Depois do “enorme” sacrifício para a aprovação dos reajustes da remuneração de dirigentes do Executivo e dos parlamentares e do salário mínimo, o governo se debruça, agora, com a inglória - para ele - tarefa para a majoração da tabela do Imposto de Renda, no “expressivo” percentual de 4,5%. Como esse ajuste implica diminuir a arrecadação em R$ 1,6 bilhão, o governo já assevera, mesmo contrariando promessa de campanha eleitoral, que haverá aumento de impostos para compensar a aludida perda. Não deixa de ser muito estranho que medida objetivando tão somente compatibilizar os valores daquela tabela à evolução do índice inflacionário do anto anterior, já acordado com os sindicalistas, obrigue a sociedade a arcar com novo sacrifício, com a assunção do ônus de novos tributos. À toda evidência, a forma simplista apontada pela equipe econômica do governo escancara a sua incompetência para solucionar, de forma eficiente, o problema no âmbito do orçamento e dos programas governamentais próprios, sem necessidade alguma de sobrecarregar ainda mais o contribuinte, que já é compelido ao pagamento de carga tributária das mais pesadas do planeta. A verdade é que o brasileiro tem sido exageradamente tolerante e paciente diante de seguidas explorações contra o seu patrimônio, havendo premente necessidade de um basta dos abusos governamentais.
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 08 de março de 2011
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