Neste livro, resolvi
homenagear, com especial carinho, um pouco das reminiscências do meu passado em
Uiraúna, Paraíba, mais especificamente sobre a Praça Padre França, em memória
da história estritamente juvenil, que felizmente guardo com carinho, dizendo
que se trata de lugar que deixou marcas indeléveis na minha vida.
Entendo que essa forma
de resgate da história diz muito com o carinho que demonstro, em forma de amor
sobre o que senti e vivi, ainda como jovem que sempre participei ativamente de
muitas atividades oferecidas pela amada e saudosa praça.
Tenho a alegria, em agradecimento a Deus, por eu ainda conseguir memorizar importantes lembranças desse
lugar sagrado, que permanece em mim, na forma de muitas e eternas saudades,
dizendo que isso me faz muito feliz em ter vivido bons tempos na praça querida.
Em coerência com a dedicatória do
livro, a capa tem a fotografia da Praça Padre França, com a reafirmação da
homenagem e do amor que lhe dedico.
Transcrevo, a seguir, com eterno carinho,
um pouco do meu sentimento de amor à inesquecível e
amada praça da minha juventude.
“DEDICATÓRIA
É com o coração cheio de alegria que dedico este livro à
memória da inesquecível Praça Padre França, situada em Uiraúna, Paraíba, que
certamente foi cenário de importantes momentos na minha juventude, onde se
realizaram alegrias e excelentes divertimentos junto com bons e saudosos amigos
e amigas.
Tenho lindas e eternas lembranças desse lugar sagrado onde
se concentrava o povo da cidade para a comemoração da alegria e do prazer,
principalmente nos momentos de festas, quando quase toda população se dirigia
para lugar tão aprazível.
Digo que
hoje e sempre me lembro, com eternas saudades da mais importante praça de
Uiraúna, onde eu tive realmente momentos de muita importância na vida.
Na minha
época, lá existia a essência do verdadeiro calor humano, pois quase sempre ela
servia de palco especial para a reunião das pessoas queridas, em cuja ocasião a
amizade se nutria com a força das conversas animadas e construtivas próprias da
juventude ansiosa por alcançar os melhores e mais altos degraus da escala
social, sempre vislumbrando alternativas capazes da implementação dos desejos
pretendidos.
Como não
ter saudade dos bancos de cimento, em forma de S inclinado, onde a gente se
sentava, depois das inúmeras voltas nos canteiros de flores que ornavam toda a
praça.
Na época
de festa, era quase impossível se transitar ali, pois as pessoas se concentram
a um só tempo e a animação ficava por conta do verdadeiro aglomerado de pessoas
felizes.
Como
acontecia normalmente nas praças de cidades da época, a minha geração foi
ricamente privilegiada com a capacidade criativa do genial Pêta, que sustentava
especial programa radiativo, quase todas as noites, com a promoção de lindas
músicas do repertório nacional, que só contavam com cantores de escol, da
estirpe de Nelson Gonçalves, Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Cauby Peixoto, Ângela
Maria, Altemar Dutra e os astros da Jovem Guarda, que estavam no começo do
sucesso, entre tantos outros artistas consagrados nacional e
internacionalmente.
O
trabalho sob a batuta do mestre Pêta ganhou relevância especial, evidentemente
além da beleza das músicas, com o atendimento daquelas que eram dedicadas a
pedido de alguém cheio de amor no coração, que as direcionava à pessoa querida,
como prova de seu verdadeiro amor.
Nessa
praça, aconteceu um fato da maior importância na minha vida, quando o menino
Adalmir, em dia solene, memorável e ensolarado de 7 de setembro, representou,
com a mais sublime autenticidade, a figura de dom Pedro I, tendo protagonizado
o histórico Grito do Ipiranga, ao proclamar a Independência do Brasil.
Acredito
piamente que Uiraúna se orgulhou do seu filho poderoso, o príncipe regente
improvisado, que estava, por obra da genialidade da professora Lourdinha
Bastos, paramentado com os trajes de gala apropriados, inclusive empunhando
espada original do império, em cena realmente inesquecível e magistral (Vide
foto).
Pois bem,
nem tudo são flores, como única não muito boa lembrança da praça, cito a
experiência que tive em momento de muita intensidade da minha vida, quando
assimilei quantidade enorme de lança-perfume, que era entorpecente bastante
usado livremente por ocasião do carnaval.
Só sei
que aspirei a droga e me apaguei completamente por tempo suficiente para que eu me isolasse do mundo, em
verdadeiro transe psicótico, por tempo quase interminável, deixando as pessoas
presentes preocupadas.
Nas
lindas epopeias vividas na praça, além das pessoas que estavam sempre lá, tinham
os vendedores de guloseimas e outros produtos e um deles, certamente o mais
importante de todos, se chamava pelo nome de Raimundo Foboca, que
invariavelmente lá estava, ocupando o seu sagrado ponto perto da estátua do
padre França, com os seus roletes, a quem, aproveitando o ensejo, presto minha
modesta homenagem, por ele ter sido pessoa amiga e amada por todos os
frequentadores da praça.
Lembro da
existência, não por muito tempo, do cafezinho que era servido no monumento
central da praça, que foi muito pouco utilizado.
Enfim,
sei perfeitamente que se trata da mesma praça, mas nada mais é igual, porque os
bancos já são outros, os canteiros de lindas flores foram substituídos,
incontáveis vezes, e as maravilhosas e antigas amizades restam pouquíssimas,
mas a saudade dela isso só aumenta na lembrança de bons e saudáveis momentos da
minha vida.
O certo é
que realmente o tempo passou e sessenta anos se foram dos meus contados íntimos
com a praça sempre amada, mas eu nunca esqueci a felicidade proporcionada por
seus encantos, porque a minha vivência nela deixou fincadas em mim as melhores
marcas, em forma de eterna saudade.
Sei que a alegria e a felicidade invadem o meu coração,
pela maravilhosa oportunidade que tenho,
agora, para dedicar este livro à amada e saudosa Praça Padre França, por ter
sido atrativo especial da minha diversão juvenil.
Isso demonstra o interesse de evidenciar o sentimento
guardado em mim sobre as ótimas lembranças e o amor que permanecem em mim,
porque vivi saudáveis momentos da minha existência nessa praça, que fica à
frente da casa em que eu morava.
Enfim, agradeço a generosidade divina em me permitir o
usufruto das alegrias vividas na sempre querida Praça Padre França, local
maravilhoso que certamente me proporcionou muitas felicidades, de quem venho
acumulando naturais e eternas saudades...!”.
Brasília, em 7 de outubro de
2025
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