terça-feira, 7 de outubro de 2025

Publicação do meu 83º livro

  

É com muita alegria no coração que concluo mais uma obra literária, com a publicação do meu octogésimo terceiro (83º) livro, cuja efeméride tem se tornado motivo de importante estímulo para o acréscimo de saudáveis energias que alimentam minhas fontes criadoras e inspiradoras, considerando que necessito delas para a continuidade das profícuas atividades de escrever textos sobre os múltiplos fatos da vida.

Neste livro, resolvi homenagear, com especial carinho, um pouco das reminiscências do meu passado em Uiraúna, Paraíba, mais especificamente sobre a Praça Padre França, em memória da história estritamente juvenil, que felizmente guardo com carinho, dizendo que se trata de lugar que deixou marcas indeléveis na minha vida.

Entendo que essa forma de resgate da história diz muito com o carinho que demonstro, em forma de amor sobre o que senti e vivi, ainda como jovem que sempre participei ativamente de muitas atividades oferecidas pela amada e saudosa praça.

Tenho a alegria, em agradecimento a Deus, por eu ainda conseguir memorizar importantes lembranças desse lugar sagrado, que permanece em mim, na forma de muitas e eternas saudades, dizendo que isso me faz muito feliz em ter vivido bons tempos na praça querida.

Em coerência com a dedicatória do livro, a capa tem a fotografia da Praça Padre França, com a reafirmação da homenagem e do amor que lhe dedico.

Transcrevo, a seguir, com eterno carinho, um pouco do meu sentimento de amor à inesquecível e amada praça da minha juventude.

                                      “DEDICATÓRIA

É com o coração cheio de alegria que dedico este livro à memória da inesquecível Praça Padre França, situada em Uiraúna, Paraíba, que certamente foi cenário de importantes momentos na minha juventude, onde se realizaram alegrias e excelentes divertimentos junto com bons e saudosos amigos e amigas.

Tenho lindas e eternas lembranças desse lugar sagrado onde se concentrava o povo da cidade para a comemoração da alegria e do prazer, principalmente nos momentos de festas, quando quase toda população se dirigia para lugar tão aprazível.

Digo que hoje e sempre me lembro, com eternas saudades da mais importante praça de Uiraúna, onde eu tive realmente momentos de muita importância na vida.

Na minha época, lá existia a essência do verdadeiro calor humano, pois quase sempre ela servia de palco especial para a reunião das pessoas queridas, em cuja ocasião a amizade se nutria com a força das conversas animadas e construtivas próprias da juventude ansiosa por alcançar os melhores e mais altos degraus da escala social, sempre vislumbrando alternativas capazes da implementação dos desejos pretendidos. 

Como não ter saudade dos bancos de cimento, em forma de S inclinado, onde a gente se sentava, depois das inúmeras voltas nos canteiros de flores que ornavam toda a praça.

Na época de festa, era quase impossível se transitar ali, pois as pessoas se concentram a um só tempo e a animação ficava por conta do verdadeiro aglomerado de pessoas felizes.

Como acontecia normalmente nas praças de cidades da época, a minha geração foi ricamente privilegiada com a capacidade criativa do genial Pêta, que sustentava especial programa radiativo, quase todas as noites, com a promoção de lindas músicas do repertório nacional, que só contavam com cantores de escol, da estirpe de Nelson Gonçalves, Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Altemar Dutra e os astros da Jovem Guarda, que estavam no começo do sucesso, entre tantos outros artistas consagrados nacional e internacionalmente.

O trabalho sob a batuta do mestre Pêta ganhou relevância especial, evidentemente além da beleza das músicas, com o atendimento daquelas que eram dedicadas a pedido de alguém cheio de amor no coração, que as direcionava à pessoa querida, como prova de seu verdadeiro amor.

Nessa praça, aconteceu um fato da maior importância na minha vida, quando o menino Adalmir, em dia solene, memorável e ensolarado de 7 de setembro, representou, com a mais sublime autenticidade, a figura de dom Pedro I, tendo protagonizado o histórico Grito do Ipiranga, ao proclamar a Independência do Brasil.

Acredito piamente que Uiraúna se orgulhou do seu filho poderoso, o príncipe regente improvisado, que estava, por obra da genialidade da professora Lourdinha Bastos, paramentado com os trajes de gala apropriados, inclusive empunhando espada original do império, em cena realmente inesquecível e magistral (Vide foto). 

Pois bem, nem tudo são flores, como única não muito boa lembrança da praça, cito a experiência que tive em momento de muita intensidade da minha vida, quando assimilei quantidade enorme de lança-perfume, que era entorpecente bastante usado livremente por ocasião do carnaval.

Só sei que aspirei a droga e me apaguei completamente por tempo suficiente  para que eu me isolasse do mundo, em verdadeiro transe psicótico, por tempo quase interminável, deixando as pessoas presentes preocupadas.

Nas lindas epopeias vividas na praça, além das pessoas que estavam sempre lá, tinham os vendedores de guloseimas e outros produtos e um deles, certamente o mais importante de todos, se chamava pelo nome de Raimundo Foboca, que invariavelmente lá estava, ocupando o seu sagrado ponto perto da estátua do padre França, com os seus roletes, a quem, aproveitando o ensejo, presto minha modesta homenagem, por ele ter sido pessoa amiga e amada por todos os frequentadores da praça.

Lembro da existência, não por muito tempo, do cafezinho que era servido no monumento central da praça, que foi muito pouco utilizado.

Enfim, sei perfeitamente que se trata da mesma praça, mas nada mais é igual, porque os bancos já são outros, os canteiros de lindas flores foram substituídos, incontáveis vezes, e as maravilhosas e antigas amizades restam pouquíssimas, mas a saudade dela isso só aumenta na lembrança de bons e saudáveis momentos da minha vida.

O certo é que realmente o tempo passou e sessenta anos se foram dos meus contados íntimos com a praça sempre amada, mas eu nunca esqueci a felicidade proporcionada por seus encantos, porque a minha vivência nela deixou fincadas em mim as melhores marcas, em forma de eterna saudade.

Sei que a alegria e a felicidade invadem o meu coração, pela maravilhosa  oportunidade que tenho, agora, para dedicar este livro à amada e saudosa Praça Padre França, por ter sido atrativo especial da minha diversão juvenil.

Isso demonstra o interesse de evidenciar o sentimento guardado em mim sobre as ótimas lembranças e o amor que permanecem em mim, porque vivi saudáveis momentos da minha existência nessa praça, que fica à frente da casa em que eu morava.

Enfim, agradeço a generosidade divina em me permitir o usufruto das alegrias vividas na sempre querida Praça Padre França, local maravilhoso que certamente me proporcionou muitas felicidades, de quem venho acumulando naturais e eternas saudades...!”.

Brasília, em 7 de outubro de 2025

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