sábado, 18 de outubro de 2025

A volta ao poder

Em mensagem que circula na internet, alguém formula a seguinte pergunta, diante de imagem mostrada ao fundo da mensagem do último ex-presidente do país: “Quem aí torce para ele voltar a ser presidente?

Pelas respostas afirmativas das pessoas, que são quase a totalidade delas, percebe-se claramente que muitos brasileiros torcem para que o candidato indicado junto à resposta volte ao poder, em 2027.

Imagina-se que isso decorre da ideologia política, que tem a força e a capacidade mágicas de indução do voto favorável ao candidato, sem qualquer reflexão sobre o que realmente precisa ser melhor para o Brasil nem que o político se encontra ilhado de problemas pessoais para solucionar, mas demonstra gigantesca dificuldade para se desvencilhar deles, que são de tamanha complexidade que o bom senso e sensatez dizem que eles são totalmente incompatíveis com o pensamento de somente voltar ao poder, quanto mais de efetivamente assumi-lo.

Ninguém se mostra minimamente preocupado sobre a complicada situação de antagonismo prevalente, que, por último, o levou à prisão, mesmo sem a devida comprovação de culpabilidade, na certeza de que tudo isso tem  sérias implicações com a governança do país?

Se ele estaria em condições de enfrentar a força do sistema que o colocou na cadeia, caso ele seja eleito e mesmo se elegendo, ainda assim, se ele terá permissão para tomar posse, o que é bastante improvável, diante da dúvida que persiste se ele já não teria sido eleito, em 2022?

Mesmo na compreensão de que ele seria excelente candidato, existem vários fatores que aconselham que esse político não volte a ser presidente do país, no próximo pleito, em especial em face do seu envolvimento extremamente antagônico com o sistema dominante, que tem feito tudo para afastá-lo da vida pública, conforme mostram os fatos.

Isso, por si só, já seria mais do que suficiente para que ele nem pense em política tão cedo, quando a sua prioridade, no momento, à luz do bom senso, da sensatez e da racionalidade, precisa ser  justamente a limpeza do seu nome perante a Justiça, diante da complexidade dos fatos que merecem cuidados especiais e exclusivos.

Na verdade, o seu envolvimento na política, nas condições  atuais de absoluta adversidade, termina sendo prejudicial tanto para ele como para o país, por ele não encontrar o necessário sossego para governá-lo, cujo resultado certamente seria extremamente  prejudicial para ambos.

Aconselham-se que o político apele para o senso da razoabilidade e decida se dedicar, exclusivamente, aos assuntos que dizem respeito às causas pessoais, para o fim de se liberar de todos os embaraços, evidentemente para o seu bem e o do Brasil.

            Brasília, em 17 de outubro de 2025 

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