terça-feira, 2 de agosto de 2016

As provas da destruição


A presidente da República afastada nunca admitiu as acusações de irregularidades na sua campanha à reeleição, tendo rechaçado prontamente as denúncias sobre o recebimento de doações por fora de construtoras.  
Tempos atrás, ela foi enfática ao afirmar que “Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade (…), porque não houve”, mas as revelações da Operação Lava-Jato estão contribuindo para a mudança da entonação que antes era de completa convicção para a descoloração cada vez mais de insegurança.
Para engrossar o caldo, o marqueteiro da campanha à reeleição da petista e sua mulher deixaram claro, diante do juiz de Curitiba, que receberam dinheiro pelo caixa dois na campanha presidencial de 2010.
Diante disso, a petista ressaltou que “Não autorizei pagamento de caixa dois a ninguém. (…) Se houve, não foi com meu conhecimento” e poucos dias depois, foi dada outra importante justificativa pela presidente afastada, de que “Minha campanha não tem a menor responsabilidade sobre em que condições pagou-se dívida remanescente da campanha de 2010. (…) Ele (o marqueteiro) tratou essa questão com a tesouraria do PT”, o que se permite a inferência de que, em pouquíssimo tempo, não se sustentou a enfática negativa da existência de dinheiro sujo, que saltou do “eu não sabia” para ser substituída, de forma surpreende e estranha, para a afirmação dita pela petista de que “a culpa é do partido”, como que admitindo, agora, que houve sim irregularidade que ela é obrigada a aceitar, porque não há outra alternativa.
A dinâmica dos acontecimentos proporciona forte surpresa com relação à matéria em comento, porque, no encaminhamento da delação premiada feita à Procuradoria Geral da República, o marqueteiro e sua mulher disseram, sem meias palavras, que a presidente afastada não só sabia da existência do caixa dois como era ela que aprovava as operações consideradas ilegais.
De acordo com o citado casal, a petista não só conhecia como controlava tudo, inclusive os detalhes do custo exato da campanha e o valor que era declarado oficialmente e que a diferença de valor, de algumas dezenas de milhões de reais, era proveniente de empresas envolvidas na roubalheira dos cofres da Petrobras.
Eles também disseram que parte dos recursos, oriundos de propinas avalizadas pela petista, foi usada até para pagar despesas pessoais dela, conforme compras das acusações constantes de mais de dez capítulos denominados de “anexos”, apresentados sob a forma de documentos.
Segundo o site de VEJA, os detalhes do acordo do marqueteiro foram finalizados em uma reunião realizada com integrantes da Procuradoria Geral da República. O texto do citado site diz que “Quem leu os anexos garante: o mago do marketing petista, que ajudou a construir a imagem de Dilma, está agora armado com provas para fulminá-la.”.
Ao que tudo indica, a delação premiada em tela pode desmascarar de uma vez por todas as levianas mentiras da presidente afastada, que vem negando insistentemente a inexistência de fatos efetivamente acontecidos e que as provas não deixam dúvidas sobre isso, fato que contribui muitíssimo para mostrar que mentira tem pernas curtas e a sua revelação serve de marco para se confirmar que o governo petista esteve sempre envolvido em farsas prejudicais ao interesse público, eis que o partido se articulava por meios de métodos capazes de destruir os princípios da ética e da moralidade, à vista das monstruosas mentiras arquitetadas contra seus adversários e propriamente a real situação econômica do país, que já se encontrava mergulhado na terrível recessão, cujas contas públicas não se sustentavam, diante de alarmante rombo, em razão da gastança irresponsável da gestão petista.
O certo é que, de mentira em mentira, a presidente afastada conseguiu a pior marca dos presidentes brasileiros, tendo sido considerada a pior presidente de todos os tempos, em razão da incompetência e dos resultados malévolos para o país e os brasileiros.
Caso sejam confirmadas as assertivas do marqueteiro da campanha petista, que, em princípio, por terem sido ditas em delação premiada, não podem conter inverdades, sob pena de perder validade para o fim da compensação do benefício que tem direito o colaborador, a presidente afastada perde o retinho da credibilidade que tinha dos brasileiros que imaginavam que ela ainda não havia mentido a sua cota restante.
É evidente que as mentiras que ela disseminou na última campanha eleitoral já eram suficientes para o esgotamento da cota razoável para as pessoas com o mínimo de razoabilidade e seriedade.
Agora continuar mentindo, mesmo ainda estando como presidente do país afastada, que representa o maior cargo da nação, não se compraz com a dignidade que se pode esperar das pessoas públicas, que devem se comportar, no mínimo, com honestidade de propósito capaz de transmitir para a sociedade equilíbrio e seriedade.
Na verdade, não fica nada bem para quem ainda pretende comandar a nação com as potencialidades do Brasil ser apanhada em contumazes mentiras, com o objetivo de defender seu retorno ao poder, o que apenas demonstra falta de dignidade para assumir seus atos, de vez que, contra a verdade, não há salvação e, nesse caso, o peso da delação põe por terra todo esforço de a presidente afastada reconquistar o principal trono da nação, porque o seu moral simplesmente despencou do maior despenhadeiro político imaginável, para se estatelar ao chão.
Os fatos conspiram para mostrar que a presidente afastada não tem as mínimas condições para olhar nos olhos dos brasileiros, que não suportam mais tantas mentiras deslavadas, em nome da dominação absoluta e da perenidade no poder, que são os únicos projetos visados pelo pior partido existente na face da terra, à luz de seus atos e dos fatos que são frequentemente revelados à nação, todos em absoluta contrariedade aos princípios da verdade, dignidade e autenticidade, entre outros, que sempre devem imperar nas nações sérias e evoluídas, política e democraticamente. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 02 de agosto de 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário