Na verdade,
o homem precisa ser muito ingênuo para acreditar na promessa de que “não se
preocupe porque Deus abre as portas”.
Nunca se
viu, em tempo algum, o Ser supremo abrir portas, mas é possível, sim, que Ele
opere milagres, milagres estes que se processam como consequência da bondade,
da caridade e das boas-venturanças praticadas, porque essas atitudes realmente
têm influência direta na obtenção do milagre, que se efetiva pela generosidade
divina de compreender que só assim existem méritos na sua concessão.
Ou seja,
não há a menor possibilidade material para Deus vir abrir portas, no sentido
prático da ação em si, mas a realização de milagres isso é viável, em razão da
ação direta dos beneficiados, que fizeram e fazem por merecê-lo, por terem
agido segundo os preceitos de amor ínsitos no Evangelho de Jesus Cristo, em
forma das sagradas ações de amor a si e ao próximo, segundo os ensinamentos
cristãos inspirados na valorização do ser humano.
Sim, é
absolutamente impossível se impedir a ação de Deus, mas ela somente se
compatibiliza com a magnitude do amor predominante no coração de quem dela se
beneficia, que precisa se esforçar para o reconhecimento da graça celestial e é
exatamente dessa forma que se deflui da vontade sobre a avaliação suprema de
Deus, que certamente valoriza os seus milagres na equiparação do verdadeiro
mérito dos beneficiários, na constância da prática do bem e do amor ao próximo.
Em
síntese, parece possível se concluir que as portas celestiais serão abertas
para a operação dos milagres de Deus, precisamente para as pessoas que
estiverem em condições cristãs do recebimento das graças do amor divino.
Brasília,
em 14 de outubro de 2025
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