A
presidente da República afastada nunca admitiu as acusações de irregularidades
na sua campanha à reeleição, tendo rechaçado prontamente as denúncias sobre o
recebimento de doações por fora de construtoras.
Tempos
atrás, ela foi enfática ao afirmar que “Eu
não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha
qualquer irregularidade (…), porque
não houve”, mas as revelações da Operação Lava-Jato estão contribuindo para
a mudança da entonação que antes era de completa convicção para a descoloração cada
vez mais de insegurança.
Para
engrossar o caldo, o marqueteiro da campanha à reeleição da petista e sua
mulher deixaram claro, diante do juiz de Curitiba, que receberam dinheiro pelo
caixa dois na campanha presidencial de 2010.
Diante
disso, a petista ressaltou que “Não
autorizei pagamento de caixa dois a ninguém. (…) Se houve, não foi com meu conhecimento” e poucos dias depois, foi
dada outra importante justificativa pela presidente afastada, de que “Minha campanha não tem a menor responsabilidade
sobre em que condições pagou-se dívida remanescente da campanha de 2010. (…)
Ele (o marqueteiro) tratou essa questão com a tesouraria do PT”,
o que se permite a inferência de que, em pouquíssimo tempo, não se
sustentou a enfática negativa da existência de dinheiro sujo, que saltou do “eu não sabia” para ser substituída, de
forma surpreende e estranha, para a afirmação dita pela petista de que “a culpa é do partido”, como que
admitindo, agora, que houve sim irregularidade que ela é obrigada a aceitar,
porque não há outra alternativa.
A
dinâmica dos acontecimentos proporciona forte surpresa com relação à matéria em
comento, porque, no encaminhamento da delação premiada feita à Procuradoria Geral
da República, o marqueteiro e sua mulher disseram, sem meias palavras, que a
presidente afastada não só sabia da existência do caixa dois como era ela que aprovava
as operações consideradas ilegais.
De
acordo com o citado casal, a petista não só conhecia como controlava tudo,
inclusive os detalhes do custo exato da campanha e o valor que era declarado
oficialmente e que a diferença de valor, de algumas dezenas de milhões de
reais, era proveniente de empresas envolvidas na roubalheira dos cofres da
Petrobras.
Eles
também disseram que parte dos recursos, oriundos de propinas avalizadas pela
petista, foi usada até para pagar despesas pessoais dela, conforme compras das
acusações constantes de mais de dez capítulos denominados de “anexos”,
apresentados sob a forma de documentos.
Segundo
o site de VEJA, os detalhes do acordo do marqueteiro foram finalizados em uma
reunião realizada com integrantes da Procuradoria Geral da República. O texto
do citado site diz que “Quem leu os
anexos garante: o mago do marketing petista, que ajudou a construir a imagem de
Dilma, está agora armado com provas para fulminá-la.”.
Ao
que tudo indica, a delação premiada em tela pode desmascarar de uma vez por
todas as levianas mentiras da presidente afastada, que vem negando
insistentemente a inexistência de fatos efetivamente acontecidos e que as
provas não deixam dúvidas sobre isso, fato que contribui muitíssimo para
mostrar que mentira tem pernas curtas e a sua revelação serve de marco para se
confirmar que o governo petista esteve sempre envolvido em farsas prejudicais ao
interesse público, eis que o partido se articulava por meios de métodos capazes
de destruir os princípios da ética e da moralidade, à vista das monstruosas mentiras
arquitetadas contra seus adversários e propriamente a real situação econômica
do país, que já se encontrava mergulhado na terrível recessão, cujas contas
públicas não se sustentavam, diante de alarmante rombo, em razão da gastança
irresponsável da gestão petista.
O
certo é que, de mentira em mentira, a presidente afastada conseguiu a pior
marca dos presidentes brasileiros, tendo sido considerada a pior presidente de
todos os tempos, em razão da incompetência e dos resultados malévolos para o
país e os brasileiros.
Caso
sejam confirmadas as assertivas do marqueteiro da campanha petista, que, em
princípio, por terem sido ditas em delação premiada, não podem conter
inverdades, sob pena de perder validade para o fim da compensação do benefício
que tem direito o colaborador, a presidente afastada perde o retinho da
credibilidade que tinha dos brasileiros que imaginavam que ela ainda não havia
mentido a sua cota restante.
É
evidente que as mentiras que ela disseminou na última campanha eleitoral já
eram suficientes para o esgotamento da cota razoável para as pessoas com o
mínimo de razoabilidade e seriedade.
Agora
continuar mentindo, mesmo ainda estando como presidente do país afastada, que
representa o maior cargo da nação, não se compraz com a dignidade que se pode
esperar das pessoas públicas, que devem se comportar, no mínimo, com
honestidade de propósito capaz de transmitir para a sociedade equilíbrio e
seriedade.
Na
verdade, não fica nada bem para quem ainda pretende comandar a nação com as
potencialidades do Brasil ser apanhada em contumazes mentiras, com o objetivo
de defender seu retorno ao poder, o que apenas demonstra falta de dignidade
para assumir seus atos, de vez que, contra a verdade, não há salvação e, nesse
caso, o peso da delação põe por terra todo esforço de a presidente afastada
reconquistar o principal trono da nação, porque o seu moral simplesmente
despencou do maior despenhadeiro político imaginável, para se estatelar ao chão.
Os
fatos conspiram para mostrar que a presidente afastada não tem as mínimas
condições para olhar nos olhos dos brasileiros, que não suportam mais tantas
mentiras deslavadas, em nome da dominação absoluta e da perenidade no poder,
que são os únicos projetos visados pelo pior partido existente na face da
terra, à luz de seus atos e dos fatos que são frequentemente revelados à nação,
todos em absoluta contrariedade aos princípios da verdade, dignidade e
autenticidade, entre outros, que sempre devem imperar nas nações sérias e
evoluídas, política e democraticamente. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 02 de agosto de 2016
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