Em
crônica recente, fiz veemente apelo, em reiteração, pelo aparecimento, o mais
rapidamente possível, dos verdadeiros e dignos homens públicos que recebem regularmente
votos na região eleitoral de Uiraúna, Paraíba, com capacidade, coragem e
disposição para defenderem a causa da saúde pública dessa cidade, que é da
maior justeza e importância para o povo carente e desassistido, no sentido de
se empenharem na defesa da alocação, no Orçamento da União, de verbas
necessárias à construção e à manutenção do cogitado hospital.
Na
verdade, objetiva-se tão somente a implementação de legítimo direito do povo
daquela cidade, que merece tratamento de dignidade igual ao que precisa ser disponibilizado
para os brasileiros, nos termos do que preconiza a Constituição Federal, no que
se trata da prestação dos serviços básicos de saúde da incumbência do Estado.
Na
crônica em referência, fiz questão de mostrar a gigantesca apatia dos
uiraunenses em reivindicar seus sagrados direitos, fato que simplesmente
contribui para a costumeira materialização da omissão e da irresponsabilidade do
poder público, com relação ao cumprimento das obrigações constitucionais e
legais da sua competência.
Na
ocasião, o nobre conterrâneo e sempre voluntário Ditinho Minervino afirmou,
quanto ao texto em referência, que, “Neste mesmo 19 de
fevereiro, cheguei de João Pessoa, onde faço tratamento, e lá presenciei no
dia18 um protesto, pela retirada do PASSE LIVRE inter municipal, para pacientes
em tratamento de câncer, Lá vi representantes de Sousa, Cajazeiras, Patos e
muitas outras cidades. do poder público de Uiraúna não vi um, político ou
representante de algum grupo.”.
Diante
dessa constatação, eu tenho a certeza de que esse testemunho tem o condão de
reforçar, com base em exemplo vivo, materializado sob visão pessoal, os termos
do texto em referência, o que é profundamente lamentável que isso se confirme
em pleno século XXI, quando conviria que o aprendizado e a evolução da
humanidade pudessem ser prestados exatamente em benefício e aproveitamento do homem.
A
propósito, no dia 20 último, eu falando com minha querida irmã Vanda, que mora
em Uiraúna, ela me disse que a crise da água pode ter chegado ao extremo do
limite, diante do corte prometido para o abastecimento, já a partir daquela
data.
Meus
espanto e inconformismo são em perceber que a população de Uiraúna consegue
passar por esse terrível caos hídrico e simplesmente aceita pacificamente a
omissão e a irresponsabilidade do poder público, que se sente completamente
imunizado diante dessa inaceitável desgraça que se abate sobre os uiraunenses.
Fato
é que essa população, além de não reclamar diante da desgraça consistente na
iminente falta definitivo da água, ainda vêm pagando regularmente as contas
referentes ao pseudo abastecimento do precioso líquido, como se existisse normalidade
de água na cidade, pura e de qualidade recomendada pela saúde pública, o que
não nada disso é verdade, mas é como se fosse.
Com
maior gravidade ainda que essa vexaminosa e angustiante situação perdura de
longa data, sempre sob o gravoso risco de iminente falta de água para enorme
população que é constituída de pessoas idosas, doentes e crianças, que, por
certo, podem ficar sob risco de agravamento de doenças ou até mesmo de vida, a
depender da demora para a solução do abastecimento.
Não
há a menor dúvida de que governar cidade com tanta gente paciente e de muita tolerância,
diante de tamanha dificuldade, é verdadeira dádiva divina, porque é muito
estranho que a calamidade pública possa ser instalada, a qualquer momento, no
âmbito da população, que pode ser o caso da falta de água, e ninguém estar nem
aí para as suas gravíssimas e sérias consequências.
Salvo
se houver, embora bastante impossível, o milagre de solução rápida, por meio de
alguma magia, que poderia existir sob o colete dos dirigentes incumbidos do
gerenciamento pertinente ao abastecimento da cidade, sabendo-se que se trata de
problema que exige o envolvimento de muitas demandas, inclusive de recursos
públicos, que jamais poderiam ser desviados da sua finalidade precípua.
Meu
Deus! Como se consegue viver na ingenuidade da esperança segundo a qual, de
repente, tudo pode se resolver com o poder do milagre que seria com providência
divina caindo do céu, sabendo-se que isso nunca aconteceu para aquelas bandas?
Com
muita boa vontade, é preferível se aderir à crendice de que esse gigantesco
milagre possa, enfim, acontecer, para o bem de meus queridos e ingênuos
conterrâneos, que são verdadeiros sábios em ainda confiar piamente em magia promovida
por homens públicos vocacionados, a bem de se ver, à prática do bem da
população, embora os exemplos nada confiáveis, de patentes apatias, omissões e
irresponsabilidades, demonstrem que a situação de falta de água se encaminha
mesmo e firmemente para verdadeira calamidade pública, com graves e
incalculáveis prejuízos para a população que ainda confia piamente em promessas
de políticos.
Brasília,
em 26 de fevereiro de 2020
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