestão de bebidas alcoólicas, ultrapassagens ilegais e arriscadas, entre outras falhas graves. Aliado a tudo isso, somem-se as deficientes, perigosas e ultrapassadas estradas, sempre pessimamente conservadas e cuidadas, sem a adequada sinalização, reparação dos buracos e fiscalização. A maior tristeza decorrente dessa desgraça é constatar que o expressivo e sempre crescente número de mortes tem servido tão somente para alimentar as estatísticas oficiais, objetivando apenas aquilatar a evolução dos casos ocorridos ano a ano. A crise nas estradas se aprofunda a cada dia, com irrecuperáveis perdas de centenas de vidas humanas e milhares de pessoas feridas e hospitalizadas, acarretando incalculáveis despesas para o erário e sobrecarga do já sucateado sistema de saúde pública. No caso em foco, há toda evidência de que a União, principalmente, tem sido bastante omissa, por assistir a tudo como se não tivesse nada com isso e não adota quaisquer medidas para solucionar o caos nas estradas federais. Compete à sociedade responsabilizar o governo por essa precariedade e exigir estradas de qualidade, com malhas bem pavimentadas e conservadas, sinalização, segurança, eficiente fiscalização e todo cuidado para evitar o atual estado deplorável e as sucessivas perdas de valiosas vidas humanas.  

ANTONIO ADALMIR FERNANDES                           

Brasília, em 09 de março de 2011                                         

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