terça-feira, 4 de junho de 2024

Desrespeito

Um pastor que costuma fazer peça humorista, para fazer as pessoas rirem, houve por bem fazer analogia do casamento com o sistema prisional semiaberto.

Segundo o pastor: “Você dorme no presídio, acorda de manhã e vai trabalhar. No final do dia, você volta a dormir no presídio...”.

Trata-se de comparação extremamente infeliz e absurda, que não condiz com a realidade e muito menos com a dignidade que representa a figura do casamento, que, como tal, exige o máximo de respeito das pessoas, que se tornam insensatas perante a sociedade em situação como essa, que precisa lembrar aos palhaços sobre o real valor do casamento, cuja importância jamais deveria ser objeto de chacota e muito menos de piada desrespeitosa.    

As pessoas ficam enchendo o moral desse pastor, que se empolga e aproveita o momento que ele entende de grandeza para fazer comparações inadequadas, inoportunas e indelicadas, como essa de se referir a algo sagrado, por ser bençoado por Deus, como o casamento, a sistema prisional falido e degenerado, precisamente por se tratar de assunto ligado ao submundo do  crime.

O nobre pastor precisa se conscientizar de que o trabalho dele é visto como de suma importância no seio da sociedade e, por isso, ele precisa respeitar as instituições sagradas, para que possa merecer o devido respeito das pessoas.

Ele tem o dever, como autoridade religiosa, de se policiar com relação ao arsenal de piadas que faz, para divertir o púbico dele, sob o cuidado de evitar confundir os casos sérios com as palhaçadas que ele costuma aproveitar para fazer piadas, que até ele rir delas, quando deveria se envergonhar, justamente por ser o casamento instituto de muito respeito, que assim deve ser entendido, como forma de preservação, em termos de dignidade.

Diante da relevância do trabalho missionário desse pastor, que diz respeito à evangelização da obra de Jesus Cristo, é de bom alvitre que ele evite aparecer tentando denegrir a imagem de instituto sagrado, como o casamento, contando piada sem graça, que poucos ainda riem para possivelmente tentar agradá-lo.

            Brasília, em 3 de junho de 2024 

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