domingo, 28 de abril de 2024

A insensatez

 

Diante de crônica da minha lavra, que versa sobre a análise de mensagem que faz apelo ao estímulo ao bolsonarismo, onde eu disse sobre o equívoco dessa ideia sem causa alguma, em face de o político alvo ter contribuído por diversos malefícios ao interesse do Brasil e dos brasileiros, em especial pelo fato de ele ter deixado de implantar a garantia da lei e da ordem, quando a situação político-institucional do país se mostrava extremamente periclitante, em especial, por força da imposição do sigilo aos procedimentos inerentes às últimas eleições brasileiras, uma pessoa se insurgiu contra o meu texto, tendo escrito a mensagem a seguir.  

Adalmir, com todo respeito, não tenho o dom de escrever como você, infelizmente meus atributos são limitados, mas tenho uma boa sugestão para você amigão, aproveitando que fizemos parte da mesma caserna, na minha humilde opinião acho que Cuba, Venezuela, Coreia do Norte, China... e outros, gostaria muito de adotar pessoas com pensamentos assim!”.

Em resposta, eu disse que realmente quanto à cegueira das pessoas, que só conseguem enxergar aquilo que lhes interessam, tanto naqueles países citados acima como aqui no Brasil, quando os seguidores fanáticos, tanto da direita como da esquerda, não conseguem enxergar falhas nas suas lideranças políticas, como se elas tivessem o dom maravilhoso de tudo fazerem para o bem da sociedade, quando os fatos mostram que elas são verdadeiros aproveitadores da imaturidade política.

Na verdade, o que essa pessoa se refere como “pensamento sim”, sem especificar o que realmente ela quis dizer, imagino que seja exatamente o que eu escrevi e o que consta do texto exprime pura realidade, porque ele reflete precisamente o que aconteceu na história política brasileira, em que pese seguidores fanatizadas simplesmente ignorarem.

A ideia de minimização dos fatos é própria do instinto e da cegueira obsequiosa da ideologia, como forma de aceitação pacífica dos malfeitos protagonizados por seus ídolos, não se permitindo que sejam vistos os fatos exatamente como eles realmente aconteceram.

Isso é o que os idólatras do bolsonarismo deixam transparecer, na tentativa de pregar a “imaculabilidade” da pessoa do seu líder, que, lamentavelmente negou o Brasil, ao deixar de implantar, nas piores circunstâncias políticas brasileiras, a intervenção militar, tão necessária de moralização do país, talvez por medo de ser preso por subordinado, que poderia ter sido exonerado e preso, tudo com absoluto respaldo na Constituição.

Esse fato evidencia acentuada índole de covardia de um homem público, cujo absurdo procedimento é convalidado por todos aqueles que o idolatram, pessoas essas que não se envergonham de terem entregado o Brasil à banda podre da política brasileira, que implantou o atual sistema de perseguições e arbitrariedades, que vem castigando até mesmo o “todo-poderoso”, ídolo dos ingênuos bolsonaristas.

Essa situação calamitosa poderia ter sido evitada se ele tivesse o mínimo de sensibilidade política, para saber que o destino do Brasil não seria diferente da lástima que se encontra, na atualidade, por obra e graça da incompetência e da irresponsabilidade políticas, que ainda contam com o entusiasmado apoio de pessoas insensatas e cegas pela ideologia.

A verdade cada vez mais se consolida, no sentido de que o povo tem os seus representantes políticos que merece, de vez que ambos têm a mesma mentalidade política, em que importa apenas seus projetos políticos, em detrimento dos interesses nacionais.

Em síntese, com a mentalidade política dos brasileiros, tanto da direita quanto da esquerda, que não se interessam em se evoluir, conforme mostram as suas manifestações, em termos políticos, por serem apenas capazes de apoiar pessoas incompetentes, insensatas e irresponsáveis, o Brasil continuará atolado nesse lamaçal pútrido, patinando nesse mar de insensatez, repitam-se, graças ao seu povo, infelizmente.

Brasília, em 28 de abril de 2024

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