Conforme anúncio divulgado pelo International
Institute for Management Development (IMD), em parceria, no Brasil, com o
Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral, o Brasil teve
queda de duas posições do ranking de competitividade global, cujo ranking vem
sendo elaborado desde 1989.
Causa perplexidade que o Brasil apareça na
posição 62 entre 67 países, cujo resultado significa a pior colocação dos
últimos anos.
A avaliação referente à competitividade,
definida pela FDC, tem por base a capacidade dos países de integrar novas
tecnologias para impactar suas economias e promover crescimento socioeconômico.
O mais estranho dessa avaliação é que o Brasil
somente fica à frente de países sem a menor expressividade mundial, como Peru,
Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela.
Enquanto em primeiro lugar
nesse ranking aparece Singapura, depois de ter ficado fora das cinco primeiras
posições no ano passado.
Já a Dinamarca, que foi o
primeiro país, no ano passado, figura agora na 3ª posição, atrás da Suíça.
O estudo destaca que, embora trate-se de países
pequenos, eles têm influência no que se refere à boa estrutura institucional e
aproveitam ao máximo as parcerias comerciais.
O relatório esclarece que “Singapura se
tornou um centro internacional na Ásia devido à infraestrutura tecnológica
avançada, instituições sólidas e um mercado atrativo, com empregos, inovação e
oportunidades”.
O diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias
Digitais e responsável pela pesquisa avaliou que “Tem muito para ser feito”,
em termos de pesquisas tecnológicas.
Ele foi direto ao cerne da questão inerente ao
desenvolvimento dos países, ao dizer que a baixa produtividade está diretamente
ligada à falta de infraestrutura na educação, tendo destacado como,
diferentemente de muitos lugares do mundo, especialmente aqueles que estão no
topo do ranking, não há prioridade para investimentos focados em pesquisa e
desenvolvimento.
Aquele diretor afirmou que “Muitos
executivos dizem que o Brasil não cresce por conta do governo. Isso não é
verdade”, porque, como destacado por ele, o país também teve desempenho
fraco quando se fala em eficiência empresarial, ficando na 61ª posição: “As
empresas também não têm o ganho de produtividade devido.”
Sob outras avaliações, o Brasil figurou na 65ª
posição do ranking de qualidade de infraestrutura e no 65º lugar em eficiência
governamental, ou seja, em verdadeiro destaque sofrível, considerando a
grandeza econômica da nação, que teria todas as condições de figurar no topo
das avaliações, evidentemente se houvesse interesse político em investimentos nesses
setores que influenciam na qualidade inerente à eficiência da produtividade.
Por último, os responsáveis pelas avaliações esclarecem
que o ranking busca oferecer olhar econômico para o país que pretende ir muito além
da produtividade, tendo afirmado que “O estudo busca demonstrar como o
avanço da tecnologia, sua integração com políticas de governo e a estrutura do
mercado como um todo favorece um crescimento que seja mais do que apenas um
número no PIB”.
Na verdade, em termos de qualificação tecnológica,
não constitui novidade que o Brasil pouco investe, cujo resultado não poderia
ser diferente desse apontado pelo International Institute for Management
Development, que apenas corresponde à realidade sobre país que prefere continuar
no breu da ignorância, figurando entre os piores países do mundo, como no caso
da Venezuela e nações da África, que igualmente não têm interesse em investir
em pesquisas tecnológicas.
À toda evidência, é preciso ficar bastante claro
que o subdesenvolvimento do país é reflexo do seu povo, que têm todas as condições
para escolher seus representantes políticos por meio do voto, levando-se em
conta os principais atributos deles, de acordo com os predicativos de competência,
eficiência, honestidade, dignidade e principalmente responsabilidade para a colocação
do país no mais elevado patamar de qualidade nas áreas da educação e da
economia, porque ambas vão ditar os rumos da nação, em termos de prioridade de
investimentos no preparo do povo.
Em
síntese, a avaliação em apreço evidencia, com muita clareza, que o Brasil
precisa se despertar da catalepsia do subdesenvolvimento, em termos de
pesquisas tecnológicas, de modo a priorizar, com a máxima urgência,
investimentos nesse tão importante setor da tecnologia, em todas as suas
especificidades, exatamente porque nenhum país conseguirá avançar em
produtividade sem a consolidação da qualificação dos conhecimentos, que são
visivelmente desprezados pelo país tupiniquim, conforme mostram as pesquisas.
Brasília, em 19 de junho de 2024
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