Não resta
a menor dúvida de que esse maravilhoso acontecimento no país tupiniquim seria a
melhor notícia imaginada pelos brasileiros, mas só se o país fosse merecedor de
verdadeiro milagre operado pelos deuses da política.
Não se
tem como fazer ideia sobre a formação eleitoral dos bolivianos, mas a
verdadeira índole de expressiva parte dos eleitores brasileiros, essa sim, é
bastante conhecida nas suas raízes de indiscutível mediocridade, em que eles vêm
sendo dominados sob cabrestos, mediante a vileza da compra disfarçada da sua
consciência eleitoral, em proveito de grupo político inescrupuloso, que tudo
faz para se manter no poder.
É
exatamente essa parte do eleitorado que contribui para eleger os políticos que
têm como único projeto a ativa manutenção de programas assistencialistas, sem
absolutamente produzir nada substancial em benefício do progresso
socioeconômico, em forma de desenvolvimento para o país, mas apenas tem-se como
meta política a alimentação do pobreza e da miséria de parte do eleitorado que
sustenta a mediocridade que domina o país, conforme mostram os fatos históricos.
Ao
contrário disso, a parte da dominação política não tem nenhum interesse em
investir em projetos que visem ao incentivo à industrialização e ao
empreendedorismo, como forma de criação de empregos, que serviriam como
contraponto para a drástica e progressiva diminuição dos programas
assistencialistas governamentais.
A verdade
é que, enquanto houver, no país, essa indigna e vergonhosa máquina de produção
eleitoral de índole visivelmente inescrupulosa e degradante, à frente dos
saudáveis princípios da seriedade e da credibilidade sociopolíticas, não se
pode acreditar em mudanças moralizadoras no sistema eleitoral brasileiro, ante
à notória distorção da normalidade de votação, em que, basicamente, quem decide
sobre aquele que deve presidir o país é o eleitorado beneficiado com programas
eleitoreiros administrados precisa e exclusivamente para essa finalidade.
Isso
constitui clara afirmação de verdadeira situação anômala, em que sistema
esdrúxulo e excrescente tem prevalência aceitável pela própria sociedade, que
admite a legitimidade de algo notoriamente irregular, uma vez que são
utilizados recursos públicos para a compra indireta de votos, sob o transviado
argumento da ajuda constitucionalmente válida para a manutenção do
assistencialismo à pobreza, porque isso faz parte da incumbência governamental
de ajuda às famílias carentes financeiramente.
Urge que
se busque alternativa séria, prática e eficiente à mudança dessa gravíssima
anomalia política, de modo que seja obrigada, por meio constitucional, a
destinação de substancial parcela de recursos públicos, em equivalência ao
mesmo quantitativo aplicado em programas assistencialistas, em incentivo aos
investimentos em obras públicas e inventivo à industrialização e ao
empreendedorismo nas localidades de maior carência social, como forma de
fomento ao seu desenvolvimento socioeconômico e à diminuição gradual da
dependência aos programas governamentais.
Nessa
mesma linha de medida providencial, convém que os políticos conservadores,
especialmente aqueles contrários ao assistencialismo governamental, precisam
trabalhar junto ao eleitorado beneficiado desses programas em defesa da
instituição dos citados programas de investimentos. mostrando a importância
deles para a própria comunidade, à vista da natural criação de empregos e da sua dignidade.
Enfim,
como se tem plena certeza de que nada do que se propõe de mudanças sejam
implementadas, infelizmente o Brasil continuará normalmente como se encontra, com a mediocridade das
condições político-eleitorais, sem quaisquer perspectivas sobre a alternância
de poder, porque a própria sociedade a aceita como sendo legitimamente válida
esse deplorável o sistema vigente.
Brasília,
em 22 de outubro de 2025
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