Conforme
mensagem que circula nas redes sociais, a manifestação marcada para o Rio de
Janeiro tem agenda definida, em essência, no sentido de dar continuidade às manifestações
iniciadas em São Paulo; registrar fotografia histórica; expor ao mundo o
cenário político atual do Brasil; defender o Estado Democrático de Direito;
combater a divulgação da minuta do golpe, tida por fake news.
Em
crônica recente, eu estranhei, com espanto, a absoluta falta de agenda contendo
medidas capazes de realmente justificar manifestação de tamanha magnitude, com
a mobilização que exige o sacrifício de pessoas, para, de concreto, não se
resolver absolutamente nada, em defesa da verdadeira democracia.
Refiro-me
às medidas concretas e com efetividade para combater os atos de incompetência,
abusividade, arbitrariedade e inconstitucionalidade, que são reclamados pelos
brasileiros.
Sim,
é preciso que surja competência para se criar propostas corajosas e que tenham
substancialidade no seu bojo, para contrapor, na raiz, todos e cada ato que
extrapolarem os princípios democráticos.
Sim,
falta iniciativa ambiciosa no sentido de não mais se aceitar o império da
tirania, que adota as medidas da maldade com absoluta vigência e eficácia, sem
ninguém se atrever a sequer contestar por meio de recursos em cada caso, mesmo
que não logrem êxito, como é normalmente previsível, mas o recurso é mecanismo
democrático de se mostrar para o Brasil e o mundo as atrocidades praticadas
contra os direitos civis e individuais.
O
que se percebe é a tranquila continuidade dos abusos de medidas
antidemocráticas justamente diante da falta de imediata interposição de
recursos à altura delas, em forma de contestação contundente e concreta,
mostrando forma muito clara de irresignação contra o desprezo aos direitos
humanos, em especial no diz respeito às liberdades de expressão, conquanto há medidas
que limitam a livre manifestação, com prisões e medidas restritivas, que são
incompatíveis com a plena liberdade de pensamento.
À
toda evidência, não passam de perfumaria as medidas constantes da agenda para a
próxima manifestação, no Rio de Janeiro, uma vez que nada ali, conforme a sua
transcrição acima, tem força para combater as maldades e os abusos contra o
Estado Democrático de Direito, permitindo que o sistema dominante continue
agindo livre, leve e muito à vontade, exatamente por falta de atos com força de
muito maior intensidade, mostrando que o arbítrio precisa ter limites.
Os
verdadeiros brasileiros precisam se conscientizar sobre a urgente reação às
medidas contrárias aos princípios democráticos e constitucionais, não por meio
de inócua e insipiente manifestação, mas sim por meio de atos de contestação
com fundamentos capazes de mostrar a descaracterização dos argumentos
utilizados pela tirania.
Brasília, em 13 de abril de 2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário