quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Por puro milagre?


Em crônica recente, fiz veemente apelo, em reiteração, pelo aparecimento, o mais rapidamente possível, dos verdadeiros e dignos homens públicos que recebem regularmente votos na região eleitoral de Uiraúna, Paraíba, com capacidade, coragem e disposição para defenderem a causa da saúde pública dessa cidade, que é da maior justeza e importância para o povo carente e desassistido, no sentido de se empenharem na defesa da alocação, no Orçamento da União, de verbas necessárias à construção e à manutenção do cogitado hospital.
Na verdade, objetiva-se tão somente a implementação de legítimo direito do povo daquela cidade, que merece tratamento de dignidade igual ao que precisa ser disponibilizado para os brasileiros, nos termos do que preconiza a Constituição Federal, no que se trata da prestação dos serviços básicos de saúde da incumbência do Estado.
Na crônica em referência, fiz questão de mostrar a gigantesca apatia dos uiraunenses em reivindicar seus sagrados direitos, fato que simplesmente contribui para a costumeira materialização da omissão e da irresponsabilidade do poder público, com relação ao cumprimento das obrigações constitucionais e legais da sua competência.
Na ocasião, o nobre conterrâneo e sempre voluntário Ditinho Minervino afirmou, quanto ao texto em referência, que,Neste mesmo 19 de fevereiro, cheguei de João Pessoa, onde faço tratamento, e lá presenciei no dia18 um protesto, pela retirada do PASSE LIVRE inter municipal, para pacientes em tratamento de câncer, Lá vi representantes de Sousa, Cajazeiras, Patos e muitas outras cidades. do poder público de Uiraúna não vi um, político ou representante de algum grupo.”.
Diante dessa constatação, eu tenho a certeza de que esse testemunho tem o condão de reforçar, com base em exemplo vivo, materializado sob visão pessoal, os termos do texto em referência, o que é profundamente lamentável que isso se confirme em pleno século XXI, quando conviria que o aprendizado e a evolução da humanidade pudessem ser prestados exatamente em benefício e  aproveitamento do homem.
A propósito, no dia 20 último, eu falando com minha querida irmã Vanda, que mora em Uiraúna, ela me disse que a crise da água pode ter chegado ao extremo do limite, diante do corte prometido para o abastecimento, já a partir daquela data.
Meus espanto e inconformismo são em perceber que a população de Uiraúna consegue passar por esse terrível caos hídrico e simplesmente aceita pacificamente a omissão e a irresponsabilidade do poder público, que se sente completamente imunizado diante dessa inaceitável desgraça que se abate sobre os uiraunenses.
Fato é que essa população, além de não reclamar diante da desgraça consistente na iminente falta definitivo da água, ainda vêm pagando regularmente as contas referentes ao pseudo abastecimento do precioso líquido, como se existisse normalidade de água na cidade, pura e de qualidade recomendada pela saúde pública, o que não nada disso é verdade, mas é como se fosse.
Com maior gravidade ainda que essa vexaminosa e angustiante situação perdura de longa data, sempre sob o gravoso risco de iminente falta de água para enorme população que é constituída de pessoas idosas, doentes e crianças, que, por certo, podem ficar sob risco de agravamento de doenças ou até mesmo de vida, a depender da demora para a solução do abastecimento.
Não há a menor dúvida de que governar cidade com tanta gente paciente e de muita tolerância, diante de tamanha dificuldade, é verdadeira dádiva divina, porque é muito estranho que a calamidade pública possa ser instalada, a qualquer momento, no âmbito da população, que pode ser o caso da falta de água, e ninguém estar nem aí para as suas gravíssimas e sérias consequências.
Salvo se houver, embora bastante impossível, o milagre de solução rápida, por meio de alguma magia, que poderia existir sob o colete dos dirigentes incumbidos do gerenciamento pertinente ao abastecimento da cidade, sabendo-se que se trata de problema que exige o envolvimento de muitas demandas, inclusive de recursos públicos, que jamais poderiam ser desviados da sua finalidade precípua.
Meu Deus! Como se consegue viver na ingenuidade da esperança segundo a qual, de repente, tudo pode se resolver com o poder do milagre que seria com providência divina caindo do céu, sabendo-se que isso nunca aconteceu para aquelas bandas?
Com muita boa vontade, é preferível se aderir à crendice de que esse gigantesco milagre possa, enfim, acontecer, para o bem de meus queridos e ingênuos conterrâneos, que são verdadeiros sábios em ainda confiar piamente em magia promovida por homens públicos vocacionados, a bem de se ver, à prática do bem da população, embora os exemplos nada confiáveis, de patentes apatias, omissões e irresponsabilidades, demonstrem que a situação de falta de água se encaminha mesmo e firmemente para verdadeira calamidade pública, com graves e incalculáveis prejuízos para a população que ainda confia piamente em promessas de políticos.
Brasília, em 26 de fevereiro de 2020

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