quarta-feira, 29 de outubro de 2025

O homem certo?

 

Em mensagem que circula na internet, aparece ao fundo do texto a figura do último ex-presidente do país que supostamente diz o seguinte: “Fala a verdade, eu sou o homem certo para dirigir essa nação, certo?”.  

Sim, é preciso sempre se falar a verdade sobre os fatos e a história mostra isso com bastante propriedade, para que a cegueira volte a enxergar que o “homem certo” que a mensagem aponta precisa ser indicado como o responsável pelas gravíssimas crises institucionais, políticas, administrativas e sociais impingidas ao brasileiros.

Tudo de ruim que acontece hoje é decorrência do governo do "homem certo", que foi extremamente imprudente em entregá-lo ao sistema que pode ter manipulado o resultado das últimas eleições presidenciais, à vista de inúmeras denúncias de irregularidades na operacionalização das urnas eletrônicas.

Os fatos eivados de suspeição poderiam, à luz da verdade, ter sido posteriormente fiscalizadas por meio da decretação da garantia da lei e da ordem, na forma do disposto no art. 142 da Constituição, sobretudo em atendimento à vontade manifestada pelos brasileiros do bem.

Ao contrário disso, "o homem certo" preferiu ignorar o apelo de seus seguidores e pagar para ver o Brasil ser destruído pelas incompetência e arbitrariedades, talvez sob a presunção de que ele voltaria, mais tarde, agora nos braços do povo, como verdadeiro salvador da pátria, pátria esta que serviu de vil experimentação que resultou na total deformação, em razão das má administração, incompetência, ineficiência e irresponsabilidade.

Conviria se falar em "homem certo" se o Brasil fosse o contrário do que é hoje, em que a sua nave se encontra à deriva e em completo descarrilho, sem rumos e sem perspectivas, sendo guiada por políticos acéfalos, míopes e alheios à cruel realidade sobre as imensas dificuldades sociais, institucionais, políticas e administrativas, cuja situação caótica apenas se adensa nas profundezas de atoleiro sem fim.

Além do mais, o dito "homem certo" precisa se desvencilhar, antes das próximas eleições, das amarras inerentes à inelegibilidade e à prisão de quase 30 anos, cujas difíceis demandas o impedem de sequer pensar em atividade política, o que vale se afirmar que essas insinuações de voltar ao poder não passam de brutal ingenuidade, em forma de enganação ao eleitor.

Os brasileiros do bem precisam se conscientizar de que o Brasil somente deve ser presidido por quem fala a verdade e tem realmente condições e capacidade efetivas para a implantação de medidas sérias, eficientes e suficientes para o enfrentamento da calamidade permitida conscientemente pelo "homem certo".

Esse político deve se conscientizar de que ele precisa, antes de pensar em fazer política, se desvencilhar dos seus gravíssimos problemas com a Justiça, porque o verdadeiro homem certo só pode ser aquele imaculado na vida pública, que tenha condições de comprovar isenção de qualquer ato sob suspeita de desvio de conduta e ainda de ter a ficha limpa perante a Justiça brasileira e a sociedade, que é algo que não se pode atribuir ao homem implicadíssimo com a Justiça e isso o impede de sequer se candidatar.

Enfim, urge que os brasileiros reflitam sobre a necessidade de mudanças, em especial no sentido de se passar o Brasil a limpo, a começar com a renovação dos políticos incompetentes, omissões, ineficientes, desonestos e irresponsáveis, como forma de demonstração de verdadeiro amor à pátria, uma vez que os políticos em atividade estão interessados em defender seus projetos de conquista do poder ou de manutenção nele, sem nenhuma preocupação com as causas nacionais.

Brasília, em 27 de outubro de 2025

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