Na
crônica intitulada “Estratégia Política?”, que analisa o encontro do papa com o
ex-presidente da República petista, foi dito que fica a lamentável lição de que
o pontífice poderia ter evitado a questionável audiência, tendo em conta que
não há absolutamente nada que sirva como justificativa para que ele pudesse se
reunir com cidadão que se encontra com a moral fragilizada, em razão das
condenações e dos processos penais que correm na Justiça brasileira contra a
pessoa dele.
Há
de se notar que o aludido encontro somente conspira contra a imagem não apenas
do líder máximo da Igreja Católica, mas também dessa instituição, que perdem
respeito perante seu rebanho, que não pode abonar atitude incompatível com os
princípios e ensinamentos do Evangelho de Jesus Cristo, que primam, na
essência, pela intransigente preservação
da moralidade contra quaisquer interesses estranhos aos princípios católicos.
Diante
do referido texto, o causídico doutor Augusto César, de Brasília, escreveu mensagem
de apoio, nestes termos: “Parabéns Adalmir pelo tirocínio e
clareza de sua elogiável análise. Perfeita! Sou católico e lamento esse quiçá
impensado ato do papa, prestando um desserviço à população brasileira,
notadamente aos católicos de um modo geral! Decepcionante.”.
Em
resposta à referida ponderação, a par de agradecer a carinhosa mensagem de
apoio à minha crônica, enfatizei a importância dela, que diz um pouco da
mentalidade nada franciscana da maior autoridade da Igreja Católica, em
cristalina demonstração de degradação moral, no âmbito da instituição, ao
abençoar pessoalmente autêntico fora da lei, assim declarado criminoso pela
Justiça brasileira, a despeito dos verdadeiros e sagrados princípios cristãos
que precisam ser defendidos, a ferro e fogo, exatamente por quem deles se
desvia, sem o menor pudor e com a cara mais feliz e risonha, como se ele não
precisasse dá satisfação à comunidade católica.
A
verdade é que o rebanho católico vem se decepcionando, de quando em vez, com a
malignidade de pessoa que dá ideia de também, como nesse episódio, comungar em
cartilha diferente daquela instituída por Jesus Cristo, diametralmente
contrária à ideologia socialista, quando esta tem por essência brutal filosofia
em forma de tratamento de desrespeito aos princípios humanitários, à vista da
imperante ideologia de igualdade social, onde prevalece a perda dos direitos
humanos, que consistem na supressão das liberdades individuais, principalmente
dos direitos políticos e democráticos.
Como
o pensamento do político brasileiro também se alinha perfeitamente com a viga
mestra da famigerada ideologia socialista, conforme filosofia descrita acima,
fica ainda mais e precisamente patente que o papa, diante da sua importância de
dirigente religioso que tem por dever a inarredável defesa dos direitos humanos,
teria todos os motivos do mundo para se distanciar de personalidade que demonstra
enormes apoio e carinho aos ditadores que governam nações sob o desgraçado e
maldito regime socialista.
É
preciso se enfatizar que a análise que se faz sobre o comportamento do papa cinge-se
especificamente ao caso em que ele se digna a receber, nos seus aposentos vaticanalícios,
líder político que não ocupa nenhum cargo público, não tendo sob sua incumbência
governamental qualquer responsabilidade para cuidar de absolutamente nada, em
termos de políticas públicas, a justificarem qualquer forma de reunião entre
ambos, para tratarem sobre algo inerente aos interesses da sociedade, porque eles
são inexistentes, evidenciando encontro desnecessário, estritamente sob o
prisma cristão.
Há
de se notar também a condição referente à precariedade moral do político, que
foi julgado e condenado à prisão, em processos absolutamente regulares, pela
Justiça brasileira, sob a degradante prática dos crimes de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro, sem que ele tivesse condição de contestar, de forma satisfatória
e aceitável, os fatos irregulares denunciados, o que bem mostra, de maneira cabal,
que o representante de Deus na Terra jamais poderia ter se encontrado com
pessoa indigna da sua aproximação, quando a instituição comandada por ele tem o
dever supremo de não compactuar senão com quem esteja em pleno estado de imaculabilidade,
demonstrando ser cidadão integro e cumpridor das regras impostas aos homens
públicos, inspiradas essencialmente nos princípios republicano e democrático,
da moralidade e da dignidade no trato da coisa pública.
Não
há a menor dúvida de que a atitude papal, diante dos dogmas e princípios da
Igreja Católica, representa cristalino e indiscutível retrocesso à grandeza dessa
instituição católica que tem a nobríssima missão reconhecida de ser exemplo de
pureza ética e moral, não se permitindo que seu líder supremo se ache no
direito de se desviar do caminho mediante o qual tem como paradigma o Evangelho
de Jesus Cristo, que serve de luz retilínea para a interpretação dos salutares
ensinamentos sobre as condutas de pureza e correção do verdadeiro cristão.
Brasília, em 18 de fevereiro de 2020
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