O
líder da revolução cubana, afastado do poder há dez anos, em razão de doença
grave, apareceu em público para ser homenageado por seus súditos, pelo
transcurso de seu aniversário de 90 anos, conforme imagens transmitidas pela
televisão estatal.
Dias
antes, o ditador aposentado havia distribuído artigo onde ele se referiu à
histórica rivalidade com os Estados Unidos da América e criticou o presidente daquele
país pela falta de "altura"
em seu discurso durante a recente visita dele ao Japão, nestes termos: "Lhe faltaram palavras para desculpar-se pela
matança de centenas de milhares de pessoas em Hiroshima, apesar de conhecer os
efeitos da bomba (nuclear)", disse o líder da Revolução cubana, que omitiu
os famosos atos de fuzilamento em massa, no paredão.
Embora
ele tenha se manifestado contrário a cultura à sua imagem enaltecida ao longo
de sua trajetória, a data foi amplamente celebrada pelo regime comunista. Segundo
os dados, uma de suas primeiras proibições após o triunfo da revolução foi
determinar que não haveria estátuas suas, nem ruas com seu nome.
Segundo
o cerimonial cubano, não há evento oficial de aniversário previsto em homenagem
ao ditador, mas o governo cubano vem organizando homenagens a ele, por meio de
exposições fotográficas a documentários, além de publicação de livros sobre
seus discursos e da realização de shows e eventos musicais.
A
revista cubana “Bohemia” vai dedicar edição inteira ao ditador e o site
Cubadebate criou página para relembrar seu trabalho, enquanto o programa da TV
cubana Mesa Redonda dedicou edição de conversas sobre a "lendária capacidade de Fidel de prever o
futuro". Além disso, há adesivos na capital cubana com o slogan
oficial fazendo alusão às celebrações do aniversário em apreço.
A
história registra que esse homem é um genocida, que mantém seu povo sob o
regime escravocrata ao longo de mais de cinco décadas, sob a dominação opressora
da falta de liberdade, em que inexistem os direitos humanos e o respeito aos
princípios democráticos, prevalecendo, ao contrário, severas e cruéis punições
aos seus opositores, inclusive com a pena de morte, enquanto a classe dominante
usufrui as graças e as benesses da fartura nos palácios, tudo em nome da
revolução comunista.
O
melhor exemplo de condenação ao regime comunista vem de quem conhece a
intimidade do poder cubano, na palavra da filha do ditador-mor, que afirmou, in verbis: "Meu pai chegou a ser um líder amado, no início, mas hoje não passa de
um assassino comum, um bandido que mantém seu próprio povo na miséria comunista
e na ausência absoluta de perspectivas para o futuro".
Tem
um ditado que diz que vazo ruim não quebra. O ditador cubano, responsável por
fuzilar milhares de pessoas, sem a menor piedade, em nome da dominação da
ditadura sangrenta, desumana e da perenidade no poder absoluto, ainda tem a
indignidade de criticar o presidente norte-americano de não se referir às
mortes em Hiroshima, no Japão, deixando de mencionar seus atos de extermínio
humano, em nome da Revolução cubana.
É
muito estranho que os órgãos de comunicação oficial não façam qualquer menção à
matança comandada pelo aniversariante e muito menos sobre a degeneração social,
política, econômica, democrática, entre outras, sob o comando de pessoa com
mentalidade retrógrada que conseguiu distanciar seu país e povo do resto do
mundo civilizado, negando a eles o usufruto das conquistas e dos avanços
científico e tecnológico, possibilitando que aquela nação esteja agora a
ano-luz da realidade mundial, em termos de modernidade e de conforto
propiciados à humanidade.
Diante
do seu histórico de maldades, crueldades e tantos atos que contribuíram para a
degeneração do povo cubano, essa data jamais deveria ser lembrada para celebração
de um “herói”, mas sim de moção de desagravo, pelo nascimento de pessoa tão
perniciosa à humanidade, por ter sido responsável por genocídio e destruição
das esperanças do povo cubano de viver com a dignidade usufruída nas nações
civilizadas. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 14 de agosto de 2016
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