Conforme
foi anunciado nas redes sociais, o último ex-presidente do país pretendia
entrevistar, na noite de ontem, o empresário proprietário da empresa de comunicações
X.
Não
obstante, por motivo ainda não explicado devidamente, a aludida entrevista foi adiada, sine die, sem indicação
de nova data.
À
toda evidência, essa surpreendente e estranha entrevista tinha tudo para se
transformar em verdadeiro desastre, justamente por envolver figura política brasileira
que responde a vários processos na Justiça e ninguém sabe até onde os assuntos
tratados nela poderiam ter relação com os processos pertinentes e ainda se
algum fato poderia implicar em forma de interferência nesses autos.
O
bom senso é a racionalidade aconselhariam que essa entrevista poderia ser feita
por qualquer pessoa, menos pelo ex-presidente brasileiro, justamente porque
outra pessoa teria plena liberdade para explorar precisamente todos os fatos
que dizem respeito ao político, sem qualquer constrangimento nem implicação nos
aludidos autos.
Na
realidade, essa conversa poderia dar azo à materialização da insensibilidade e
da insensatez a serviço de político que não quer perder nenhuma oportunidade
para se manter ativamente no foco da mídia, mesmo que esse momento especial
recomendaria que ele estivesse a distância desse imbróglio entre o empresário
do X e o “todo-poderoso”, à vista da condição de ele ser investigado por esse
último personagem, evidentemente para mostrar equidistância da crise em curso.
Como
se percebe, faltou tato político para a discrição do ex-presidente, quando o
momento aconselha que ele se mantenha o mais distante possível dos holofotes da
mídia, por razões absolutamente estratégica de cautela favorável à pessoa
política dele, especialmente com a projeção para as futuras decisões da Justiça
sobre os atos supostamente atribuídos à pessoa dele.
Infelizmente,
é preciso se reconhecer que a falta de apropriado aconselhamento político pode
implicar sérias consequências, com repercussões indesejáveis, que seriam de melhor
alvitre evitá-las, nas circunstâncias, para o próprio bem do político.
Brasília, em 14 de abril de 2024
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