terça-feira, 7 de outubro de 2025

Respeito à regra

 Como atrativos importantes do futebol, as principais regras estabelecem que a partida se efetiva com a participação de duas equipes, cada qual constituída de 11 (onze) jogadores, tendo a duração de 90 minutos, divididos em dois tempos de 45 minutos, cujo objetivo é a vitória por meio do placar de quem fizer mais gol no adversário, considerado o jogo empatado se houver igualdade de escore no final do jogo.

Pois bem, há de se ver que a igualdade de jogadores faz sentido para se manter a paridade isonômica entre as equipes, para que a disputa se mantenha justa quanto ao espírito da competição esportiva, que precisa se manter coerente com a regra fundamental de 11 jogadores em cada time e isso, como regra básica, precisa ser estritamente respeitado.

Se essa é a essência da regra, jamais se poderia imaginar que qualquer dos times possa jogar com jogador ou jogadores a menos do que o outro, porque isso quebra a pureza da competição, se permitindo a quebra notoriamente injustificável da estrutura cervical do sentido competitivo do certame, somente porque um jogador praticou grave erro, absolutamente normal no jogo, fato este que, em hipótese alguma, tem o condão de interferir na regra central da obrigatoriedade de 11 jogadores em campo.

Ou seja, convém que a inteligência primacial do futebol seja mantida e preservada, justamente para a consolidação da sua regra principal de se ter em campo sempre os mesmos 11 onze jogadores.

Para que essa normal central fosse quebrada, haveria de haver exceção no próprio texto, dizendo que o certame precisa ter 11 jogadores em cada time, salvo se alguém for eliminado durante o jogo, que é fato inexistente na regra.

Sim, não obstante, há importante regra que estabelece que o jogador que cometer falha grave durante o jogo deve ser expulso, que é algo compatível com a lisura da competição e o espírito esportivo, em que se compreende que quem contrariar o verdadeiro sentido de lealdade aos demais atletas deve, sim, ser excluído do jogo.

Nesse caso, fica patente que houve a quebra básica da não violência em campo, em que, de alguma forma, foi ferida a regra máter de respeito mútuo inerente à integridade física dos atletas e ao jogo limpo.

Agora, essa expulsão jamais poderia interferir na regra central da competição, no sentido de que a disputa deva se travar sempre entre 11 jogadores, que deve ser mantida assim, sem solução de continuidade, em que pese um entre eles precisar, circunstancialmente, ser eliminado, por comportamento incompatível com o primacial estatuto do futebol.

Nesse caso, o bom senso e a racionalidade recomendam que a competição precisa continuar precisamente com os mesmos 11 jogadores, bastando que a vaga do jogador eliminado seja preenchida imediatamente com a entrada de outro jogador, sob o argumento ainda de que o desfalque do time não pode prejudicar direta e injustamente o seu clube e também não possa contribuir para beneficiar quem não fez por onde ser premiado apenas por meio do desvio de conduta de jogador adversário.

Essa premente inovação no futebol apenas procura corrigir gravíssimo e injustificável falha na saudável regra sobre a prática esportiva do certame justo e isonômico, quanto aos fins pretendidos, que é justamente a consolidação da igualdade de jogadores em campo, conforme assim foi consagrada como sendo o atendimento da pretendida racionalidade no futebol.

A injustificável quebra dessa regra essencial não faz o menor sentido, porque o erro é humano, mas isso não pode prejudicar o verdadeiro sentido da competição e muito menos o interesse do clube, exatamente por este não ter participação diretamente no erro do seu jogador, que teria agido voluntariamente ou não, apenas por ocasião do jogo, que precisa ser punido com a sua eliminação da partida, mas isso não pode interferir na regra central da existência de 11 jogadores em campo, que precisa ser respeitada, por questão de racionalidade e compreensão justa, em todos os sentidos, especialmente esportivos.

Enfim, sabe-se perfeitamente que o tema ora suscitado pode ser considerado da maior importância para o futebol, se houve boa vontade, e interesse, mesmo que ele sirva, pelo menos, como forma de reflexão, mas o seu principal objetivo é realmente contribuir para o aperfeiçoamento do futebol, sob o aspecto do fiel respeito às suas regras fundamentais da existência de 11 jogadores em cada time, desde que esteja em condições de normalidade esportiva.

Ante o exposto, apelam-se por que a FIFA se digne a mudar a atual regra do futebol, para se permitir que o lugar vago do jogador expulso de campo seja imediatamente ocupado por outro jogador, para que seja cumprida a norma fundamental de 11 jogadores em campo, em respeito à integridade isonômica em campo, que precisa coexistir nos certames futebolísticos, precisamente na forma preconizada para essa modalidade de certame.

            Brasília, em 6 de outubro de 2025

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