quarta-feira, 22 de outubro de 2025

O maior presidente?

 

Em mensagem postada na internet, alguém indaga, se referindo ao último ex-presidente do país: “Foi ou não o maior presidente do país?”.

Acredita-se que um grande presidente do Brasil, o que se poderia ser intitulado de o maior de todos, precisava ter no seu histórico ou currículo expressivos e marcantes resultados sobre as suas realizações, a exemplo da execução de magníficas políticas públicas em benefício do Brasil e dos brasileiros.

Diante disso, então, quais foram realmente as grandes obras realizadas pelo político indicado na mensagem, na forma das realizações de impactos, das reformas administrativas implementadas, dos projetos de pacificação dos brasileiros e da união no seio das instituições públicas, entre outros temas relevantes que serviriam como marcas registradas e fincadas nos anais da história republicana, em forma indelével do seu governo, de modo significativamente aceitos por unanimidade pelos brasileiros, não somente por seus fiéis seguidores?

Ao que parece, o entendimento em causa tem origem na ideologia política, na tentativa de reconhecê-lo como o herói que teve a infelicidade de enfrentar, com a maior falta de prudência, o poderoso sistema que o colocou literalmente na lona, em todos os rounds da sua vida política e conseguiu encerrar, em definitivo, a carreira política dele, segundo penso.

Na verdade, o que poderia ter sido o maior presidente do Brasil não tem  mérito para assim ser cognominado sem apresentar qualquer feito importante que justifique tão pomposo título, porque o verdadeiro grande presidente precisava também ter sido estadista de verdade.

Isso ele também não conseguiu ser, em momento algum do seu governo que foi marcado por grandes polêmicas, principalmente quando ele elegeu, como prioridade, forma de embates extremamente desnecessária com integrantes de outros poderes da República, diante de situação que ele teria competência constitucional para resolvê-la, por meio de mera elaboração de projeto de lei, sem necessidade de discussão embaraçosa e polêmica para o estadista.

Quando se fala em verdadeiro grande estadista, vem imediatamente à mente o maior presidente brasileiro de todos os tempos, que realizou monumentais obras em benefício do Brasil e dos brasileiros, na pessoa de Juscelino Kubitschek, que realmente ficou na lembrança da história brasileira, por ter sido o estadista que agradou a quase todos os brasileiros, por suas grandes e importantes obras públicas, quando o seu governo foi considerado “cinquenta anos em cinco”, de tão surpreendentes realizações.

Os brasileiros precisam entender que o verdadeiro grande presidente do país precisa ser valorizado e reconhecido por muitos brasileiros e não somente por seus apoiadores, em razão de suas importantes e inegáveis realizações em benefício da sociedade.

A propósito, importa se mencionar que pesa como agravante ao político citado a enorme rejeição de parte dos brasileiros, por ele ter sido reprovado, por muitos brasileiros, na condução de medidas de combate à gravíssima crise de saúde pública, agravada pela pandemia do coronavírus, em que ele foi classificado, justa ou injustamente, como negacionista e até genocida, títulos estes completamente incompatíveis com a condição de estadista de verdade, que só teria o dever de motivar a satisfação da população, mas isso foi fato inegavelmente acontecido ao contrário.

Outro fato da maior importância, por ser de relevância política, foi a sua inadmissível derrota para político em extrema decadência de moralidade, que precisou ser reabilitado politicamente para disputar a eleição presidencial, fato este que mostra como se mostrava, no final do eu mandato, a insignificância política dele, em termos de aceitação popular, que é algo inaceitável para quem teria sido, na opinião de momento, como tentativa, o maior presidente do país, algo que contraria o normal critério de avaliação positiva desse político.

Enfim, a mais valiosa avaliação sobre o significado do que seja, ao contrário do pretendido, o pior  presidente do país pode ser vista nas precisas consequências do seu governo, em que ele permitiu que o poder fosse entregue ao seu sucessor, sem questionamentos incisivos, ao meio de fortes suspeitas de irregularidades na operacionalização do sistema responsável pela escolha presidencial, fato que contribuiu para a trágica devassidão da esculhambação representada pela predominância das gravíssimas crises institucionais, no país.

Em conclusão, tem-se que o abalizado entendimento sobre o melhor presidente do Brasil condiz com o reconhecimento desse nobre título pelos brasileiros àquele que realmente tenha realizado importantes feitos no seu governo e que a sua lembrança seja vinculada somente com relação a algo saudável, predicativos estes que, à toda evidência, estão ausentes no político indicado.

À vista do exposto, falta ao político mencionado o preenchimento de  requisitos necessários e suficientes para torná-lo grande presidente, quanto mais o maior de todos, sob o prisma do muito pouco que ele conseguiu realizar, que apenas correspondeu ao mínimo necessário como incumbência inerente ao mandatário do país.  

Brasília, em 22 de outubro de 2025

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