Diante de crônica da minha lavra que critiquei a inutilidade e o despreparo da mobilização dos cariocas, pelo último ex-presidente do país, sob o argumento de defender a democracia e a liberdade de expressão, apresentando como agenda apenas a necessidade de fotografar a multidão e enviar para o mundo, como forma de denunciar a ruptura dos direitos humanos e outras garantias constitucionais, uma pessoa se manifestou em contrariedade ao meu texto, tendo afirmado a mensagem a seguir.
“Adalmir,
meu amigo, você convidou os verdadeiros brasileiros a raciocinar com sensatez e
inteligência... Pois bem, eu te pergunto: milhões de brasileiros que participam
das manifestações são menos inteligentes ou sensatos? Será que eles enxergam a
coisa com outros olhos? O que será que eles sabem que a maioria não sabe? Acho
válidas as manifestações e discordo de seus argumentos... Calma, meu velho, a
verdade AINDA não chegou para todos. Sugiro um pouco mais de paciência e busca
por informações verdadeiras sobre geopolítica. Não posso falar mais do que
isso. Tenho certeza de que a faxina será feita na hora certa e não tardará...
Adalmir, poupe seu grande talento de escritor redigindo longos textos que
mostram a sua indignação. Você não tem ajudado muito falando de Constituição,
estado democrático de direito e blá, blá... Lembre-se de que muitos se deixam
levar por certos argumentos e podem, por desconhecimento, se deixarem abater.
Aguentem firme, galera. Saiam das narrativas e busquem, estudem, pesquisem...
Acreditem que o desfecho será a demonstração de que estavam certos aqueles que
buscaram a verdade.”.
Em
resposta, eu disse que, com toda sinceridade, basta ver nos meus textos, que eu
enfatizei que tem sido realizada manifestação política sem nenhuma finalidade
objetiva, apenas para tratar de assuntos relacionados com perfumarias, sem
qualquer resultado prático, quanto ao que realmente interessa na atualidade, de
gravíssima crise institucional, que carece de urgente combate aos atos e às
decisões abusivas, antidemocráticas e inconstitucionais, objeto das reclamações
das lideranças oposicionistas.
Essas
mesmas lideranças são apenas sábias e bem articuladas em argumentação contra o
sistema dominante, mas paupérrimas na criação de medidas em efetividade quanto
às contestações contra as questionáveis perseguições.
Eu
jamais serei indelicado em qualificar alguém de menos inteligente ou insensato,
apenas por ter participado de manifestações inúteis e inócuas, para satisfazer
o ego de políticos aproveitadores, insensatos e sem nenhuma ideia concreta
destinada à salvação do Brasil.
Ou
seja, eu disse que só se justificativa manifestação com tamanha magnitude se
realmente fosse para apoiar decisão importante em defesa do país, o que é bem
diferente de se ficar defendendo o Estado Democrático de Direito e outros
assuntos patéticos inerentes a interesses pessoais, a exemplo do que diz
respeito à minuta do golpe, com por meio nenhém... nenhém... e outras verborragias
que não dizem nada nem resulta em algo substancial, conforme mostram os fatos.
Com
certeza, eu escrevo exatamente como enxergo os fatos, que estão acontecendo,
com base no que eu percebo, sem me preocupar com que as pessoas pensam, porque
não é esse o meu objetivo.
Deixo
claro que não nutro qualquer inveja por quem apoia as manifestações na forma
como estão sendo realizadas, totalmente vazias de objetivos práticos, politicamente
falando.
O
direito de discordar faz parte da evolução da humanidade, em especial no que
diz respeito à faculdade de se expressar livremente, como forma de respeito aos
princípios democráticos.
Também
é preciso ficar patente que ninguém tem o direito de criticar o pensamento de
outrem, só porque discorda dele, de vez que isso evidencia que essa pessoa
pretende ser a dona da razão, quando cada qual tem a própria razão, ficando
bastante indelicado, deseducado mesmo, alguém tentar desmerecer o trabalho das
pessoas.
Fica
muito feio quando alguém se julga no direito de dizer que outra pessoa está
errada, dando a entender que somente ela está certa e outros estão errados ou
equivocados, sem ter argumento em contrário, que possa justificar a sua posição
em contrário.
Caso
alguém tenha conhecimento de informação de interesse público, é importante que
ela seja disseminada, mas não fica bem que as pessoas critiquem por prazer e
capricho pessoal, como tentativa de diminuir, sem a menor motivação, o
pensamento escrito das pessoas.
Trata-se
de pensamento retrógrado se imaginar que simples texto possa modificar a
mentalidade de alguém, salvo se o conteúdo dele seja realmente bastante
esclarecedor, a ponto de influenciar com ideias radicais.
É de se lamentar que os meus textos não consigam senão contribuir para lançar luzes às mentes ávidas pela verdade e por melhor conhecimento sobre os fatos da vida, porque é somente esse o meu verdadeiro objetivo.
Brasília, em 13 de abril de 2024
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