Em vídeo que circula nas redes
sociais, um influente pastor diz que não tem medo de ser preso justamente
porque ele tem provas sobre a podridão praticada por autoridades brasileiras.
Ao que tudo indica, o nada
reservado religioso costuma criticar severamente acontecimentos atos e decisões
do mundo político e jurídico, sob a garantia de puder denunciar o desvio de
conduto de pessoas influentes das instituições públicas, em caso de ele vir a
ser penalizado, fato este que, implicitamente, ele reconhece que não se
comporta em estrita sintonia com as boas normas de cidadania, já que teme ser
reprimido por seus atos, que, se eles fossem rigorosamente corretos, não haveria
o que temer.
Normalmente quem tem provas sobre
crimes não fica fazendo divulgação acerca da existência delas, naturalmente com
o propósito de intimidação.
Isso funciona muito mais como
ameaça e chantagem rasteira por parte de pessoa medrosa, desonesta e covarde,
para causar inquietação ou outra forma de tentativa de ameaça sobre o
conhecimento de algum fato grave.
Na verdade, quem está munido de
elementos de provas, os mantém sob sigilo absoluto e somente os apresenta
quando realmente houver necessidade, apenas como instrumento de defesa, em
respaldo aos princípios jurídicos nada honesto e lícito.
Sempre que alguém alega possuir
acervo sobre fatos que podem implicar a reputação de outrem, nada por trás
disso deve ser lícito, nem os fatos em si nem muito menos a própria pessoa que
diz guardar algo comprometedor acerca de outrem.
Caso exista algo sério e comprometedor
de alguém, nesses elementos guardados pelo religioso, isso é da maior
gravidade, de vez que ele mantém sigilo de fato que pode ter prejudicado alguém
ou que possa comprometer outrem, mas eles são mantidos nessas condições
exclusivamente como álibi para protegê-lo, em caso de necessidade, conforme
isso fica absurdamente claro na palavra do próprio religioso, que diz que a
sujeira será exposta se ele for preso.
Isso mostra a verdadeira face de
pessoa sem caráter e sem o mínimo de dignidade, porque, do contrário, ele não
teria nada escondido apenas para servir de instrumento de sua proteção,
principalmente quando isso só está protegido, em sigilo, por causa da sua
importância para livrá-lo da Justiça, caso seja preciso o uso desse expediente
nada honesto e digno.
Causa perplexidade que o homem
público não tenha qualquer escrúpulo em reconhecer que mantém consigo dossiê
suspeito de nada lícito, mas desabonador da vida pública de alguém, que poderia
ter muito utilidade se houvesse a divulgação dele, com a finalidade de atender
aos princípios da transparência e da verdade.
Enfim, tratando-se de religioso do
qual se exige o estrito dever de ser consciencioso no caminho da retidão e
sobretudo da verdade, o sigilo anunciado por ele tem o condão de denunciar que ele
age em dissonância com os princípios da moralidade e da cidadania.
Brasília, em 16 de abril de 2024
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